Eu e Hugo éramos inseparáveis desde pequenos - ou pelo menos quando isso nos era permitido. Explico: morávamos a muitos quilômetros de distância um do outro, o que permitia que nos encontrássemos apenas uma, no máximo duas vezes a cada ano. Nossos pais eram velhos amigos de colégio, daquele tipo que não se consegue pensar em um sem automaticamente lembrar do outro. A amizade dos dois permaneceu forte mesmo após a formatura, e quando eu nasci meu pai não hesitou antes de convocar Marco, seu amigo e irmão, para ser meu padrinho. Tal honra foi retribuída um ano depois, quando Hugo nasceu e meus pais se tornaram seus padrinhos. Passados alguns meses, porém, Marco comunicou a meu pai que precisaria se mudar para Florianópolis por motivos profissionais.
O que poderia marcar o fim de uma amizade não abalou o relacionamento de meu pai e Marco. Eles faziam questão de se falar sempre por telefone e marcar de se visitarem pelo menos uma vez por ano, ou até mesmo duas, se a sorte colaborasse.
E foi nesse esquema que minha amizade com Hugo foi se desenvolvendo. Nos conhecemos desde bebês, e as semanas que passávamos juntos eram as melhores dos meus anos: fazíamos tudo juntos, não descolávamos por um minuto. Infernizávamos a vida das empregadas, bagunçando a casa toda, jogávamos video games, inventávamos infinitas brincadeiras diferentes. Essas coisas de crianças.
Acho que formávamos uma dupla bonita: ambos éramos altos, mas ele tinha mais porte que eu, que era bem mais magro na época. Ele tinha lisos cabelos cor de mel, enquanto eu era marcado por meus cachos pretos.
Com o tempo nossa intimidade se tornou tão grande que passamos a até mesmo dormir na mesma cama e tomar banho juntos. Tudo sem maldade alguma, só com aquela inocência infantil.
Tudo começou a mudar quando tínhamos 12 anos e começamos a descobrir que sexo existia, embora não costumássemos conversar muito sobre isso. Um dia, porém, aconteceu algo que eu considero o marco zero de uma tensão sexual que perdurou por anos.
Em uma brincadeira de pique-esconde com um grupo de amigos em Florianópolis, eu e Hugo acabamos nos escondendo na dispensa de sua casa. Enquanto ele se posicionava próximo à porta para ver movimentações no jogo, aproximei-me por trás para também poder enxergar, o que ocasionou uma encoxada meio acidental. E foi então que fui pego de surpresa: ao me sentir por trás de seu corpo, Hugo começou a fazer movimentos de vai-e-vem que me deixaram excitado instantaneamente. Foi a primeira vez que sentia algo do tipo, enquanto meu pênis era esfregado repetidamente em suas nádegas. Ficamos naquela situação por talvez um minuto, quando uma movimentação próxima nos fez voltar ao jogo. Mas a memória jamais deixou minha mente.
Ainda naquela semana outra coisa aconteceu. Estávamos na piscina, apenas eu e ele, brincando de afogarmos um ao outro. No meio da brincadeira Hugo me abraçou por trás e foi a vez dele de se esfregar em mim. Enquanto sentia seu pênis duro sendo pressionado em minha bunda, por cima da roupa, não pude deixar de sentir medo. Medo do que eu estava fazendo, medo de que alguém chegasse. Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas sabia que era bom, e que eu gostava. Passei a rebolar lentamente, mexendo para que seu pênis encaixasse entre minhas nádegas - ainda por cima da roupa, claro. Passei a ouvir gemidos de Hugo cada vez que ele pressionava seu pau, e isso me deixou mais excitado do que nunca. Comecei a me movimentar mais rápido, quase instintivamente, e os gemidos do meu melhor amigo também passaram a ser mais rápidos. De repente o portão começou a se abrir e nos afastamos. Era o pai de Hugo chegando com o material para o churrasco que aconteceria à noite. Eu e Hugo continuamos na piscina, mas afastados um do outro, e não falamos sobre o assunto. Na verdade, nunca falamos sobre o que aconteceu naquele dia.
Quando voltei para minha cidade, passei a contar os dias para encontrar Hugo novamente. Infelizmente, eu sabia que isso só aconteceria dali a muitos meses, nas próximas férias escolares talvez. Enquanto isso, eu crescia e aprendia cada vez mais sobre sexo. Os colegas de escola passaram a conversar mais sobre o assunto, eu descobri meus primeiros sites eróticos e até me masturbava. Enquanto me tocava, as pessoas que passavam pela minha mente variavam. Às vezes eram meninas bonitas da minha escola. Às vezes, colegas bonitões. E, muitas vezes, Hugo.
