Primeiro Namorado - Parte 4

Um conto erótico de Dirtyboy
Categoria: Homossexual
Contém 2600 palavras
Data: 25/08/2012 15:51:00
Assuntos: Homossexual, Gay, Romance

Olá seus lindos! Decidi postar logo essa parte hoje, mas a próxima não tem sei quando vou postar. E comentem! Adoro comentários! Beijos.

Parte 4 – A Festa

Nem precisa dizer que eu fiquei o resto do dia pensando no eu poderia ter feito com o Henrique. Ele jogou verde para mim, brincou comigo, me fez de idiota. E eu não podia fazer nada. Eu não tinha como fazê-lo pagar. Mas eu vou encontrar um jeito de atingi-lo... E rápido.

Eu contei para Sara o que aconteceu, e ela ficou surpresa. Disse que só podia ser mesmo para me testar, e ela tinha razão.

No dia seguinte, ocorreu tudo normal. Mas eu não conseguia de parar de olhá-lo de vez em quando na sua mesa durante o intervalo. Ele ria com os amigos, com aquele sorriso lindo dele. Eu estava com os amigos da Sara, que finalmente eu tinha me enturmado. Eram pessoas muito legais.

— Não! Eles pareciam que iam morrer! – disse Clara. Uma morena de cabelos cacheados e olhos castanhos.

— O pior foi o Bruno chorando por causa da Sara! – disse Pedro. Um garoto de cabelos cacheados, pele bronzeada, e olhos castanhos claro.

Bruno era o namorado de Sara e amigo de Pedro. Ele ficou todo vermelho. Bruno era muito bonito também. Forte, mas não tanto quanto Henrique, branco, cabelos lisos e pretos.

— Só chora quando tá bêbado! – comentou Clara rindo logo em seguida.

Eles estavam falando de uma farra que teve na casa do Daniel, uns dos amigos podres de rico do Henrique.

— Hugo, você perdeu! Na próxima, não deixo você faltar! – disse Clara. Ela era muito elétrica. Eu gostava muito dela, pois tira qualquer um do desamino com seu humor super aminado.

— Eu vou mesmo, estou precisando me divertir um pouco. – falei tentando estar animado. — Quando vai ser a próxima? – perguntei para Clara.

— A próxima... – ela fez um suspense. — Vai ser a melhor desse ano, por isso não devemos faltar!

— Fala logo! – a apressei.

— O aniversário de Henrique Cardoso.

O quê? O aniversário do cara que me odeia? Nem morto.

— Acho que eu não vou... – comentei.

— Hã? O que você disse? Não escutou direito o que eu falei? O cara mais foda e rico do colégio vai dar uma festa de aniversário! Na casa gigante dele, e você não vai? – disse Clara bestificada.

— Ele não gosta de mim, e não sei se você não viu, mas ele e os amigos dele me humilharam na frente de todo o colégio. Além disso, tenho certeza que não serei convidado.

— Não existem desculpas Hugo! Você vai e acabou! Se não for convidado, damos um jeito de você entrar – ela disse determinada.

Olhei para Sara, que estava com o Bruno. Ela deu de ombros e eu entendi como: “Vai, só é não dar de cara com ele”

— Tá bom... Eu vou! – Clara deu um pulo e me abraçou.

Dia da festa dele cairia em um sábado. E eu não estava nem um pouco a fim de ir. Ia ser uma chatice! Sara ficaria com Bruno, Pedro – provavelmente – ficaria com a Clara, porque pelo jeito que eles vêem se olhando...

Não sei se deveria ficar ‘contente’, ou confuso ao ser convidado. Claro que não foi ele que me convidou, ele mandou outra pessoa fazer isso. E estranhei... Se ele estivesse armando outra para mim?

Enfim! O que a Clara fez? Foi para minha casa (não me perguntem como ela conseguiu) me fez pegar minhas roupas e tudo mais para poder me arrumar na casa dela! Ela era muito doida! E eu só acompanhando... Quando chegou lá, o povo tá todo lá, na cozinha fazendo uma espécie de pré-festa. Bruno bebendo cerveja com Pedro, enquanto Sara assistia TV.

— Finalmente! Não aguentava mais um minuto com esses prosas aqui! – disse ela quando chegamos.

— Hugo! Vem aqui! – gritou Bruno.

Andei até o balcão onde ele e Pedro estavam, e sentei com eles.

— Toma aqui! – disse ele colocando cerveja em copo para mim.

