O amigo da minha irmã XVIII

Um conto erótico de Rafa&Will
Categoria: Homossexual
Contém 2259 palavras
Data: 18/08/2012 00:51:31

A vida as vezes faz umas sacanagens com a gente que puta que pariu! Só xingando pra expressar nossa insatisfação. Eu não xingava naquele momento, porque eu não acreditava que ele estava acontecendo, ainda não tinha caído a fixa de que ele estava me traindo. O mais surreal é que nunca me passou pela minha cabeça é eu ter que presenciar uma cena daquela, um pesadelo virando realidade. Parecia cena de filme, mas meu anjo da guarda que a uns meses atrás estava de férias, resolveu bater cartão naquele dia e me avisou daquela sacanagem toda. Mas mesmo eu ouvindo eu não acreditava, tinha que tirar a prova.

- Bate na minha bunda Thiagão, deixa ela vermelha. – comecei a ouvir os estalos dos tapas.

Meu cérebro estava a mil por hora e o nome Thiago me arremeteu ao primo dele que eu mau conhecia... Não sabia o que fazer, fiquei longos curtos segundos parado só ouvindo os tapas dele e um ódio enorme tomou conta de mim... eu ia matar os dois e isso que estava disposto a fazer. Dei um empurrão na janela, que abriu com um estrondo. Olhei pra dentro e vi aquela cena que me deixou fora de mim. O Bruno estava de quatro na cama e o primo dele atrás, mandando ver.

Ao ouvir o barulho na janela eles deram um pulo e o Bruno foi parar do outro lado do quarto buscando algo pra se cobrir. O primo dele ficou meio em choque, parado com a rola pendurada e uma camisinha nela. Mirei nele!

_- Seus filhos da puta! Tu vai morrer infeliz! Tu vai morrer!!

Agarrei o cara e dei um soco, fazendo ele cair se desequilibrar e se abaixar, então dei um chute nele que o fez ficar estirado no chão, assim ajoelhei sobre seus braços, sentei em seu peito e comecei a sessão de soco na cara dele. Eu bati muito.

- Para Edu! Para pelo amor de Deus! – gritava o Bruno. – Você vai matar ele.

Eu não falava nada, só queria ele morto... mas os gritos do Bruno me trouxeram de volta pra realidade!

- E você, seu viadinho maldito! – voei pra cima dele que se encolheu no canto da parede. Ainda meio sem controle eu apertei o pescoço dele, que foi arregalando os olhos.

Ao segurar no pescoço dele, apertando sua garganta, seu olho se arregalou... as nuvens cinzentas, agora meio avermelhadas... não consegui fazer o que eu queria... minhas forças acabaram ali e meus olhos me venceram, mas não era mais o céu nublado, lindo, era uma tempestade onde só se faltavam os raios. E eu desandei a chorar, um choro silencioso, mas copioso, onde só as lágrimas rolam. Afrouxei minha mão do seu pescoço e fiquei apenas olhando pra cara dele, acho que se eu visse minha cara, até eu teria medo, imagina ele.

- eu tenho nojo de você. – e cuspi na cara dele. – Nunca mais olha na minha cara!

- Deixa eu te explicar, por f...

- CALA A BOCA!!!! – não consegui controlar minha mão, o tapa acertou em cheio seu rosto, virando-o pro outro lado e ficou a marca da minha mão certinha no rosto dele. – Pega sua explicação e enfia no cu! – virei as costas e fui embora.

Sai de lá em disparada deixando pra trás o primo cuspindo sangue e ele sentado no chão do quarto, com a mão no rosto e se acabando de chorar.

No caminho o arrependimento bateu.... “Como pude fazer aquilo? Era pra eu ter arrebentado os dois no meio, ter quebrado o Bruno na porrada!” Mas não conseguiria fazer mais mal a ele do que já tinha feito... eu o amava e como o amava!... então não tinha como machucar quem eu amava, por mais que ele tenha me machucado.

Durante o caminho meus olhos iam pingando sob os óculos escuros e eu aguentando firme para não desabar ali, não poderia me dar esse luxo de fazer o que eu queria ali. A cada passo que eu dava, revisualizava a cena, os gemidos dele, o que ele praticamente gritava pro primo... Mas ia segurando tudo, tudo tinha ficando como um bolo na minha garganta. Quando eu cheguei e minha irmã estava na cozinha:

- Oi Dudu, a mã...

Mas eu nem dei atenção, passei por ela, fui direto para o quarto e desabei na cama. Aquela cama que tantas vezes recebeu nosso gozo, agora recebia minhas lágrimas de ódio por ele. Sim, ódio! Eu estava furioso, minha carne tremia e toda hora eu gritava com eles em pensamento, como se estivesse lá ainda. Levantei pois não conseguia ficar parado.

- “Era pra eu ter quebrado tudo, descontado essa raiva...” Ahhh DESGRAÇADO!! – e voou pelo quarto meu abajur - Seu merda! – livros - Infeliz! – taquei minha caneca que ele me deu no espelho, quebrando os dois - Babaca! Cretino, viado maldito! Miserável!! – Comecei a socar a porta do guarda roupa, que em pouco tempo se soltou.

