Continuando...
Na terça-feira, recebi uma ligação da mãe do Ricky, me chamando pra ir até sua casa que tinha algo pra conversarmos, fiquei curioso, levei Denise e Lucas comigo, pra eles saírem de casa um pouco também. Fora que agora eu adorava pilotar aquela nave.
Chegando lá, vi um dos tios do Ricky, Valter, era muito parecido com Gustavo, eram irmãos a final, ou seja era um homem vivido mas bem bonito.
Silvia : - Fala Marcio, tudo bem? Desculpa te chamar aqui com essa urgência, mas talvez eu tenha certa solução pra vocês.
Eu: - To bem. Ah é? Pode falar.
Valter: - Então, eu tenho um apartamento, recém reformado, posso te levar lá pra conhecer, não é um prédio novo, mas é bem cuidado.
Deixei Denise e Lucas lá com Silvia e fomos ver o apartamento. Chegando lá, era um belo prédio, bem arquitetado e tudo, meio antigo, porém sofisticado. Subimos até o apartamento, lá ele me explicou que não tinha espaço que ele queria, que gostava de fazer barulho e bagunça e não podia, então eles tinham se mudado para uma casa de aluguel temporariamente, enquanto não vendiam o apartamento. Era uma graça, estava reformado, eles tinham certo poder aquisitivo. Eram 3 suítes, um quartinho de empregada que virou escritório, um banheiro lavabo, um banheiro principal, sala, sacada que tinha virado cômodo com os vidros fechando a varanda, cozinha e lavanderia. Era muito grande até, era antigo, mas era lindo, só que não era do tamanho da minha casa. Tinha todos os armários e mesas embutidos.
Valter: - Minha sugestão, era a gente fazer uma troca, o apartamento pela casa de vocês. A Silvia disse que está toda reformada recentemente, grande, mobiliada, então você e o Ricardo podiam pensar juntos com mais calma. Aqui temos garagem pra dois carros, piscina, salão de jogos, quadra, parquinho e tem que pagar condomínio. – E me falou o valor do imóvel, era até um pouco mais do que eu queria pela casa.
Em casa, conversei com Ricardo e expliquei direitinho. Ele tinha ficado de ir ver com o tio logo que pudesse, eu estava empolgado, era um ótimo condomínio, só que essa decisão não era só minha.
Na quarta, peguei Ricardo e o levei pra ir tirar sangue já que ele fazia questão, eu só pensava no quanto eu tinha sorte de ter aquele homem comigo, ele ficava lindo de barba, ele não fazia muito o tipo carinhoso, mas quando ele era, era simplesmente de mais. Ele fazia pequenas coisas que me deixavam muito feliz, como ficar passando a mão na minha perna e no meu rosto enquanto eu dirigia.
Depois dele tirar sangue, estávamos seguindo rumo nossa casa, quando de repente eu tomo uma fechada de um carro, que eu dei uma freada que fui de cara no volante, acabei pegando a traseira dele. “Que merda, meu carro novo porra” foi o que eu pensei. Vi o corte na minha boca, mas não era nada, Ricardo estava intacto, então eu desci do carro pra ver o estrago. Tínhamos encostado os carros na rua pouco movimentada do lado.
Quando eu desci do carro pra ver, meu carro estava intacto também, a traseira dele não, o cara tava com uma cara de bravo e já veio me xingando, eu disse que ele estava errado, ele me pegou pelo colarinho da camiseta e me levantou, me puxou pra perto da cara dele e falou babando:
Homem estranho: - Seu playboy filho da puta, riquinho de merda, você vai pagar essa porra, ta entendendo? Eu devia te arrebentar por essa merda.
Eu: - Que vou pagar o que! Você que me fechou, não vou pagar.
Ele me empurrou e eu caí com tudo no chão mas bati a cabeça, levemente, no chão. Depois, vi Ricardo pegando o cara pelo colarinho exatamente como ele tinha feito comigo, ele cuspiu na cara dele e deu um murro no estomago, logo que ele caiu um chute. Depois me arrastou até o carro, foi dirigindo respirando fundo e alto, xingando e resmungando, dirigindo a mil por hora, eu tava muito bravo com a situação.
Eu: - Ricardo, para o carro.
Ele não ouviu, eu gritei.
Eu: - RICARDO PARA MEU CARRO!
Ele xingou o vento mas parou.
Eu: - Não gostei da sua atitude, você sabe que isso não resolve nada.
