E ae gente!!! Como vocês estão? Bom, pra começar eu vou pedir desculpas pela demora... A facul está começando a pesar ai já viram né? Eu juro que estou quase arrancando os meus cabelos de tanto estresse em ver números. Mas pra compensar a demora, eu vou tentar esticar ao máximo hoje para escrever logo o fim... Não que eu queira me livrar de vocês, mas é que eu acho que está mais do que na hora de eu fechar a história. Mas eu estou preparando uma surpresinha especial a vocês... O que é? Vão ficar querendo saber hehehehe. Boa leitura a todos : D
Esse capitulo vai em especial a um cara chamado Guga-05... Você merece migão ; )
O tema do fosforozinho desse capitulo : http://letras.mus.br/elvis-presley/31419/#traducao
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Sabe quando você olha para o céu e vê aquelas nuvens cinzentas e aquele vento gélido anunciando chuva? Pois é... Era assim que eu via quando o fosforozinho tinha aquele lampejo diferente nos olhos. Eu sabia que ele ia fazer alguma coisa, mas não sabia o que... Em parte ficava transbordando de alegria por que nós estávamos juntos de novo e só por esse fato eu já estava no meu nirvana pessoal. Mas eu ficava também um pouco preocupado com o que ele estava tramando.
Então comecei a fazer o que ele me disse: pedi em namoro a Catarina e comecei a fazer o papel do namorado apaixonado. É lógico que ela pulou de alegria e ficou me agarrando pelo o pescoço e beijando a minha bochecha. E voltamos naquela rotina que eu tanto queria esquecer... E ela nem reparou que eu evitava beijar a boca dela. Acho que ficou tão feliz que nem se eu tatuasse a minha testa ela notaria.
Enquanto na cabecinha de minhoca da Catarina voltamos ao nosso namorinho High School Musical, eu via o Ariel sentado em um banco mexendo no celular com o Jonas ao lado. Ele estava com um sorriso de orelha a orelha. Se fiquei louco de ódio quando vi os dois juntos? Fiquei e muito. Respirava fundo e contava até dez para não perder a calma. E assim prosseguimos nas primeiras duas horas até que na hora intervalo.
-- Caramba!!! Hoje tem hambúrguer e batatinhas!!! – falei entusiasmado. Estava com a barriga roncando de fome...
-- Eca que nojo! Isso é só caloria... Mais antes você ter pegado um sanduiche vegetariano com soja... – disse Catarina indignada.
-- Eu sou homem!!! Preciso é de carne e não falsificação dela! – disse pegando um sache de barbecue.
-- Ok amorzinho! – ela disse fazendo bico... Piranha sem noção.
Depois de sentarmos, fiquei lá comendo as minhas batatas meio pensativo... A vadia e suas amigas ficam falando sobre coisas totalmente dispensáveis. Estava pensando em uma música quando ela falou.
--Amor eu vou ali com as meninas no banheiro. Volto já já meu bb... – ela falou com aquela vozinha aguda... Urgh!
Não se passou nem dois minutos e o fosforozinho estava lá na minha mesa com a Ana e a Jessica. Ele estava ofegante, com as bochechas vermelhas.
-- E então como está indo o namoro fake de vocês dois? – ele disse dando uma golada severa na minha coca-cola.
-- Está indo... Mas por que você está arfando mozin? – disse juntando as sobrancelhas.
-- Eu tive que fugir do Jonas! Ele tem mais tentáculos do que uma lula... – ele falou arfando. – Ana vá no banheiro e veja se elas ainda estão lá! Qualquer coisa me mande uma mensagem! – ele olhou para a menina que saiu apressada da mesa.
-- Amor você está bem? – disse preocupado.
-- Me dê isso aqui! – disse ele pegando o meu hambúrguer parecendo um leão vendo uma presa... Ao melhor estilo Animal Planet.
-- Ah era meu... – disse vendo ele comer em dentadas rápidas e nervosas.
-- O que é seu é meu! E além do mais você tem não noção de como ser um gênio do mal dá fome!!! – disse ele depois de engolir um pedaço – Humm... ISSO É UMA DELÍCIA!!! – e pegou um punhado de batatinhas e o molho.
