Como demorei muito a postar vou postar dois como um pedido de perdão espero que aceitem.
Precisamos conversar...
Não sei explicar, porém, essas palavras pesaram tanto naquele momento que comecei a chorar sem motivo, mas como adivinhando o que estava por vir.
- Quando levei o Pedro para fora, pedi para conversarmos, perguntei o porquê daquilo, visto que, ele prometeu que não contaria nada a ninguém, o Rodrigo começou a falar.
- Sei que ele te prometeu, mas...
- Por favor, me deixa continuar.
- Está bem, dizia eu com a voz emocionada.
- Ele me disse que jamais poderia aceitar o nosso namoro, porque sempre me amou...
- O que? Disse eu o interrompendo.
- Me deixa continuar.
- Ok, disse colocando a cabeça em seu peito, sentido todo o calor daquele corpo, o cheiro que me entorpecia, e os batimentos daquele coração que batia no mesmo ritmo que o meu, ele começou a acariciar meus cabelos e continuou.
- Ele me disse que sempre me amou, mas que nunca tentou nada porque sabia que eu era hétero, e estava satisfeito apenas com a nossa amizade, mas que quando descobriu o nosso namoro ele se odiou, pois, se não tivesse sido tão covarde, ele poderia estar vivendo tudo o que eu (Rodolfo) estava vivendo, tendo o homem que ele sempre amou do lado dele. Me pediu para dar uma chance a ele, que ele me faria muito feliz, que só ele me amava de verdade, que você só queria brincar com os meus sentimentos, ele me olhou nos olhos e disse:
“Rodrigo, namora comigo? Prometo que te farei o homem mais feliz deste mundo.”
Confesso que fiquei com uma grande dúvida, se...
- Como assim? Perguntei, levantando a cabeça e olhando fixamente aqueles olhos, fiquei desesperado, senti um nó na garganta.
- Calma, amor, a minha dúvida era se o mandava embora ou dava um murro naquele desgraçado, para não ficar na dúvida dei um murro naquele filho da mãe e o coloquei para fora não só de minha casa, mas como também da minha vida.
Nesse momento não me contive, comecei a dar beijinhos nele e após cada beijo dizia que o amava muito.
Mas amor não vai ser fácil, ele falou que se eu não ficasse com ele não ficaria com mais ninguém, disse o Rô com a voz um pouco triste.
- Deixa, ele vir, quebro ele a pau, desta vez não há quem o salve, ele acha mesmo que vai mexer com o meu homem e não vou fazer nada?
- Por favo,r amor, não faz nada, mesmo sendo um idiota, ele já foi meu melhor amigo, tenho que respeitar a nossa amizade.
- Porra... Sério que você ainda está preocupado com ele?
- Não é bem assim, é que e se ele contar para os meus pais?
- não seja por isso, vamos lá e eu mesmo conto.
- Tá louco cara? Acha mesmo que meus pais vão ser tão bonzinhos quanto a tua mãe?
- Se eles não aceitarem tu vem morar comigo, tenho certeza que minha mãe não irá se opor.
Rô, quero que você coloque uma coisa na sua cabeça, você não é e nunca foi um passatempo para mim, eu te amo muito veio, e estou disposto a enfrentar todos pelo nosso amor.
- Sei disso, mas tenho medo da reação dos meus pais, por favor, tenta compreender.
- Eu entendo, mas quero que você saiba que estamos juntos nisso para tudo, mas mudando um pouquinho de assunto, e os teus pais? O que eles acharam da brincadeira do idiota?
- Minha mãe não ligou achou que ele estivesse brincando, mas o meu pai no início também achou que fosse brincadeira, mas depois do que ele disse sobre o brinde e o casal de pombinhos, ele está com o pé atrás com essa conversa, mas não perguntou nada ainda.
Os dias passam, estamos no último dia de provas e graças a Deus os professores colocam as notas no sistema e tenho a confirmação que passei em tudo, o Matheus, Gabi e Rodrigo também, tá assumo que dei um empurrãozinho, junto ao professor de Finanças, pois, para o Rodrigo passar nessa matéria ainda falta só um ponto, mas os professores são bem rígidos com relação a isso, mas ser um dos queridinhos dos professores tinha lá suas vantagens.
