(Este conto é puramente fictício incluindo os nomes e as ações nele descritos.)
Por vezes basta um momento, um simples e único momento para que tudo na nossa vida mude para sempre….
O meu nome é Filipa e tinha acabado de fazer os 19 anos quando nessa noite resolvi ir até a praia fumar um cigarro com o meu namorado Ricardo. Se há coisa que adoro fazer é sexo na praia. Sentir o cheiro do mar e a adrenalina de podermos ser apanhados dá-me ainda mais prazer.
Depois de uma secção de sexo intenso ricardo olhou-me nos olhos:
R: -Sabes que cada vez que uma onda rebenta significa as vezes que penso em ti?
Eu:- Oh então são poucas as vezes em que pensas em mim…
R:- Cala te eu amo totó…mas temos de ir embora já é tarde. Hoje vais deixar-me conduzir.
Eu:- Donde tiras-te essa ideia? Não tens carta! Nem penses!
R:- Se vir-mos a polícia eu paro logo o carro prometo!
Eu:-Só te deixo conduzir dois quilómetros!
R:- És mesmo má mas ponto!
Foi ai que tudo mudou…o simples gesto de ter dado a chaves do meu carro mudou o mundo por completo.
Abri os olhos lentamente procurando alguém. A minha mãe sorriu de alegria deixando cair lagrimas pelo seu rosto.
-Filha finalmente acordaste como te sentes? Lembraste-te do que aconteceu?
Por momentos fechei os olhos e sim recordei-me de tudo. Visualizei o Ricardo a conduzir e a minha mão marota a procurar o volume do seu membro fazendo ele desconcentrando-se na condução. Ele desviou o olhar da estrada durante 3 segundos para me dar um beijo mas isso foi fatal. Ele desviou-se para a faixa contraria embatendo no camião. Lembro-me da luz dos médios….e mais nada.
Eu:- O Ricardo?
A expressão dela mudou, levantou-se e foi embora entrando o doutor.
Ele fitou-me seriamente e quando ele abriu a boca, não só senti um vento na barriga mas sim a junção de milhares de desastres da natureza…
Dr:- O senhor Ricardo não levava cinto de segurança por isso sofreu graves traumatismo e mutilações e acabou por não resistir. Lamento.
Não conseguia mexer-me! Os meus músculos paralisaram, os meus olhos não piscavam e o meu coração batia lentamente….a minha boca abriu simplesmente..
Eu:- A culpa foi minha! A culpa foi minha! A culpa foi minha! A culpa foi minha! A culpa foi minha!
Eu nunca mais disse nada sem ser esta frase. Tive de ir a tribunal e ai esta frase até deu jeito visto que a culpa realmente foi minha. Fui condenada a 12 anos de prisão pela morte dele. A minha vida tinha acabado mas eu não pensava nisso estava com a consciência limpa e ia pagar pelo que fiz. Matei a pessoa que amava e nada a trará de volta.
Quando entrei na prisão senti paz mas arrepiei-me toda devido aos olhares das outras prisioneiras. Eu agora era carne fresca…e isso traria tudo menos paz….(continua)