FINAL
Permaneci imóvel por algum tempo, ainda com as pernas abertas, sentindo-me completamente dolorido, minha boca doía, minhas pernas, coluna, meu couro cabeludo devido aos inúmeros puxões, sem mencionar minhas duas partes mais sensíveis, meu membro ainda pressionado e meu cu deflorado.
Stevie pegou uma de minhas mãos e direcionou até minha própria entrada, fazendo-me assustar muito quando 3 dedos entraram com facilidade em meu orifício melado, me contrai instantaneamente, mas mesmo assim dois dedos entravam facilmente.
Stevie gargalhou e eu virei meu rosto para o outro lado, sendo consumido pela vergonha, fechando as pernas instantaneamente. Comecei a juntar alguma força e tentar levantar, mas Stevie foi mais rápido e se apoiou em mim fazendo-me cair novamente. Levantou-se com espantável facilidade e foi em direção a poltrona em que meu irmão estava, eu não tinha coragem de olhar para eles.
Finalmente consegui me levantar e sentar no sofá, senti o esperma de Stevie me escorrer e as demais consequências do que tinha acabado de fazer, recostei minha cabeça no encosto e fechei meus olhos, tentando recuperar-me um pouco..
“O que você fez com ele?” Pude ouvir Ícaro perguntar.
“Nada demais. Só o que ele acha que pode fazer com todo mundo.”
“Coitado... Sacanagem...”
“Coitado nada, Ícaro. Ele adorou.”
“Você me assustou um pouco...” A conversa continuava como se eu não estivesse no recinto.
“Desculpa amor. Mas por quê?”
“ É que... Você é sempre tão carinhoso comigo... Eu nunca imaginei... Que você pudesse ser assim... Na cama.” Sussurrou.
“Só com quem não vale nada.” Disse sério. “Ou quando me pedem...” Falou em outro tom de voz e eu pude ouvir uma risadinha do meu irmão.
“Isso não vai ficar assim..” Falei de maneira automática, ainda sem encará-los.
“E você pretende fazer o que?” Stevie disse sarcasticamente, finalmente ergui minha cabeça e tentei manter o que ainda me restava de autoconfiança.
Ícaro estava sentado no colo de Stevie, sua expressão era um tanto perturbada e até mesmo piedosa, ao contrario do namorado que sorria de maneira assustadoramente perversa. Eu me sentia absurdamente cansado e incrivelmente eu não encontrava vontades de possuí-los naquele momento. Mas eu não deixaria barato, quando fosse a minha vez eu pretendia fazer com Stevie a mesma coisa ou pior, e eu ainda teria Ícaro, que se me permitisse, também teria os mesmo tratos.
“Você me deu liberdade para fazer a mesma coisa com você... E eu vou fazer... Ah... vocês nem imaginam.” Respondi com seriedade levando Stevie a gargalhar, deixando-me irritado.
“Igor, parece que você ainda não entendeu... Nós nunca tivemos a intenção de ir até o fim com isso.” Confesso que nesse momento ainda não tinha entendido, Stevie se levantou deixando Ícaro em seu lugar e sentou-se a meu lado no sofá, sentando-se um pouco de lado, acariciando-me o rosto em gesto suspeito. “Você não acreditou mesmo que eu e o Ícaro iríamos dar pra você, acreditou?”
“O quê?”
“Depois de tudo que você já fez com o Ícaro... E as coisas que você ainda faz... Muito me espanta que você não tenha imaginado que era isso que eu queria.” Disse sorrindo cinicamente, ainda me afagando a face, fazendo meu sangue borbulhar de ódio e vergonha. “Te arrombar.” Apertou minha bochecha e eu segurei sua mão com brutalidade.
“Seu bastardo, filho de uma puta.” Eu quase esmagava sua mão.
“Não se faça de ofendido porque você gostou.” Eu continuei segurando sua mão, olhando-o com uma raiva que certamente nunca tinha direcionado a ninguém. Sentia-me humilhado e impotente. “Me solta! Ta nervosinho porque gostou de dar o rabo?!”
“Vocês dois vão se arrepender por isso.” Falei ficando em pé para intimidar Stevie, quase esquecendo-me das dores devido ao nervosismo.
“E eu posso saber como?” Desafiou-me levantando-se também. “Vai nos estuprar? Por que nós nunca mais vamos transa com você. Nunca!” Falou rindo um pouco, mas estava visivelmente nervoso. “E nem se você me implorar eu te como de novo.” Aquilo foi a gota d’água. Levei minha mão até seu pescoço e o empurrei contra a parede mais próxima, segurando com força desnecessária suas vias respiratórias.
“Para Igor!” Ouvi Ícaro que até então só observava se levantar da poltrona em nossa direção. “Larga ele!”
“Fica fora disso.” Stevie ordenou e Ícaro obedeceu, recuando alguns passos.
Em um movimento surpreendente, Stevie levou uma de suas mãos até meu membro e saco, apertando com força, fazendo-me senti tanta dor que cai no chão imobilizado por alguns minutos. Com muita dificuldade a dor foi diminuindo, mas Stevie não me soltou, continuou me segurando pelas partes sensíveis, pronto para me esmagar a qualquer mínimo movimento.