Ficava imaginando o que aconteceria na próxima vez que nos encontrássemos. Será que ele também pensava nas situações que passamos juntos? Também que ele também se masturbava pensando nisso?
Encontrei Hugo novamente quase um ano depois, numa viagem à Laguna, cidade em Santa Catarina onde o seu pai tinha uma casa de praia. Meu relacionamento com Hugo era algo impressionante: podiam se passar meses, mas quando nos encontrávamos parecia que nem um dia havia corrido. Abracei meu amigo, com saudade, e logo fomos para o quarto que seria nosso, para colocarmos as conversas em dia. Falamos sobre jogos de videogame novos, escola e garotas. Obviamente o assunto sexo não foi mencionado. Estava muito cedo pra isso.
No dia seguinte, à noite, estava na sala vendo TV com minha irmã quando Hugo me chamou ao nosso quarto. Todos os adultos haviam saído para uma festa e deixado nós três - eu, Hugo e minha irmã - em casa só com as empregadas, que à noite preferiam ficar na cozinha conversando e não nos davam muita atenção. Quando entrei no quarto, Hugo estava só de cueca (normal da parte dele) em frente ao computador. Ao perceber minha presença, sorriu e disse:
- Entra e tranca a porta, Victor, tenho uma surpresa pra você.
Gelei. Seria o que eu estava pensando? Era bom demais pra ser verdade. Agora com 13 anos, Hugo começava a criar corpo de adolescente: seus ombros estavam mais largos e os braços mais fortes. As pernas mais grossas eram um espetáculo a parte, principalmente quando ele estava só de cueca, como naquele momento. Cauteloso, me aproximei.
A surpresa que ele tinha para mim não era exatamente a que eu estava esperando. Ele tirou um DVD da gaveta da escrivaninha e me mostrou: era um disco gravado de forma amadora, com as palavras "Dezenas de vídeos" escritas com caneta de CD. Percebi na hora o que ele queria: assistir pornô comigo.
- Hugo, minha irmã tá aí. Ela pode cansar de ficar sozinha e vir nos procurar.
- Que nada, Victor, aquela dali não desgruda da TV. Vamos ver.
E colocou o DVD no computador. Escolheu um vídeo de uma mulher que seduzia o irmão do marido. O vídeo era realmente muito bom, mas a reação de Hugo era muito mais interessante: quase arfando de tesão, ele esfregava por cima da cueca seu pau. E que pau! A marca do pênis ereto na cueca mostrava que ele era muito mais privilegiado que a maioria dos moleques de 13 anos. Mas não mais que eu. Eu também tinha dado sorte nesse aspecto. Em determinado momento Hugo não aguentou, tirou a cueca e começou a se masturbar. Quase caí pra trás. Era o primeiro pinto que eu via que não fosse o meu, e o do meu melhor amigo não poderia ser melhor: grande, grossinho e com cabeça vermelhinha. Ele se punhetava com tanta vontade que o meu tesão se multiplicou por mil naquele momento e eu também não aguentei. Tirei meu pau pra fora da roupa e comecei a me masturbar. Ao ver o que eu havia feito, ele deu uma olhada pro meu pau e disse, sorrindo:
- Porra, Victor, que pau grande você tem.
- Você também não pode reclamar.
E ficamos ali, nos masturbando. Mas a diferença é que enquanto ele assistia o vídeo, era olhando o seu pau que eu me excitava.
~~~
Era nosso último dia na casa de praia. No dia seguinte ele voltaria para Floripa e eu, para minha cidade. Já estava tomado pela depressão que sempre sentia quando chegava a hora de ir embora, e sentia que Hugo também estava triste e falando pouco.
Quando fomos tomar um último banho de praia, fiquei pensando se nós realmente iríamos embora sem que nada acontecesse. Havia imaginado tantas coisas durante os meses que passamos separados, mesmo que fosse de novo só uma brincadeirinha como a da dispensa e a da piscina. Mas nada. Fora o vídeo pornô e a punheta que batemos, nada mais havia acontecido. Resolvi que arriscaria ali. A praia estava vazia, nossos parentes estavam todos dentro de casa e não parecia haver perigo.
Aos poucos me aproximei dele e o abracei por trás. Encostei meu pênis em sua bunda e fiquei o segurando. Senti que ele ficou tenso. Ficamos naquela posição por uns 5 segundos, quando ele se afastou e disse:
- Sai, eu sou macho, porra!
