Esta é uma história real sobre a minha vida, mas que envolve todas as pessoas que conviveram comigo naquela época. Se eu ‘excluísse’ determinados acontecimentos, ficaria algo totalmente sem sentido. Algumas coisas aconteceram lá em Angra, onde eu morava. Então, como eu não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo... Recebi uma ajuda para escrever certas coisas que não pude vivenciar. Para que todos compreendam e, não fiquem confusos... Todas as vezes que as palavras forem iniciadas e finalizadas com esse símbolo destacado aqui: 👉(*)👈, significa que estou explicando uma situação ou um determinado momento que eu não estava presente na hora exata, mas que soube depois de um tempo... Assim não ficará nenhuma dúvida... É isso!
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Sim, isso foi uma verdadeira prova de amor. O Edu abriu mão da sua ‘vida’ para está ao meu lado... Passou por cima dos seus sonhos para viver os meus. Como não amar esse cara? Ele não se importava com as consequências dessa decisão... Simplesmente deu prioridade ao meu desejo. Totalmente surpreso eu estava.
Eu – Tá falando sério? Você faria isso por mim? Quer mesmo ficar aqui comigo?
Edu – Eu te amo demais e, se você quer ficar... Estaremos juntos.
Eu – Ah! Obrigado meu amor. Eu também amo muito você.
Nesses dias, longe um do outro... Refleti muito sobre o nosso relacionamento. Já tinha decidido retornar para o Rio, mas se ele concordou em ficar comigo... Não havia mais motivos para não permanecer aqui em Angra. Claro que eu sentiria saudades do Breno e da Clara também, mas nós manteríamos contato frequentemente. Apesar de ter conhecido e vivido bons momentos com eles por lá... Essa era a hora de ficar próximo a minha família, no meu lugar... Onde nasci, cresci... Completamente livre de verdade. O problema seria o Edu se acostumar com toda essa mudança, mas faria tudo o que estivesse ao meu alcance para fazê-lo feliz, sempre.
Edu – Seria impossível ficar longe de você.
Eu – Eu também não conseguiria ficar sem você. Nunca! Mas os seus pais... Reclamaram muito?
Edu – Eles não concordaram... Tentaram mudar a minha opinião, mas eu não volto atrás. Já está decidido.
Eu – Nossa! Imagino o quanto eles devem está me amando agora.
Edu - Não se preocupa com isso. Ok? Eles têm que compreender que agora minha vida é você. Isso basta.
Eu – To muito feliz por você está aqui comigo. Eu sofri tanto... Pensei que nunca mais ficaríamos juntos novamente.
Edu - Eu nunca te deixaria sozinho. Estava tão nervoso com toda essa história... Acabei agindo sem pensar.
Parecia um sonho tê-lo tão perto outra vez. O local pouco importava... Nós ficamos bem juntinhos na praia, recuperando o tempo perdido. Claro que agimos com toda a discrição possível, mas quer saber? Queria mais é que todo o mundo soubesse o quanto esse cara que estava ali comigo era maravilhoso.
Nada poderia estragar esse momento, mas às vezes um sentimento louco pairava sobre mim. Impossível não se angustiar com certas coisas. Eu sempre fui muito ansioso, me preocupava de mais com qualquer situação e tudo mais. Esse era o meu jeito... Não conseguiria evitar algumas perguntas indesejadas. Seria melhor dizer de uma vez, sem adiar...
Eu – Edu... Você sabe o quanto eu te amo, mas se um dia nós terminarmos... Quero continuar sendo seu amigo. Ok?
Edu - Porque isso agora? Tá acontecendo alguma coisa que eu não sei?
Eu – Claro que não. Eu só não quero perder a sua amizade. Apenas isso.
Edu - Não to gostando nada desse papo. Esquece esse assunto. Ok? Vamos pensar no hoje.
Não queria atrapalhar esse clima de paixão entre nós, mas eu pensava tanto no meu futuro ultimamente. Meu medo era não está com ele mais adiante. Tudo bem que a gente nunca adivinharia quais surpresas surgiriam pelo caminho, mas depois de tudo que aconteceu conosco... Um temor bobo rondava meu coração. Situação complicada demais! Por fim, seguimos de volta para a minha casa. Agora sim... Uma nova fase se iniciava para nós. O que me consolava em meio a tantas dificuldades... Era o amor que nos envolvia. Sem dúvida alguma, nosso sentimento nos ajudaria e muito a vencer todos esses obstáculos.
