Matheus - O Tomás, depois de ele estar a babar naquela falsa da Mónica, me diz que eu sou ciumento e que ele podia olhar para quem quisesse que não era crime, mas eu não, porque sou dele. E ainda amarrou e machucou meu braço.
Carla - Tem calma, eu também me apercebi de que eles estavam trocando olhares.
Eu - Mas hoje vamos sair e vou me divertir e dançar com todos os que me apareçam na frente.
Carla - Isso vai dar confusão!
Eu - Não me importa, pra mim chega! O Tomás para mim morreu!Depois de tomar um bom banho e por um sorriso no rosto como se fosse o garoto mais feliz do mundo jantamos todos juntos, eu ia sempre falando e brincando com todos, à excepção de Tomás claro. Ele ficou todo o jantar praticamente em silêncio, raramente me olhava, eu sabia que ele estava arrependido, mas também não queria saber, eu iria me divertir sem ele!
Mais tarde fomos para a festa daquela sonsa que estava muito animada e cheia de jovens. O Pedro e o Gustavo entraram rapidamente para o interior da casa, eu Tomás e Carla ficamos no jardim onde se ouvia a música vindo do interior, mas ela também disse que ia arranjar um menino pra dançar, por fim eu e ele, sozinhos.
Tomás - Quer dançar? - Ele pergunta cabisbaixo.
Eu - O que você acha? Que eu vou dançar com você como se estivesse tudo bem? Você me magoou muito, e não foi só no meu braço que está roxo e durido, mas sim no meu coração. Eu não merecia o que você me fez.
Tomás - Eu sei - ele pega meu braço, levanta a manga de meu casaco e faz carinho sobre a marca dos seus dedos - Me perdoa, só de pensar que eu te fiz isso... - Ele controla as lágrimas, a sua voz treme - Eu não conseguirei viver se você não me perdoar, por favor.
Eu - Pois então você vai ter que se salvar, porque a partir de agora pode deixar de contar comigo. Eu te amo, mas não tolero que me façam o que você me fez. - Tiro a mão dele do meu braço.
Tomás - Por favor ´mor, me perdoa, eu prometo que nunca mais faço isso, eu só não te queria perder... - Eu o interrompo.
Eu - A nossa relação termina agora, cada um pra seu lado, hoje vou-me divertir, não me interessa o que vão pensar ou dizer, cansei de ser sempre o coitadinho. A vida é pra se viver. Já à muito que deixei de viver, hoje isso vai mudar, vou conhecer gente nova, dançar e, você faz o mesmo. Já nada nos une. Nada. - Virei costas e saí. Entrei no interior da casa, não era muito grande, mas ainda cabia lá muita gente.
Tinha uma mesa com bebidas, cada um se servia do que queria e quanto queria. Havia de tudo, vodka, sumos... Bebi uma coca-cola porque nunca gostei de beber. Foi ontem que um rapaz vem ter comigo, moreno, cabelos castahos, olhos cizentos e um sorriso lindo.
??? - O que faz um carinha lindo como você parado numa festa? - pergunta sentando-se ao meu lado.
Eu - É assim que você fala com desconhecidos?
??? - Então eu me apresento, sou o André, 17 anos, signo escorpião, minha cor preferida é o azul e acho que acabei de me apaixonar. E você quem é?
Eu - Me chamo Matheus, tenho 15 anos, quer mais informação?
André - Informação eu prefiro descobri sozinho... Quer ir dar uma volta?
Eu - O que faria eu com alguém que acabei de conhecer?
André - Apenas o que você quiser, se quiser falar - falamos, se quiser cantar - cantamos, desde que possa estar com você, é que você é muito gato.
Eu - Você não se acha muito directo, não?
André - Bem, provavelmente sim, mas vamos ou não?
Eu - Sim, vamos.
Ele agarrou minha mão e me levou para fora da casa, estavamos no jardim, estava vazio uma vez que estavam todos dentro da casa. Fomos para um canto, debaixo de uma árvore, longe da iluminação, nós conseguiamos ver em nosso redor mas a nós só se estivessem junto a nós é que nos viam. Ele sentou-se, encostou-se ao tronco, eu deitei-me com a cabeça nas suas pernas. Ele começou a fazer cafuné no meu cabelo, era algo que o Tomás fazia sempre em mim...
