Galera, estou curtindo demais estar contando mais essa história pra vocês! Obrigado pelos comentários e continuem mandando a opinião de vocês. Beijos e boa leitura...
Ele estava sentado, bem vestido com as roupas que eu dei de presente, ao lado de suas malas:
- Posso saber onde você passou a noite?
- Não! Não é da sua conta. O que você ainda tá fazendo aqui? Eu deixei suas malas lá em baixo na portaria.
- Eu sei, mas esse apartamento também é meu Carlos!
- Seu? Me conta então com o que você contribui pra comprar isso aqui, porque dinheiro nem pensar né...
- Contribui estando com você – ele foi chegando mais perto – te abraçando quando você estava triste, te beijando do jeito que você gosta...
Ele chegou bem perto de mim, fazendo-me arrepiar. Nem eu mesmo acreditava no quanto estava mexido por aquele idiota. Depois de tudo que ele fez eu ainda tinha sentimentos por ele.
- Vamos reconsiderar isso Carlos. Eu vou desfazer as malas e a gente volta às boas.
Nesse momento eu cai na real.
- E você continuar com o sacrifício? Não, obrigado. Quando eu quiser um garoto de programa ele vai me sair mais barato que você.
- Tá me ofendendo cara.
- Daniel, você não precisa bancar o apaixonado e arrependido comigo. Eu já sei quem você é, aliás eu sempre soube só não queria pensar nisso. Mas já deu, né?
Ele me olhava ainda pensando no que dizer. Lindo, mas aproveitador. Eu não podia deixar meus sentimentos por ele destruírem meu amor próprio novamente! Vivi dois anos assim e não ia deixar continuar. Apontei a porta e ele seguiu, ainda me olhando sério.
- Eu vou provar pra você que eu te quero de verdade.
- Boa sorte!
Ele saiu e eu me senti aliviado. Fui dormir. Estava quebrado. Ao me deitar, Victor me veio à cabeça. Eu não podia pensar tanto nele. O mais provável era que ele nem ligaria pra mim. Henrique estava certo, um homem daqueles jamais se amarraria a alguém, principalmente alguém como eu. Meu sono foi tranquilo! E não poderia ser melhor, afinal me livrei de um grande peso e finalmente estava curtindo minha juventude, ainda com moderação.
Acordei depois do meio-dia e saí para almoçar, afinal a fome era maior que a vontade de preparar alguma coisa. Cheguei ao restaurante e comia sozinha, normal! Fazia isso sempre, afinal nunca tive um companheiro de fato. Almocei rápido e pedi a sobremesa. Queria voltar logo pra casa e descansar mais, até meu celular tocas.
- Alô?
- Oi Carlos. É o Victor, tudo bem?
Nossa! Não esperava que ele fosse ligar, ainda mais tão rápido. Mas tentei disfarçar a euforia e acho que até o ignorei um pouco!
- Tudo sim e você?
- Ótimo. Você pode falar agora?
- Sim Victor. Estava almoçando, mas acabei.
- Que pena! Queria te convidar pra comer alguma coisa. Mas de qualquer modo, quer jantar comigo?
- Pode ser. Onde?
Marcamos de nos encontrar na casa dele antes do jantar e ele me levaria a um restaurante à sua escolha. Pelo menos eu entendi isso!
Fiquei a tarde toda em casa tentando decifrar o que ele queria comigo. Até receber uma mensagem de texto:
“Você foi o primeiro e por mais que não acredite, é o único. Vou provar pra você que te mereço. Daniel”
É, realmente ele precisava de mim. Afinal, eu era seu banco. Agora ele teria que trabalhar, não tinha o apoio da família... Pena que ele não valorizou o que a gente tinha, ou o que eu achei que a gente tinha.
Deu a hora e eu saí para encontrar Victor. Cheguei à casa dele, estacionei e fiquei criando coragem no carro para enfrenta-lo sem dar bandeira. Ensaiava a forma de olha-lo, mesmo sabendo que isso de nada adiantaria, pois vendo ele eu já não conseguiria agir como um robô.
Desci, parei na porta e bati a campainha. Ninguém atendeu.
Pensei que talvez ele pudesse estar no banho e insisti. Nada!
A porta estava aberta. Entrar ou não?
Fiquei com a primeira opção. Correria o risco dele não gostar, mas ele não atendeu, então... Entrei e fui olhando pela casa, buscando aquele homem que estava me fazendo apaixonar. Foi quando ouvi gemidos vindos do quarto. Nossa!
CONTINUA...