Oi amigos da Casa dos Contos, desculpem-me a demora, mas estava amansando a fera, que ficou puto de raiva quando um frentista me deu uma olhada e colocou um número de telefone no comprovante do cartão de crédito, juro que assim que vi o número rasguei o papel e joguei próximo ao talzinho, sei que fui muito grosso, mas era isso ou ter que dar muitas explicações depois, mesmo estando inocente. hahaha.
Amei todos os comentários no conto sobre o meu aniversário, agradeço a todos. Vamos ao conto.
Resolvemos ir a Facul, só para assistirmos as últimas aulas, quando lá chegamos encontramos o infeliz do Pedro que nos olhava com ódio, nessa hora o Rodrigo tentou ir para cima dele, porém o impedi dizendo que ali dentro não poderíamos fazer nada, mas que ele ainda teria que pagar pelo que fez.
Contei o que tinha acontecido ao Matheus, mas sem entrar em detalhes para não atrapalharmos a aula, ele ficou revoltado.
- E então o que vamos fazer? Perguntou ele.
- Nós não, eu vou resolver isso sozinho, você não tem que se meter nisso.
- Nem fudendo que vou ficar fora dessa, esse filho da puta tem que pagar.
- Sabemos disso, mas é melhor você ficar de fora dessa, pois desta vez vou pegar pesado, dizia o Rô.
- Matheus o Rô tem razão, isso pode ficar feio, mas se eu precisar de ajuda eu peço, mas por enquanto, vamos esquecer.
No fim da manhã quando as aulas terminaram sai correndo para alcançar o filho da puta, mas não consegui, umas pessoas ficaram me atrapalhando perguntando não sei o que, só sei que quando cheguei a rua ele não estava mais.
Quando me viro vejo o Rodrigo e o Matheus pelo jeito eles estavam me procurando, se aproximaram de mim perguntando.
- O que aconteceu? Por que você saiu correndo? Perguntou o Matheus.
- Tentei alcançar o Pedro para tirar aquela história a limpo, mas não deu.
- Você não tinha dito que deveríamos esquecer por enquanto, falava o Rô.
Olhei para ele seriamente dizendo:
- Sério que você acreditou nisso?
- É que eu pensei... deixa pra lá, vamos logo ou você vai se atrasar para o estágio.
Despedimo-nos do Matheus e fomos para minha casa onde o deixei descansando e fui para o estágio, tudo lá transcorreu normalmente pelo menos até o final do expediente quando eu estava saindo o Ricardo veio falar comigo e perguntou se era verdade que eu namorava um garoto.
- É sim, você tem alguma coisa contra?
Odeio gente fofoqueira, não que eu tenha vergonha disso, muito pelo contrário, mas acho que isso não influi em nada na realização do meu trabalho.
- Claro que não é que você não tem jeito sabe.
- Jeito de que? Perguntei.
- Jeito... Você sabe, jeito de..., dizia ele um pouco desconfortável.
- Cara relaxa, mas não me entenda mal, isso não é da tua conta, mesmo assim, entendi o que você quis dizer, olha só, não é porque gosto de outro cara que tenho que ser afeminado (não tenho nada contra muitos amigos meus são, apenas não sou assim e nem o Rô) ou promíscuo. Disse isso e me despedi, montei na moto e fui pra casa.
Quando vou me aproximando percebo que o carro do pai do Rodrigo estava na frente de minha casa, pensei que o pai e a mãe dele estavam lá, mas quando desci da moto e fui entrando em casa o seu Henrique já estava de saída, me cumprimentou e perguntou como eu estava, respondi que estava bem apesar da noite turbulenta, pergunto pelo o Rô ele responde que ele estava lá dentro é quando ele sai para se despedir do pai me vê, dá um selinho e fala pro pai dele que se ela quiser realmente que ele volte teria que ser daquele jeito.
Olho intrigado para o Rodrigo e fico sem entender nada, devo ter feito uma cara bem louca, pois o seu Henrique olha pra mim e diz que tenho uma mãe sem igual, pronto, viajei de vez, do que ele estava falando?
Ele foi embora, entramos em casa, onde minha mãe estava sentada no sofá com um riso irônico no rosto.
- O que está acontecendo? Perguntei confuso.
- Nada, falou ela olhando pro Rô.
Resumindo, o senhor Henrique foi buscá-lo para voltar pra casa, pois dona Lúcia queria conversar com o Rodrigo, contudo minha mãe não permitiu que ele fosse porque como ela mesma (lúcia) tinha dito o filho dela tinha morrido, então se ela quisesse mesmo falar com ele, ela teria que ir busca-lo, ou seja, teria que falar com minha mãe primeiro.
Fiquei com medo do que ouvi do Rodrigo, minha mãe é doida.
Resolvemos sair para nos distrair, fomos passear na orla, paramos em uma barraca e ficamos comendo tapiocas e quando percebo o Ricardo, amigo do estágio, puxa a cadeira e já vai sentando, fico um pouco constrangido pelo ato, mas relaxo e faço as apresentações, é óbvio que apresentei o Rodrigo como meu namorado, acho que fiz a coisa certa, pois vi um brilho naqueles olhos que tanto me fascinam.
