Adestrando Betão (13)

Um conto erótico de Matheus
Categoria: Homossexual
Contém 2232 palavras
Data: 23/08/2012 20:13:41

Capitulo 13 – Finalmente, libertação. Mas a que preço?

Cristovão gritando: -Como assim animal!?!?! Como você diz sim senhor pra esse verme? Seu sim senhor é só para mim!!!

Cristovão mal viu o movimento completo de Betão. A sua mão aberta atingiu o seu rosto com tanta velocidade e violencia que tudo que ele sentiu foi a dor que acompanhou o estalo da mão pesada e grossa de Betão em sua face. Ele se desequilibrou e caiu no chão.

Betão com som de furia em sua voz: -RESPEITE O RICARDO!

Ricardo estava confuso. Ele ao mesmo tempo sentia medo de tudo que estava acontecendo ali assim como sentia-se seguro pela presença de Betão, também não entendia como sobrepos de maneira tão eficiente o dominio de Cristovão sobre Betão. Sentia-se também orgulhoso, afinal agora ele estava no comando. Mas Ricardo não gostava de violencia, mas uma coisa ele precisava fazer.

Ricardo em tom firme: -Sabe Cristovão, eu não sou como você, nunca me ocorreu me aproveitar de ninguém, nem escravizar um parente e ordenar que ele faça qualquer tipo de serviço sujo como você fez. Mas uma coisa eu preciso fazer você sentir, eu quero que você sinta o que eu senti quando você fez isso comigo.

O velho Cristovão se levantava com o rosto marcado pela mão de Betão.

Cristovão com odio: -Eu não tenho medo de você. Meu bicho só esta confuso, mas eu vou já já colocar ele de voltar nos eixos.

Ricardo: -Eu duvido, ele é um cara bom, só esta desencaminhado por sua causa, e agora, comigo, eu vou mostrar o caminho certo pra ele. Mas antes...

Ricardo se virou para Betão e em tom de ordem: -Betão, PEGA!

Sim, Ricardo conseguiu o que queria. Ao ouvir o comando dele o coração de Cristovão gelou, a boca secou e o medo tomou conta dele, ele sabia o que Betão fazia quando recebia esse comando. E o medo cresceu ainda mais ao ver a raiva no rosto do neto, raiva que ele já viu diversas vezes direcionadas para os outros, agora indo para ele. Betão se moveu rapidamente em sua direção, ele se virou para tentar fugir mas foi em vão. Antes de começar o movimento Betão o segurou pelo Braço e puxou com violencia. Ainda no movimento o fez se curvar e torceu seu braço pelas suas costas com tanta força que o estalo dos ossos do ombro o fez soltar um grito de dor. Betão levantou alto o braço e fechou a mão, era claro que ele aplicaria um golpe violento nas costas do avó, Ricardo ao perceber isso o parou:

Ricardo firme: Betão, pare!

Ele parou congelado olhando para Ricardo.

Ricardo se aproximou de Cristovão, se abaixou e disse: -Adimita, estar nessa posição é tenebroso não é? Se sentir indefeso, ser incapaz de se soltar e saber que se ele continuar com esse braço ele pode te aleijar. Não da medo?

Cristovão nada falou apenas olhava com odio para Ricardo.

Ricardo: -Solte ele Betão.

Betão obedeceu, embora não tenha gostado da ordem. Ao se virar viu Fred se levantando.

Ricardo: -Agora com ele, bota ele para dormir Betão.

Fred com odio: -Pode vir babaca, já te espanquei varias vezes, não vai ser diferente agora.

Ricardo não gostou do que ouviu: -Mas antes, quebre o braço dele.

Um sorriso surgiu no rosto de Betão que respondeu lentamente e com satisfação: -Sim senhor!

Fred se pos em posição de luta, com o punhos cerrados e os braços na altura do peito enquanto Betão de peito aberto ia em direção a ele. O primeiro soco de Fred acertou o rosto de Betão em cheio, que se virou pra ele ainda com o sorriso que sustentava desde a ordem de Ricardo e fez algo completamente novo. Falou enquanto recebia ordem.