Mesmo com ele por aqui... Meus pensamentos ainda estavam totalmente embaralhados. Minha mente dizia que fizemos a escolha certa ao optar por ficarmos na minha cidade, mas o meu coração permanecia confuso. Será que agi certo? Seria egoísmo meu privá-lo da vida toda estabilizada que ele possuía com os seus pais? Que confusão eu me encontrava. Acontecia uma verdadeira guerra dentro de mim. Toda a família do Edu precisava dele por perto também. O que fazer? Várias ideias gritavam incansavelmente na minha cabeça. Que tormento! Por hora, deixaria tudo acontecer naturalmente... O que tiver que acontecer... Que seja! Estaria preparado para toda e qualquer tipo de situação.
Edu - O que tanto você pensa hein? Tá saindo fumaça já, rsrs.
Permanecia tão distraído com toda essa situação... Nem percebia o Edu tentando chamar a minha atenção a todo o momento. Porque meu caminho nunca parava num ponto fixo? Minha vida estava tão tumultuada atualmente... A cada momento uma reviravolta diferente acontecia. Que drama!
Edu - O que tá acontecendo contigo? Você está muito estranho. Quer me dizer alguma coisa?
Antes de tudo... Precisaríamos ser sinceros um com o outro. Me preocupava demais com o Edu e, mesmo possuindo uma maneira diferente de agir no nosso relacionamento... Sempre desejei o melhor para a sua vida. Nunca escondi de ninguém como eu era realmente: todo estressado, marrento e tal, mas os meus sentimentos em relação á ele... Eram totalmente verdadeiros.
Eu - Você vai conseguir ser feliz aqui de verdade?
Edu - Porque isso agora? Não to conseguindo compreender você.
Eu - Tenho tanto medo. Se você estiver infeliz... Vou me sentir muito culpado. Eu poderia ter evitado essa situação.
Edu - Vou ficar bem. Não se preocupa. Pode não parecer, mas eu estou tranquilo.
Eu – Você já viu que o ambiente por aqui é bem diferente. E se não der certo?
Edu – Ei. Relaxa um pouco. Se você estiver comigo, eu vou ficar legal. Ok? Agora se acalma. Esquece esse assunto, por favor.
Esse era o motivo de toda a minha aflição. Não queria vê-lo desanimado, nem que deixasse de ‘viver’ por minha causa. Nós dois éramos bem diferentes em tudo e, não seria interessante um ou o outro “adiar” o próprio objetivo para satisfazer as necessidades da outra pessoa, pois se num acaso da vida não estivéssemos mais juntos... Eu não gostaria de colher frutos ruins dessa relação, mas sim lembrar o quão especial foi esse relacionamento. Tudo serviria como aprendizado.
Eu - Amor. Por favor, se algo te incomodar... Não me esconda. Eu preciso saber. Tudo bem?
Edu - Nossa!!! Você quando quer, é bem irritante, rsrs, mas eu acho que tem algo me incomodando muito agora. Não dá para segurar mais.
#TENSÃO.
Edu – To precisando de muito carinho seu. Vamos ver se você é capaz de transformar essa situação.
Eu – Huummm. Você duvida? Tenho certeza que eu posso te ajudar nesse problema.
Edu - Haha. Então vem cá. Me mostra o que você sabe fazer.
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Fechei meus olhos... Eu era totalmente dele... Sentia-o sussurrando no meu ouvido, mordiscando meu corpo... Olhando nos meus olhos em cada toque...
- “Me chupa”... Ele suspirava.
...Nossos corpos fervendo... Sintonia perfeita...
...Seu pau duro... Quente... Pulsando...
...Envolvi-o em minhas mãos...
- “Isso... Ahhh”! Ele me incentivava...
...Meus sentidos desapareciam quando o Edu me tocava... Beijava meu corpo inteiro.
- “Vai... Acaba comigo”... Já não aguentava mais... Eu o queria dentro de mim.
...Cada vez mais fundo... Rápido... Entrando e saindo. Ah! Eu delirava de tesão.
...Beijava-me com urgência. Sentia-o pulsar dentro de mim... Suas mãos sobre meu corpo... Eu o desejava mais que tudo.
...Apertando-me mais forte... Ele gozou... Deixando sua marca na minha pele.
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Mais tarde, decidimos conversar com os meus pais sobre essa história. Assim como em todos os acontecimentos da minha vida... Eu precisaria muito do apoio e compreensão deles nesse momento.
Eu – Mãe... Nós pensamos muito a respeito e, decidimos desse jeito.
Mãe - Porque mudou de ideia assim... Tão rapidamente? Eu já estava certa de que você voltaria para o Rio.
Edu – Que história é essa? Do que sua mãe tá falando?
