Ódio Vira Amor IV
O sinal tocou avisando que estava na hora do intervalo, guardo meus materiais na mochila, quando alguém toca nas minhas costas, como por um impulso viro – me sorrindo e para minha surpresa era o Tomás olhando com atenção e sorrindo, ele abriu a boca e disse:
Tomás: Oi. Meu nome é Tomás.
Eu: Rafhael, prazer !
Tomás: O prazer é todo meu.
Eu: Está a fim de comer alguma coisa ? Ou quer conhecer as dependências do colégio antes ?
Tomás: Acho que prefiro comer algo antes.
Eu: Então vamos à cantina, só espera eu chamar a Marcela.
Tomás: Vamos sim.
Chamei a Marcela e eles se cumprimentaram de uma forma jovem e descontraída e formos em direção da cantina. Depois de compramos nossos lanches, fomos nos sentar nas mesas que tem lá no pátio e por coincidência do destino o Felipe estava na mesa ao lado, nos fuzilando com o olhar, no mínimo ele ainda estava com raiva da nossa pequena discussão.
Passaram – se duas semanas, com isso nossa amizade foi crescendo a cada dia, antes era só “Rafha e Marcela” agora era “Rafha, Marcela e Tomás”. Só que essa rápida amizade já gerava um probleminha, pois Marcela estava super afim do Tom (Como passamos a chama – ló), mas ele não demonstrava tanto interesse assim.
Os dias que sucederam essas duas semanas não havia ocorrido nada de importante, porém em uma quinta-feira as coisas mudariam de uma forma brusca.
Naquele quinta acordei atrasadíssimo, mesmo fazendo todas as atividades que costumo fazer todas as manhãs de uma forma super rápida, só conseguir chegar ao colégio na segunda aula. Quando entrei na sala a Marcela tava uma pilha de nervos e o Tom estava andando de um lado para o outro, pois naquele dia seria a nossa apresentação do seminário de filosofia. Jogando a mochila na cadeira falei:
Eu: Qual é o problema de vocês ?
Tom: Achei que você iria deixar a gente na mão.
Marcela: Cara ! Tô mim cagando toda aqui. Por que você não atendeu essa porra desse celular ? Pense que você não ia aparecer pra apresentar essa merda de seminário.
Eu: Muita calma nessa hora. O salvador da pátria chegou, vamos repassar as falar pra acalmar os ânimos.
Nosso professor entra na sala, nem se quer respira, já nos manda para frente da sala apresentar o seminário. O trabalho foi maravilhoso o professor deu nota máxima pra o nosso trio e ainda fez um elogio:
Professor: Bem isso é um verdadeiro seminário. Vocês três estão prontos para ir à faculdade. E senhor Rafhael nota máxima para você em especial, nascestes para falar em público.
Aproveitando a deixa o Felipe que havia largado do meu pé falou em alto e bom som:
Felipe: Só tirou nota máxima por que é balança ovo do professor.
Rir e rebati na mesma moeda:
Eu: Já vi de tudo nessa vida mesmo. Ah ! Lembrei como é o ditado: Cacos de vidros, sempre terão inveja de diamantes.
Felipe: O que você disse ?
Eu: Meu querido, não sou gravador pra repetir minhas falas !
Felipe: Então vá tomar no seu cú, seu viado !
Eu: Quem você pensa que é pra falar assim dessa forma ?
Felipe: E você quem pensar que é ?
Eu: Não sou ninguém. Só quero que mim tratem com respeito. Nunca lhe fiz nada pra você me tratar dessa forma. Explique o porquê de tanta raiva ?
Felipe: Há coisa que não podem ser explicadas.
Eu: Então você não é homem suficiente para falar a verdade, é isso ?
Professor: Parem vocês dois. Já para a diretoria !
Nos dois fomos rumo à sala do Sr. Carlos. Ao chegar lá o professor relatou todo o acontecido e disse que não iria aceitar que nós assistíssemos mais as suas aulas, não acreditei no que ouvir e rebati:
Eu: Sou agredido verbalmente, tento defender - me e ainda vou ser punido. Esse palhaço que faz da minha vida um inferno é que deve ser punido.
Silêncio – Disse o Sr. Carlos – Quem toma as providencias sou eu.
Bem esta a mais uma parte do meu conto. Espero que agrade a todos que estão lendo. Muito obrigado pelos comentários positivos.