Ricardo: - O que você queria que eu fizesse, porra? Deixasse ele te bater na minha frente e não fizesse nada? Que merda.
Eu: - Abaixa o tom de voz, não é isso, mas não precisa bater, violência nunca é a solução. E se ele tivesse armado? Pensa antes de fazer merda, desce que eu vou dirigir.
O resto do caminho não nos falamos, ele era muito inconsequente em tudo que fazia poxa, se o cara tivesse armado ele levaria um tiro a toa, e outra coisa, violência não resolve nada, pelo menos eu achava isso.
Como ele estava de atestado o resto do dia, levei-o pra ver o apartamento, assim como eu, ele ficou encantado, disse que por ele nos mudaríamos sim, então ele ligou pro tio marcando de irem conversar ainda naquele dia, fechar negocio e combinar as mudanças. Lá íamos nós pra outra mudança. Na casa do tio, eles conversavam sobre tudo, acertaram e depois fomos embora, não estávamos nos falando ainda, eu tava muito chateado.
A mudança seria muito em cima, então eu tinha muito o que pensar, Lucas ficaria na casa dos avós, pais do Ricardo. Seria na próxima segunda-feira já que não podia ser feitas mudanças de semana, então Ricky contratou uma empresa de mudanças pra gente não ficar o dia todo levando coisas. Levaríamos todos os móveis e eletrodomésticos, não era tanta coisa assim, mas era meio pesado.
No sábado, fui ao doutorado como sempre, me matei de estudar e vim embora, eu tinha tanto medo de capotar que metade do caminho eu vinha a 50km/h.
No dia da mudança, eu passei o dia no apartamento, enquanto os rapazes colocavam as coisas no apartamento eu ia organizando, aproveitei os móveis embutidos pra já ir colocando copos, talheres, produtos e mantimentos, alem de roupas nos guarda-roupas e coisas de banheiro.
No fim do dia, eu estava exausto, não era fácil fazer mudança, eu não gostava, acho que de trauma por ter feito mudança toda vez que uma amante do meu pai descobria nosso telefone ou endereço.
Tinha muitos jovens no prédio, as menininhas já ficavam encarando Ricardo e eu ficava possesso de ciúmes, mas ainda não nos falávamos direito, eu não era orgulhoso, nunca fui, mas ainda tava meio chateado.
O condomínio não era muito longe da antiga casa, não era bem perto, mas não era longe. Uns 15 minutos de carro. Avisei Denise e Maria, já tinha deixado tudo organizado como sempre. Na primeira noite na nova casa, dormi mal, não gostava de bagunça, mas no dia seguinte Maria que me ajudaria a organizar tudo que faltava, mas não era muita coisa, era prático fazer a mudança.
Em dois dias o apartamento já estava arrumado e Ricardo já tinha ido ao cartório resolver as coisas da documentação, transferência de um pro outro, o valor do condomínio era meio alto, mas lá tinha lazer e vaga pra dois carros.
Quinta-feira de manhã, tudo já estava praticamente nos eixos, tínhamos comprado alguns móveis que faltavam e etc. Ricardo me levou café na cama e me acordou com beijos.
Ricardo: - Bom dia meu lindo.
Eu: - Bom dia.
Ricardo: - Sabe... eu queria me desculpar, eu te amo, não quero ficar assim com você, não consigo, eu só não vou deixar ninguém te fazer mal, antes eu tomar um tiro que alguém te ferir.
Eu o puxei e nos beijamos.
Eu: - Você não tem que sair?
Ricardo: - Eu posso ficar mais, to morrendo de saudades de você e disso aqui. – Disse apalpando minha bunda.
Fizemos amor, mas não fizemos barulho, praticávamos isso já que era um apartamento e do corredor dava pra ouvir quase tudo. O bom era que Maria dava conta de tudo mais rápido, Denise tinha adorado, eu tinha a cadastrado como sobrinha e ela podia usar o lazer do condomínio sempre que quisesse, alem de poder levar até 2 convidados.
O quarto do Lucas era uma graça, era bom que agora tinha um banheiro só dele, logo eu podia deixar a banheira dele e outras coisas de higiene por lá mesmo sem incomodar os outros, no total eram 5 banheiros, o que pra mim era muita coisa.
A família do Ricky tinha adorado a casa, o que me deixou feliz, ambos os lados estavam felizes. Ricardo e eu tínhamos combinado fazer um churrasco no sábado a noite pra receber os amigos próximos e familiares próximos pra conhecerem lá.
