Olá pessoal, como estão vocês? Espero que estejam melhores do que eu estou atualmente.
Bom, a partir de agora contarei à vocês a minha história, pra quem não gosta de contos de romance, é bom nem ler, pois essa narrativa é verídica e contém muito amor, sentimentalismo, drama e sofrimento.
Quem sabe compartilhando um pouco da minha vida com vocês eu não consigo sair desse meu estado depressivo?
Vamos a história.
Meu nome é Lorenzo Mattioli, sou descendente de italianos, tenho 25 anos, atualmente resido em uma cidade no interior do Paraná, tenho 1,87 corpo atlético devido aos anos que joguei volei, tenho cabelos pretos, olhos verdes.
Assumi minha opção sexual aos 16 anos, na época tinha receio de me assumir para minha família, pois família italiana é aquilo que vocês vem em novelas, é o retrato da realidade, todos falam alto, fazem arruaça, enfim, um verdadeiro caos.
Eu sempre fui muito de tomar atitudes, nunca esperar algo acontecer naturalmente, um certo dia cheguei da escola, joguei minha mochila em cima do sofá, chamei minha mãe e meu pai até meu quarto, eles vieram, falei:
-Mãe, pai, é o seguinte sou gay, e eu quero que vocês aceitem essa minha condição, eu amo vocês, e eu não gostaria de sofrer descriminação da parte dos senhores aqui em casa, eu já enfrento preconceito nas ruas, e até mesmo na escola, estou compartilhando com vocês uma coisa que eu quero, e eu não vou aceitar preconceito na minha própria casa.
Falei assim sem derramar uma lágrima, pois nunca fui de chorar e ser sentimental, eles ficaram parados me olhando, a reação da minha mãe foi só chorar e me abraçar disse que me amava de qualquer jeito e que ela aceitaria todas as minhas escolhas, meu maior receio era meu pai.
Meu pai sempre foi do tipo machão, desses que acham que homem que chora é viadinho, de que volei não era esporte pra macho de verdade, mas pra minha maior surpresa, ele veio até mim, apoiou as mãos em meus ombros, olhou bem dentro do fundo dos meus olhos e disse:
-Filho, não importa o que você escolher, eu tenho orgulho em te ter como filho, e um orgulho imenso em ser seu pai, nunca se esqueça disso.
Beijou minha testa, e saiu do meu quarto, eu continuei abraçado com minha mãe, conversando sobre assuntos da vida, enfim.
Meu primeiro namorado foi com 17 anos, não era uma coisa muito séria, era mais uma pegação de dois adolescente se queimando com o fogo da puberdade, a gente só pensava em sexo, sexo e mais sexo, e esquecia - mos de dar amor um ao outro, por isso eu acho que não deu certo.
Com 18 anos entrei na faculdade, passei no vestibular, começei estudar Publicidade e Propaganda, entrar na faculdade foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, pois foi lá que minha vida deu uma virada de 360° graus.
Logo no primeiro dia conheci algumas meninas super legais a Tati, a Naty e a Ana, e fizemos amizade logo de cara, contei à elas minha opção sexual, afinal não preciso esconder pra ninguém, eu sou o que eu sou e o resto que se dane.
Quando saímos para o intervalo, a Naty foi até a sala ao lado encontrar seu primo, que cursava medicina, e ficamos esperando, quando ela chegou para nos apresentar seu primo, na hora que eu vi aquele rapaz lindo com os cabelos loiros, boca vermelha, e aqueles lindos olhos azuis, eu quase cai pro chão, ele se apresentou se chamava Mateus, tinha 17 anos (completaria 18 no final do ano) eu fiquei meio sem jeito, todos perceberam...
Fomos até o bar que ficava em frente a faculdade, Tati e Ana foram na frente com Ricardo, a Naty me puxou pra trás e disse:
- Gato, joga sua rede nesse peixão quem sabe você não fisga ele.
E deu uma piscada de olho, fiquei imaginando: meu Deus não pode ser, será que eu e ele estamos do mesmo lado?
Continua...
Saibam que escrever minha história e relembrar cada momento pra mim está sendo muito difícil, mas apesar de todo meu sofrimento eu pretendo terminar essa história que começei a comparilhar com vocês, abraço à todos, até a segunda parte...