— Desculpa Bruno, não bebo... – disse deixando ele desapontado. Depois que fiquei bêbado pela primeira vez, eu nunca mais bebi. Já devem imaginar o por que..

Clara chegou e disse:

— Ahhh, mas o senhor vai beber sim! – disse ela.

Eu tinha muito juízo para não fazer isso. Um dos meus piores medos é ficar bêbado e falar coisas que não devia, como: “Oi gente! Sou GAY!”

— Mas... – tentei argumentar.

— Hoje é a nossa noite meu anjo! Vamos nos libertar! – ela parecia que estava tem um colapso de alegria. Ria todo o tempo e de tudo.

— Acho melhor você se arrumar lindo, daqui a pouco vamos partir... – disse Sara.

Eu olhei para meu relógio e vi que eram 9 horas.

— Que horas isso começa? – disse desaminado.

— Sei lá, uns 11 ou 10!

— E termina?

— Só Deus saberá...

Que Deus me ajude novamente.

Subi para o quarto de Clara e me troquei. Usei uma roupa bem básica mesmo. Uma calça skinny preta, uma blusa lisa branca, e um casaco (com esse frio do ‘inferno’, é claro que não poderia faltar) que eu tinha comprado um dia depois que fui convidado. Quando desci, não fui poupado dos elogios...

Ficamos jogando vídeo-game e bebendo – eu bebi coca – para distrair. Quando deu dez e meia, fomos para o carro do Bruno.

— Acho melhor você dirigir Hugo, o Bruno e o Pedro estão meio doidos – Comentou Clara rindo em seguida.

— Eu não sei dirigir.

Eles me olharam bestificados.

— Não sabe? – perguntou Pedro. — Como assim?

— Simplesmente eu não sei. – disse não entendo nada. Como se fosse motivo de alarde eu não saber dirigir. Eu só descobri que os jovens aqui dirigem livremente depois dessa!

— Então acho melhor eu ir dirigindo então! – disse Sara nervosa.

— Bem que alguém poderia me ensinar! – disse me sentindo um idiota no meio deles.

Sara dirigia perecendo que estava nos velozes e furiosos, eu estava morrendo de medo. Teve momentos que ela chegou a 80 km/h na rua! Quando chegamos, eu estava em choque. Eu sou muito medroso.

O som da festa já dava para escutar, de fora. E Clara só ficou mais amimada. Sara estacionou o carro e descemos. Eu estava nervoso com alguma coisa... Mas o que seria?

Passamos pelo segurança e entramos na casa, melhor dizendo, mansão. O salão principal da festa já estava cheio de pessoas que na maioria eram adolescentes, vi alguns do colégio e outros que nunca tinha visto na minha vida. Alguns dançando e bebendo, outros na mesa conversando, outros caídos em uma espécie de cama sofá enorme no meio de almofadas, alguns se pegando... Tinha de tudo!

O som alto, as luzes frenéticas e coloridas piscando e bebidas a todo o momento. Eu estava perdido. Do lado da pista de dança, tinha uma piscina de tamanho médio, e procurei me afastar. Eu não sabia nadar, e piscina mais Hugo, é igual á morte. Por isso, eu avisei logo a todo mundo que eu não sabia nadar, e não inventar de me jogar lá.

Clara me puxou para perto dela e começou a dançar comigo. E eu entrei no ritmo da música. Eu dançava até bem. Pedro, Bruno e Sara estavam só olhando para gente e rindo. Clara mostrou o dedo do meio para eles e riu também. A casa só enchia mais e mais.

E depois de um tempo, como eu previ: Eu fiquei só com um copo de coca na mão e os quatros lindos se pegando lá. Queria me matar agora. Achei estranho não ter visto o Henrique ainda, não que eu o estivesse procurando, mas ele era o aniversariante!

E como um bom convidado eu não trouxe nada para ele. O que eu daria para ele em comparação ao que ele ia ganhar dos pais e dos amigos? Sei que muitos dizem que o que importa é a intenção, mas eu não tinha intenção nenhuma, então não trouxe nenhum presente. Isso nem tem lógica! Quando os pombinhos cansaram, sentaram comigo no sofá-cama, sei lá o nome dessa porra!

— Que cara é essa Hugo? – perguntou Sara.

Nem sei como explicar o quão gostoso ele estava. Henrique estava muito...

— HUGO! – gritou Clara, claro que tinha que ter sido ela.

Ela seguiu meus olhos e também ficou com a boca aberta.

— Meu santo Deus... – ela suspirou. — Ele tá muito gostoso.

