Quando eu dizia que essas coisas só aconteciam comigo... Não estava mentindo. Parecia que todos os problemas me procuravam e, eles sempre me achavam. E eu que só queria me divertir... Acabei me metendo numa grande confusão. Meus amigos me olhavam assustados e com dó por tudo o que eu estava passando naquele momento. O Edu destruiu toda a minha festa. Porque ele tinha que ser assim?
Eu – Olha só o que você fez... (eu disse irritado).
Edu – O que você queria que eu fizesse? Vou ficar aqui pagando de trouxa na frente de todo mundo?
Por quê? Era o que eu me perguntava. Não queria acreditar... Como pôde se transformar dessa forma? O Edu parecia louco, completamente transtornado... Que humilhação!!! Num instante, todos saíram dali, nos deixando a sós. A festa ainda rolava, agora bem mais longe de nós. Eu não conseguia olhá-lo, ele parecia uma pessoa completamente desconhecida para mim... Um verdadeiro estranho.
Eu – Porque não consegue confiar em mim? Edu... Era só uma festa. O que tem de mal nisso? Eu te chamei para ficar comigo e você não quis... Me ignorou totalmente.
Edu – Meu amor... Me desculpa. Tenta me entender, por favor, me perdoa.
Eu – Porque você tinha que me humilhar desse jeito? Como eu vou olhar para toda essa gente agora?
Edu – Eu não queria te fazer mal, mas você me provocou.
Eu – Que provocação!? Era o meu aniversário ao lado dos meus amigos e você arruinou tudo. Cara... Porque todo esse show? Como você pôde fazer isso comigo?
Edu – Você acha bacana... A Clara se esfregando em ti, esse cara te abraçando? Sabe que tenho ciúmes, eu não sou de ferro... Não deu para me segurar.
Eu – Edu... Na boa... Você é muito infantil. Precisava agir assim? Sinceramente, nós nunca daremos certo juntos.
Edu – Não faz isso. Eu prometo que vou mudar, por favor, me perdoa.
Eu – Ah! É só isso que você sabe dizer? Edu... Já deu. Acho melhor a gente parar por aqui.
Nos conhecemos assim: totalmente diferentes um do outro, mas nós conseguíamos levar nosso relacionamento numa boa, mas a partir do momento que o respeito não existia mais na nossa relação... Fim de papo! Como viver juntos em meio a tantas desconfianças? Meu único desejo era ter um relacionamento tranquilo, feliz e saudável... Juntos, nós já não estávamos vivendo as coisas boas de um namoro... Era somente brigas e mais discussões. Tentava explicar á ele da forma mais clara possível, mas o Edu dificultava e muito a nossa conversa. Ele me prendia em seus braços, me sufocando totalmente.
Edu – Eu não vou deixar você sair daqui.
Eu – Para com isso Edu. Vamos conversar... Me solta, por favor.
Para que continuar com algo que estava nos prejudicando? Nossa relação já estava completamente desgastada. Não havia a necessidade de sofrermos ainda mais tentando manter esse namoro. Claro que eu o amava, mas não iria permanecer num relacionamento tão destrutivo quanto o nosso.
Edu - Amor. Você não pode me deixar.
Eu - Cara... Eu preparei essa festa com tanto carinho e cuidado para que tudo desse certo. Por quê? Não consigo compreender.
Edu – Na hora não pensei em nada... Sei que errei, mas eu te amo. Me escuta, por favor.
Eu – Edu... Presta atenção. Eu tenho a minha família, meus amigos. Nunca eu te deixaria de lado, mas é a minha vida. Você não tem o direito de me impedir que eu esteja com eles. Te amo muito, mas não dá mais... Já tentamos muitas vezes... Acho melhor cada um seguir o seu caminho agora.
Acho que esse era mesmo o fim... Claro que eu estava triste por mais uma vez passar por essa situação, mas era o certo a se fazer. Já não estava mais conseguindo segurar essa barra que era gostar dele, rsrs. Pesado demais.