Foi uma conversa bem rápida, mas objetiva. Claro que a decisão seria nossa, mas eu sempre respeitei os meus pais e, naquele dia não seria diferente. Porém, gostaria e, muito de saber a opinião deles sobre essa situação. Já imaginava que não seria nada fácil a convivência do Edu por aqui, mas porque não tentar? Se nada desse certo, nós voltaríamos para o Rio sem problemas.
Eu - Se você não viesse para cá... Eu retornaria ao Rio para ficar contigo, mas já que estamos aqui...
Mãe - Eduardo. Já pensou direito? O Diego viveu por aqui a vida toda... Tem certeza que você vai conseguir se acostumar a essa mudança?
Edu – Vou me esforçar para que tudo dê certo. Se ele quer está aqui... Nós ficaremos.
Mãe - Tudo bem. Se você precisar de qualquer coisa... Pode contar conosco.
Eu - E você pai... Não diz nada? Eu preciso da sua aprovação também.
Pai – Eu só quero que você seja feliz meu filho.
Por mais que eles se empenhassem em ficar ‘bem’ diante de nós... Eu sabia que a minha família estava sofrendo demais. Era uma situação complicada para todo mundo. Tudo recente e ainda muito difícil. Meu pai a cada dia parecia está mais deprimido... Não se interessava por nada, deixando a sua vida profissional de lado, conversando raramente conosco. Claro que isso me preocupava demais, mas somente o tempo seria capaz de cicatrizar esse lamentável acontecimento.
O certo é que eu tentaria evitar que qualquer problema nos atingisse novamente, por isso enquanto o Edu arrumava suas coisas... Aproveitaria essa ‘folga’ dele para conversar com o meu pai. Ele permanecia tão desligado, que nem percebeu que agora estávamos somente nós dois por ali sozinhos. Vê-lo nesse estado era terrível.
Eu - Pai. Eu sinto tanto por tudo isso está acontecendo conosco. Sei que não é fácil, mas nós precisamos de você nesse momento.
Pai - Eu falhei com vocês. Fiz de tudo para dar uma vida digna para nós... Agora essa tragédia acontece.
Eu – Ninguém tem culpa de nada. Demorei, mas consegui compreender. Não adianta lutar contra... Tudo tem um tempo certo.
Pai – Sim, mas é tão difícil ver tantos jovens aqui na rua, em qualquer lugar e, perceber que o meu filho não vai está entre eles.
Eu - Eu sei que está doendo demais e, tudo o que o senhor falou é verdade. Também queria muito que ele estivesse aqui conosco. Fico pensando quando toda a nossa família estiver reunida... Como vai ser daqui para frente... Nós temos que seguir, não tem jeito.
Pai – Toda a minha vida, lutei por vocês... Sei que você sofreu muito por tudo o que nós já passamos. Se eu pudesse mudar essa situação, tivesse mais uma chance para fazer diferente.
Eu – Pai... Eu nunca reclamei... Sou grato por tudo que vocês dois fizeram pela nossa família. Não se culpe mais.
Pai - O Lukas nunca gostou daqui. Ele era totalmente diferente de vocês. Onde nós erramos? Não consigo entender.
Eu - Eu tenho certeza que o Lukas também estava muito satisfeito com a vida que tínhamos aqui. Mesmo ele querendo ter sempre mais... Isso era um desejo, o sonho dele, de mudar e ser diferente.
Tudo machucava demais. Lembrar-se dele ainda era muito triste. Só gostaria que toda essa dor ‘voasse’ rapidamente daqui... Que esse sofrimento se transformasse apenas em saudade, superação.
Pai - Sinto tanto a falta dele Diego. Poxa, ele era o meu filho também. Não queria perdê-lo assim tão cedo, tão jovem. O Lukas era tão ‘estourado’, parecia tanto comigo.
Eu – Iguaizinhos em tudo mesmo, mas nós temos que superar. Imagina se o senhor abandonar tudo... Como nós vamos ficar? Precisamos um do outro agora. Por favor, pai, não se entrega.
Pai - Eu amo a nossa família. Tá difícil, mas um dia isso tem que passar. Meu filho (acariciando meu rosto) se cuida. Não posso perder você também.
Nós sempre tivemos uma relação tranquila, mas depois que ‘me revelei’ para a minha família, isso mudou um pouco. Eu até compreendia essa preocupação dele, afinal o mundo era muito perigoso para todos, principalmente para aqueles que demonstravam sua verdadeira orientação e tudo mais. Meu pai me tratava com respeito e conversávamos de maneira muito simples, sem transparecer muito carinho e tal. Não poderia obrigá-lo a aceitar minha sexualidade. Porém, em nenhum momento sequer, nunca me desprezou e tal, ao contrário. Apesar da sua opinião bem sincera em relação a minha intimidade, ele constantemente me apoiava, seja qual fosse à dificuldade. Estaria pronto para ouvi-lo em qualquer situação. Dessa vez, estávamos tão perto de verdade... Realmente, era algo bom em meio a tantos problemas.
