Platônico até pode ser, não é normal o que sinto por você. Alguns podem até me julgar mas eu nunca vou desistir de lutar, por você. Antes de tudo me responde uma única pergunta: O que você tem que me deixa cada vez mais apaixonado por você? Eu poderia estar te abraçando agora e dizendo bem baixinho no teu ouvido o quanto eu te amo. Mais você sabe, nem a distancia está contra nós dois. Sabe amor, eu te amo tanto. Eu amo o seu sorriso, a sua voz, o seu jeito tão lindo de me falar “mô, mozão” por mais que seja de brincadeira, sei que ainda somos apenas amigos. Temos tanto pra viver ainda. Pra curtir, sei que outras pessoas vão entrar em nossas vidas, assim como vão sair. Como aconteceu com seu irmão Gabriel. Mas sabe. Eu pelo menos não me vejo amando outro alguém que não seja você. É você, sem porque nem pra que. Eu quero criar uma família contigo. Ser aquele com quem você vai brigar antes de dormir pra saber quem vai desligar a luz do nosso quarto. Ou então aquele que você vai chamar de “feio” e minutos depois vai dizer que ama. Eu quero amar você sem medo do que irão dizer, eu quero ser seu menino. Seu porto seguro, seu homem. Eu quero ser o dono do seu pensamento, o dono do seu sorriso, o dono do seu melhor abraço. Eu quero ser apenas seu. Eu quero ser a pessoa que você vai mostrar quando seus amigos perguntarem quem você ama. Eu quero acariciar seu rosto e te olhar dormir. Quero viver todas as aventuras possíveis ao seu lado. Quero sorrir ao te ver sorrir, quero ser o motivo das suas risadas, quero viajar com você, conhecer lugares que nós dois sonhamos em conhecer. Quero assistir o seu filme preferido abraçado com você no sofá da nossa sala, quero sujar seu nariz de chocolate. Quero dormir no seu colo no sofá da sala e acordar na cama do seu lado com um perfeito “bom dia, meu amor” no outro dia. Quero viver, com você. Mais quero mais, quero passar meus últimos dias ao seu lado e quando chegar minha hora dizer: Valeu a pena ter esperado, pra viver minha vida inteira ao seu lado. Se não deu certo com ele, não era para acontecer. Eu sempre te amei você sempre soube. Que tal você me dá uma chance para te fazer feliz? Mas não como amigo, quero mais, como namorado?!
De: Caio Rodrigues.
Para: Rafael Guimarães.
Obrigado pelos comentários no conto anterior agradeço de coração a vocês, principalmente vocês:
Lucca§ é meio a meio! Meio ficticío e meio verdade, pois o Caio e meu Pai são reais e essa questão de confusão na sexualidade também. Grimm vou lhe adicionar sim, ainda não adicionei por falta de tempo mesmo, pelo simples fato do Rafa ter se machucado e tals. Eu fiquei de plantão ao lado dele no hospital. Cristian Akino, jedinn, Calleu, Geeh, Hate e Lobo Heriky, obrigado pela força, anjos.
Agradeço também a todo leitor que parou seu tempo e leu. Agora sem mais, vamos ao que interessa:
Tentativas frustradas de voltar a ser hétero - Parte 03
- Vem, deixa eu te ajudar. - O carreguei no colo, mas foi quando ele olhou diretamente em meus olhos que descobri o amor.
- Não me aperta! Tá doendo demais! - Ele disse calmamente, como uma criança com medo do bicho papão.
- Ei, eu sei que eu fui errado de ter te atropelado daquela forma, já pedi desculpa e também sei que isso não foi o suficiente, mas saiba de uma coisa, jamais irei te causa dor, vou-te por no banco com o maior cuidado do mundo. Relaxa, eu não sou tão mau assim!
Ele sorriu e acompanhou a tudo me olhando nos olhos. O puz no banco como se ele fosse de porcelana e seguimos direto para o hospital. No caminho meu celular tocou, olhei no visor era o doido do Caio.
- Fala man!
- Tá aonde Nando?
- Indo pro hospital!
- O QUE ACONTECEU CONTIGO? TÁ TUDO BEM? TÁ MACHUCADO? AONDE?
- R-e-l-a-x-a Cara, tá tudo bem comigo!
- Então me explica essa história direito!
- Atropelei um carinha...
- ATROPELOU O QUÊ?
- Depois eu te ligo, tchau!
- Não desliga...
Desliguei. Precisava concentrar minha atenção naquele que eu havia machucado. Fomos calados até o hospital, lá o encaminharam para enfermaria. Enquanto o médico o analisava e a enfermeira fazia os primeiros socorros, fui logo à recepção pagar a conta antecipadamente. Pelo menos isso eu tinha que fazer para me redimir comigo mesmo.
- Senhor, tá tudo pago como nos conformes, mas o senhor... Tá bem? - Era a atendente. Retirando-me dos meus pensamentos mais ocultos sobre mim.
- To! - Respondi ligeiramente para sair dali. Quando inesperadamente esbarrei em duas pessoas, que estavam se beijando. Olhei assustado eram dois homens.
Nojo, compreensão, horror, por favor, me ajuda isso é certo, preconceito; Vários pensamentos me passaram na cabeça.