Aquilo foi como um balde de água fria sobre mim. Afastei-me e ri, como se eu estivesse apenas brincando, mas por dentro me sentindo extremamente constrangido. Ficamos sem assunto, até que ele avisou que iria entrar. Saiu do mar e foi pra casa, me deixando ali, sozinho, boiando com minha vergonha.
~~~
Por incrível que pareça, esse acidente não mudou praticamente nada minha amizade com Hugo. Continuamos nos vendo todos os anos e nos divertindo como sempre, mas nunca mais havia acontecido nada de sexual. Nem vídeos eróticos assistíamos mais juntos. Nunca nem falamos naquela situação da praia.
Com o passar dos anos, porém, fomos nos distanciando. Quando fui completando 17, 18 anos, minha vida social aqui em minha cidade passou a impedir que eu fosse com meus pais para Florianópolis para as visitas anuais à Marco, Hugo e família. Tinha muitas festas pra ir, namoradinhas e ficantes por aqui e naquela animação de adolescência e começo de vida adulta, era impossível pra mim largar tudo e viajar - mesmo que fosse pra encontrar um grande amigo. A mesma coisa acontecia por lá, e Hugo passou a não aparecer quando seus pais vinham visitar meu pai por aqui.
Desde os 19 anos moro sozinho em um apartamento de um quarto em Porto Alegre, onde vim fazer faculdade. Eu era completamente diferente de como era quando criança e adolescente: os cachos pretos agora eram muito mais bem modelados, deixei a barba crescer e fiz algumas tatuagens no corpo. Modéstia a parte, estou muito mais bonito do que quando criança e faço sucesso tanto com mulheres quanto com os homens - o que é ótimo.
Certo dia, meu pai me ligou e disse que Marco estava indo para sua casa e que dessa vez Hugo também iria. Fiquei extremamente irritado. Era época de Carnaval e eu já havia marcado várias programações com meus amigos, não poderia viajar para a cidade dos meus pais para encontrá-lo. Ele disse que não precisava, que Hugo tinha feito questão de vir para Porto Alegre. Quase pulei de alegria - depois de anos, finalmente reencontraria meu amigo.
Hugo, aliás, também havia sido favorecido pelo tempo. Embora não o encontrasse há anos, volta e meia conferia suas fotos no Facebook. Seu cabelo castanho e liso, que antes formava uma franja, agora era colocado para cima, milimetricamente despenteado. Aparentemente havia caprichado nas horas de academia, porque havia desenvolvido muito seus músculos: seus braços estavam grossos e suas pernas mais ainda. Estava lindo, lindo, lindo, e, se quer saber, muito gostoso.
Outra coisa que seria interessante saber: hoje eu aceito bem o fato de ser bissexual. Fico com quem me der vontade na noite, seja homem ou mulher. Quem me interessar, me tem, independente do sexo. E embora Hugo não faça o tipo de homem que me atrai (não sou exatamente fã de musculosos), ele era uma deliciosa exceção.
Só não sabia o quão deliciosa até o momento em que ele apareceu pela porta de desembarque do aeroporto. Vestindo uma camisa pólo apertada, calça jeans e óculos escuros, com seus 1,90 de altura ele parecia um galã de novela. Aproveitei os segundos de sua caminhada em minha direção para admirá-lo. Percebi naquele momento que eu queria aquele homem, mesmo sabendo que provavelmente era impossível. Hoje ele fazia o estilo playboyzinho, do tipo que faz piadinhas sobre homossexuais e nunca se relacionam com eles. Ele me deu um forte e demorado abraço quando nos aproximamos. Senti vontade de nunca soltá-lo, ficar sentindo pra sempre aqueles músculos fortes em meu corpo.
- Caralho, Victor, como você está diferente - ele disse - Todo bonitão, barbudo e tatuado.
- E você? Virou playboy mesmo, é?
Ele riu e me abraçou de novo. "Que saudade, velho", ele disse. No carro ele me contava tudo sobre sua vida, sua faculdade de direito e sua namorada, Priscilla. Senti um frio na barriga quando ele falou dela, não sabia que estava namorando. Fiquei um pouco frustrado, confesso, mas deixei pra lá. Ao chegarmos, mostrei a ele meu apartamento (não que tivesse muito o que mostrar). Quando entramos no quarto, falei:
- Aqui é o quarto, mas só tem essa cama de casal, vou colocar um colchonete aqui do lado. Se quiser pode dormir na cama, eu durmo no colchonete.
- Que nada, velho, a gente dorme na cama. Nunca tivemos frescura.