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(*) Naquele dia seria a primeira consulta do André ao psicólogo. Uma etapa de cada vez. Ele queria que nós estivéssemos junto dele nessa missão. Então, seguimos: Eu, a namorada do meu irmão, o Edu... Tanta gente, mas era um momento importante. Apesar do nervosismo, tudo aconteceu sem grandes preocupações. Não poderíamos permanecer todos ali. Então, somente uma pessoa pôde entrar... Claro que eu gostaria de presenciar esse momento. Porém, o André preferiu que ela o acompanhasse nessa hora. Aceitei a sua decisão, meio contrariado, mas concordei. Fazer o que? Depois de relutar muito... Ele desabafou. O ideal seria que o André estivesse sozinho para ficar bem mais confortável e tal, mas todos entenderam que nessa situação, alguém teria que apoiá-lo mais de perto. O que ocorreu por lá, ficou exatamente no mesmo lugar. Nada poderia ser revelado. Regras deveriam ser cumpridas (*).
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Enfim, já no caminho de casa... O André ainda estava um pouco abalado. Difícil dizer quem não ficaria, mas vida que segue.
André - Me desculpa por não te convidar para me acompanhar.
Eu – Tudo bem, mas porque me chamou para vir, se não queria que eu entrasse contigo?
André - Porque eu pensei que você fosse meu amigo e me apoiaria nesse momento, apenas isso.
Edu - Amor. Não acredito que você vai arrumar problema com isso. Para de bobagem.
Eu – Ok. Já parei, mas da próxima vez, eu vou está contigo, tudo bem?
Então, ele nos contou somente o principal sobre o que antecedeu esse acidente. Disse que os três nem chegaram nessa festa de fato, já que tudo aconteceu muito antes... O Thiago estava feliz, pois estavam às boas com o Edu, seria pai e tal, eles ainda ‘debocharam’, comentando que aquele seria o seu último passeio e, de fato foi mesmo. Também falou do Lukas... Os planos dele de casar... Quem sabe? Morar comigo e, só retornar á cidade para visitar nossa família, porque os amava muito. Nossa! Fiquei completamente emocionado com toda essa história. Tantos sonhos interrompidos dessa forma tão brusca.
Eu - Porque você nunca nos disse sobre isso? Eu merecia saber cara.
André - Porque cada vez que me lembro dessa nossa última conversa dentro daquele carro... Eu sofro demais, entende? Não quero mais falar nesse assunto.
Eu - Tenho que contar aos meus pais. Eles vão ficar muito contentes em saber o que o Lukas pensava.
Naquele dia descobrimos mais algumas coisas sobre essa terrível situação. O André deu alguns detalhes para nós três. Tudo muito difícil ainda de ouvir.
André – Seu irmão queria muito sair daqui, ficar contigo no Rio, levá-la junto também. E você Edu... O Thiago gostava muito de ti cara. Ele dizia que a vida que levava com vocês era muito legal. Nós conversamos tanto naquele dia. Uma pena que tudo tenha acabado assim.
Diego - Eu deveria ficar com muita raiva de você por não ter me contado nada, mas eu compreendo sua atitude. Obrigado por decidir nos falar.
Por fim, chegamos em casa. Tanta informação na minha cabeça. Que situação! Contei a minha família sobre essa história do André e, elas também ficaram contentes em saber algumas coisas, como tudo tinha acontecido e tal. Já imaginava que ele teria muito mais para contar, mas eu esperaria o tempo certo para questioná-lo. Aos poucos tudo voltaria para o seu devido lugar. Esse era o meu desejo.
Minha irmã estava mais radiante que o normal, pois agora sim, ela tinha a confirmação que tanto precisava: o seu bebê seria um menino. A Daiana junto com a minha mãe planejavam todos os detalhes, bem empolgadas. A bonança no meio da tempestade. Melhor que isso... Impossível.
Eu - E o nome... Já decidiu? Não faça bobagem... Vê se escolhe algo bem bonito.
Daiana – Eu já defini há muito tempo, desde quando descobri que estava grávida. Tá decidido.
Eu - Poxa. Então me diz. Vou falar com o Edu agora mesmo. Ele também estava aflito para saber.
Daiana - Sinto muito, mas não. É segredo. Pode ficar tranquilo que na hora certa todo mundo vai saber.