Betão: -Eu já cheguei a sonhar com isso sabia?

Fred sabia que não tinha chances, que espancava Betão quando este tinha ordens para não se defender, e ainda assim era necessario bater muito e com muita força. Quando o soco de Betão atingiu sua bochecha ele sentiu os dentes do lado esquerdo do seu rosto partirem. Com o impacto do soco ele foi atirado contra a parede onde acertou o septo já partido pelo soco anterior. O misto das duas dores quase o fizeram desmaiar, mas antes mesmo de cair no chão Betão o pegou pelo braço e o segurou. Ele chegou a olhar para Betão o segurando ainda com aquele sorriso.

Betão: -Viu o que é um soco?

E em seguida o torção que partiu o osso do seu braço. Agora sim, a dor foi forte o suficiente para o desacordar.

Cristovão: -Bicho essa é sua ultima chance, pare com essa idiotice e eu te perdoo, volte agora a me obedecer!

Betão mais uma vez surpreende, e aquela postura obidiente, sempre controlada se esvai por completo e claramente transtornado começa a gesticular e andar em direção do avó: -Bicho! É só assim que tu me chama!!!! É só assim que você me trata desde que eu me lembro. Eu já bati em minha irmã por tua ordem!! Eu já botei medo eu meu coroa!! Eu já roubei, eu já sequestrei eu já matei por sua ordem e sabe porque? Porque eu tinha medo de você, eu não sei porque mas eu tinha medo. Eu não tenho medo de Ricardo, ele não tem medo da avó, eu não quero mais ter medo! Eu não quero mais fazer as coisas porque tu me mandou! Eu não quero mais ter que agir como você manda! Eu quero ter amigos, eu quero ter familia, eu quero ser normal!

Cristovão não acreditava no que estava ouvindo, mas respirou fundo e riu sinicamente: -Mas você não pode. Você não é normal. Você não foi criado, você foi programado. Treinado. É só para isso que você serve. Quanto tempo você acha que aguentaria uma vida normal? Você não nasceu para isso.

Ricardo revoltado: -Quanta merda é essa que você esta falando? Ele tem direito a tudo isso sim, e se você não vai dar para ele, eu vou dar. Ele vai viver uma vida normal comigo.

Cristovão agora entedia, e com isso riu alto: -Meu deus, então o meu pitbull na verdade é Lessie!! Você esta apaixonado pelo franguinho!

Esse foi o erro de Cristovão. Betão era extremamente controlado em suas emoções, estava totalmente pronto para obedecer ordens, ate as humilhações do avô ele suportava e ate achava as vezes merecedor delas, mas naquele momento de liberdade, momento que ele teve coragem de encarar o avô e falar tudo que tinha engasgado, aquela humilhação era a gota d’agua. Betão se descontrolou e socou de maneira continua e violenta Cristovão. Ricardo se assustou com a reação dele e não sabia o que dizer, o que falar. Betão continuava a socar de maneira descontrolada o avo que já havia caido no chão e estava coberto de sangue, só então que Ricardo gritou:

Ricardo: -Para Betão!!!

Betão que estava ajoelhado sobre o avô, abriu os braços e soltou um grito, alto e grosso, no qual apenas se ouvia um: AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH!

As suas mãos cobertas do sangue do avô e este no chão completamente desacordado e com a face destruida. Ele se levantou e olhou para Ricardo.

Betão serio: -Vamos embora daqui.

Ricardo assintiu com a cabeça.

Betão soltou Jair que estava abismado com tudo que tinha acabado de assistir. Ricardo tentava acordar o tio, que ainda respirava, mas não teve sucesso, Betão então o jogou sobre o ombro e seguiram para fora daquele lugar. Chegando no carro, Ricardo usou uma garrafa de agua mineral para ajudar Betão a lavar as mãos ensanguentadas. Mais da metade do caminho de volta foi feito em silencio. Foi quando o silencio foi quebrado.