Sexta à noite, todos tínhamos passados direto, fomos comemorar, pois aula só em fevereiro, só para os que não passaram direto haveria mais duas semanas de aula, incluindo também a semana de prova, e o filho da mãe do Pedro estava lascado, tenho que confessar que eu fiquei feliz em saber disso, mesmo não sendo do meu feitio, alegrar-me com as desgraças alheias, mas ele bem que merecia.
Nesta noite não rolou sexo, queríamos mesmo era festejar, mas rolou uns carinhos bem ousados dentro do carro, hahahahaha, também não sou de ferro, ele me levou pra casa e no jardim, mais uma vez nos beijamos muito, ficar abraçadinho, sentindo o calor dele é algo que para mim é mágico, queria ficar mais tempo com ele, mas ele disse que tinha que ir porque tinha que levar a mãe logo cedo ao médico.
Beijei-o mais uma vez e quando ele estava saindo confesso que não resisti e dei um apertão naquela bunda gostosa, olhando para ele que nesse momento se virou para mim e me chamou de tarado, o que respondi que era tarado nele. Ele entrou no carro e foi embora, quando chegou a casa, ligou para mim dizendo que tinha chegado bem e que eu poderia dormir tranquilo, mas que sonhasse com ele, é claro meu amor, sonhe comigo também gostoso.
Onze horas da manhã de sábado, acordo assustado com meu irmão mais novo pulando em minha cama, dizendo que quer ser o primeiro a andar.
Penso, está louco me acordar desse jeito só ele mesmo tem essa coragem de me acordar num sábado, primeiro dia de férias.
- Andar em quê? Estava sonhando só pode.
- Desce para ver, o mão está lá embaixo te chamando, mão é como ele nos chama.
Desço para conversar com meu irmão mais velho e o vejo rindo de forma bem comprometedora.
- O que foi? Que já está olhando desse jeito para mim, já basta o tiquinho me acordando logo cedo.
- Nossa que humor, bom dia né, esqueceu os bons modos foi?
- Desculpa, bom dia.
- Soube que já está aprovado em todas as matérias, é verdade?
- Claro, não brinco de estudar, eu estudo mesmo.
Sei que fui um pouco ignorante, mas me acordar no primeiro dia de férias é brincar de querer morrer, hahahaha.
- Se continuar assim, não ganha o presente que te trouxe.
- O que é? Perguntei muito curioso.
Ele me entregou uma caixa que abri e tinha outra caixa, sabe aquela brincadeira chata? Só sei que abri umas seis caixas e na última não tinha nada estava vazia, olhei pra ele com muita raiva, me acordar logo cedo e me fazer de palhaço não dá. Ele olha para mim com a cara mais cínica do mundo e diz:
- Ué tá vazia? Sério se não gostasse tanto dele mandava ele à merda. Deve ser porque não cabe aí dentro.
- Como assim? Fala logo que já estou ficando com raiva.
- Relaxa cientista (apelido que um vizinho me deu por gostar muito de estudar e esse é um dos que pegaram), está lá fora o teu presente.
Saio de casa já pensando que poderia ser mais uma brincadeira dele, mas não era, era uma moto novinha vermelha, claro, adoro essa cor, quando olho para ele, ele está com a chave na mão, joga-a para mim perguntando:
-Vai fazer o test drive agora?
- Mas é claro, certo que é uma moto simples uma 150 cc, mas só pelo fato de me livrar do ônibus, não depender mais de carona, e poder chegar mais tarde em casa, já que não vou mais precisar depender dos outros é uma grande coisa sim, agradeço muito pelo presente, levo o mão mais novo para passear, volto para casa ligo pro Rodrigo perguntando se ele queria almoçar comigo, claro que ele aceita, então digo que em trinta minutos passo na casa dele para apanhá-lo.
Aviso que vou almoçar fora com meu love para comemorar, meus irmãos já sabiam sobre o Rodrigo, na verdade, toda a minha família já sabia, alguns eram contra, mas aqueles que para mim eram o que mais importavam me apoiaram e aceitaram, tá quem espalhou a notícia foi a minha mãe, já disse ela é louca mesmo.