Com um sorriso no rosto, concordei. Provavelmente meus pensamentos eram mais impuros que os dele, que provavelmente só estava facilitando as coisas e me considerando um velho amigo com o qual não teria problema compartilhar uma cama e só. Mas não vou negar que senti um pouco de esperança.
Naquela noite ficamos apenas assistindo um filme, tomando umas cervejas e colocando o papo em dia. Na hora de dormir ele me pediu uma toalha para tomar banho. Quando ele saiu do banheiro, só de toalha, meu tesão acendeu no mesmo instante: que delícia de peitoral, meu Deus. Ele era um homem feito agora e completamente gostoso. A situação só piorou - ou melhorou - quando ele, ali, na minha frente, largou a toalha para vestir a cueca. A visão de sua bundinha branca, contrastando com o resto de seu corpo bronzeado, me fez ficar duro no mesmo instante. Mudei de posição para disfarçar o volume entre minhas pernas. Ele, é claro, continuava com o hábito de ficar só de cueca em casa e isso não me ajudava. Disse que era minha vez de tomar banho e entrei no banheiro, onde bati uma punheta violenta pensando no corpo de Hugo, em sua bunda, imaginando aquele macho me comendo.
Saí do banheiro e deitei na cama ao seu lado. Ficamos vendo TV e conversando até adormecermos.
Quando acordei às 9h, sua perna estava por cima das minhas. Já estava excitado com uns sonhos que tive durante a noite, e aquilo só fez agravar a situação. Embora estivesse adorando aquela posição, tinha que me arrumar para um churrasco na casa de um amigo, que seria às 10h. Quando afastei sua perna para poder levantar, Hugo acordou e sem jeito, sorrindo, disse:
- Porra, eu tava com as pernas por cima de você, né? Foi mal, eu me mexo pra caralho enquanto durmo.
- Relaxa, velho. Agora vamos nos arrumar que temos que sair daqui a pouco.
Por acaso, quase todos os amigos que estavam no churrasco eram gays ou bissexuais, e quando nos viram entrando, olharam pra mim com aquele olhar de "meu Deus, quem é esse gostoso?". Discretamente fui mandando eles se aquietarem, que era hétero e só estava ali me acompanhando. Eu podia quase tocar a decepção deles.
O churrasco foi divertidíssimo. Mergulhamos na piscina, cantamos todo o repertório favorito desse meu grupo de amigos, que consistia basicamente músicas pop e indie rock. Meus amigos, cada vez mais bêbados, começaram a ficar afoitos demais e cantar descaradamente Hugo, que, embora estivesse meio sem-graça no começo, logo estava mais solto e rindo das investidas dos amigos - embora não correspondesse a nenhuma.
Fiquei meio arrependido de não ter preparado Hugo para aquilo: em nenhum momento falei sobre a minha sexualidade ou dos meus amigos que estariam presentes. Não sabia como ele estava reagindo àquilo tudo, a tanta novidade. O efeito da bebida e um sorriso que ele me lançou em determinado momento me fizeram esquecer aquilo.
Em certo momento, estava na piscina com um amigo, Paulo, quando rolou um clima e acabamos nos beijando. Os palhaços dos outros presentes começaram a gritar "Ooooolha o Victor com o Paulo". Rindo, mandamos todos à merda, mas então meus olhos encontraram os de Hugo, que observava aquilo como se não estivesse entendendo nada. Sorrindo, dei de ombros e continuei na piscina com Paulo. Mais tarde, ao olhar para Hugo, tenho uma surpresa: ele estava beijando Luana, uma amiga minha que desde cedo dava em cima dele. Mesmo estando com outra pessoa, uma onda de ciúmes me invade. Não demoro muito para sair da piscina e dizer que estava na hora de irmos para casa. Luana reclamou, mas Hugo logo levantou.
Bêbados, fomos para o portão esperar o táxi que havíamos pedido. Hugo estava alegre demais, embriagado, falando pelos cotovelos. Mas foi só entrar no táxi que ele começou a chorar, dizendo que estava muito arrependido de ter ficado com Luana, que nunca havia traído a namorada antes e me pedindo pra nunca contar isso pra ninguém. Solidário o abracei e encostei sua cabeça em meu peito. Fomos o resto do caminho assim, ele chorando em meu peito e meu coração acelerado por ter aquele homem ali, tão perto de mim. Senti seu calor, seus braços fortes me abraçando e foi inevitável que meu pau ficasse duro naquele instante, enquanto eu o consolava fazendo carinho em seu cabelo.