Seria tão mais fácil se esse cara não fosse tão complicado. O Edu me pressionava com toda a força que possuía... Meus lábios estavam um pouco inchados, meu corpo dolorido por tanta intensidade que eu era agarrado... Não conseguiria disputar com ele, jamais. Não era drama, estava machucado de verdade. Mais do que a dor física, todas essas marcas ficaram no meu coração.
Nunca pensei que ele pudesse fazer algo tão grave assim contra mim. Por mais que eu pedisse para parar, implorasse e tudo mais... Era tudo em vão. Ele estava totalmente desequilibrado... Irreconhecível. Uma cena trágica da minha vida muito difícil de ser esquecida.
Eu - Me solta agora. Você tá me machucando. (eu disse com raiva).
Vi ódio no seu olhar. Pela primeira vez na nossa relação... Eu senti muito medo dele. Adorava quando ele me beijava e tal, mas beijos cheios de amor e cuidado, não violento e agressivo. Inacreditável o que acontecia comigo naquele momento, mas por um descuido do Edu, consegui atingi-lo.
Edu - Amor. Me desculpa. Eu não queria te fazer mal.
Eu – Mais fez e, muito. Olha como você me deixou... Cara... Isso não é amor. Eu te odeio. Fica longe de mim.
Edu – Por favor, me perdoa... Deixa eu te ajudar.
Que situação!!! Me sentia como um prisioneiro. Acho que nessa hora o Edu se ligou que realmente eu estava mal... Queria me tocar, levar dali, me ajudar, totalmente desesperado, mas dele a única coisa que eu queria... Era distância. Aquele cara que sempre me protegia... Dessa vez, foi o culpado por tanto sofrimento.
Precisaria de um socorro... Um super-herói, talvez. Ele não estava disposto a ceder ou conversar, mas a ajuda surgiu na hora exata, ainda bem. Rapidamente, o André e o Thiago vieram ao nosso encontro.
Thiago - Solta ele Edu. Cara... Você vai se complicar.
Edu - Não se mete. Isso é assunto nosso. Vaza daqui.
Thiago - Presta atenção Eduardo. É assim que você quer que ele te perdoe?
Eu já chorava muito... De dor, principalmente raiva. Se eles não chegassem naquele instante... Acho que algo pior teria me acontecido. Apesar de toda essa confusão, ele atendeu ao pedido do Thiago e, me soltou. Agora sim, eu estava livre, finalmente.
Eu – Nunca mais chegue perto de mim.
Talvez, toda essa raiva passasse, já que eu amava muito o Edu, de verdade, mas ele me magoou demais. Naquele momento, eu só queria sumir, respirar, poder chorar em paz, enfim... Quanto mais longe, melhor.
André – Você tá bem? Vamos sair daqui.
Thiago – Diego... Vá para casa e, você Eduardo... Se acalma... Amanhã vocês conversam melhor.
Eu – Eu não vou conversar. Já estou cansado dessas desculpinhas... Edu... Você acabou com tudo de mais bonito que nós já vivemos juntos. Nunca vou te perdoar por ter destruído a minha vida.
Tão triste eu estava. Será que eu não merecia ser feliz? Era uma decepção atrás da outra. Nunca dei motivos para o Edu agir dessa forma comigo... Tão rude e violento. Por mais que eu desse todas as chances do mundo á ele... Sempre seria a mesma história. Não queria viver outra situação igual a essa, jamais. Afinal, que amor era esse onde eu mais sofria do que sorria?
Edu – Tudo por culpa desse cara. Se você se afastasse dele, isso nunca teria acontecido.
André - Minha culpa?!!? Você faz a burrada e eu sou o culpado? Tú é muito otário mesmo.
Não queria ver mais brigas. Paz, paz e paz... Era o que eu precisava e pedia. Tanta coisa acontecendo no meu caminho, tudo ao mesmo tempo. Um único minutinho de tranquilidade, eu necessitava na minha vida.
Eu – Chega... Parem!!! Eu não aguento mais...