-- Ok.- disse me encostando no encosto da cadeira.
-- Essa bolsa é de quem? – disse ele apontando o dedo para a bolsinha da Cat.
-- E da Catarina... – disse indiferente.
Ele pegou a bolsa e abriu ela, vasculhando-a e remexendo tudo. E ele pegou uma chavinha prateada. Era a chave do armário dela.
-- Jess você tem um sabonete aí? – disse ele olhando para outra menina que estava junto conosco. Ela revirou a bolsa dela e entregou a ele... Misericórdia... Em bolsa de mulher só falta ter a força armada do Brasil O.o
-- O que você vai fazer? – perguntei.
Ele pressionou a chavinha na barra do sabonete e depois tirou.
-- Vou mandar fazer uma cópia disso aqui. – ele falou concentrado. E então ele arregalou os olhos e tirou da bolsa o celular da Catarina. – Jess está vendo o que eu estou vendo? – os olhos dele brilhavam de excitação.
-- Sim – a guria sorriu diabolicamente.
-- Passe todas as conversas dessa biscate para o meu celular... – ele entregou o cel dele.
Enquanto a garota manipulava os celulares, eu olhei pra ele.
-- Amor você não acha que está indo longe demais, não? –disse preocupado.
-- No amor e na guerra vale tudo. Além do mais eu já estou devendo aquela criatura a lição que ela merece... De vez em quando é bom deixar a educação e o bom senso para acabar coma a raça de algumas pessoas... – ele disse limpando a boca com um guardanapo.
-- Você tem razão... E além do mais eu estou com a mão coçando para arrancar os dentes do Jonas – comecei a rir.
-- Jess já terminou? – ele perguntou.
-- Já está tudo pronto! – ela disse enfiando o celular da outra na bolsa.
-- Excelente! Agora eu vou ter que ir!!! Tchau amor! – ele me deu um beijinho no meu maxilar e saiu disparado com a garota. Aí vem chumbo quente.
Tudo isso ocorreu em quatro minutos, e poucos segundos depois Catarina volta com as suas amigas vadias... E pensar que já peguei todas elas hehehehe.
-- Demorei? – ela disse passando brilho nos lábios.
-- Não princesa...
-- Amor, daqui a três semanas vai ser o baile dos alunos... E a então vai me convidar? – ela disse olhando pra mim.
-- Nem vem... Coisa cafona da porra!!! Tô fora.
-- Ah não BB!!! Plis, vai ser a penúltima festa do colegial pra gente! Pense na sua princesa aqui! – ela disse chorosa.
-- Éhhhhhh... Não! Eu não vou pagar esse mico nem a pau! Quer dançar, vamos a uma balada ou rave, mas porcaria de baile de colégio não vou nem amarrado!!! – disse exasperado.
-- Tá bom então... Saiba que a sua gatinha vai ficar bastante triste com isso – ela fez biquinho.
Depois de o sinal tocar, cada um de nós fomos as aulas em suas respectivas salas. Até que eu estava prestando na aula de física (leia-se: milagre por sinal), quando o meu celular vibra. Era uma mensagem dele:
“Me encontre naquele box do banheiro em que a gente... Ah você sabe. É uma emergência!!! E depressa!!! xoxo A.”
Putz sai de lá com a desculpa que estava passando mal, preocupado pra caramba... Ele disse que era uma emergência, por isso corri até ao banheiro que nem um maratonista em olimpíadas (por falar nisso o Brasil tá muito lerdo pra conseguir medalhas de ouro ¬¬ ). Cheguei lá ofegante e sou recebido com um beijão-desentupidor-de-pia. Nem me dei ao trabalho de ficar questionando... A forma com que a boca dele moldava na minha era formidável... O sabor e a maciez era como provar o gosto de algo tão bom que você não quer largar. Mesmo se eu quisesse.
Mas ele parou de me beijar e por fim olhou pra mim.
-- Qual era a emergência? – disse ofegante.
-- Era isso que acabou de acontecer! – ele falou enquanto segurava o meu rosto com as duas mãos. Eu beijava no pulso perfumado dele e o via sorrir.