“Olha pra mim.” Falou segurando meu rosto em sua direção com a mão disponível. “Escuta bem o que eu vou te falar.” Pensei em respondê-lo arrogantemente, mas não seria uma boa idéia com ele segurando minhas bolas daquela maneira tão instável. “Se eu souber que você voltou a assediar ou molestar o meu namorado de alguma forma, eu vou envolver seus pais nisso.” Eu sabia que ele estava blefando.
“Você não faria isso... É estupidez. Ele é o culpado por...” Não consegui terminar, suas mãos apertaram minhas bolas fazendo-me revirar os olhos de dor.
“Ele é culpado??? ELE é o culpado pelo que seu babaca?” Falou cheio de ódio. “Por se apaixonar aos 12 anos de idade e por isso deixar um vagabundo de quinta categoria se aproveitar dele?!” Falou quase gritando. “Agora, Igor...” Respirou fundo e voltou pro tom de voz sereno. “Se você voltar a fazer qualquer coisa com o meu pequeno... Se brincar com ele de qualquer maneira ou mesmo provocá-lo com atitudes ou palavras. Eu vou contar tudo para os pais de vocês, toda a história. Eles conhecem bem os filhos que tem e sua mãe finalmente entenderia a fonte de todos os problemas psicológicos do seu irmão... Isso tem que parar Igor! E você é o culpado. – Ele ficou em silêncio por um bom tempo. “Você entendeu?” Eu o olhei com ódio e desprezo, mas ele parecia realmente falar sério. “Entendeu seu filho da puta? Ou quer que eu repita?” Falou apertando minhas bolas mais uma vez. Acenei minha cabeça positivamente. “Fala que entendeu!”
“Entendi... Entendi...” Falei com a voz esganiçada, depois que a dor diminuiu um pouco.
Stevie finalmente me soltou e se levantou, deixando-me encolhido no chão da sala, ainda sentindo dor. Pegou e vestiu cueca e camiseta, entregando as roupas a Ícaro que também as vestiu, meu irmão olhava para mim com o cenho franzido, mas eu o conhecia bem e sabia que ele havia adorado tudo aquilo, mesmo que estivesse muito espantado. Começaram a se retirar e antes que saíssem pude ouvir Ícaro sussurrar um “Obrigado.” A Stevie, e isso me fez queimar de ciúmes e ódio.
“Hey!” Chamei-lhes a atenção antes que saíssem. “E vocês acham mesmo que Gomes e Marta podem me impedir de fazer o que eu quiser com ele?” Perguntei acenando Ícaro com a cabeça. Stevie caminhou de maneira intimidante em minha direção. Tentei me levantar, mas ele foi mais rápido empurrando-me ao chão novamente, se abaixou olhando-me nos olhos.
“Se eles não impedirem... Eu juro por Deus que levo o Ícaro para Austrália e você nunca mais vai colocar nem mesmo os olhos nele.” Disse muito sério.
“E você acha que ele mudaria praquela merda de país? “Tentei parecer sarcástico, mas acho que não funcionou. Eu estava ridículo. “Ele nunca me deixaria.” Rebati.
“Ele já me pediu isso Igor. Várias vezes.” Falou com o leve tom de tristeza que me fez notar a veracidade de suas palavras. “Só você não percebe que a coisa que esse garoto mais quer na vida é ficar livre de você.” Aquilo realmente me magoou. “E se você não deixar ele em paz ... Eu juro que volto para a Austrália e levo ele comigo. Então por favor...” Se levantou e tomou meu irmão pela mão. “Nos deixe em paz.” Disse por fim.
“Igor...” Ícaro chamou antes que terminassem de se retirar e por breves segundos tive a esperança de que dissesse algo que contradissesse o que Stevie havia dito. “Lave o tapete e o sofá da mamãe antes que ela volte ou vai brigar muito com você.” Disse apontando para as manchas de esperma no sofá e no tapete branco.
“E por favor, não esteja aqui amanhã.” Stevie disse com a voz levemente cansada. “Você estragou a noite que eu tinha planejado pra nós dois.” Enlaçou os dedos nos de meu irmão e antes de sair direcionou-me um ultimo olhar ameaçador, pude ver um sorriso nos cantos dos lábios de Ícaro e isso me atingiu de maneira cruel.
Quando fiquei sozinho finalmente pude relaxar da mascara arrogante que eu ainda tentava manter e me entregar a minha própria vergonha. Deixei meu corpo relaxar e voltei a sentir cada parte levada ao extremo como nunca antes. Mas não somente meu corpo havia sido violentado, minha mente e grande parte das minhas certezas e convicções haviam ido por água abaixo.
Todas as ameaças que Stevie já havia tentado fazer foram inúteis, mas desta vez não o argumento era forte, sabia que meus pais defenderiam Ícaro e imaginariam terrores do filho baderneiro abusando do pobrezinho do viado deprimido. Mas também a posição em que ele se encontrava quando o jogou contra mim, logo após fazer-me submisso, dava a cada palavra proferida maior peso e valor.