- Eduuu! O que tá acontecendo ai?

- VAI TOMAR NO CU! ME DEIXA EM PAZ CARALHO! – gritei para minha irmã. Mas ao invés de ficar no quarto eu abri a porta e a encontrei lá parada. – A culpa é toda sua! – a agarrei pelos ombros. – Tudo culpa sua! Porque trouxe aquele porco pra dentro de casa! Porque? PORQUE?!

Ela estava muito assustada com meu descontrole, a última vez que fiquei assim fui internado numa clínica. Mas dessa vez eu estava lúcido, só queria uma explicação. Mas ela vendo que eu só estava com raiva e muito triste, simplesmente me abraçou. Eu ainda tentei relutar, mas eu precisava de um abraço. Desabei nos ombros dela, chorei mais ainda... deixei de controlar, não me importei com a vergonha, não me importei com nada, só queria chorar, sofrer!

Ela me puxou pro quarto e me deitou na cama. Depois deitou atrás de mim e ficou comigo, sem falar nada, só mostrando que estava ali, cuidando de mim. Não demorou muito e meu telefone começou a tocar, olhei na tela e era ele. Eu simplesmente joguei o telefone na parede, desmontando ele todo.

- Porque você fez isso? Tem que se controlar, o pai e a mãe não podem ver você assim. – eu soluçava.

- Por-que e-ele fez i-isso?

- Shii, não fala nada, se acalma primeiro e depois a gente conversa... você está muito nervoso. Vou buscar água pra você. – Água virou frontal, rivotril, lexotan, apraz?

Bebi e água e voltei a deitar. Fiquei lá, quieto, parado e chorando por horas. No final da noite eu já estava calmo, só me sentia muito mau, mas muito mau mesmo. Levantei e fui a cozinha pegar um analésico, minha cabeça estava me matando, ao passar pela mesa da cozinha não pude deixar de lembrar dele.

- Vamos logo pro seu quarto, não quero que ninguém me veja!

- kkkk É ninja, mas não quero no meu quarto.

- Do que você tá falando? – peguei ele pela cintura e o coloquei sentado na mesa da cozinha e abracei sua cintura. – você é maluco Dudu, me solta!

- Cala a boquinha morcego, vem cá vem! – começamos a nos beijar e a tirar as roupas...

Lembrar que transamos ali, me deixou pior ainda. De repente eu sinto uma mão no meu ombro, tive uma súbita impressão ou sonho de que seja ele, mas não era minha irmã.

- O que houve?

- “Como pode tanto amor ser jogado pela janela? Eu não consigo entender como ele fez aquilo... A uns dias atrás estávamos juntos, ele me jurou amor eterno... ele, ele, falou que me amava muito, que eu era tudo pra ele, que sem mim ele não sabia o que fazer... ele... eu acreditei. E agora?!

- Duh, me conta o que ele fez...

- Eu peguei ele com o primo dele.

- O que!! Ele não fez isso?!

- Sim, fez! Eu não consigo nem chorar mais.

- Edu, calma ae, você tem certeza que eles estavam juntos?

- Claro! O primo dele estava com meio metro de piroca dentro do cu dele!

- Não precisa falar assim...

- Desculpa! Mas só de lembrar, tenho vontade de matar os dois.

- Oh maninho, vem cá! – e me deu um abraço. – Deita aqui no meu quarto, vem.

- não, você tem curso e um monte de coisa amanhã, vai deitar, vai. Eu te amo.

- Também te amo demais, tudo vai dar certo.

Fui para o quarto e deitei na cama, não demorou muito e tateei a cama, buscando meu celular, só então lembrei que o tinha quebrado. Melhor assim, se visse ligações ou mensagens dele ia ser pior.

Eu não consegui pregar o olho aquela noite e de manha eu estava um lixo. Levantei, tomei café e me preparei pra sair. Quando estava saindo do portão eu o vejo parado na esquina. Me subiu uma raiva enorme, toda a tristeza que eu sentia foi embora na hora. Ele estava com a cara horrível, cheio de olheiras, cabelo desarrumado e uma cara de derrotado. Eu respirei fundo e fui andando para o ponto de ônibus.

- Eu preciso falar com você. – mas eu continuei andando como se ninguém estivesse falando comigo. – Edu, por favor! Me escuta! Eu posso explicar o que aconteceu.

Eu fui descendo a rua e ele me seguindo, inutilmente foi tentando chamar minha atenção. Para minha sorte, o ponto de ônibus estava cheio e com certeza ele teve receio de eu começar a gritar o que ele tinha feito, pra todo mundo ouvir.

Por incrível que pareça na volta do curso ele estava no mesmo lugar, ainda com a roupa da escola. Eu passei por ele:

- Edu! Eu estou aqui o dia todo e só vou sair quando você falar comigo.

O Foda-se veio na minha língua, mas consegui engolir e permanecer calado. Atravessei a rua e entrei em casa. Ele bateu no portão e minha mãe abriu. Ele pediu pra entrar e foi para o quarto da minha irmã. Eu tomei um banho para relaxar e fui direto para o quarto e me tranquei lá.