Tomo banho, visto uma roupa mais apresentável, pois, ainda estava com a roupa de dormir, um short curto e camiseta sem mangas, e vou pra casa do Rô.
Quando chego ele estranha um pouco, explico tudo e vamos almoçar numa churrascaria próxima a casa dele, no caminho sinto algo duro me cutucando e fico pensando no que será, hahahah.
Almoçamos e depois o levo de volta para casa, minha real vontade era..., ah vocês devem saber, mas meu bebê estava muito cansado, tinha saído da minha casa muito tarde, e teve que levar a mãe ao médico, ou seja, não teve tempo para descansar, lá chegando entramos no elevador e rolou uns beijinhos, mas nada tão pesado, só umas mãos bobas aqui e ali, nada demais não, tá confesso, rolou uma rapidinha no elevador, não me condenem, quem nunca transou num elevador ou nunca teve essa fantasia?
Marcamos de ir à praia no dia seguinte, domingo, mas não iríamos sozinhos, iriam também algumas pessoas que já sabiam de nós, e foi nessa praia que ele me fez uma das maiores declarações de amor para mim.
Domingo, fui buscar o Rodrigo em casa, quando vejo saindo daquele edifício o cara mais lindo que eu já tinha visto, branquinho, camisa regata branca, bermuda vermelha, óculos escuros, uma boca muito gostosa, umas pernas deliciosas, nossa não sei o que me deu, mas meu cacete ficou duro na hora, senão tivesse marcado de ir à praia com meus amigos, eu faria de tudo para ter aquele homem para mim, estava hipnotizado com toda aquela beleza em forma de gente, ele se aproxima de mim e fala:
-Sabia que você é uma gracinha? Está esperando alguém ou podemos nos conhecer melhor?
Sério que aquele gato estava me dizendo aquilo tudo, me senti como uma garrafa de água no deserto, pela forma como ele olhava para mim, então eu disse:
- Estava esperando meu namorado, mas se você estiver afim você pode tomar o lugar dele, eae topa? Pergunto já tomado de desejo.
- Claro que topo, mas para onde você vai me levar?
- Para o paraíso, relaxa e senta aqui gatinho na minha garupa.
Então ele senta na moto dou partida e vamos em direção a praia, quando chego meus amigos já estavam lá, todos olham para mim e para meus acompanhante, e ficam surpresos, até que o Raul acaba com o silêncio falando:
- Realmente, vocês formam um lindo casal.
Calma gente, não me julguem, o gatinho que subiu na minha garupa era o Rodrigo, é que as vezes brincamos que não nos conhecemos e ficamos nos paquerando, isso é normal.
Bem, o dia transcorreu normalmente, exceto por algumas oferecidas que ficavam, ora olhando para o Rô, ora olhando para mim, teve uma que ousou mandar um bilhete para mim, nem sei o que estava escrito, na hora joguei o papel fora e dei um beijo leve no Rodrigo, a menina deve ter entendido o recado, pois, parou de nos olhar, mesmo ela tendo ficado vermelha, acho eu que de raiva.
Resolvi tomar um banho de mar, pois, estava muito calor.
- Cuidado, estou de olho, cuidado que nessa praia tem muita piranha, disse o Rodrigo rindo.
- Digo o mesmo, vou ficar com um olho no peixe e outro no gato, cuidado que estou só te filmando viu?
- Vai logo, mas não demora, quero te mostrar uma coisa.
Fico no mar alguns minutos e quando olho pra barraca onde estamos vejo o Rô e meus amigos fazendo sinal para que eu fosse até eles, estranho, mas vou o mais rápido possível, pensando que algo de ruim pudesse ter acontecido, quando chego, ele me abraça por trás e fala:
-olha para cima.
Todos olham para cima.
Quando olho, fico muito surpreso eu não acredito que...
Como sempre as reticências voltaram, desculpem-me, mas estava com saudades delas, ah para saber o que eu vi como sempre só no próximo conto, mas posso garantir que para mim foi muito lindo. Abraços a todos e como eu disse para me redimir pela demora estou postando dois capítulos, se der ainda hoje mando o próximo.
