A coisa tá ficando séria! Espero que estejam gostando galera, comentem muito e deixem seus palpites. Obrigado e boa leitura...
O papel.
Peguei e só fiz me assustar.
“Carlos, eu amo tanto você que sei que é melhor eu ir embora. Cheguei em BH pra melhorar a minha vida, mas acabei atrapalhando a sua. Isso nunca daria certo. Voltei pro Rio e quero que siga sua vida, Bruno.”
Como assim ele havia ido embora sem ao menos se despedir de mim? Nossa! Jamais imaginaria isso. Que saco.
Só me restava lamentar sua fuga, literalmente. Estava incrédulo. Ele me fazia mal, de novo! Que maldito amor é esse que só me faz mal.
Decidi tomar uma decisão. Chorando, fui atrás de Marcos. Ele andava pela calçada cabisbaixo e eu o abordei. Era o momento que eu precisava:
- Marcos, me escuta?
- Meu lindo, depois a gente conversa. Pensa no que eu te falei?
- Já pensei, não preciso de mais tempo. Me ajuda, por favor?
- Tá, Carlos. Para de chorar e fala.
- Me ajuda a esquecer ele, por favor. Isso não ia dar certo, eu quero você, eu preciso de você. Por favor, Marcos. Eu quero amar você.
Me descontrolei, era demais pra mim. Ele me levou até sua casa, casa de Thaís. Me acalmou e me abraçou. Não era nada comparado ao abraço do Bruno, mas era extremamente carinhoso. Todo amor que ele sentia era transmitido nesse abraço.
- Tá mais calmo meu lindo?
- Tô Marcos, mas o que eu disse é verdade. Me ajuda a esquecer ele, eu preciso de você, preciso muito.
- Eu não quero ser um consolo pra você.
- Não vai ser Marcos. Eu era tão feliz antes dele e vou voltar a ser, com você. Estamos juntos?
Ele me lançou um olhar lindo, apaixonante. Aquele era o Marcos que me encantou. Só naquele momento percebi que eu ainda usava a aliança que ele havia me dado antes de viajar e que ele também não havia retirado.
Nos beijamos com uma ternura incrível. Aquele beijo expressava pra mim tudo que eu queria viver. Eu ia esquecer Bruno, independente de qualquer coisa.
Se ele foi embora é porque nosso “amor” não valia a pena pra ele. E se não valia pra ele, também não valeria pra mim.
- Eu te amo Carlos, e mesmo sabendo que você o ama, eu aceito isso.
Ficamos juntos o resto do dia, até que me lembro dos meus pais. Eu ainda teria que explicar a ida do Bruno de volta pro Rio.
Me despedi de Marcos e fui pra casa.
Meus pais já haviam chegado. Passei pela sala e meu pai sequer ousou me cumprimentar. Cheguei à cozinha e minha mãe não me deu abertura. Desisti de contar. Ele que foi embora, ele que se explique. Subi pro quarto sentindo a rejeição dos meus pais. Mas eu tinha Marcos, ele sim valia a pena. Ele teria coragem de tudo por mim, eu tenho certeza.
Fiquei no quarto esperando pelo sono. O dia tinha sido calmo, melhor do que eu imaginava. Mas só quando parei com tudo e fiquei sozinho que eu pude perceber o quanto eu sentia falta do Bruno.
Não do Bruno meu irmão, mas do Bruno meu amor!
Eu precisava dele, pois o amava. Eu queria ele, mas queria por inteiro. Queria viver o que todo mundo que está apaixonado vive: o amor. Mas não, com ele jamais daria certo.
Era com Marcos que eu estava e era com ele que eu deveria ficar. Ao mesmo tempo que eu torcia pra que Bruno voltasse logo e me pegasse com toda sua força, eu queria que ele encontrasse alguém e me deixasse em paz.
Alguns minutos se passaram e escuto a campainha tocar, desci para ver quem era.
Meus pais estavam na mesma posição, sequer reparando minha presença. Era Marcos. Entrou, cumprimentou meus pais e subimos para o quarto. Se meus pais não sabiam quem era o cara que eu falava no telefone, agora ele já imaginariam muitas coisas:
- Que surpresa é essa Marcos?
- Não gostou amor?
- Adorei meu lindo.
Nos beijamos. Estava com saudades de beijá-lo e estava adorando isso. Ficamos juntos nos beijando.
- Eu te amo tanto Carlos. Doeu demais ouvir aquilo tudo.
- Esquece isso Marcos. Eu quero você, mais do que nunca.
Nos beijamos carinhosamente, quando escutamos:
- Que merda é essa na minha casa?
CONTINUA...