Rapidamente, nós saímos dali. Dessa vez, ele não me impediu. Caminhei até onde estavam os meus convidados... Pedi desculpas e, tudo mais. Já não existia mais clima para festejar, mas não seria justo dar fim a diversão deles por causa dessa ‘ceninha’ do Edu. Fiquei bem quietinho no meu canto, observando a alegria de todas aquelas pessoas. Eu poderia estar assim também... Alegre, dançando, bebendo, mas quem disse que eu conseguia me desligar, pensar em algo bom? Ao menos, ninguém me incomodava mais... Tarde demais... Acho que ele não me deixaria sossegado tão facilmente. Não iria mais me estressar, mas o Edu permanecia ao meu lado e, a todo o momento implorando, explicando e tal. Sabia que ainda existiam muitas coisas mal resolvidas entre nós... Deveríamos conversar e acabar com essa história de uma vez por todas, mas quanto mais próximos um do outro, mais minha raiva aumentava. Ele sempre foi muito insistente, mas dessa vez, eu não iria me curvar a sua vontade. O Thiago percebeu meu desconforto e, graças aos céus, conseguiu tirá-lo dali. Logo, a Clara também me convenceu a ir para outro lugar bem mais calmo, onde eu pudesse ficar mais calmo.
Clara - Diego... O que deu no Edu? Isso não é normal. Você tem que tomar muito cuidado.
Eu – Sim. Tem noção de como eu estou me sentindo? Meu coração está em pedaços.
Clara – Para ser sincera... Eu estou assustada até agora. Acho melhor você encerrar essa festa antes que algo pior aconteça.
Eu – Eles não têm culpa dessa paranoia do Edu, mas se ele não mudar... Não vejo outra solução para nós.
Clara – Pensa direitinho. Ok? Sabe que pode contar comigo, não é?
Eu – Claro que sei. Confio muito em você, mas eu acho que vai ser melhor a gente ficar longe um do outro por um tempo.
Clara - Tenta compreendê-lo. O Edu é meio sem noção, mas dá para perceber que ele gosta de ti. (ela disse me abraçando).
Estar com ela me fazia muito bem. Eu sempre enxerguei a Clara como uma amiga maravilhosa. Nunca rolaria nada entre a gente, somente amizade. Depois de conversarmos bastante, eu já me sentia um pouco melhor. Conversaria com ele, mas não naquela hora. No outro dia, estaríamos mais tranquilos e com o coração mais aliviado e, quem sabe sem mágoas conseguiríamos nos acertar, mas como sempre o Edu estragou tudo novamente. Ele veio onde nós estávamos e, já chegou nos acusando, sem ao menos saber o que estava acontecendo por ali. Porque isso só acontecia comigo?
Clara – Ah! Para de show Eduardo. Você já deu vexame demais por hoje.
Edu - Eu te perguntei alguma coisa?
#GROSSO.
Eu – Edu... Não começa. Ok? A Clara está me ajudando.
Edu – Eu sei muito bem a ajuda que ela quer te dar. Você é muito ingênuo Diego. Impressionante.
Clara - Eu não acredito que você está desconfiando de mim?
Edu - Você vive em cima dele. Sempre nos atrapalhou...
Clara – Imbecil... Ah! Vai se tratar. Diz que ama o Diego e o trata desse jeito. Você não merece o amor dele.
Edu – Clara... Sai daqui. Minha conversa não é com você.
Minha cabeça doía demais. Como se não bastasse, ainda teria que ficar escutando as ordens dele, controlando com quem eu deveria ou não falar. Complicado demais. Eu estava disposto a tentar entendê-lo de verdade, mas não daria certo... O fim se aproximava.
Eu – Chega! Acabou Edu. Se você me ama de verdade, por favor, me deixa em paz.
Entreguei á ele aquela correntinha presenteada lá no inicio do nosso relacionamento... Ali se acabava qualquer vínculo que nos unia. Rapidamente, desapareci, corria o mais rápido possível. Só queria sumir, longe de tudo e de todos. Ignorei os perigos da noite e, por fim cheguei num lugar que eu conhecia muito bem. Já era madrugada... Meu celular não parava de chamar, ou chegar mensagens, mas por ali sozinho eu amanheceria, já estava decidido.
