Agarre-se aos 16 - 8

Um conto erótico de Walmir Paiva
Categoria: Homossexual
Contém 625 palavras
Data: 25/08/2012 12:40:05

• 8 - O primeiro beijo que valesse

Realmente, Eu não tive reação nenhuma enquanto ouvia o que ele dizia. Eu estava com medo e ao mesmo tempo feliz. Eu não sabia como reagir. Aquilo era novo pra mim. Até então nenhum homem havia falado aquilo. Eu saí do carro e fiquei encostado na porta. José posicionou-se rapidamente ao meu lado. Sua cara era de fúria e mesmo assim continuara lindo. Ele percebeu que Eu não iria responder e deu um soco na porta de trás do carro. Eu estava assustado, agora bem mais. Ele estava com o braço aberto, acima da minha cabeça (O que me fazia ficar entre seus braços), e encostado na porta. Eu não sabia o que dizer, mas sabia que se ficasse calado ali, Eu o perderia pra sempre. Tive que tomar uma atitude. Ele estava de cabeça baixa o que facilitou muito naquele momento. Eu fiquei na ponta do pé e o beijei. Ele retribui. Foi o melhor beijo que já havia recebido. Dessa vez senti algo doce em meus lábios e meu estômago formigando. Eu sabia que o amava e isso era o que importava. Eu estava beijando o homem que Eu amava. O beijo durou alguns segundos, muitos segundos. Quando abri os olhos vi o rosto de José em uma felicidade tamanha. Eu também provocara a mesma sensação que ele provocou em mim durante o beijo. Ele tirou as mãos que estavam encostadas no carro agarrou-me pela cintura e me levantou. Desceu-me um pouco e dessa vez não precisei ficar na ponta do pé, Eu estava suspenso por ele. Naquele momento Eu percebi que Eu não era o único que amava. Naquela relação Eu era retribuído. Eu nunca havia me sentido tão bem quanto estava naquele momento. Ele me soltou e disse:

– Prefiro quando você fica na ponta do pé... Acho bonito você implorando carinho.

Eu ri. Por mais que a piada tenha sido um pouco ofensiva, Eu ri. E levantei na ponta do pé para beija-lo mais uma vez. Era bom sentir a língua dele em minha boca. Era algo quente e que me fazia ir ao céu para buscar fôlego e voltar a terra.

Um toque do meu celular estragara o momento. Era meu pai. Interrompi o beijo, mas José pedia pra que Eu não parasse. O Beijei a testa e disse:

– Preciso atender!

Ao apertar o botão verde, meu pai do outro lado da linha:

– Onde você está? Está bem? Quer que Eu vá te buscar?

Eu falei calmamente:

– Pai, Eu estou bem. Logo mais estou em casa. Encontrei com o José na festa e ele vai me levar aí, Okay?

Na hora que terminei a frase José tomou o celular da minha mão e tirou a bateria em instantes. Com uma cara e ar de cínico ele falou:

– Opa! Descarregou. Hora de voltar pro MEU BEIJO.

Tenho que admitir: Adorei a atitude dele e ele dando ênfase no “MEU BEIJO”. E assim se foi o nosso ultimo beijo. Ele me levantou na porta do carro me deixando um pouco mais alto, porém não mais alto que ele, e me dando o beijo. Aquele beijo que só ele sabia fazer.

Então ele me soltou, abriu a porta do carro e pedira para que Eu entrasse, pois iria me levar pra casa, como ordenara meu pai.

Chegamos em casa. José me deu um beijo de boa noite e falou que me amava, retribui do mesmo jeito. Sai do carro, ele abriu e janela e gritou:

– Sogrão!!! Ele tá entregue.

Fiquei morto de vergonha. Aquilo me agradara e enfurecia; coisas que só José sabe fazer.

...

Eu o amara mais e mais

...

Entrei em casa e meu pai me aguardara na porta:

– Sogrão hein?

...

Fiquei congelado. Céus!!! E agora?

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