Espero que gostem... Mais uma parte postada e de agora em diante o conto chega em um momento crucial! Façam suas apostas... Boa Leitura!
- E aí Marcos, como a gente fica?
- A gente? A gente quem? Não tem mais a gente. Eu nunca me senti tão idiota como eu tô me sentindo agora e isso que vocês estão fazendo é nojento.
- Pensa bem, Marcos. Eu vou entender se você não quiser mais nada comigo, mas não me condene, por favor.
- Por favor você, vai embora.
- Marcos não me trata assim.
- VAI!
Seu grito ecoou pela casa e meu maior medo era Thaís perceber o que estava acontecendo. Seria demais pra ela. Sai abalado e segui em direção à minha casa mais do que triste.
Bruno me esperava na porta e foi me enchendo de perguntas:
- O que aquele playboy te falou? Ele fez alguma coisa contigo.
- Não! Quem fez ‘alguma coisa’ comigo foi você.
Entrei disposto a falar tudo que ele precisava ouvir caso ele continuasse a falar. Onde já se viu? Cheio de atitudes covardes e recriminando Marcos por não ter gostado da história. Pense na situação dele: vai viajar, dizendo que me ama e que queria continuar o namoro, acha que está tudo bem e quando volta descobre que eu estava o traindo e pior, com meu próprio irmão! Ele tem todos os motivos do mundo pra não querer nem olhar na minha cara e eu só podia aceitar.
Bruno me seguiu sem dizer nada! Acho que ele previu as consequências que suas palavras teriam em mim.
Me deitei na cama e só conseguia chorar.
Que merda de vida!
Quando eu achava que estava indo tudo bem, eu me ferrava de novo.
Marcos era simplesmente incrível, tanto fisicamente quanto internamente. Era lindo, inteligente, muito especial. E me amava, o que mais importa. Mas eu consegui estragar tudo!
Por outro lado, Bruno era quem eu amava de verdade. Aquele corpão misturado ao seu jeito de ogro me encantavam, mas sua covardia só me machucava. A cada dia eu me desapontava mais, porém o amor não ia embora.
Duas opções! Tenho certeza que muitos imaginam que ter essas duas opções era lucro, mas naquele momento não me servia de nada.
Continuei chorando baixinho e solitário, pois não podia confidenciar isso com ninguém. O fato de ter contado para Marcos já havia aliviado um pouco, mas usa reação me deixou mais chateado do que eu imaginava que poderia ficar.
Me assustei com aquele corpo enorme deitando ao meu lado. De novo?
- Bruno, por favor...
- Shii, fica caladinho vai. Bora dormir, você tá cansado!
Decidi não argumentar.
O fato dele estar do meu lado estava me fazendo bem, pelo menos eu ia conseguir descansar. Que turbilhão!
Pelo menos meus pais não iriam dormir em casa.
Bruno acariciava minha cabeça me transmitindo paz. PAZ. Essa era minha necessidade. Dormi tranquilamente depois daquele dramalhão todo.
Acordei e não tinha mais ninguém do meu lado. Claro, ele havia ido trabalhar. Tomei um banho e calmo e imaginava que o dia seria difícil. Tomei meu café e vi um papel sobre a mesa. Minha curiosidade era grande, mas a campainha desviou minha atenção.
Segui em direção da porta e era ele: Marcos.
Abri esperando para ouvir o que ele tinha a me dizer, ofereci café, mas ele recusou. Pedi pra que se sentasse e ele preferiu ficar de pé.
Apesar de tudo eu estava preparado. Sabia que não ia ser fácil, mas eu não era um covarde. Ia encarar de frente.
- Então Carlos, eu pensei muito nessa situação toda. Não foi fácil pra mim te ouvir contando aquilo tudo e eu peço desculpas por ter te tratado mal ontem.
- Marcos, eu te entendo. Eu sei que não é fácil e eu...
- Deixa eu terminar.
Sua feição estava séria.
- Eu vim te dizer que te amo muito pra te ver triste assim. Mas ao mesmo tempo sei o quanto você gosta dele, o quanto o ama. Me dói dizer isso, mas acho que você deve seguir seu coração. Eu estou sempre aqui.
Ele disse isso e foi embora. Marcos era perfeito! Como eu pude magoá-lo tanto. Fiquei pensando no que ele disse, mas minha curiosidade me fez voltar para a mesa.
O papel.
Peguei e só fiz me assustar.
“Carlos, eu amo tanto você que sei que é melhor eu ir embora. Cheguei em BH pra melhorar a minha vida, mas acabei atrapalhando a sua. Isso nunca daria certo. Voltei pro Rio e quero que siga sua vida, Bruno.”
CONTINUA...