Continuando...
Na viagem, tudo foi como esperado, nos divertimos muito e compramos muita coisa. Cada um levou uma mala a mais de roupa, caprichamos. A comida de lá não é boa, não adianta, não importa quantas vezes eu vá pros Estados Unidos, a comida de lá é horrível, o Mc Donalds é mais comível, e não é igual o nosso.
No parque, todos se divertiram, tiramos muitas, mas muitas fotos, até alguns eletrônicos compramos, o medo foi na hora de voltar, passar pela alfândega. Lá, os meninos que faziam curso até se viraram um pouco, Ricardo ficava meio perdido, mas se comunicava com gestos, parecia que fazia libras. Eu acabei pedindo tudo pra ele lá.
A viagem foi um momento muito especial pra passar em família, curtimos muito, principalmente o Wellington e o Ricardo que é outro crianção, eles foram em todos os brinquedos, mesmo com as filas enormes.
Ricardo acabou nem reclamando dos gastos da viagem, ele disse que dinheiro era pra nos fazer felizes mesmo. Eu sentia muita falta do meu país, todos que vão pro exterior sentem falta do Brasil, somos acolhedores, nossa comida é uma delicia, o povo é fácil de lidar, eu amo nosso país, não troco o Brasil por nada. Tem países e lugares que são muito lindos, mas só pra visitar mesmo.
Na hora de voltar, todos ficaram meio tristes, eu não via a hora, eu tava sufocando lá. Quando embarcamos, como faríamos um voo noturno viríamos dormindo, dito e feito. Eles dormiram toda a viagem, Lucas também, eu que fiquei acordado, não conseguia dormir, tava com saudades de todos, o natal estava bem próximo, então eu já vim pensando o que faria no natal.
Eu já tinha comprado presentes de natal pra todos, tinha pago o preço de uma mala a mais, só pra presentes dos outros, ao contrario de todo mundo, eu não pensei só em mim lá. Como eu tinha prometido, eu e Ricardo transamos em vários lugares, em varias posições, experimentamos muitas coisas, foi muito bom, mas era difícil dar escapadas dos meninos.
Eu já tinha planejado o que fazer no natal, faríamos uma ceia na casa dos pais do Ricky, chamaria a todos meus amados, esse ano tínhamos uma família maior e mais completa. Quando finalmente chegamos no Brasil, me deu um gás, pra pegar tudo logo e ir embora, quando vi minha mãe me esperando corri pro abraço, eu não aguentava de saudades dela, eu não era nada sem ela, sempre foi minha melhor amiga.
Em casa, eu não me aguentei de saudades, quando Luís deixou os cachorros de volta na nossa casa e eles vieram fazer festa, eu quase chorei. A viagem tinha sido perfeita, mas não há nada como nosso lar.
A noite, eu não conseguia pegar no sono, tava muito agitado. Então eu aproveitei pra mexer nas malas, por as coisas pra lavar, guardar as roupas novas. De madrugada, Ricardo foi me interromper.
Ricardo: - Meu amor, vamos dormir vai?
Eu: - Não consigo, eu to muito agitado ainda.
Ricardo: - Então vem cá que eu quero gastar essa sua energia até o fim.
Me puxou pra si e ficamos nos beijando na sala.
Ricardo: - Vamos pro nosso quarto, você vai capotar de cansaço.
No quarto, ele já estava pelado, veio até minha direção, parou, pegou meus cabelos e me puxou até seu pau de maneira meio selvagem, eu chupei de maneira faminta, como se estivesse morrendo de fome, chupei muito, eu sabia como deixar ele louco, se bem que não era muito difícil. Até ele gozar na minha boca, e eu engolir por saber que ele amava.
Depois, ele tirou minha roupa, foi beijando meus pés, minhas pernas, me virou, caiu de boca na minha bunda, lambendo bem meu anus e minhas costas, eu via estrelas, era incrível como ele sabia o que fazia sempre, sabia como me fazer implorar.
Ele largou o corpo sobre o meu, ficava roçando na minha bunda e beijando meu pescoço, parecia um vampiro do jeito que ele mordiscava e beijava. Depois, quando já estávamos excitados de mais, ele me penetrou, doeu na hora, mas foi rápido e foi aquela dor gostosa, aquela que vale a pena sentir. Ele era sempre muito firme, não tinha nada de delicado nos movimentos, as vezes doía bastante, mas era sempre prazeroso.
Ele mudava muito de posição, fizemos umas deliciosas, de lado eu tinha começado a adorar, por que ficávamos bem perto, eu sentia o abdômen super duro dele encostar nas minhas costas, me beijava muito sempre, fora que ele adorava falar sacanagem no meu ouvido.
Então ele me pegou de quatro de novo, puxava minha cintura firme, sussurrava muita sacanagem que deixava o clima mais quente ainda. Eu acabei gozando até ali duas vezes sem me tocar, adorava gozar daquele jeito, porque era mais intenso e era uma coisa involuntária, simplesmente meu corpo não aguentava o ecstasy e eu gozava pra não explodir, era mágico.
Por ultimo, ele me pegou do jeito que eu adorava, de frente mesmo, olhando nos meus olhos, fazendo caras e bocas, ele me olhava muito fixamente, em meio aos gemidos ele disse.
Ricardo: - Eu me perco nesses seus olhos verdes, eu imagino que o céu, o paraíso, seja isso.
Eu já tinha perdido as contas de quantas vezes ele tinha gozado. Mas aquela foi a ultima gozada, olho no olho, corpo no corpo, corações batendo a mil. Aí sim eu estava exausto, cai no peito dele.
