Eu decidi publicar outro conto para aqueles que não estão gostando do conto verídico de “ Paixão pelo melhor amigo ” e para aqueles que gostam e acompanham não se preocupem pois não vou parar de publicar ele.
Sempre fui um menino muito paparicado pela minha família que não é muito grande, mas sempre foi muito acolhedora e unida. Mas um acontecimento abalou muito a minha família, foi a morte do meu tio e da minha tia, quando eu tinha 10 anos, desde a morte deles o meu primo que na época havia 8 anos, veio morar comigo e com meu pais. Ele era muito gordinho e apesar de ter dó dele eu também sentia uma grande raiva, pois meus pais sempre davam preferência para ele do que para mim.
Os anos foram se passando e nossas brigas ficaram mais freqüentes, elas sempre partiam de mim, que sempre achava algum motivo para a tal briga, entretanto, ele sempre recuava e ficava com aquele olhar de piedade, de um cão perdido, isso me irritava ainda mais, era por isso que os meninos ficavam zuando com ele na escola, porque sabiam que ele não iria se impor diante das brincadeiras de mau gosto e gozações feitas. De um certo modo, através da minha implicância, eu queria mostrar a ele como se defender. Mas sempre, eu acabava falhando na minha missão, sem saber o que fazer mais, percebi que ele nunca iria mudar, já que nem ao mesmo tinha vontade disso.
Quando completei 18 anos, só recebia elogios de como eu havia ficado bonito, e como havia me tornado um bom rapaz. Esses comentários só faziam meu ego subir ainda mais, enquanto meu primo escutava aquilo tudo calado.
Ele já estava com 16 anos e seu peso havia praticamente dobrado nesses anos, não tinha nenhuma namorada quanto menos uma paquera, seus dias se passavam entre comer, estudar e dormir. Meus pais o levaram em vários especialistas para tratar de sua obesidade, mas nada adiantava, pois ele dizia claramente que não queria ser tratado.
Não entendia o motivo de sua discordância ao tratamento, já que melhoraria sua saúde e ainda ajudaria ele emagrecer.
Depois de umas semanas eu conheci uma garota começamos a namorar, levei para conhecer meus pais e eles a adoraram, só o meu primo que apenas ficou a encarando como se eu nem tivesse prestando atenção no olhar dele para ela, logicamente, que ele queria ter uma namorada com pelo menos metade da beleza que a minha namorada tinha.
Minha família e eu aquele dia também fomos pegos de surpresa por uma noticia que Hugo nos deu, que ele queria ir para um acampamento para adolescentes obesos. Fiquei contente com a vontade dele de mudar, meus pais então nem se fala, ficaram super empolgados com a notícia. Até eu fui procurar saber mais sobre esse acampamento, se era seguro e tinha bons profissionais, depois que conversamos diretamente com os responsáveis pelo acampamento, arrumamos tudo para a partida de Hugo. No dia de sua partida, para ser sincero eu estava triste e ao mesmo tempo feliz por ele, me despedi dele, e me senti como se eu tivesse realizado um sonho, pois sempre quis que ele tivesse essa atitude de querer mudar.
Os dias sem Hugo na casa foram praticamente um vazio, eu já estava tão acostumado com sua presença que foi difícil no começo a se desacostumar. Ele ligava de fim de semana e contava como estava o tratamento, sempre dizia que as rotinas eram difíceis, mas já estava notando os resultados de seu esforço.
Ele ficaria lá por um ano e meio, e foi nesse meio tempo que eu entrei na faculdade e comecei a trabalhar. Minha vida estava estabilizada e estava prestes a sair da casa de meus pais, quando em um dia meus pais foram viajar e fiquei sozinho em casa, então decidi chamar minha namorada para ficarmos um tempo sozinho. Sentei para jogar vídeo game enquanto ela não chegava, passou uns 20 minutos eu ouvi a campainha tocar e fui atender. Quando abri a porta, me deparei com um homem com uma beleza muito peculiar, uma beleza que até então eu nunca havia visto.
