Árvores do Outono

Um conto erótico de Clarisse F
Categoria: Heterossexual
Contém 1152 palavras
Data: 23/08/2012 21:28:13
Assuntos: Heterossexual

Outro beijo. Não reagi. Eu seria menos promiscua se eu tivesse reagido? Me senti na obrigação de me fazer feliz. Permiti-me ser feliz. Mesmo que isso fosse um erro. Predominava no ambiente um aroma de hortelã, ou seriam cravos? Algo que lembrassem gomas de mascar caras. Você me fez deitar na grama de modo que minha cabeça ficou rente ao meu corpo. Depois você se aproximou de mim e olhando em meus olhos subiu suas mãos por baixo da minha blusa até minha cintura. Eu estremeci. As suas mãos não eram de tudo macias, mas o seu toque firme, quente, me fazia ter desejos perversos. Não consegui esconder meus pensamentos, acabei sorrindo de forma maliciosa, lhe provocando. Meus olhos miraram o seu corpo como se eu pudesse despi-lo com o olhar. Depois lhe encarei até perceber que eu tinha conseguido o que eu queria: sua excitação.

Você largou minha cintura se ajoelhando sobre a grama tirou sua camisa por cima. Mordi meus lábios e em seguida passei a língua por eles. Me sentei com as pernas dobradas. Você veio até mim e mordeu meu pescoço enquanto sua mão rapidamente pousou sobre meus seios. Lhe afastei com minhas mãos, você não entendeu minha reação. Mas naquele dia eu queria lhe impressionar. Estava cansada de sempre ser você quem me fazia ter demasiado prazer ou quem surpreendia. Você me mudou demais. E a prova de que eu estava mudada era a forma como eu estava agindo. Assim que lhe afastei, me ergui sem fazer comentários, retirei meus sapatos e andei até a outra árvore. Você continuou sentado me olhando pensando talvez se eu era maluca. Eu não havia idealizado aquela cena, mas tudo corria exatamente como eu desejara.

Então me escondi atrás do tronco áspero e marrom da alta copa e tirei meu vestido expondo meus seios firmes e macios e usando apenas a roupa de baixo. Consegui surpreender você. Me virei ficando de costa para você, meus cabelos que antes voavam para trás por causa do vento violento, agora voavam para frente fazendo com que eu levantasse as mãos para arrumá-lo. Eu não era acostumada a ficar muito tempo descalça, e a ausência dos meus sapatos geravam um pequeno incomodo que eu disfarçava. Vi a sombra da única pessoa que estava por perto. Você caminhava silenciosamente até mim como quem quisesse me assustar, seus passos eram mesmo quase inaudíveis. Porém quando estávamos muito perto um do outro eu me virei bruscamente e nossa distância foi de meros dez centímetros.

E foi nesse momento que meu plano de ser controladora e deixar um homem aos meus pés foi por água a baixo. Você me encostou ao tronco da árvore de modo que minhas costas se arranhassem, mas tanta excitação fez com que eu mal me importasse com isso. Depois você colocou uma de suas mãos por baixo da minha nuca e puxou suavemente meu cabelo com a intenção de levar meus lábios até os sues. Diferente dos nossos outros beijos, essa foi rápido e indelicado. Aos nos aproximarmos, meus seios tocaram no seu corpo e você levou sua boca até eles, mordendo-os. Eram mordidas fracas, mais nos bicos do que na auréola. Dei um leve suspiro, eu já conseguia sentir a rigidez do seu membro encostar-se contra meu ventre.

As suas mãos subiram pelo interior das minhas coxas e se acomodaram dentro da minha roupa de baixo, mas ainda não tocavam nenhum ponto que me dessem prazer. Ficamos assim alguns instantes, com apenas meus seios recebendo a devida atenção. Em seguida você parou e se afastando de mim, despiu-se, ficando completamente nu. Resolvi fazer o mesmo. E agora éramos um casal abandonado naquele campo abandonado pela cidade. Você me assegurou que ninguém passava por ali, me deixando mais confortável e menos receosa. Você se sentou na grama e me chamou, de forma que me abaixei e me ajoelhei sobre você, posicionando cada uma de meus joelhos de um lado. Você me penetrou. Nossos rostos ficaram um oposto ao outro, como se fossemos um espelho. Eu estava transformando em amor o que era apenas sexo.

Seu órgão roçava dentro do meu. E esse atrito gerava um prazer indescritível para nós dois. Começamos devagar e logo nosso ritmo já era rápido e sincronizado. O jeito que você segurava minhas costas e me aproximava de você, fazia parecer que nos tornaríamos um só de tão unidos que estávamos. Ao menos fisicamente. Eu me contraía toda. E em breve tive um orgasmo prolongado e senti meu mel escorrendo pelas minhas coxas. Você ao perceber, teve uma expressão que sugeria que em breve você teria o mesmo. Por isso saí de cima de você. Lhe deixei sem entender minha reação. Eu estava conseguindo ser imprevisível. Então ainda ao seu lado coloquei seu membro em minha boca. Era a primeira vez que eu fazia isso, pois ouvira falar que moças de família não deviam fazê-lo, mas naquele momento não me importava.

Não sabia como fazer aquilo corretamente por isso com a boca bem pressionada mas sem movimento, apenas fiquei enrolando minha língua ao redor da ereção. Passava ela rapidamente, em círculos e depois de cima para baixo. Você deu um leve suspiro, mas percebi que eu ainda não estava sendo suficiente. Então com as duas mãos segurei firme seu órgão e apertei fazendo movimentos de vai-e-vem com os dedos ao mesmo tempo em que passava a língua na parte superior, dei uma leve mordida em sua glande e percebi que você se tornou ainda mais rígido. Em seguida, sem previsão, coloquei seu prazer todo em minha boca e comecei a chupá-lo. Eu forçava meus lábios contra sua excitação ao mesmo tempo em que passava a língua rapidamente no órgão inchado. Você começava a ofegar e não tardou que um longo jato de goza caiu direto na minha garganta me fazendo engolir aquele líquido quente. Olhei direto nos seus olhos e percebendo que eu ainda tinha um pouco de sêmen nos lábios, passei a língua ao redor deles.

Eu e você estávamos bastante satisfeitos. Para finalizar você me puxou pelos cabelos e disse nos meus ouvidos que de santa eu só tinha o sobrenome da família. Rimos juntos e em seguida eu coloquei minhas mãos ao redor do seu pescoço como quem abraça, e lhe disse que vocême fazia muito feliz. Você retribuiu meu carinho e me beijou suavemente. Vestimos nossas roupas e decidimos que agora iríamos caminhar por aquele local que a tanto tempo ele não ia. O sol descia pelo o vale, e agora só metade dele se aparecia. O céu, não continha mais um traço sequer de azul. Era em sua maior parte laranja e se olharmos mais para o alto veríamos algo como um roxo dando indicações de quem em breve seria noite. Percebi que nessa parte roxa havia estrelas. Foi a primeira vez que vi estrelas ao mesmo tempo em que eu podia ver o sol.

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VOCÊ SE EXPRESSA MUITO BEM, COLOCA AS PALAVRAS EM ORDEM, ENFIM PARABÉNS, ADOREI SEU CONTO,ME ADICONA , seri um prazer poder tê-la como amiga ......dantonalbuquerque@hotmail.com

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