Meu nome é Lucas moro no Rio de janeiro, sou moreninho, 1,73m de altura, tenho um corpo normal, cabelo cortado á maquina e tenho 16 anos.
Não sei por sorte ou azar eu sempre morei perto e estudei na mesma sala que o Rafael, um garoto insuportável, ele é um exemplo de mal comportamento, diferente de mim que sempre fui o preferido dos professores, ele ia quase todos os dias pra sala da diretora por mal comportamento, tirava notas baixas, mas sempre conseguia passar na recuperação, nós sempre discutíamos por que ele tem a mania de jogar as malditas bolinhas de papel nas pessoas, vivíamos em pé de guerra.
Ele é um pouco mais alto do que eu, tem 17 anos, tem o cabelo preto, olhos castanhos, boca pequena e vermelha e pele bem alva, tem um corpo legal, alguns músculos bem divididos, não é muito lindo, mas também não é feio, ele é "bonitinho", se ele fosse um desconhecido e passasse na rua eu não olharia mais de duas vezes.
Eu estava indo pra escola com a minha amiga Ester, quando ele passou de moto, ficou olhando pra mim e quase perdeu a direção.
-Tomara que ele bata e morra.
-Cuidado Lucas, o seu desejo pode se realizar!
-ihh menina! eu quero mais é que ele se realize!
-Isso ainda vai dar em namoro. – eu acho que olhei pra ela com uma cara tão feia, que ela passou o resto do caminho calada, minha amiga era a única pessoa que sabia da minha opção sexual.
Quando chegamos na escola ele estava lá no portão com os amiguinhos babacas dele, todos eles mexeram com a gente, menos ele o que eu achei muito estranho, por que ele era o primeiro a me encher o saco.
-Menina você viu que coisa estranha?!
-O que?
-O babaca do Rafael não mexeu com a gente!
-Eu vi! Nem um sorrisinho irônico, e olha que ele nunca perde uma oportunidade.
-Será que ele tomou vergonha na cara?
-Acho que sim! – A gente entrou na sala e se sentou na primeira fila, logo depois ele entrou e sentou bem atrás da gente, o que ei achei muito estranho.
-Bom dia – disse ele olhando pra mim.
-Bom dia – respondeu a Ester, eu não ia responder, ele sempre me perturbou desde o jardim de infância.
-Educação mandou lembranças... – Disse ele em um tom irônico olhando pra mim
-Foda-se – Disse eu me virando pra falar mais desaforos, afinal eu não poderia perder essa oportunidade, mas quando nosso olhares se cruzarem eu fiquei sem voz, e percebi que ele também, ficamos nos encarando, senti minhas mão suarem, borboletas no estomago e minha respiração começou a ficar ofegante, era como se eu tivesse sendo preenchido por um sentimento totalmente e crescia dentro de mim... Arrrgh que nojo de mim mesmo por falar isso, EU ODEIO ESSE BABACA!!!
-Nossa eu podia ter dormido sem essa! – Eu adorei ver que ele ficou sem graça!
-Eu também acho! Você pode deixar eu copiar a matéria ou você vai ficar de papo furado comigo? –Nossa como eu fui grosso!
-Desculpa... – Ele fez uma carinha tão triste que eu comecei a ficar penalizado por ele.
A aula correu normalmente, não totalmente normal, eu e todos da sala percebemos a mudança repentina do Rafa, os amigos dele vinham toda hora o chamar pra senta lá atrás, mas ele dizia que estava com dor de cabeça, eles podiam ter engolido essa desculpa, mas eu não! Ele não perdia a oportunidade de fazer bagunça na sala, e do dia pra noite ele virou um aluno exemplar, era estranho demais pro meu gosto, o sinal tocou e nós fomos, pro intervalo.
-Amiga eu estou morrendo de fome!
-Eu também gato!
-Tomara que a comida de hoje seja comível!
-kkk Duvido muito! – Realmente ela tinha razão a comida estava com uma aparência tão horrivel que eu perdi até a fome.
-Migo eu trouxe um bolo que eu fiz, se você quiser eu divido com você! – Gente eu amo a minha amiga!! Mas ela é muito ruim na cozinha, então quando ela disse que tinha feito um bolo eu já sabia que vinha gororoba.
-Bolo de que?
-De chocolate! Você gosta?
-Gosto muito! – Ai como eu sou idiota de ter a esperança que minha amiga tenha feito algo gostoso! Kkkkk Te amo Canoa!
-Me mostra esse bolo pra eu ver se ele esta bonitinho!?
-Você vai comer o bolo ou a aparência? Porra! – Ela abriu o pote e o até que tava bonitinho, tinha até cobertura, eu comecei a desconfiar que quem fez aquele bolo foi a mãe dela!
-Ahh miga me dá um pedaço ai! – Por que eu fui pedir um pedaço?!!
-Agora você quer né? – ela me deu um pedaço bom de bolo, eu cheirei e estava com um cheiro gostoso, eu fui dar uma mordida, ela ficou olhando pra minha cara.
-Puta que pariu! Esse esta tão duro que se tacar na cabeça mata!
-Então não come! – eu tomei um gole do refrigerante dela pra tirar aquele gosto ruim da minha boca!
-Lucas! Lucas!
-Que foi menina?
-O Rafa esta olhando pra cá!
-Eu quero mais é que ele se foda!! – Eu sentia um nojo tão grande dele!
-Eu acho que ele gosta de você! – Eu não suportava a ideia de olhar na cara dele!
-Ihh não viaja não garota!