Minhas lágrimas não paravam de rolar... Eu tão jovem e com tantos problemas no meu caminho. Que vida mais difícil a minha. Meus pensamentos eram a minha companhia naquele momento. De repente, eu comecei a escutar passos, ruídos... Não teria como não ficar assustado, mas quem seria? Resolvi ficar em silêncio. Estava muito escuro, mas eu sentia alguém se aproximando... Cada vez mais perto... Logo, essa pessoa chamou pelo meu nome... Tensão! Era o André todo preocupado e aliviado por me encontrar.
Eu - O que você quer aqui? (perguntei irritado).
André - Eita! Eu te encontro e é assim que você me agradece?
Eu - Foi mal, mas eu não queria ver mais ninguém por hoje.
André – Então você deveria ter procurado outro lugar para se esconder e, não um local que só nos dois conhecemos.
Eu – Esqueci totalmente disso. Eu só queria ficar sozinho por um tempo.
André – Posso te fazer companhia?
Eu – Claro. Só não toca mais nesse assunto comigo.
Minha intenção era permanecer em silêncio, mas diante dessa situação... Acho que seria impossível. Na verdade, eu queria desabafar com alguém que me entendesse.
André - Você não pode ficar aqui. Vamos para sua casa, todo mundo está preocupado contigo.
Eu – Claro que posso. Ao menos aqui ninguém me perturba.
André – Você é difícil demais Diego, mas eu te entendo e concordo contigo.
Eu - Porra. Até que enfim alguém está do meu lado.
André - Mas eu também acho que você pegou muito pesado com ele.
Eu - O que?!?!?! Ah! Eu não acredito André. Você me conhece e, sabe que detesto que me tratem desse jeito. O Edu acha que é meu dono... Quer mandar em mim.
André – Tudo isso é ciúmes. Tá na cara. Pensa bem. Se esse cara não gostasse de você, ele não se humilharia assim na frente de todo mundo.
Eu – Eu não consigo. Ele me feriu demais. Sinceramente? Não dá mais.
André – Ele deve está confuso. Acho que você deveria ensiná-lo a melhor maneira de viver esse amor.
Eu – Para que tudo isso? Porque você tá defendendo ele agora?
André – É você quem eu quero proteger, mas já deu para perceber que vocês se amam. Vamos para casa e amanhã tudo se resolve.
Eu – O Edu me sufoca demais. Não sei se eu consigo suportar tanta pressão.
André – Não pensa nisso agora. Ok? Você é muito importante para mim, por isso eu quero te ver bem, sempre.
Eu – E você sempre será especial para mim também, mas agora eu queria te pedir um favor: Me deixa ficar na sua casa?
Avisei a minha familia que não voltaria para casa naquela noite e, segui com ele. Dessa vez, consegui dormir e ter paz, finalmente. Amanheceu e era chegada a hora de enfrentar a fera. O André me acompanhou até em casa. Depois de levar um longo sermão dos meus pais... Fui ao seu encontro.
Acho que ele nem dormiu, pois estava com a aparência péssima. Quando o Edu notou que eu estava por ali, me abraçou todo preocupado, mas assim que o André também apareceu na sua frente... Rapidamente ele se armou para um novo embate.
Edu - O que ele tá fazendo aqui?
André - Relaxa cara. Eu não quero confusão.
Eu – Edu... Ele vai ficar aqui.
Edu – Não acredito nisso... Porque tá protegendo esse cara? Vocês dormiram juntos também?
Eu – Não é possível. Eu só posso ter entendido errado. Você tem noção do que acabou de me dizer?
Edu – Não retiro o que eu disse. Você dormiu na casa dele. Quer que eu pense o que? Eu não confio nesse cara.
Eu - Eu só quero que você confie em mim. Será que isso é tão difícil? Pô Edu... Para que tantas desconfianças? Cara, eu te amo, não estraga esse amor.
Edu - Eu amo você também e, só de pensar em te perder, eu fico louco.
Eu - E quem disse que você vai me perder?
Edu – Eu noto sua alegria quando está com seus amigos... Você se transforma quando fica com eles, principalmente com esse cara.