Jair: -Se o velho sobreviveu ele vai vim atras de vingança.

Ricardo: -Esse é o menor dos nossos problemas agora! Meu tio precisa de um medico.

Betão: -É para lá que estamos indo. Pra um medico.

Ricardo: -É quem estou pensando?

Betão: -É sim.

Ricardo: -Não, nos vamos para o hospital.

Jair: -E isso mesmo que você quer? La vai ter que ter explicações, é isso que precisamos agora?

Ricardo se virou serio para o tio: -Para alguma coisa essa fama maldita de Betão tem que valer. Betão para o hospital e chegando la corte qualquer explicação.

Betão ficou calado, mas obedeceu a ordem de Ricardo. A verdade é que ele estava se sentindo pela primeira vez liberto. A possivel morte do avô era o que ele precisava. Não sentia mais medo de ninguem, alias ele praticamente nunca sentiu medo de nada que não fosse Cristovão. Ele experimentava o sabor da liberdade e não se preocupava com o que tinha acabado de fazer para consegui-la.

Já na cabeça de Ricardo tudo estava misturado e confuso. Estava preocupado com o que poderia ter acontecido com Cristovão, não porque gostasse dele, mas como isso se viraria contra Betão, fora que sentiu que se descontrolou, ele, justamente ele, tão averso a violencia incentivou Betão, e talves esse incentivo tivesse causado uma morte, fora que saber que Betão era capaz de ser tão violento era uma coisa, presenciar é outra. Ele estava assustado, nervoso, tenso e sim, com medo.

A chegada no hospital foi tranquila, Betão tomou a frente e com a sua postura firme e as vezes até grossa, ordenou o atendimento e cortou qualquer pergunta sobre o que causou o seu estado, que para o alivio de Ricardo e Jair não era grave, assim como também não o de Jair que também foi examinado e medicado. Porem pela perca de conciencia Alceu teria que passar a noite em observação. O amigo Jair decidiu ficar ali junto com ele.

Jair: - O que a gente vai fazer?

Ricardo: - Por hora, nada, amanha nos encontramos e vemos como vamos lidar com tudo isso.

Betão: -Não temos que lidar com nada, passou, já era, os dois tão acabados.

Ricardo: -Você acha que os dois capangas que você colocou pra dormir a essa altura já não acordaram e prestaram socorro aos dois?

Betão: -Antes de invadir e providencie que os dois carros que tavam la não funcionassem mais.

Ricardo: -Ainda assim, Betão a gente precisa...

Betão em tom de raiva: -A gente não precisa de nada! Ninguem pode comigo, se eles vierem para cima de mim eu acabo com eles e com quem eles mandarem, agora esse assunto morreu!

Ricardo e Jair se assustaram com a colocação de Betão. E ele continuou.

Betão falando alto: -Eu sou Betão porra! Aqui nesse caralho de cidade quem manda agora sou eu! E foda-se o resto! Agora vamos embora.

E saiu em direção ao carro.

Jair pasmo: -Ele pirou. Ta achando que virou o novo manda chuva.

Ricardo não respondeu durante alguns segundos: -Cuida do tio e qualquer coisa liga no meu celular, a cobrar mesmo.

Jair pegou no ombro dele: -Eu não sei como você fez para controlar esse cara uma vez, mas eu sei que você faz duas. E olha, obrigado, você salvou minha vida e a do seu tio hoje.

Ricardo pegou em sua mão sobre o seu ombro e riu sem graça para ele e foi em direção ao carro de Betão.

Ricardo botando sinto de segurança: -Para aonde a gente vai?

Betão seco: -Para minha casa.

E começou a seguir com o carro. Porém Ricardo notou que ele se dirigia para a residencia dos Mattos.

Ricardo: -Betão, espera, essa é a casa da sua familia.

Betão: -Isso ae, agora minha casa.

Mas ao passar em frente a roça da avó de Betão, ele parou o carro.

Betão: -Pronto, ta entregue.

Ricardo: -Betão, a gente precisa conversar.

