Agarre-se aos 16 - 3

Um conto erótico de Walmir Paiva
Categoria: Homossexual
Contém 973 palavras
Data: 21/08/2012 19:43:21

• 3 – Audições

Tentava dormir à noite, mas comigo só um pensamento estava: "Como José, um Zé Ninguém daquele se impõe em frente da Sofia daquele jeito?". Alguma coisa podre tinha naquela escola e Eu iria descobrir o porquê.

Acordei pela manhã, fiz a minha caminhada e depois fui para o banho para após tomar café. Despedi-me da minha mãe e entrei no carro com meu pai. Ele me perguntava como estava a escola, se os garotos de lá me chateavam, se tinha alguém interessante e aquele blá, blá, blá todo. Eu respondia a todas as perguntas com calma e mentindo, é claro. Não queria fazer papel de pobre ingênuo.

Cheguei à sala e pude ver que José me fitou até Eu chegar a minha banca. A sala ainda estava vazia. Aproximei-me dele; e quando sentei uma cadeira a frente ele disse levantado o chapéu:

– Sai daqui... Agora!

Tive medo da reação dele. Agradeci pelo que ele fez por mim, pedi desculpas e sentei-me de novo em minha cadeira.

As aulas passaram e Eu só pensava no José herói, no ato dele meio que protetor, e o José que olhava sombriamente para mim. Vi alguns cochichados na sala. Eram duas meninas falando da audição que teria para os times de vôlei, basquete, futebol e lideres de torcida – Sim, havia todas essas frescuras na nova escola. Então lembrei: A Sofia é líder de torcida. Vadia!

Pensei comigo mesmo: “Vou fazer a audição, passar, entrar para o clube e fazer todos se revoltarem contra ela.”.

As horas se passaram devagar nesse dia, os professores de educação física pegaram o intervalo e duas aulas após o intervalo. Fui pegar meu uniforme (Que até então não tinha pegado) e meu traje de educação física. Era um shorts de atleta apenas. Short esse que ficava super apertado e curto (Lembrando que minhas medidas mudaram. Eu agora tinha 1,62 de altura, 58 kg, 65 de cintura e 112 de quadril). O Short era o mesmo para todos (Regra da escola). Quando a secretária falou que ia me dar uma camisa P, retruquei na hora:

– Uma G, por favor!

Se Eu aparecesse com aqueles shorts e camisa P todos iriam zoar com a minha cara.

Desci para a quadra e vi uma galera se preparando. A audição para as lideres de torcida seriam as ultimas. Esperei, esperei e esperei. Parecia que não ia acabar. A coisa mais demorada foi o jogo de vôlei. No futebol algo me surpreendeu, José era do time e sempre que jogava uma partida de três minutos, eram somente ele, Marcos e Plinio. Eu tinha medo deles, eles eram muito brutos jogando. Acho que em certo ponto Plinio quebrou algo do menino que jogou contra eles.

Nessa aula Eu pude notar que Marcos e Plinio eram de fato garotos lindos. Eles jogavam com um sorriso estampado no rosto. E seus corpos... Eram coisas divinas. Pude também notar José. Ele era alto chegava a ter 1,85 – 1,90 metros aproximadamente. Assustei-me ao ver seu tamanho. Pela branca, não chegava a ser albino, olhos castanhos claro e deveria pesar bem mais de 90 quilos. Seus mamilos eram grandes, redondos e marrons. Ele era careca (Acho que passava a gilete em sua cabeça) e tinha poucos pelos pelo corpo. Eu estava assustado e algo passou pela minha cabeça: "Ele deve beijar bem". Não! Eu não poderia estar pensando nisso. E sim, Eu queria saber como é ser beijado por um cara daquele tamanho e físico. E não, Eu ainda não pensava em sexo. AindaLogo depois do futebol foi o basquete e depois as lideres de torcida. Primeiro foi o grupo feminino. As meninas eram realmente boas. Pensei comigo: "Adeus sonho de destruir a Sofia!", Quando fui interrompido por Marcos:

– Vou comer todas vocês que passarem no teste!

As meninas ficaram animadas. Bando de oferecidas.

Enfim chegou a apresentação do grupo dos meninos. Eu estava nervoso, mas estava confiante. Das 23 meninas que fizeram um teste 9 passaram. A professora avisou que para os meninos seria uma decisão difícil: 14 concorrentes, três vagas. Nessa hora Eu gelei e pensei: ”Eles são melhores que Eu.”.

Seis garotos se apresentaram e depois foi minha vez. A professora pergunta:

– Sabe dar mortal? Piruetas? Sabe dançar?

Eu olhei pra ela e disse:

– Viva e verá.

Ela riu e me desejou boa sorte.

Coloquei no som um mash-up de toque de música de Funk com a música "I Feel Good". Mas uma vez fui aplaudido e muitos gritavam. Algumas pessoas estavam de cara feia (Como a Sofia) e outros sorrindo. Pensei comigo mais uma vez "Eu matei aquela garota de raiva.". Quando Eu ia sair, a professora de educação física perguntou:

– Pra onde acha que vai? - E antes de Eu responder ela concluiu: – Tire a roupa para tirarmos suas medidas.

E assim o fiz. Fiquei apenas de shorts como ela pedira, quando ouço um comentário infame:

– Hoje Eu te como, meu veadinho.

Explodi de raiva e fui ao banheiro tomar banho e me trocar. Quando uma mão me puxa pelo cabelo e me beija sufocante. Senti mais nojo do que com o beijo de Pedro. Quando olho pra ver quem me beijava... Era Marcos. Tentei me livrar do beijo, mas ele não me deixava escolha. Era algo nojento e errado; comecei a chorar quando ele me dá uma tapa na cara e diz:

– Cala a boca que hoje você vai ser meu.

Tive medo daquilo e comecei a gritar. Ninguém ouvira. Ninguém chegou ao banheiro, e Marcos ainda me beijava. Quando ele me empurrou pra dentro de uma das cabines uma mão forte dá um soco em Marcos e o faz cair desmaiado. Com medo pensei: "Foi pior. Se Marcos não me deixava escolha esse daí... Estou em apuros.".

Foi quando uma voz grave e rouca perguntou:

– Você está bem? Ele te machucou?

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