Então, muito bom os comentários de vocês hein. Vale ressaltar que além dos comentários é importante as notas ok? Continuem opinando. Isso tem feito com que eu mude o rumo da história... Obrigado e boa leitura...
- Quer saber? Tá na hora de tomar uma atitude né. Eu tô te devendo isso Carlinhos. Vem cá.
Sua mãe estava na sala e nós nos aproximamos.
- Nossa, que bom que vocês fizeram as pazes.
- Pois é mãe. Na sua frente eu quero pedir pela terceira vez: Carlos, quer namorar comigo?
Como assim? A mãe dele não sabia o que dizer. O Bruno tinha tomado coragem e contado tudo a ela? Muitas perguntas na minha cabeça. Até que Angélica, chorando:
- O que você tá dizendo meu filho?
- É isso mesmo mãe. Eu tinha dito que estava triste porque briguei com o Carlinhos, mas foi mais que isso. Eu curto demais ele mãe. Eu amo esse muleque.
- Como irmão né?!
- Não mãe. Curto ele pelo carinha que ele é. Eu sei que é foda entender isso, mas...
- Mas nada Bruno. Você quer que eu faça o que? Abrace vocês dois e dê parabéns? Eu vou sair pra não perder a cabeça.
Ela bateu a porta e nem eu nem Bruno fizemos menção de ir atrás dela. Mas duas coisas ficaram claras: Bruno estava certo, nós íamos sofrer muito, mas o que ele havia feito mexeu comigo. De fato, ele tinha dado preferência ao que ele sentia por mim, em troca de ter estragado sua relação com a própria mãe. Por outro lado eu me sentia um monstro. Tinha estragado sua relação com a mãe e provavelmente meus dias naquela casa estavam com os dias contados. Não ia demorar ela contar pros meus pais e aí sim começaria o inferno.
- Num fica pensando demais não Carlos.
- Como não pensar, Bruno? Eu não sei se fico feliz com o que você fez ou fico triste. Fico pensando no que estar por vir.
Ele segurou meu rosto e me pressionou:
- Como assim? Agora não é hora de dar pra trás não cara. Eu fiz isso porque eu percebi que não posso te perder. Agora quem precisa decidir é você: bora continuar com isso ou não?
- Bruno, eu saí do conforto da minha casa pra vir atrás de você, correndo o risco de você estar com alguma piriguete ou simplesmente me expulsar daqui. Preciso responder?
- Te amo cara.
Ele me beijou. Nós nos beijamos. Eu sabia que o tormento estava apenas começando, mas não podia reclamar. O que eu tanto cobrei foi atitude e isso ele teve. Fomos pra sala e ficamos juntos, calmos. Finalmente. Liguei para minha mãe e disse que estava bem, apenas para não preocupa-la mais.
Mas preocupado estava eu. Onde Angélica foi e o que ela faria depois de ter ouvido do Bruno que ele amava o próprio irmão?
Fomos comer alguma coisa e Bruno sempre brincando. Ele estava realmente feliz. O que ele tinha de contente eu tinha de preocupado. Isso foi um tapa na minha cara, que antes não entendia todo seu medo. Agora sim. Estava tão medroso quanto ele. Enquanto comíamos, Angélica chegou e foi direto para a cozinha.
- Mãe, você tá bem?
- Não Bruno, não estou. Eu não consigo engolir essa história. Aliás, eu vou colocar um ponto final nisso.
- Mãe, não adiante. Eu quero o Carlos e a senhora não pode fazer nada.
- Para de falar isso Bruno. Você tá confundindo o que tá sentindo. Até ontem você era o galinha do Rio, agora você tá me falando que além de viado quer ficar com seu irmão? É demais pra mim.
- Olha só. Eu respeito demais a senhora que me criou praticamente sozinha. Mas se continuar com esse assunto a coisa pode mudar de rumo.
Estava demais até pra mim. Bruno estava decidido. Mais uma vez eu estava feliz por isso, mas estava muito triste. Eu não sabia que causaria tanto mal a ele. Incrível como a história modificou. Se há dois dias atrás eu o culpava de ter sido covarde, agora eu o entendia. Minha vontade era de sair dali e ir pra bem longe. Por mais que eu sofresse, talvez fosse melhor cada um ir pro seu lado e evitar tanto sofrimento. Se fosse pra sofrer que eu sofresse sozinho. Angélica continuou:
- Mas eu vou tomar uma atitude. Carlos, pegue suas coisas e vai pra rua. Você não fica mais na minha casa e eu vou ligar agora pro seu pai. Duvido que ele aceite essa pouca vergonha.
Decidi nem argumentar, mas Bruno disse alto:
- Se a senhora continuar com essa parada eu vou junto com ele e nunca mais olho na sua cara. E aí, como vai ser?
CONTINUA...