André - Você está bem?
Eu - Desculpa. - sentei-me de frente para ele - Eu não estou a ser honesto com você. Eu acabei hoje uma relação e eu não estou pronto pra me envolver com ninguém. É melhor eu ir embora...
André - Não vá, espera. Fica. Eu não te vou forçar a fazer nada.
Eu - Tem certeza?
André - Sim, o que se passou entre vós? - Contei tudo desdo o início, de como nos conhecemos até ao dia da festa. - Quase que dava uma novela mexicana, mas você o ama?
Eu - Completamente.
André - Então luta por ele. Se você o ama, perdoa-o. De certeza que ele não fez por mal.
Eu - Talvez tenha razão, foi um acto sem precedente. Sabe, foi óptimo falar com você!
André - Eu também gostei muito de te ouvir, nota-se que você é uma boa pessoa.
Eu - Achei o mesmo de ti. Mas você é de onde?
André - Pois, como você disse que se chama seu namorado?
Eu - Tomás...
André - Qual o apelido?
Eu - Santos. Mas porquê?
André - Bem, eu sou da mesma cidade que você e sou primo do seu namorado...
Eu - Como assim? Você é primo do Tomás?
André - Sim, sou. Você não me conhece porque eu tive um ano a estudar em Londres, bolsa de estudo e voltei fim-de-semana passado. Ele já me tinha falado muito de ti, mas nunca pensei que fosse você. Ele tinha razão quando disse que você era lindo e com um bom coração.
Eu - Eu confesso que podia esperar tudo,mas isto não... Eu não me lembro de ele ter falado de você.
André - É, provavelmente não... Mas acho que agora você devia esclarecer tudo com ele.
Eu - Sim, é o que eu vou fazer, mas primeiro que o consiga descobrir no meio daquela gente toda...
André - É fácil, ele quando vai para festas tem sempre o telemovel com vibração, eu vou madar uma mensagem pra ele vir cá fora, eu acho que ele nem sabe que eu cá estou, pode ser que ele ouça...
Eu - Muito obrigado André. A sério. Você foi espectacular comigo mesmo sem me conhecer!
André - Não tem de agradecer. Afinal você agora é da familia rsrsrsrs - Caímos os dois na gargalhada, ele enviou a mensagem e passado um pouco o Tomás apareceu. Tivemos de o chamar se não ele não nos encotrava...
Tomás - André?!? O que você está fazendo aqui? - Ele perguntou admirado, os dois se abraçaram fortemente, via-se que gostavam muito um do outro.
André - Eu regressei no fim de semana passado e vim com uns amigos para esta festa porque eles conhecem a dona da festa...
Tomás - Você não podia ter avisado? - Ele olha para mim - E você, não devia se estar a divertir?
André - Tomás, eu estive falando por acaso com o Matheus, eu nem sequer sabia que ele era o teu namorado, e acabamos falado um bocado, ele falou-me da vossa discussão e do quanto te ama mas só no fim descobri que era você. Eu acho que vocês precisam de falar um pouco a sós... - Ele foi para dentro da casa deixando-nos novamente sozinhos.
Eu - Eu te amo, e sei que você não fez por mal...
Tomás - Claro que não fiz ´mor, eu te amo, mas só de pensar que te posso perder... Eu nem quero pensar nisso...
Eu - Isso quer dizer que está tudo bem entre nós? - Ele pega na minha mão e leva até sua boca e beija-a.
Tomás - Eu não consigo ficar mal com você. Você é meu Mundo coisa linda. - Por fim me beija.
Eu - Fico feliz por estar bem com você!
Tomás - Eu também, e que tal aproveitarmos o resto da festa?
Eu - Me parece óptimo!Aqui fica o penúltimo capítulo desta série. Obrigado por todo o apoio, continuo em dúvida se hei de postar a outra série, mas confesso que estou com mais vontade por entender de que ainda existe quem queira ler... Se tudo correr bem, amanhã ficará aqui o último conto.
Desculpem se houver erros, ou alguma falha...
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