Ao chegar em casa, Hugo foi direto ao banheiro tomar banho. Quando saiu, novamente a visão dele apenas de cueca me fez ficar hipnotizado. Seu corpo tinha poucos pelos, os da perna eram finos e quase imperceptíveis de longe. Para disfarçar meu encantamento, fui tomar banho. Ao sair do banheiro, encontrei Hugo olhando pra frente, sem foco, como se estivesse refletindo. Ao me ver entrar, ele olhou para mim:
- Desde quando você é gay, Victor?
- Eu não sou gay.
- Não foi o que pareceu na piscina.
- Eu fico com homens às vezes, às vezes com mulheres.
- Você é bi, então?
- Sou.
- Mas por quê? Pra que beijar homem?
- Não sei, é legal. Você nunca tentou?
- Eu não!
Me enchi de coragem.
- E nem tem vontade?
- Não, porra. Qual foi? Tá me estranhando?
- Você devia tentar, é ótimo - eu disse, sorrindo, enquanto deitava na cama, também só de cueca, e me virava pro outro lado - Boa noite.
- Boa noite.
Logo adormecemos. Mais tarde, porém, senti sua perna novamente por cima do meu corpo. Ainda meio adormecido, não me importei. Porém, quando senti Hugo me abraçando por trás, despertei completamente. Senti seu pênis rígido em minha bunda, por cima da cueca. Excitei-me instantaneamente. Em choque, olhei cautelosamente pra trás. Ele estava aparentemente dormindo, provavelmente tendo um sonho muito bom. Voltei para minha posição inicial e Hugo me apertou com mais força. Aos poucos, foi fazendo movimentos de vai-e-vem com seu quadril, esfregando seu pau em minha bunda. Eu, obviamente, deixava, sentindo meu coração sair pela boca. Logo ele estava gemendo, sussurrando palavras como “vai”, “isso” enquanto se esfregava em mim. Eu também movimentava meu quadril, aumentando a pressão entre minhas nádegas e seu pênis.
Quando ele se aquietou, novamente olhei pra trás. Ele continuava dormindo. Olhei para o volume em sua cueca. Seu pau era muito grande, e dava pra ver claramente seu contorno por cima do tecido. Tremendo de medo, levei minha mão devagar ao seu pinto. Nossa. Quase gozei só de segurar aquilo duro. Com delicadeza e cuidado, o massageei por cima da cueca, sentindo toda aquela quantidade de pau. E então gelei. A mão de Hugo encontrou a minha. Olhei pro seu rosto, e ele parecia continuar dormindo. Mas sua mão estava ali, apertando a minha contra seu pau. Ele devia estar tendo um sonho realmente bom, e eu estava colaborando pra isso. Segurou minha mão e começou a esfregá-la em seu pinto, cada vez com mais intensidade, enquanto gemia baixinho. Volta e meia conferia, e ele continuava dormindo.
Então uma coragem que eu não sei de onde veio tomou conta de mim. Passei minha mão por baixo de sua cueca e agarrei seu pênis de verdade. Tirei-o da cueca e me maravilhei com aquela visão: deveria ter uns 20 cm, grossinho, com a cabeça vermelhinha como lembrava da nossa adolescência. O pênis mais lindo que havia visto. Minha vontade era cair de boca nele ali mesmo, mas seria muito arriscado. Aos poucos, comecei a punhetá-lo lentamente, pra cima e pra baixo, com cuidado para não acordá-lo. Os gemidos foram ficando cada vez mais altos e acelerados. Tirei meu próprio pênis da cueca e comecei a me masturbar meio que ao mesmo tempo. Estava excitado como nunca.
Quando os gemidos de Hugo ficaram acelerados demais e eu percebi que ele gozaria, guardei seu pênis novamente e continuei massageando, fazendo ele gozar em sua cueca. Assim, quando acordasse, perceberia apenas que teve um sonho muito bom.
Quando acordei, pela manhã, Hugo já havia se levantado. Encontrei-o na cozinha, tomando café, meio caladão. Respondeu meu “bom dia” rapidamente e não conversou mais enquanto comia.
Chegou a hora de nos arrumarmos para sair novamente. Iríamos para a casa de Luana encontrar o pessoal, para de lá viajarmos para uma cidadezinha próxima onde a família de Catarina, outra amiga minha, tinha uma casinha e ocorria uma festa carnavalesca bacana.
Viajamos em três carros. Hugo foi ao meu lado no carro de Catarina, onde também estavam outros dois amigos meus. Hugo quase nada falava, mas em certo momento sussurrou ao meu ouvido: “quando chegar lá quero conversar contigo”.
Eu mal poderia esperar pra saber o que ele queria falar.
~~ CONTINUA ~~