Quanta insegurança!!! Meus amigos sempre me ajudaram nos momentos mais complicados da minha vida. Eu confiava muito no André. O que existia entre nós era apenas amizade, nada mais aconteceria. Ele me ajudou muito nessa situação, me aconselhando, incentivando... Amizade de verdade. Acho que sem o auxílio dele, eu não conseguiria vencer este momento tão complicado com o Edu.
André - Olha cara. Eu convivo com o Diego há muito tempo. Você nunca vai conseguir nos afastar. Se toca!
Edu – Você quer se meter na nossa vida agora? Dá um tempo cara.
André - Essa suas atitudes só te atrapalham. Raciocina...! Ninguém aqui quer tirá-lo de você. Eu conheço tão bem o Diego... Que consigo ver nos seus olhos que ele te ama... E, se vocês dois não ficarem juntos... O culpado não serei eu, a Clara, nem meus amigos... A culpa será sua que não o valoriza como merece.
Por incrível que pareça o Edu não se irritou, nem quis mais brigar. De certa forma, essas palavras do André mexeram com ele de verdade.
André - Você tem que se controlar cara. Eu sei que não deve está sendo fácil para você, mas brigar não vai resolver nada.
Jamais imaginaria vê-los conversando normalmente sem se agredir, ofender e tudo mais, pois desde o primeiro dia que se conheceram... Era somente confusão. Inacreditável!!!
Edu - Eu tenho ciúmes dele, demais. Tento me acalmar, mas é difícil. Eu sou muito explosivo.
André - Eu sei muito bem como é isso. E reconheço também que o Diego é muito complicado, mas as coisas não se resolvem assim.
A ordem não era ficar falando mal de mim, rsrs, mas ainda bem que o Edu compreendeu todos os fatos, sem arrumar mais problemas. Não foi nada fácil, não mesmo, mas o final feliz já se aproximava.
André - Eu também já amei o Diego muito, mas agora nós somos amigos. Nossa relação é de amizade. Você não pode privá-lo de estar com a gente... É a vida dele, é o que o faz feliz.
Acho que agora a parada era entre nós dois. O André saiu, deixando–nos a sós. Porque eu amava tanto esse cara? Para essa questão eu ainda não tinha a resposta.
Edu - Amor... Me perdoa por favor. Eu não consigo e não posso ficar longe de você.
Não estava humilhando-o, nem nada parecido, mas eu nada respondia... Somente o olhava. Se ficássemos juntos... Teríamos que passar por cima de todas essas dificuldades, mas se nós continuássemos separados... Sabia que sofreríamos demais. E agora: sim ou não?
Edu – Se você me ajudar, sei que eu vou conseguir mudar, mas vamos voltar a ficar juntos.
Eu – Cara... Você é muito chato mesmo. Insuportável demais.
Mesmo com esses milhares de defeitos... Eu amava muito esse cara. Ele ficou triste, pois pensou que eu não o aceitaria de volta. Agora seu olhar estava fixo ao meu. Frente a frente, olhos nos olhos. O Edu ficou todo impaciente aguardando a minha resposta.
Eu – Claro que eu aceito. Eu amo muito você. Quero muito ficar contigo.
O amor que nos unia era muito forte. Ele ficou muito feliz. Nos abraçamos demoradamente, mas quando o Edu quis me beijar, recuei rapidamente. Acho que eu ainda não me sentia totalmente seguro perto dele.
Eu – Depois da mordida que você me deu... Foi mal, mas eu ainda estou com medo.
Edu - Te machuquei outra vez, não é? Confia em mim... Eu vou cuidar muito bem de você.
Eu – Eu confio. Tudo bem que algumas mordidinhas de leve num relacionamento não faz mal, mas toma cuidado hein? Não quero que isso aconteça novamente.
Edu – Ok. Então, eu prometo que só vou te morder e apertar também bem devagar e, só quando você pedir... Agora coloca isso aqui de volta no lugar.
Nossas correntinhas... Dessa vez deixei-o me beijar. Eu acreditava em suas palavras e, acho que fiz o certo em perdoá-lo. Agora sim, tudo caminhava em paz novamente.
Eu - Amor. Posso te pedir uma coisa... Por favor, pede desculpas ao André.