- Rodrigo, você teve muita sorte, conheço o Rodolfo a pouco tempo, mas pelo que observei, ele é bem atencioso e muito inteligente.
- Eu sei disso, ainda bem que cheguei primeiro, não é amor? Falou ele me dando um selinho.
Achei estranha tal atitude procurei um buraco para enfiar a cabeça de tanta vergonha, não entendia o motivo daquilo. Pelo menos não naquele momento.
O Ricardo ficou todo por fora, pensei que estava desconfortável pelo fato de ter visto nosso beijo, mas agora sei que não foi por isso.
Ficamos conversando sobre o trabalho, até que olhei para o Rô que estava feito uma fera, vermelho de raiva, como se estivesse lutando para não quebrar o Ricardo a pau. Resolvi ir embora.
- Bom Ricardo, temos que ir, pois amanhã temos aula.
- Mas já? Poderiam ficar mais um pouco né.
- Claro que não, já está tarde e temos que ir. Falou o Rodrigo, já me puxando para levantar, pagamos a conta e quando fomos nos despedir, o Ricardo estendeu a mão para o Rodrigo e na minha vez ao invés de apertar minha mão ele me puxou e me abraçou, olhei para ele e falei:
- Por favor, que isto jamais se repita.
Pego na mão do Rodrigo e saio dali sem olhar para trás.
- Acho melhor que não se repita mesmo, ouviu? Falou o Rô
- O quê?
- Ah Rodolfo, vai me dizer que você não percebeu que o seu amigo tava se jogando em cima de você?
- Na verdade no começo não, mas depois, sei lá você deve ter razão.
- Devo ter razão uma ova, é melhor parar de palhaçada e assumir que você estava gostando.
-Mas amor eu não tive culpa e nem dei valor ao que ele dizia.
- Não teve culpa uma porra, acha mesmo que vou ficar vendo aquele filho da puta te paquerando? Da próxima vez quebro ele de cacete. Falou isso e sai andando rápido.
- Rodrigo, espera, corro e pego em seu braço.
- Me solta, volta lá pra ficar com seu amiguinho, vai.
- Vida, deixa disso, se pelo menos eu tivesse dado motivo, mas foi aquele idiota.
- Não quero saber, só sei que você me ignorou a noite toda.
- Mô, eu não fiz isso, você está exagerando.
- Exagerando um caralho, agora me deixa quero ir embora.
Ele se senta em um banco de concreto e começa a chorar, falando que não estava aguentando mais que queria acabar com tudo.
Entro em desespero, fico imaginando como uma noite que deveria nos relaxar acaba tão ruim. Abraço o Rodrigo e digo que o amo e que nada no mundo vai nos separar, então ele contendo as lágrimas me abraça também e me beija, um beijo molhado por suas lágrimas, mas mesmo assim tão doce quanto ele, me entrego aquele beijo não me importando com quem possa nos ver, o aperto mais ainda contra o meu peito e digo em seu ouvido:
- Você é meu e nada e nem ninguém pode mudar isso, estou grudado em você, preciso muito de você, tanto quanto preciso do ar para viver, meu amor me perdoa, nunca mais faço isso novamente, você sempre será a pessoa mais importante de minha vida. Diz que me perdoa vai, falo tudo isso com um nó na garganta, eu estava desesperado pelo perdão daquele que até hoje é a razão de minha vida.
- Promete que não vai fazer mais isso?
- Prometo meu amor, você sempre virá em primeiro lugar.
- Então me faça acreditar, pediu ele.
Peguei seu rosto com as mãos, aproximei os meus lábios dos deles e então nos beijamos, foi o nosso melhor beijo até aquele momento, na rua com algumas pessoas vendo, mas não nos importamos, apenas queríamos viver aquele momento como se fosse o último, confesso que comecei a ficar excitado e ele também, pois a minha calça e a bermuda dele estavam estufadas, mas parecia que o tecido iria arrebentar. Resolvemos nos acalmar e ir embora.
Quando vou pegar a moto para irmos para casa vejo que o banco está todo cortado, puta merda, quando olhei aquilo fiquei muito puto, ele chegou e ficou olhando me abraçou pedindo que eu ficasse calmo que íamos resolver aquilo, tentei ficar calmo, subimos na moto e fomos embora, mas eu ainda estava muito bravo, fomos deitar e acabamos fazendo amor, dormimos abraçadinhos de conchinha, pus minha perna sobre as dele e o abracei apertando o corpo dele bem forte contra o meu e dormimos, fomos acordados com minha mãe batendo na porta e pedindo que disséssemos, pois tínhamos visitas.
Quando fomos até a sala a dona Lúcia estava lá, olhando de uma forma que me amedrontava, pois o que ela queria em minha casa tão cedo? O que ela diria para mim e principalmente para o Rô?
Como sempre só no próximo, pessoal desculpa mesmo pela demora, mas agora vou postar com uma frequência maior. Abraços.