Ele tava com uma blusa preta pólo, e uma calça que valorizou suas penas e coxas. E um simples tênis preto. Ele estava simples, mas parecia que tudo ficava melhor quando ele vestia. Ele estava cumprimentando todos, e sorrindo. Ele estava com seus amigos, e quando ele chegou onde nos estávamos, eu fiquei inquieto e nervoso.

— Bruno! – disse Henrique cumprimentando Bruno.

Depois ele beijou Sara e Clara, apertou a mão do Pedro e quando chegou a minha vez, ele pegou na minha mão também. Sua mão era grande, quente e macia. Eu fiquei confuso, então olhei para seu rosto e tentei entender o que ele tinha. Seus olhos estavam neutros, mas ele não sorriu quando apertou minha mão. Ele ficou sério. Seu perfume começou a me possuir. Então ele soltou minha mão. Ele estava estranho. Que se dane! Eu não ligo para ele mesmo! Sara me olhou contento um sorriso.

— O que foi? – perguntei.

Ela chegou ao meu ouvido e disse:

— Você tem que ser mais discreto, tava quase escrito no seu rosto “Estou apaixonado por você!” – e sorriu.

— Sério? – eu perguntei morrendo de vergonha. Ela apenas balançou a cabeça positivamente. Depois eu coloquei as duas mãos no rosto.

Eu não estava apaixonado por aquele imbecil. Não mesmo!

Já eram 12 e meia e eu estava morrendo de tédio, então eu me revoltei junto com Clara e fomos dançar de novo. Só que agora, eu estava com um copo de uísque na mão! Também, depois de tanta insistência, acabei cedendo. Não demoraria muito para eu ficar tonto. Sou fraco para bebidas. Onde estava meu juízo mesmo?

Henrique ganhou um carro novo – do pai claro – e como não sei nada de carro, não fazia idéia de que marca ele era, mas pelo o estilo dele, não foi barato.

Agora que eu estava na parte em que meu cérebro avisa: “Mais uma gota e você não me controla mais...” E como eu fiquei “mais solto”, comecei a dançar com qualquer um na minha frente. Porém, uma ânsia de vomito me fez parar e ir para lugar mais afastado. Fiquei de joelhos na grama, e respirando fundo para não vomitar no jardim do Henrique. Até que passa, e fecho os olhos de alívio. Mas alguém joga água na minha cara.

— O que você tá fazendo aqui Hugo? – a voz era do Bruno, mas alguém estava com ele.

Ele começou a rir, e jogar mais água no meu rosto. Quando eu limpo e levanto, tento quer dizer, mas eu não estava bêbado. Quando eu vi, era o Daniel, amigo do Henrique que estava com ele. Isso não ia dar certo. Então eu disse irritado com sua brincadeira:

— Para caralho! – eu não costumava xingar, mas eu já estava meio dopado e nervoso com o fato de ter quase vomitado.

— Para com o quê? Com isso? – disse agora o Daniel, jogando CERVEJA em mim.

Ele estava bêbado. Mas ele tinha extrapolado agora. Fui em direção a ele e tentei pegar sua lata de cerveja. Mas parecia que eu era mais baixo que todo mundo nessa droga de cidade! Eu me aproveitei da sua embriaguez, e o derrubei – não me perguntem como – peguei sua lata e joguei para bem longe. Depois peguei a água do Bruno e joguei fora também.

— Mais alguém? – perguntei me sentindo o tal.

O Bruno apontou para trás e eu virei lentamente. O Daniel já estava vindo em minha direção, e com cara de poucos amigos. Eu tentei me afastar, mas ele já estava perto de mais. Ele colocou seu ombro na minha barriga e me tirou do chão, e eu desesperado comecei a espernear.

Nada adiantou. Ele andou até a beira da piscina, foi aí que eu me desesperei.

— NÃO! NÃO! POR FAVOR, DANIEL! - gritei já chorando.

Ele apenas disse:

— Agora é tarde. – e me jogou de costas na piscina.

Senti meu corpo parar de se mexer e eu fiquei estático na água gelada. Meu corpo afundava com a força da queda, e eu só via bolhas em todo o lugar. Prendi a respiração e tentei ficar calmo. Mas não deu. Meu extinto de sobrevivência falou mais alto, então comecei a me desesperar, e bater os braços na água gelada para tentar ir à superfície, e quando as bolhas cessaram, eu não agüentei mais, e soltei o resto de ar que me sobrava no pulmão. Agora eu só pensava: Vou morrer.

