Prelúdio - Capítulo I

Um conto erótico de Charles
Categoria: Homossexual
Contém 802 palavras
Data: 15/07/2012 14:00:44
Última revisão: 08/01/2015 18:39:09
Assuntos: Homossexual, Gay, Romance

Prelúdio... (Revisado)

Quando não se tem nada em que acreditar, nada em que confiar, nada para se apegar, nada para amar, eis que surge você.

É com grande satisfação que venho aqui relatar a história de um jovem outrora desacreditado, mas acreditado, infeliz, mas feliz, sozinho e mais sozinho.

Capítulo I – A Interface do Monstro.

Segunda-feira... Tem dia melhor para se começar algo? Creio que não. Pois é. Esse era o meu primeiro dia de aula no Curso de Administração, o que me aguardava? Sinceramente, eu esperava que fosse apenas quatro anos de muita tranquilidade e paz, assim como fora o meu Ensino Médio. Particularmente eu não gosto de surpresas e eu desejava sinceramente que a minha estadia naquela Universidade passasse despercebida.

Eu já havia arrumado todas as coisas que iria precisar para o primeiro dia de aula na minha mochila, apesar de que vocês sabem que no primeiro dia de aula, geralmente, não tem nada. Eu agradecia por isso.

Fiz minha higiene pessoal, comi algo na cozinha, então peguei a minha motocicleta e segui para a Universidade. Eu já conhecia o caminho, é óbvio, mas algo de diferente acontecia, eu não sabia o que, mas acontecia. Uma rua antes de chegar à Escola eis que estavam os meus algozes, dois cães. Eu passei inocentemente por eles, mas não sei o que deu neles que começaram a latir e correr atrás de mim. É disso que eu tenho receio: Surpresas. Surpresa não! Isso foi um susto daqueles. Aceleirei a motocicleta, coisa que não gosto de fazer, mas eles continuavam correndo atrás de mim. Que droga! Odeio cão de rua. Sempre me pergunto “Por que os donos não os prendem na coleira bem afastados da rua?”. Enfim, eles cessaram a “busca implacável pela presa”. Pudera. Eu já havia chegado à Universidade, um tanto assustado e logo no primeiro dia de aula.

Deixei minha moto ali no estacionamento e segui para a sala indicado no folheto que estava na parede de entrada da Coordenação do Curso. Eram quarenta alunos matriculados na minha turma, pessoas normais, conversando sobre coisas normais, fazendo brincadeiras normais, às vezes nem tanto. Coisas que eu gostava de fazer de vez em quando. A primeira aula começou, e claro, o Professor, Antônio Silva já chegou falando:

- Bom dia pessoal, hoje é o primeiro dia de aula, e como todos vocês sabem, eu só conheço alguns rostos aqui. Ele sorriu e continuou. Gostaria que vocês se apresentassem para a turma, dizendo os nomes, idade, e o que esperam do Curso. Podem começar.

Um garoto alto, e bem afeiçoado levantou e falou:

- Bom dia pessoal! Meu nome é Anderson, tenho vinte anos, eu espero que o Curso me possibilite um crescimento pessoal, emocional e profissional. Bom, é isso!

Algumas pessoas se apresentaram e chegou a minha vez. Eu levantei da minha cadeira, a qual se localizava no canto esquerdo da sala, e comecei a falar:

- Bom dia! Chamo-me Charles, eu tenho dezoito anos de idade e eu espero que esse Curso seja tranquilo.

- Por que “tranquilo” Charles? Perguntou o professor. Não precisava ele perguntar isso, precisava? Todos, antes de mim, que tinham se apresentado ele não havia feito nenhuma pergunta, por que perguntar para mim então? Se ele queria chamar atenção para mim conseguiu. Todos olhavam para mim e eu me senti envergonhado, mesmo assim tomei fôlego e disse:

- Porque sim professor.

- “Porque sim” não é resposta Charles. Eu já estava começando a achar que esse cara estava pegando no meu pé. Então eu falei:

- Professor, eu só queria evitar um diálogo mais extenso, pois tem muita gente para se apresentar ainda.

- Não importa. Temos todo o tempo do mundo Charles. Agora continue falando seus motivos.

Que ódio! Porém, eu apenas sorri e continuei falando:

- Professor você sabe o que é tranquilidade, eu também, todos nessa turma sabemos...

- Eu não sei! Fui interrompido, olhei para o lado direito e lá estava ele. Era o Anderson, com um sorriso no rosto. Só tive reação de dizer:

- Não sabe... – sorri, olhei um pouco para o chão e continuei – então eu explico. Tranquilidade e tranquilo significam paz, serenidade e calmaria, isto é, eu espero que o Curso seja algo que venha acompanhado desses valores, e se não vier, que pelo menos possibilite-os. Olhei para o professor e continuei: Tranquilo? – voltei meu olhar para o Anderson e levantei uma sobrancelha como um: “e aí?”.

O professor então fala:

- Muito bem! Pode sentar-se.

Nossa, que tenso! Meu coração estava prestes a sair pela minha boca. E tudo aquilo era culpa dele, o Anderson. Que cara enxerido! E o pior, quando eu olhei novamente para ele, este continuava sorrindo. Eu mal o conheci e já não ia muito com a cara dele. Para manter a pose, dei um “sorrisinho de canto de boca”.

O que será que me espera?

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Comentários

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Adoramos seu conto. Meu nome é Rubia e meu marido se chama Beto. Nós também publicamos um conto que se chama A procura de um amante. É um conto verídico. Fizemos também um blog com nossas aventuras e muitas fotos e assuntos de sexo... Visitem... O endereço é www.rubiaebeto.comunidades.net

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tens uma boa escrita, mas ainda n deu p perceber a qualidade do enredo. aguardo a sequencia.

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Muito bom. Escreve bem. Só acho que poderia ser um pouco longo. Já sou seu fã. 10

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