Fui pro banheiro, correndo. Lavei meu rosto para segurar o choro. Sim, uma vontade enorme de chorar me consumia. Eu não entendia o que era ser gay, eu não sabia nada sobre essas coisas, mas algo estava acontecendo comigo, suspirei. Para não desmoronar, eu respirava fundo buscando ar. Meu Deus me dá forças para enfrentar esses tipos de sentimentos, se for pecado, me mate de uma vez por todas, se não for, faça com que dê certo e torça por mim. Abri a porta do banheiro e saí de lá renovado. Em busca das peças que montavam a minha existência, minha maldita sexualidade. Andei pelo corredor que se encontrava pacato, decidido. Entrei na sala da enfermaria e o vi lá, só que agora ele estava com o braço enfaixado, sozinho.
- Seu nome? - Perguntei firme.
- Brian!
- Ok, vem cá... - Me aproximei, ele mesmo assustado não fazia perguntas. Agarrei delicadamente aquele pescoço com poucos fios de cabelos loiros que levavam do pescoço à cabeça e o beijei. Com vontade, mas com cuidado para não machucá-lo.
Era quente, mágico e muito, MAS MUITO bom aquele beijo. Nunca tinha sentido nada igual. Ele tinha uma boca, uma língua bem quentinha, que puta merda, quase gozei ali. Fora o perfume fantástico que ele usava. Depois de mais de um minuto se beijando, o carinha me empurra para longe e diz:
- Eu tenho namorada!
Fechei meus olhos contendo toda minha ira “Ok, eu fui o errado da história”, fui para o meu carro e parti para minha casa. Pensamento, pensamentos à mil. Eu precisava mesmo era tomar uma ducha para esfriar meu corpo e me jogar na cama para esquecer o mundo. Preferir não pensar mais no carinha. E daí se ele ficou lá sozinho, ele tava com o braço quebrado não o cérebro.
- Filho, ligaram da escola e me falaram que você... - Ah, droga! Meu pai. Nem deixei completar a frase, fui logo o tirando de cena.
- Pai eu saí cedo, to morrendo de dor da cabeça vou tomar uma ducha e já venho lhe explicar, relaxe!
- Mas é que o Ca...
- Pai, depois!
E junto com a água do chuveiro minhas lágrimas caíam levando toda a sujeira do meu corpo embora. Sujeira mental e corporal. Meus pensamentos estavam a mil, quando a porta da minha suíte se abre e Caio entra no Box sem falar nada. Ao meu ver chorando, ele percebe que vou balbuciar algo, mas não deixa eu completar, põe a mão na minha boca e me abraça.
- Shiiii, eu to aqui!
Estranhei MUITO a atitude dele, mas quem era eu para julgá-lo. Apenas me deixei levar e chorei, desabei e curti cada segundo com a água nos molhando e aquele abraço me dando paz.
- Ok, Nando! Vamos sair que isso aqui já está parecendo aquele filme... Titanic!
- RS, mas eu sou ele! Você pode ser... Ela!
- Viado, RS! Mas pelo menos é você o que morre RS!
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - Meu pai entrou nos pegando abraçados. Eu sei e vocês sabem que não estávamos nos beijando, mas ele... Como eu vou convencer ele que não era aquilo que ele estava imaginando, to ferrado.
- Quer saber, vão se enxugar, Caio vá embora! E Fernando, eu quero conversar com você! - Meu pai disse em tom autoritário. Resolvi não contestar, por enquanto. Eu e Caio trocamos de roupa, puz uma minha nele. A camisa ficou meio grande nele já que eu sou malhado e ele nem tanto, mas tudo bem.
- Nando, boa sorte e desculpa! Já to indo!
- Relaxa man... O coroa vai ter que entender!
- Eu espero, não quero não poder vir na sua casa!
- Ah, relaxa e depois me liga! Quero saber como terminou a história lá do teu maninho!
- Rum, nem me fale, RS! Vou descendo!
- Chama logo meu pai quando passar lá pela sala!
- Tá certo.
Caio saiu meu iphone logo vibrou em cima da cama, era um novo torpedo.
"Não se culpe. Deve estar confuso também, hora de você começar uma busca insaciável por gurias que tragam nos lábios o mesmo gosto amargo que encontrou nos meus. Mas passa."
Sentir meu corpo arrepiar, mas a tensão aumentou mesmo quando vi meu pai na porta do quarto, ele entrou dizendo:
- Passa o celular!
Assim eu fiz, sem dizer nada, afinal nem eu sabia de quem era o torpedo.
- Me diz que esse torpedo é de uma mulher, de preferência muito gostosa?!
- Eu não sei de quem é pai! Acabou de chegar! - Contestei.
- É um sinal que tem chances de ser de um homem! Vamos resolver logo isso...
- PAI o senhor está...
- CALADO! - Ele com um gesto como se ligasse para a pessoa que enviou a mensagem, na verdade eu acho que é isso, não sei, ele estava com o telefone na mão dele impossibilitando minha visão do objeto. Olhava-me irado. Bom, nessa hora eu já tinha rezado e orado todas as orações que eu conhecia.
- Alô, quem fala?!Brian?! AH, TÁ! Desculpe o tom de voz, mas vem cá... Você conhece algum Fernando?Ok, entendo... Quer dizer que você conheceu um louco que além de atropelá-lo, o beijou?!Era isso que eu precisava saber, valeu!Tchau!
Ele desligou o iphone. O apedrou na cama e me deu um tapa no rosto dizendo:
- Fernando Periard... Custava ter me dito que era gay?!
Continua? To indo bem? Vota aí, por favor...