Então eu cansei de me debater, e minha laringe relaxou, involuntariamente eu comecei a ‘respirar’ de baixo d’água. Senti-me sufocado, e meu corpo parecia que tinha se conformado com a morte primeiro que eu, e não obedecia mais meus comandos. Então fechei meus olhos, e esperei. A água invadia meus pulmões sem piedade.

Quando sinto uma mão segurar meu braço, e me puxar para cima, não conseguia mais abrir os olhos. Meu corpo tinha parado, e eu estava morrendo congelado. Meu coração ficou lento, até que não senti mais nada.

Visão de Sara.

Porra! Onde estavam aqueles meninos? Eu tô morrendo de sono aqui e esses doidos me inventaram de sumir! O Hugo tava passando mal, então ele deve estar em algum banheiro aqui, o Bruno tava com o Daniel... A Clara e o Pedro também tinham sumido, procurei entre as pessoas e não os enxergava...

— Sara! – gritou Clara com um rosto preocupado.

— O que foi Clara? O que aconteceu? – disse nervosa. Seu rosto estava tenso.

— O Hugo! Ele caiu na piscina! – disse ela nervosa.

Maldição! O que esse garoto perdeu naquela droga de piscina? Ela pegou meu braço e me puxou na direção da piscina. Hugo estava branco como um papel. Seu cabelo preto lambido sobre a testa fazia um contraste com sua pele. Quando vi quem estava do seu lado não acreditei. Ele também estava todo molhado. O tirei de perto do Hugo e perguntei com muita raiva.

— Seu desgraçado! O que você fez com ele? – Henrique parecia mais assustado do que eu, seus olhos azuis estavam preocupados.

— Eu o vi caindo na piscina, e tirei ele de lá... – disse ele nervoso. — Mas ele não respira! – sua voz era quase de choro.

Eu não entendi mais nada agora, não era ele que tinha jurado sofrimento para o Hugo? Olhei o meu amigo, parecendo um cadáver. Então eu comecei a chorar e pedi para ele fazer alguma coisa. Então ele colocou suas mãos sobre o peito dele, e pressionava repetidamente, como o Hugo não respondia, ele então fechou o nariz do Hugo, colocou uma mão embaixo da sua nuca e inclinou a cabeça dele para trás, inspirou fundo e colocou a boca na dele. Ele fez isso quatros vezes e quando foi fazer a quinta Hugo tossiu, e depois seu corpo tombou para frente e voltou a tossir muita água de forma que quase me assustaria se eu já não estivesse em choque. Depois puxou o ar para seus pulmões com desespero.

Depois que ele ficou mais calmo eu o abracei.

— Calma, calma meu amor... – disse o apertando forte.

Ele tremia muito. E depois ele começou a chorar.

— Ele precisa se aquecer ou vai ter hipotermia... – disse Henrique o pegando no colo, e Hugo não disse nada até agora.

Eu preferi ficar calada também, pois estávamos na casa dele, e ele tinha o salvado. Henrique o pegou como se fosse uma bonequinha de pano, e Hugo passou os braços no pescoço dele e continuava chorando no seu peito.

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Comentários

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Dirtyboy. Eu sei o quanto a vida de colegial (ensino médio) é corrida. Eu, por exemplo, estou à concluir o terceiro ano, ou seja, estudo para passar em provas de unidade, tenho o pré-vestibular aos sábados e domingos, estudo para o ENEM, a UPE e a UFPE, e ainda estudo para o concurso do TRF. Mas, Eu como leitor, fico ansioso toda a vez que vocês, escritores, demoram com a postagem. Ainda mais, sempre dá pra dedicar um pouco de tempo para nós. Por favor, só não demora Okay?

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adorei....parabéns.....nota: 10000000000000000000000000000000000

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Oxe! Se o cara é chorão, esse é o jeito dele, eu particularmente acho fofo! Ainda mais num momento desse... só quem já se afogou pra saber o choque. Cara, to curtindo muito a história, sério. Sem contar que vc escreve bem pra caramba.

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Vou tentar ninhos, mas o colégio consome muito o meu tempo. E Matheus, o Hugo ele é chorão, mas ele lutou o máximo que pode, já que você não gosta de pessoas choronas, posso fazer ele parar um pouco kk. Sempre quis que você comentasse aqui, e estou muito feliz. Obrigado.

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Ah! Ainda bem que você postou a continuação. Fiquei muito feliz com o retorno do conto. E... Tenta ser mais presente! Ao menos tenta postar 4 contos por semana! Não é pedir demais, certo?

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Tem coisa mais chata de que gente chorona e não tem força para lutar.

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