--Guri, desse jeito você me enlouquece de vez... – disse roçando o meu nariz no pescoço dele. Aquele cheiro era viciante.
-- Talvez sim... – ele murmurou baixinho rindo. – Ei!!! – ele começou a rir.
-- O que foi?
-- Sabe o que eu estou notando? É que agora eu sou o amante e aquela meretriz é corna!!! – ele começou a rir de verdade
-- Você é inacreditável!!! –eu disse rindo. – E que tal meter um belíssimo par de chifres naqueles dois idiotas? - falei passando o polegar no lábio inferior dele.
-- Se fosse por mim ficaria aqui contigo sempre... Mas o dever me chama! – ele se soltou dos meus braços.
-- Fica aqui vai fosforozinho... O que que custa? – disse fazendo beiço. Eu sei que ele não vai resistir.
-- Nem adianta olhar pra mim com essa cara. Sou blindado contra essa sua carinha de carente. Agora volta pra lá... E faz aquela sonsa acreditar que você a ama. E nem encoste a sua boca na dela... Se não corto essa sua língua! – ele riu saindo do banheiro.
-- Digo o mesmo a você e o Jonas! – dei um abraço apertado nele por trás. Beijei a nuca dele para deixa-lo todo arrepiado.
Depois daqueles “pega” no banheiro fui assistir o restante das aulas e por fim sai daquele inferno indo direto pra casa. Paula nem ficava mais dando em cima de mim... Ela e o Carlos estavam começando a sair desde o dia em que eu estava depressivo. O que era excelente pois isso era um problema a menos em minha vida, e com isso liberando ainda mais minha cabeça para ela refletir sobre a situação em que eu estava.
Em um plano mirabolante, em que eu era apenas um peãozinho do Ariel, sem saber de absolutamente nada, mas com a certeza de que iria recompensar... E era essa a parte assustadora: Desde quando o carinha doce, meigo e amigável que eu amo se transformou em um sádico vingativo? Não no sentido literal da palavra, mas sim daquela forma metódica e completamente racional...
Ele estava orquestrando alguma coisa. E nem passava nada pela minha cabeça. Na verdade passava sim. Uma vez quando tinha 14 anos li um livro bastante perturbador: Carie a Estranha de Stephen King. Era sobre uma garota esquisita do qual todo mundo pegava no pé... Até o dia em que o cara mais fodão do colégio leva ela a festinha, o que na verdade era uma armadilha pois despejaram um balde de sangue de porco em cima dela. Mas acontece que ela tinha poderes sobrenaturais e a festinha acaba como uma noite sangrenta.
Ceeeeeeeerto, o fosforozinho não é psicótico e muito menos tem poderes sobrenaturais. Mas sabe como é né? Ah um lado obscuro de nós mesmos em que não sabemos o que ele pode fazer... Pode parecer até coisa de psicopata, mas de fato é sim. Eu não vou negar que de vez em quando eu fico meio infernal... Mas é como um ditado celta que vovó disse uma vez: O ser humano é como uma vela. Tanto pode espalhar luz como projetar sombras. Só basta você escolher. Mas ai me lembrei do que aqueles dois fizeram a nós.
Me fizeram sentir uma culpa da qual eu não tinha, me separaram de quem eu aprendi a amar em todos os sentidos o possíveis e fizeram eu mergulhar fundo em carência. Mas, se a vingança é um prato que se come frio, então vou me empanturrar dela.
Depois de três dias eu estava na casa do pinga-fogo ( um outro apelido do fosforozinho... É uma longa história da qual não vem ao caso.), e estávamos estirados na grama embaixo de uma arvore. Ele colocou a minha cabeça no colo dele e ficava me beijando de cabeça para baixo. Ficamos conversando, até que eu recebo uma ligação da Catarina.
Atendi e coloquei no viva-voz.
--“Oi BB!!! Estava louca de saudades... E ai morzão... Você já pensou no meu convite?”
-- A resposta é não Cat. Eu odeio essas porcarias de festa de escola. O buffet é horrível, a música é ridícula e ainda por cima nem dá pra batizar o suco!!! – disse irritadiço.