Também não acreditava que tinha sido enganado com tanta facilidade, em momento algum passou por minha cabeça que talvez não cumprissem a outra parte do acordo. Minha arrogância me dava a certeza de que ambos me desejavam e estavam loucos por fazer. Depois de perceber o que tinha acontecido, a possibilidade parecia estranhamente previsível e minha estupidez digna de pena.
Mas não era nada disso que realmente me atormentava, ser enganado, ameaçado e passar por completo idiota não eram assim problemas tão grandes, ao menos não se comparados ao pensamento que realmente me assombrava. Eu tinha gostado de dar.
Gostado não, adorado. Sentia as dores na minha entrada e me arrepiei somente de lembrar do membro de Stevie dentro de mim, o corpo pesado, suado e os gemidos graves. - Caramba! Que pensamento gay! Eu sou gay! Não!!! Calma, Igor! Não se desespere! - Respirei fundo algumas vezes e me lembrei da cada uma das melhores garotas que já havia transado, mas era inútil, flashes da transa com Stevie eram inescapáveis em meus pensamentos.
E quando parecia que não poderia pensar mais absurdos lembrei a frase de Stevie que me levou a perder o controle - Nem se você implorar eu te como de novo. - Essas palavras ecoaram na minha cabeça por um tempo e passando o estado de torpor comecei a ser tomado de um leve desespero. E incrivelmente pensamentos como molestar meu irmão ou me vingar de Stevie tinham sido absurdamente afastados e quase não existiam mais, a única coisa que eu pensava era que Stevie nunca mais iria pra cama comigo.
E desta vez não era algo como se eu pudesse forçá-lo, de fato isso serviria para uma vingança, mas a verdade é que eu me inquietava somente em pensar nunca mais ter as sensações que a menos de uma hora ele havia me proporcionado, e isso precisa ser absolutamente consensual.
Eu achava que nunca deixaria outro homem me traçar, e que mesmo se deixasse, não seria a mesma coisa. Stevie é absurdamente bom e... Não é qualquer um. - Igor, você é oficialmente um viado. - minha consciência falou e eu me recusei a concordar, dizendo a mim mesmo acreditar em algo que eu antes julgava ser impossível, a bissexualidade.
Lembrei-me dos lábios de Ícaro em contato com os meus por segundos e lamentei mais do que qualquer outra coisa naquela noite não ter provado também a boca de Stevie - Gay!” - e fazendo uma rápida retrospectiva dos fatos, eu tinha sido usado como uma vadia sem fazer nada a medida que a situação caminhava irremediavelmente para isso. Stevie e Ícaro haviam recebido todos os tipos de prazer que eu podia lhes proporcionar, enquanto eles em momento algum mimaram meu pau ou deram-me o prazer de beijos ardentes como haviam feito um no outro.
Comecei a me levantar do chão da sala, vendo que mais uma mancha de esperma havia tomado o tapete onde eu havia acabado de me levantar, senti o esperma de Stevie ainda me escorrendo pelas pernas e senti uma mistura estranha de tesão e vergonha. Vesti somente minha cueca e recolhi minhas demais peças de roupa, remoí mais uma vez minha estupidez, minha impotência diante da situação e meu cu deflorado.
Tentava encontrar vontades para continuar a provocar meu irmão, também adoraria sentir a vontade de rasgar Stevie no meio que eu deveria estar sentindo, mas não, sabia qual seria meu principal passatempo dali em diante. Nada de tentar comer meu irmão novamente, me vingar de Stevie nem me passava pela cabeça, elaborar planos mirabolante para um ménage bem sucedido? Talvez. Mas eu iria principalmente me concentrar em seduzir Stevie e conseguir mais uma vez o delicioso prazer que ele havia me proporcionado. Mas sabia que poderia demorar muito até ele ceder novamente. - Duas palavras até lá Igor: Fio Terra... Fio Terra. -
NOTA: Bom, é o fim. Desculpa aí se não agradou. Eu até comecei a escrever mais um “Meu gêmeo e eu.” mas não sei se vou continuar. Achei a receptividade desse conto meio fraca e to pensando se vale o tempo que me toma. Eu comecei publicando esse porque acho a historia mais interessante e excitante. Foi ela que me motivou a escrever e criar uma conta aqui no site. Mas pensando bem, a historia do irmão mais macho fodendo e abusando do irmão viado é mais o formato de um conto. rsrsrs
Enfim, agradecer quem leu, quem comentou e quem votou.
Obs: Parece que eu não deixei suficientemente claro, mas o Stevie NÃO é viado. Pode até gostar de dar de vez em quando, mas ta MUITO longe de ser viado. É daqueles que quase ninguem percebe.
Obs2: Agradecer o CRIiitico pelo toque, foi muito útil. Eu dei um relida no texto e notei o que você disse. Mudei algumas palavras e cortei algumas expressões que realmente estavam repetitivas. Obrigado.
Valeu aí galera! Abraços.
FUUUUUUUUUUI