Vem fácil, vai fácil

Um conto erótico de killinghearts
Categoria: Homossexual
Contém 812 palavras
Data: 25/08/2012 11:42:53
Assuntos: Gay, Homossexual

- Acorda, Francisco. Hora de levantar, menino! Toma seu banho rapidinho que a gente tem que sair mais cedo quinze minutos hoje. - gritava minha mãe, às 7h da manhã. Gritou tão alto que os vidros quase rachavam-

"Ok, acorda Francisco. É terça-feira, dia de prova de matemática (que inferno), e você tem que estar preparado para enfrentar todos os números e mais alguns. Obedeça à sua mãe e se levante, tome seu banho e coma bem para estar bem preparado para esse atarefado dia". Obedeci ao meu pensamento e me levantei. Ah, como sabe uma água quente escorrendo por nosso corpo logo de manhãzinha. Me limpei, vesti minha roupa e desci com a mochila ainda aberta. Minha mãe já estava arrumando a comida, meu pai buzinava no carro e eu mal conseguia assimilar tanta informação. Porra, vamos com calma! Peguei uma maçã, coloquei manteiga num pão e enquanto isso bebia um copo de leite frio, sem açúcar.

- Mas esse muleque não anda? - resmungava meu pai.

- Vamos lá, Francisco, que demora! - dizia minha mãe, colocando os brincos em frente ao espelho da sala de estar.

- Pô, acabei de acordar, tomei meu banho rapidinho, - ops, a maçã caiu no chão e meu cão fez questão de a roubar - e ainda tenho que andar mais rápido que isto? Pareço quase o Usain Bolt ao almoço.

- Sem resmungar, Chico, vamos lá. - minha mãe já estava pronta, e quase que me puxou pelo braço.

Cheguei na escola às 07.50h, e teria de esperar uns longos 25 minutos para a primeira aula. Infelizmente nenhum dos meus amigos estava no colégio àquela hora, e então decidi ir para a biblioteca.

- Bom dia também para você! - quem falou foi a Dona Fátima, responsável pela biblioteca e uma das personagens mais aborrecidas que jamais tinha conhecido. Sua voz aguda quase me furava os tímpanos.

- Bom dia, Dona Fátima. Tem algum computador livre?

- Claro que tem, mas porque você não lê um livro enquanto? Oh, tem aí uns novinhos em folha fantásticos, você vai adorar! Um deles fala sobre... - continuou falando, enquanto que eu olhava para o teto, para o chão e para as paredes. - Portanto, acho que você deveria ler o que está na ponta do lado esquerdo, na 4ª fila da 3ª estante do lado esquerdo.

- Ah sim, vou ler esse mesmo, mas primeiro tenho que ir ao computador.

- Ai menino, que viciado na tecnologia! - verdades, verdades - Deixa ver seu cartão de estudante... Muito bem, pode ir.

Boa, consegui livrar-me de Dona Fátima. Enquanto que navegava pela web, pesquisando absolutamente nada, sinto alguém tocar em meu ombro duas vezes. Retiro os auscultadores e viro a cara para ver quem me tirava do meu estado zen.

- Oi... será que posso usar o seu pc para imprimir umas coisas? - disse ele, com o rosto visivelmente corado.

Olhei em volta... Bem, todos os computadores estão ocupados com gente trabalhando e eu aqui relaxando, portanto, porque não?

- Sim, esteja à vontade... - disse, um pouco grosseiro.

- É que estão todos ocupados e então como vi que você estava apenas ouvindo música...

Opa! Espera um pouco... Que rapaz bonito! Cabelo castanho desgrenhado, um pouco de barba, olho verde... Pode usar à vontade! Merda que eu falei em tom grosseiro.

- Não tem mal, pode usar à vontade. Vou só guardar os fones em minha mochila...

- Não, é só mesmo para imprimir umas coisas, só demora dois minutos... Pode ficar. - disse, olhando fixamente em meus olhos. Nossa, estou-me sentindo quase despido só com esse olhar.

- Ah posso? Obrigado! - falei com ironia.

Ele riu, eu ri. Em dois minutos, tal como ele tinha dito, já estava tudo feito. Aff, podia ter demorado uns dez. Mas ao mesmo tempo que penso isso o sinal toca e tenho que ir para minha aula. Nunca tinha desejado tanto ficar na biblioteca.

- Bem, muito obrigado... - falou, estendendo a mão.

- Pô, de boa! - o cumprimentei e sorri. Ele corou um pouco.

As aulas passaram a correr, os intervalos também. Vi-o uma vez ou outra nesse dia, mas sempre foi muito rápido; ou eu olhava para ele e ele olhava também mas desviava logo o olhar ou então o contrário. Eu nem sabia o nome dele, mas tinha mexido comigo.

Não me poderia apaixonar novamente, uma vez que tinha saído de uma relação um pouco conturbada, que tinha durado dois anos. O motivo de ter acabado? Simples. Ele, Luís, meu ex-namorado, tinha vergonha de nós. Como começaram a desconfiar que eu e ele tínhamos algo, ele começou a xingar-me em frente aos seus amigos e ninguém mais desconfiou dele. Portanto sim, todo o mundo sabia da minha orientação naquela escola. Sorte que tinha amigos e que era uma pessoa bastante sociável, pelo que não sofri muito com isso.

Voltando ao assunto principal... quem era esse rapaz? Nossa. Deitei em minha cama pensando nele. Nele e em Luís, porque também não me saía da cabeça ainda.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive killing hearts a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Olá... Meu nome é Rubia e meu marido se chama Beto. Adoramos seu conto, nos deixou com muito tesão. Também publicamos um conto aqui. Se chama "A procura de um amante". Temos um blog com muitos assuntos e fotos relacionados a sexo e também com nossas aventuras sexuais. Visite... Com certeza irá gostar e ficar com muito tesão. O endereço é: www.rubiaebeto.comunidades.net

0 0