Betão: -A gente conversa quando tiver afim. Agora passa fora, quero ir pra casa comemorar.

Ricardo desceu do carro. E assistiu o veiculo se distanciar. Ricardo pensou consigo mesmo. Ele mudou, e não foi dificil mudar. Ele só precisava de alguem que o libertasse e eu fiz isso. Ele agora não precisa mais de mim. Que merda! Porque fui me apaixonar justamente por esse cara.

Mas Ricardo estava parcialmente errado. Betão não tinha mudado, estava apenas embreagado pela sensação de liberdade, mas ao chegar em casa e abrir a garrafa de uisque a qual tomou direto da garrafa e alcançar o terceiro gole percebeu que estava só. A familia dele era quebrada e desfuncional. Não sabia como o pai reagiria ao saber o que ele fez contra o avô, e pior o porque ele fez. Ele não era gay, na cabeça dele Ricardo era gay. O alcool terminou de confundir os seus pensamentos e quanto mais ele bebia mais começava a sentir medo do que fez, que ele tinha matado o seu comandante, que fez tudo errado, que precisa de alguem para dizer a ele o que fazer, o que ele faria agora? Para onde iria?

Desesperado começou a socar a parede da sala. O barulho acordou o seu pai que chegou na sala e viu a cena, a montanha branca de musculos que ele tinha como filho sem camisa, socando a parede da sala enquanto o sangue escorria pelas suas mãos:

Matto: Roberto! O que você esta fazendo!?!?

Foi quando ele se voltou para o pai com os olhos cheios de lagrimas: -Foi culpa minha, foi tudo culpa minha, desobedeci meu senhor por causa de um viado pai, por causa de um viado!

Raul Mattos não entendeu nada.

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Comentários

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Simplesmente, o retorno perfeito !!!! Parabéns Matheus !!!! 10000000

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Simplesmente, o retorno perfeito !!! Parabéns Matheus !!!!! 100000000

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Puxa pensei que tinha nós abandonado!!! sentei falta de seus contos

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Como é bom te "ver" por aqui novamente! O conto continua ótimo!

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Que bom que você voltou... Algumas partes muito fantasiosas... Porém, ótimo como sempre... Parabéns!!!!!!!!!!!!

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Cara, sem comparação...Adoro teus contos e fiquei esperando pelo seu retorno a semanas, fiz até uma conta aqui pra te monitorar e ver quando você ia voltar.E vejo que voltou a mil hahahaha demais como sempre sou seu fãnzasso :D

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aaaaaaa...ele voltou!! matheus, tu não sabe a falta que tu fez aqui, eu fiquei semanas esperando sua postagem que finalmete chegou!hehehehe...nota 10 como sempre!!

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Uhuuuu amem ele voltou cara amei amei amei seus contos são maravilhosos parabéns e não demora tanto pf

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Até que fim... Pensei que fosse nos abandonar, sentimos sua falta... Fico muito feliz que tenha voltado pra dar continuação aos seus contos pois, assim como muitos outros é muito bom reservar um tempinho para lermos... Agurdo ansiosa a continuação e por favor não suma mais uma vez nos deixando a ver navios... E espero que Betão volte a raciocinar... Perfeito 10

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Que bom que voltou, Matheus! Eu ia num Centro Espírita, tentar uma comunicaçao! [risos] Estava muito preocupado! Abraço afetuoso!

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Que beleza! Voltaste!!!!! Já tinha perdido a esperança de encontrar novos contos teus aqui. Todo dia , nos últimos meses eu visitava teu perfil em busca de algo, mas, nada. Hoje quase não acreditei: havia o capítulo 13!!!! Concordo com uito do que foi dito. Espero que a liberdade repentina não afete seriamente o Betão a ponto de ele estranhar o Ricardo e se voltar contra ele. Gostaria muito de que se acertassem e que o Betão reconhecesse que realmente ama o Ricardo apesar de "não ser gay"(kkk). Espero continuação tanto deste estória quanto da hist´ria do bRuno.Um abraço carinhoso,Plutão.

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