Eu - Ok. Vou ser o último a descobrir mesmo? Vai deixar o seu irmão ansioso por todo esse tempo?
Mãe - Nossa! Onde você aprendeu a fazer tanto drama? Se acalma. Ainda não é a hora de ninguém saber.
Eu - Ok. Vou me controlar. A convivência com o Edu me deixou totalmente dramático.
Mãe - Falando nisso meu filho. Tenho que te perguntar uma coisa: você ama mesmo esse rapaz?
Eu – Claro que sim. Ele é especial para mim, mas por que isso agora?
Mãe – Eu sinto que esse garoto te ama demais, filho. Conheço seu gênio, o jeito de lidar com as pessoas... Não o faça sofrer.
Eu – Pode até não parecer, mas eu amo o Edu de verdade mãe. Depois de tudo o que já enfrentamos juntos... Nós estamos fazendo de tudo para viver esse amor.
Mãe – Fico feliz em ouvir isso. Eu percebo o quanto ele cuida de você, te trata bem e, agora deixar a vida dele para ficar contigo.
Claro que essa conversa mexeu comigo. Meu desejo era que o Edu ficasse feliz por aqui, mas se isso não acontecesse realmente... Ficaria triste, é claro, mas eu iria onde ele estivesse... Sempre perto um do outro. Retornei ao quarto para contar sobre essa novidade... Esse bebê tão amado por nós. Encontrei-o meio pensativo. Isso era um péssimo sinal.
Eu - O que houve meu amor? Você parece distraído.
Edu - Minha mãe ligou. Ela está completamente descontrolada. Me ‘ameaçou’, dizendo coisas horríveis, querendo que eu volte para o Rio.
#RAIVA.
Quem precisaria de inimigos com uma sogra dessas? Sabia que isso aconteceria. Nunca ela deixaria toda essa história ‘quieta’, sem fazer nada. Porque tudo tão difícil assim?
Edu - Ela não entende que eu te amo. Meu lugar é ao seu lado.
Eu – Acho que ela virá aqui resolver essa história. Vou até me preparar.
Edu - Sim. Vai ser mais difícil do que eu pensava. Mais problemas pela frente.
E o tempo passava bem depressa... Já estávamos seguindo o nosso caminho há sete dias sem o Lukas e o Thiago por aqui... A vida não era nada fácil mesmo. Totalmente implacável conosco. Seguimos para a missa em memória dos dois. Toda a família do Edu também estava por lá, mas nós evitávamos tocar em qualquer assunto desagradável. O clima ainda era de muita comoção pela cidade... Diversas homenagens foram realizadas para eles... Todos muito emocionados, mas apesar de toda essa tristeza... Aos poucos nós seguíamos superando. Agora seria a hora de seguir em frente.
Por fim, chegamos em casa. A família dele ainda permaneceu por mais um tempo conversando com os meus pais e tudo mais. Dessa vez, nós fugiríamos mesmo, rsrs... Seguimos rapidamente para o quarto. Chega de problemas! Nós queríamos evitar a fadiga, hahaha. Um tempo depois, eu desci, pois já era bem tarde... Achava que não teria mais ninguém por ali. Triste engano. Logo, a mãe dele surgiu novamente, querendo conversar comigo.
Mãe dele - Você já deve saber o que eu quero pedir. Vou ser bem direta dessa vez.
Eu – Sim, mas eu já vou dizer de uma vez... Não posso fazer nada. É a decisão dele. Tenta respeitar.
Mãe dele - Por favor, Diego. Nós precisamos do Eduardo conosco.
Eu – Olha só. Você sabe o quanto eu amo o seu filho e, faço tudo para vê-lo bem, mas ele quis assim. Não vou interferir mais.
Mãe dele – O Eduardo não vai sem você. Diego, o pai dele tá sofrendo muito. Ele precisa do filho por perto. Por favor, não tira isso de nós.
Eu - E o que eu posso fazer? É a vida dele. Sinto muito, mas não dá.
Seria muito pedir que considerassem o nosso desejo? Eu pensava no Edu é claro. Imagino o quanto ele sofria nas mãos dessa mãe ‘super protetora’. Sabia dos sentimentos dela, nunca duvidei disso, mas não existia nenhuma criança por ali. Éramos todos adultos e maduros. Não precisaria chegar nesse ponto. Só queria que respeitassem a nossa relação, mas não adiantaria questionar... Ela permanecia firme no propósito de me irritar e, estava quase conseguindo.
Mãe dele - Diego. (ela implorava). Por favor, pede para ele voltar para casa.