Ele, não ligando muito para o perigo, foi e bateu na minha porta.

- amor, abre! Por favor, estou te implorando.

A voz dele estava me fazendo mau. Então eu pulei a janela e sai de casa, sem ninguém perceber. Fui pra faculdade e fiquei lá e não voltei pra casa, dormi por lá mesmo.

Durante uma semana ele ficou me procurando e durante uma semana eu fugi dele. Mas aquilo estava já me fazendo mau, ele era insuportável, eu não aguentava olhar pra cara dele, ouvir sua voz, tinha tomado nojo dele, mas isso tudo eu sentia só quando ele estava presente, por que quando ele estava distante eu ficara horas pensando nele e lamentando minha falta de sorte, primeiro por me apaixonar por um homem e outra por esse homem ser um grandessíssimo filho da puta. No final dessa semana a minha irmã veio falar comigo no meu quarto.

- Quem é?

- A mulher mais linda desse mundo!

- Dercy? Pode entrar!

- Palhaço! Como você está Dudu?

- ótimo, tudo numa boa.

- Aé? E porque faz uma semana que você num sai desse quarto?

- ué, é crime ficar no quarto?

- Para Edu, eu sei que você tá fudido ai.

- Fudido? Eu? Fudido é aquele desgraçado! Eu to ótimo!

- Ele tá fudido mesmo – falou ela sentando na minha cama. – Está tão arrependido de ter feito aquilo com você... Mas é que ele sempre foi gamado no primo, sabe amor de infância?

- ótimo! Agora ele pode ter o primo a hora que quiser – falei já limpando uma lágrima que rolava.

- Sei que você está falando da boca pra fora. Você ama ele e ele te ama.

- Ama porra nenhuma, eu fui só o prêmio de consolação! Ele sempre amou o primo, tudo o que ele falou foi mentira! – meu choro ficou intenso, como muitas vezes aquela semana – ele... ele... destruiu minha vida pra nada! Porque eu fui me deixar levar por esse sentimento sujo.

- Cala a boca! Amor nunca é sujo. Não há problema nenhum em ser gay.

- Claro que tem! Eu vou ser espancado na rua, meus pais vão me odiar, tudo mundo vai ter nojo de mim – agora eu chorava como uma criança novamente.

- Edu, para com isso, nada haver cara! Até parece que eu vou ter nojo de você? O pai e a mãe também não, e as pessoas da rua estão pouco se lixando para o que você faz da sua vida! Você tem que buscar sua felicidade.

- Minha felicidade estava dando a bunda pro primo, não adianta mais nada.

- Oh maninho... vocês vão se acertar.

- EU NÃO QUERO NEM FICAR PERTO DAQUELE FUDIDO! NUM DÁ PRA ENTENDER? Eu amo aquele merda, mas não consigo ficar mais perto dele, eu tomei nojo dele, eu fico revendo a cena, e parece que escuto os gritos e tudo mais repetidamente na minha cabeça.

- Você precisa sair pra se divertir!

Uma lâmpada acendeu na minha cabeça, eu já sabia o que eu ia fazerOi gente! É o Luiz, hj eu que escrevi a história, porque o Edu infelizmente quebrou o pulso, então ele não pôde escrever esse tempo todo. Eu me senti no filme central do brasil, ele foi ditando e eu escrevendo do meu jeito. Espero que tenham gostado! A minha parte favorita da história está chegando, naõ percam os proximos capítulos.

Quero parabenizar o Bernardo e o Ariel por terem terminado a história deles, e os safados deixaram a gente com um gostinho de quero mais na boca kkkk A jornada de vcs aqui no site foi incrível, parabéns mesmo amigos, e muita felicidade nesse casamento.

E indicar o conto Asfalto, que tá ótimo! Parabens Lord D.

luiz-boladao1@hotmail.com e eduardocastilhoedu@hotmail.com!

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Comentários

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Nossa que erro gritante... desconsiderem... poço por... posso

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GALERA, MUL DESCULPAS, MAS O EDU TÁ COM O PULSO QUEBRADO! NUM TEM COMO ELE ESCREVER... TENTEI ESCREVER POR ELE, MAS ELE NUM GOSTOU... ASSIM QUE ELE SE REESTABELECER ELE RETORNA A HISTÓRIA...

AGRADEÇO A COMPREENSÃO... BJUS A TODOS E TODAS.

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Cadeee??? cade a continuação Luis e Edu??

Vcs abandonaram a gente heinn..

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Parabéns pelo conto maravilhoso...melhoras pro edu!! nota 10

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NOTA 10... Fiz minha conta aqui só para prestigiar histórias como a sua, q prende o leitor a cada palavra, a cada vírgula e tudo mais, a série em sí é ÓTIMA, vocês 2 estão de parabéns! (nunca pensei q o bruno faria um coisa dessa :-/) e continua logo!

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Mais uma vez sensacional....Parabens... estava morrendo de saudades...kkk...e melhoras ae...bjos

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cara fantasticoo. Mas esse bruno eh um fdp mesmo. Ate eu mataria kkkkkkkkkk. 10. Fala pro Edu que to com saudades de falar com ele rsrs. Abraço

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