Claro que ele relutou um pouco, mas o Edu aceitou... Não somente o André, também a Clara, e todos os meus amigos ele se desculpou.
Clara - Agora vê se cresce e para de dar espetáculo por aí.
Só a Clara falava assim com ele. Os dois sempre viveram entre tapas e beijos, rsrs.
André - Eu te entendo cara. O Diego sempre foi assim, todo marrento, mas ele é gente boa, haha.
Edu – Ele é muito estressado, demais. Esse cara me coloca em cada situação.
Eu – Ei. Vão ficar me difamando agora?
Minha intenção era que se desculpassem e tal e, não se unissem para ‘gritar’ meus defeitos, rsrsrs. Nunca fui uma pessoa muito fácil de suportar, mas eu era um cara bonzinho, rs. Claro que os dois não se abraçaram, declararam amor eterno e tudo mais, mas eles se respeitavam e, isso já era um grande passo.
Breno – Chega por hoje, não é? Agora que o casal problema está junto de novo... Será que nós podemos nos divertir em paz? Dá para ser, ou tá difícil?
Era tudo o que eu mais queria... O Edu ainda continuava me monitorando, rs, mas ele estava bem mais agradável, tentando a todo momento interagir com meus amigos.
Enfim, o final de semana já estava acabando e, com isso era chegada a hora de voltar para o R.J. Minha mãe me aconselhou demais sobre o meu relacionamento. Entendia toda a sua preocupação, mas eu tentaria fazer o possível para que tudo desse certo.
Apesar da minha festa no finalzinho ter sido um fracasso... Conseguimos o nosso final feliz. O Edu estava tão carinhoso comigo... Me tratava como um bebê e, mesmo não gostando muito... Tentava não reclamar, para evitar a fadiga, hahaha... No fundo eu até gostava de todo esse cuidado. Tão maravilhoso saber que alguém se preocupava com você. Sem dúvida nenhuma: esse era o homem que eu havia me apaixonado.
E os dias passavam rapidamente, sem grandes acontecimentos. Num dia qualquer... Estávamos em casa, sem nada para fazer... Logo, minha mãe me ligou um pouco apreensiva, dizendo que a minha irmã não estava se sentindo muito bem, essas coisas. Já havia me acostumado com a gravidez dela. Já amava muito esse bebê que estava a caminho e, não queria que nada de mal acontecesse á ele.
Claro que eu fiquei preocupado com essa situação. Depois de conversamos por um tempo, ela me contou sobre um pesadelo... O motivo que fez a minha irmã se apavorar. Nunca fui de acreditar muito nessas coisas e tal, mas realmente, toda essa história mexeu comigo de verdade. Encerrei a conversa, tentando parar de pensar nesse assunto, mas o Edu tatambém estava ao meu lado, tentando entender a situação.
Edu – O que houve com a sua irmã? Você parece aflito.
Eu – Bobagem. Coisas da gravidez. Ela teve um pesadelo e agora está um pouco assustada.
Não queria alarmá-lo, pois sei que logo o Thiago também saberia, mas se eu não contasse... O Edu iria insistir até eu acabar me irritando novamente. Toda a minha família estava ansiosa e agora feliz com essa criança. Não queria que nada atrapalhasse a minha irmã.
Edu – Me diz o que é. Sei que tem algo te preocupando.
Eu – Ela sonhou com um avião caindo no meio do nada com vários rostos conhecidos pedindo ajuda, chorando. A Daiana viu meu pai tentando desesperadamente socorrer alguém ferido.
Edu – Nossa!!! Que louco. Quero nem pensar em viajar de avião contigo, rsrs.
Sabia que ele estava tentando amenizar o clima, mas essa conversa não saía da minha cabeça.
#MEDO.
Estávamos nos últimos meses do ano. Meu desejo era que o mês que já se aproximava trouxesse muita paz, alegria... Nem tudo seria como queríamos, infelizmente. Os dias seguintes surgiram como uma terrível tempestade... Realmente, um pesadelo inesquecível.
Ah! Se eu pudesse proteger os meus amores... Evitar que todas as pessoas que estão ao meu lado sofressem.