-Ele esta vindo pra cá!
-Se ele vier pra cá eu saio!
-Não! Você não vai fazer isso! – Ela segurou meu braço tão forte que parou de circular o sangue! Amigo é pra isso!
-Oi gente! – Ele falou com um sorriso tão lindo no rosto!
-Oi Rafa – Ester estava tentando quebrar o gelo.
-Oi Lucas!
-Oi – Eu fui tão seco que depois eu fiquei com pena dele, mas depois eu lembrei das inúmeras coisas que ele já fez comigo sem um pingo de pena!
-Lucas você não ia almoçar? – O teatrinho de marionete dele podia convencer a Ester o resto do povo! Mas não a mim!
-Ia sim por quê?
-Eu ouvi você falando que ia almoçar!
-Agora você deu pra ouvir minhas conversas? – Eu sai andando e percebi que ele veio atrás, eu subi as escadas e fui pro ultimo andar, que era onde ficava a nossa sala eu entrei no banheiro e fechei a porta, logo depois ele entra.
-SAI DAQUI AGORA!!
-Você não pode me expulsar do banheiro da escola!
-Me diz por quê?
-Por que oque?
-Essa sua mudança repentina de comportamento? Você não me engana! Tem algo por trás!
-Realmente! Eu mudei pra uma pessoa!
-KKK Eu sabia! Você só mudaria por causa de alguma piranha! Você nunca mudaria pra ser melhor com ninguém! Você é mesmo muito egoísta!
-Você é que é mesmo muito idiota pra não enxergar o que está bem na sua frente! – Nós já estávamos berrando um com o outro! O rosto dele estava todo vermelho.
-O que eu devo enxergar? – Eu estava tão furioso! Eu sabia que ele não mudaria pra melhor!
-Que... –Antes de ele terminar um Amigo dele entra procurando por ele, eles saem e me deixam ali morrendo de raiva!!
Eu desci conversei com a Ester, e deduzi que ele estava afim dela! Por isso ele estava sendo tão legal comigo! Nós subimos pra sala e a aula correu normalmente, as vezes eu olhava pra ele e sempre ele estava olhando pra mim.
Nós fomos liberados e eu fui direto pra lanchonete, quando eu olho pro lado o Maldito Rafael esta lá.
-Meu Deus! Parece que eu joguei pedra na cruz!
-Lucas me desculpa por ter gritado com você.
-Tá tudo bem! Moço você pode embrulhar isso pra viagem!
-Você já vai?
-Vou sim! Eu tenho muita coisa pra fazer em casa!
-Mas nós moramos na mesma rua, eu posso ir com você!
-Eu vou passar em um lugar antes, falando nisso eu já estou atrasado! Tenho que ir correndo! – Eu peguei meu lanche na bancada e sai correndo, claro que eu paguei antes.
Cheguei em casa tão ofegante que quase desmaiei! Fui tomar um banho e não sei por que eu acabei ficando excitado pensando naquela praga do Rafael. Liguei pra Ester e contei pra ela o que aconteceu, comigo na lanchonete.
-Menina... ele me pediu desculpas pela briga no banheiro!
-Ain que fofo da parte dele!
-Fofo é o caralho! Ele não presta! Amiga eu acho que ele gosta de você por, isso que ele esta tão mudado!
-Será?!
-Eu acho! - A campainha tocou e eu tive que parar de falar com a Ester!
-Ester tem alguém na minha porta, depois eu te ligo amiga!
-Tá, vai lá meu delicia!
-kkkk Adoro!
-Tchau fofo!
-Tchau.
Eu desliguei e desci pra ver quem era, a pessoa não parava de tocar a maldita campainha.
-Já estou indo!
-Quem é? Quando eu abri a porta ele estava lá parado, com meu caderno na mão.
-O que você quer? O que você esta fazendo com meu caderno?
-Você o deixou cair da sua mochila e eu vim entregar.
-Ata! Obrigado agora você pode ir embora.
-Não vai nem me convidar pra entrar?
-Meu papaizinho não esta em casa! E ele não deixa eu receber estranhos na minha casa!
-Nós nos conhecemos, desde sempre! E eu nunca entrei na sua casa, seus pais são amigos dos meus!
-Tem razão! Nossos pais são amigos! Mas nós não!
-Por favor... Eu trouxe o Play pra gente jogar. – Eu não percebi por que estava numa sacolinha.
-Esta bom... Você pode entrar! Mas não acostuma não. - Ele abriu um sorrisão tão lindo, eu conectei o play na tv e começamos a jogar.
-Não vai ficando esperançoso... Eu nunca perco um jogo!
-O play pode ser seu, mas nem por isso eu vou pegar leve com você.
Nós começamos a jogar e percebi o quanto ele era fofo *-*, ele sempre que ganhava pulava e começava a dançar, eu achava a coisa mais engraçada do mundo, como estava muito quente eu tirei a minha camisa e ele também tirou e eu pude ver aquele corpo! Nossa que delicia! Eu consegui ganhar uma partida e comecei a rir dele, e ele pulou encima de mim, depois de rir muito com aquela situação eu percebi que nós estávamos no chão deitados, um encima do outro e com nossos rostos muito perto um do outro, eu podia sentir as nossas peles tocando uma na outra, os músculos dele encima de mim, a sua respiração, seu coração acelerado não muito diferente do meu! Eu olhei fundo nos olhos dele, estávamos um olhando no olho do outro.
CONTINUA...
Deixem sua nota e um comentário! E obrigado por ter lido o meu conto.