Ainda naquele dia, compramos uma pizza já que eu tinha preguiça de cozinhar e fizemos amor a noite toda, agora o Lucas já ficava mais bonzinho, logo ele faria 6 meses. Eu amava aquela coisinha linda.
Na sexta, antes de ir pra São Carlos, deixei Marcelo lá na minha casa com Ricardo, assim eles se fariam companhia. No sábado, como sempre, me matei de estudar, só quem faz graduação stricto-sensu sabe como é, se matar de estudar, mas ninguém reconhecia isso, todo mundo achava que eu não precisava, que eu era bobo de fazer aquilo, alguns achavam que era pra aparecer, mas só eu sabia meus motivos, que eram crescer mais na profissão que eu amo.
Chegando em casa, eu tinha saído mais cedo da aula, ajudei Ricardo a terminar os preparativos do churrasco, foi bem legal, como sempre Gabriel só falou merda e todos riram, eu ficava contente do Marcelo ficar á vontade lá, ele também era cadastrado como morador, então poderia sempre usar o lazer a hora que quisesse.
Eu subi mais cedo que Ricky, porque estava cansado e tinha que por meu filho pra dormir, depois que ele dormiu, eu caí no sono logo em seguida. Só acordei depois com Ricardo beijando meu corpo e vindo em cima de mim, gostoso de mais.
Ele sabia o que fazer pra enlouquecer. Ele tirou toda a minha roupa, foi beijando meus pés, subindo tudo, me virou e beijou minha bunda, continuou subindo os beijos, passou pelo meu peito, chego á meu pescoço e me enlouqueceu lá, era meu ponto fraco, eu fiquei todo arrepiado e excitado na hora. Ele tirou a roupa dele mesmo, se lubrificou e me penetrou, como eu estava bem relaxado, foi até que tranquilo, mas doeu um pouco, ele era sempre firme nos movimentos, me conduzia de maneira única.
Quanto mais mudávamos de posição, mais prazer me dava, eu adorava o jeito que eu gozava sem ao menos me tocar, era incrível. O jeito que ele olhava fundo nos meus olhos, ele não sorria, ficava sério, mas sempre me beijando, ele era quieto geralmente, mas dessa vez ele sussurrava algumas coisas no meu ouvido que me davam tesão ainda. Coisas do tipo:
“Você é muito gostoso, que tesão.”
“Eu adoro ficar dentro de você, tá sentindo nossa ligação?”
“Isso é a melhor coisa do mundo.”
Eu adorava ouvir aquilo, quando terminamos, pelo menos eu achava que estava terminado. Ele me levou no colo até o banheiro, encheu a banheira e tomamos um banho longo, quente e demorado juntos, acabamos fazendo amor de novo, depois ele me levou até a cama.
No domingo como sempre fomos assistir o jogo na minha mãe, almoçávamos, vimos o jogo, tomamos um café depois fomos pra casa.
Na segunda, Ricardo a noite chegou em casa me dizendo que tinha uma surpresa. Eu estava ansioso pra saber o que era, logo ele me levou pro quarto e começou a tirar a roupa.
Eu: - Opa, é assim já?
Ricardo: - Não lindo, vou te mostrar a surpresa.
Depois eu olhei melhor e vi, eram tatuagens, nem todas completas. Tribais nos braços, o que eu achava muito sexy, já tinha comentado com ele que achava lindo homens sarados como ele com tatuagens tribais nos braços. Ainda faltavam retoques, mas eram lindas, ele tinha feito por mim.
EU: - Muito sexy, adorei.
Ricardo: - Que bom, logo logo vou tatuar alguma coisa pra você e pro nosso filho.
Ele foi colocando a camisa de novo.
Eu: - Não, não põe não, vamos aproveitar que você tá gostosão assim e vamos aproveitar. Isto é, se não doer muito pra você.
Ricardo: - Foda-se a dor, quero você agora.
E fizemos amor, eu fui bem cuidadoso, ele que não era.
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Bom meus amores, ta aí mais uma parte do conto. Espero que vocês gostem, eu fico impressionado com a quantidade leituras, notas e comentários, fico muito feliz, me sinto como se fosse um dos grandes escritores da casa, CRISBR-TAZMANIA-MATEUS-BERNARDO-CARPE DIEM*e otros não menos importantes que não me recordei, por todo o carinho que recebo de vocês. Qualquer crítica e sugestão são bem vindas.
E-mail para contato: marcio.casadoscontos@hotmail.com
Até mais ;)