-- “Aiiiiiiiiii Bernardo!!! Isso é importante pra mim!!! Eu só quero fechar o semestre como a Rainha do Baile” – ela disse afinando ainda mais a voz.
-- Bah Cat, me poupe né? Isso é coisa de menina de 13 anos... – disse irônico.
-- “Ah Bernardo, me liga depois!!!” – ela desligou na minha cara. Piranha.
Ele me fitou com os olhos meditativos e por fim disse:
-- Amor... Você vai levar sim ela ao baile. – ele sorriu.
-- O QUE?! – arregalei os olhos.
-- Sim. É isso mesmo. Você vai levar ela, com um sorrisão estampado no rosto, e com a cara mais feliz do mundo! – ele disse pontuando cada palavra com um selinho na minha boca.
-- Onde você aprendeu a ser tão... – disse sorrindo.
-- Com o mestre aqui! – ele deu um tapinha de leve na minha barriga e subindo pelo meu peitoral até chegar ao meu queixo.
Três semanas depois.
-- Porra por que eu fui te escutar!!! – eu reclamei.
-- A amor por favor né? Menos, bem menos! – disse Ariel dando um nó na minha gravata borboleta. Ele estava na minha casa me ajudando a colocar o smoking, ele estava toda hora trocando mensagem com as meninas. Ele me entregou um tipo de pulseira que tinha um mini buquê de rosas e lilases. – Dê isso aqui a ela. Elogie ela. E o resto deixa comigo.
-- Ok. Me dá um beijo vai hehehehe – sorri.
Ele me deu um beijo leve e macio, sem muita pressão nos lábios mas que foi o suficiente pra despertar aquele fogo incandescente que eu sentia.
-- Depois amor... Agora vai lá. Você está tão lindo... –ele corou.
-- Olha quem fala... To com vontade de rasgar essa roupa e te agarrar aqui e agora. – disse.
-- Vai logo B. Ou se não vai se atrasar...
Fui de carro até a casa de Cat. Ela estava com um vestido cor de vinho, com o cabelo bonito e maquiada como uma modelo... Eu admito que estava muuuuito gostosa, mas ela era carta fora do meu baralho, e além do que eu estava pouco me lixando pra essa vadia.
-- Ai BB!!! Que linda essa pulseira! Ahhh e eu amei as flores que você me enviou e os chocolates no meu armário. Você é um príncipe.
-- Ãn? – disse confuso.
-- Ai amor você é tudooooooo – ela disse. – Agora acelera ai que eu quero chegar lá logo.
E como eu disse a festa estava um... Saco. Comida horrível musica lixo e decoração cafona. Até que eu vi o Ariel junto com a Jessica e a Ana com um monte de papeis brancos nas mãos, abrindo uma urna e tirando os que estavam lá e jogando os que estavam nas mãos dele. O que será que eles aprontaram?
Depois de alguns minutos a diretora Gupta subiu no palco e disse:
-- A eleição mais esperada da noite meus queridos. E vocês escolheram:Catarina e Bernardo!!!!!!
Lógico que fiquei com aquela cara de “O QUÊ?!’’... Só vi o pessoal aplaudindo e as amigas de Catarina rodeando dela que nem abutres. Ela me arrastou pro palco com eu ainda em estado de choque... Tentaram até me colocar uma coroa de plástico mas não deixei. Perco minha vergonha mas não a minha dignidade!!! E quando colocaram aquela tiara na cabeça dela, ela só faltou pular do teto. Que tosco. Eu nunca me senti tão ridículo.
E ae surgiu à dança e tals, e todas as babaquices. Foi quando vi o sinal da Jessica e Ana para puxar a Catarina para um canto. Ai as duas convenceram-na a ir no banheiro retocar a maquiagem com a desculpa de que estava borrada por causa das lagrimas. Eu por curiosidade segui as três e vi Catarina entrar no banheiro... As meninas rapidamente trancaram-na lá dentro sem ela nem ao menos perceber.
-- Gente por que vocês trancaram essa louca ai? – perguntei rindo.
-- Por que o Ariel tá lá dentro... Ele disse que vai dar uma lição que ela nunca vai esquecer! – disse Ana rindo.
CONTINUA