Ricardo: - Agora sim, aposto que você ta cansado.
Eu: - Exausto.
Dormimos juntos.
Na quinta, véspera da véspera de natal, eu tava ansioso, ajudando Silvia nos preparativos, seria mais um natal em família. Fiquei embrulhando todos os presentes, sozinho, pra não estragar a graça.
Ricardo também fazia mistério do meu presente.
No dia da véspera, todos nos arrumamos e fomos pra casa dos meus sogros. Lá foi tão bom rever a todos, principalmente o Gabriel, o Bruno, Otavio e Luan que não via há tempos, foi um dia de abraços.
Na hora de jantar, foi de mais, são momentos como aquele que fazem tudo na vida valer a pena.
Quando deu meia-noite e começou os fogos, eu chorei de mais, mais que todos, eu chorei de desabafo, tudo aquilo que tava em mim foi embora, toda a tristeza que tive um dia na vida enterrando pessoas amadas, todas as dores, todas as traições, todos os problemas pessoais, de trabalho, tudo se foi e só me importava aquele momento.
Todos ficaram meio preocupados com as minhas lagrimas, aquilo lavou minha alma. Todos me abraçaram, na hora de trocar presentes, foi a mesma coisa de sempre, todos rindo e Gabriel sempre zoando, dizendo que eu fazia cara de expectativa quando dava meu presente a alguém. Meu presente foi um celular novo, de ultima geração já que o meu outro tinha sido afanado.
Todos dormiram lá, do jeito que deu. No dia seguinte, os que exageraram no álcool acordaram de ressaca, todos tomamos café numa padaria próxima. O almoço foi o típico salmão e o bacalhau que não podem faltar.
Passado o feriado, eu tinha uma semana pra curtir minha família. Fomos muito ao cinema, teatro, parques e shopping. No ano novo, planejamos, como sempre, ir pra chácara. Gostávamos de fazer aquilo, ir pra chácara ficar juntos, é lindo lá.
Fomos faltando três dias pra evitar o transito, todos os meus amados estavam lá.
Lá, encontramos um lugar próximo pra pescar, deixei Lucas com minha mãe e Silvia na casa da chácara e fui com os rapazes. Tudo ia bem, até eu cair na água e quase me afogar por não saber nadar e ficar gritando por ter medo de cobras, eu realmente quase me afoguei, porque fiquei muito afobado, Ricardo que foi me salvar, no começo eu acabei batendo nele um pouco, porque tava muito assustado.
Ricardo: - Ei, se acalma, to aqui, nada vai te machucar, não vou deixar, nunca.
Eu abracei ele, fiquei em choque o resto do dia, eu tinha muito medo de água, eu nunca aprendi a nadar, então eu tinha me assustado de verdade.
Lá na chácara, minha mãe ficou me fazendo carinho de mãe. Fiquei deitado no colo dela, na hora de ir dormir, Ricardo me levou pro quarto no colo.
Ricardo: - Fica bem meu bebê, não quero ver você assim. Nunca vou deixar te acontecer nada.
Eu chorei, como sempre, eu tenho essa mania chata, choro muito fácil. Tipo quando eu vejo alguém ganhar medalha nas olimpíadas, eu choro também, fico imaginando a emoção que é, principalmente os atletas de países pobres e subdesenvolvidos.
Ele me beijou, dormimos muito colados, éramos um só.
Na manhã seguinte, o trauma já tinha passado, mas eu não queria mais ir pescar. Fomos todos pra piscina, lá, eu não resisti, Ricardo pediu pra eu passar protetor nele, eu aproveitei pra tirar casquinha. Ele tinha um corpo tão duro, tão sarado, tão lindo, que eu não resisti, fiquei passando o cotovelo e o antebraço por cima da sunga dele.
Ricardo: - Para lindo, to ficando excitado, depois não vou poder me virar aqui.
Eu: - Azar o seu, quem manda ser gostoso assim?
Ficamos na piscina o dia todo, minha mãe tava inspirada na cozinha no almoço, na janta, fomos comer fora mesmo. Gabriel adorava fazer macaquices nos lugares, era incrível, ele era comedia de mais.
Na véspera do ano novo, dia 30, passamos o dia no mercado comprando as coisas pra fazer uma ceia mais farta que no natal, eu tava aprendendo a cozinhar em nível de mães, pegava todas as dicas que elas me davam, o jeito que elas faziam as coisas, elas tinham muita pratica.
No dia da véspera mesmo do ano novo, eu estava como sempre, repensando meu ano, tudo que fiz, tudo que não fiz, o quanto minha vida mudou drasticamente. Antes eu era um viciado em trabalho, agora eu tinha tido um ano totalmente dedicado aos meus filhos, meu marido, dedicado a família e ao amor.
Na hora de arrumar a mesa, escalamos Ricardo e Gabriel, que não eram muito jeitosos, mas se esforçavam.
Quando comemos, a mesa estava em silencio.
Eu: - Que foi pessoal, ninguém fala nada aqui?
Gabriel fala de boca aberta mesmo.
Gabriel: - É que a comida ta muito boa, a gente não pode perder tempo, se não acaba.
Conversamos muito depois que todos acabaram, depois comemos sobremesa.
Ficamos jogando mais conversa fora, esperando dar meia noite.
Quando deu meia noite, estávamos todos do lado de fora vendo os fogos de artifício, um mais lindo que o outro. Ricardo me abraçava pela cintura, me beijava o pescoço e dizia: Eu te amo minha vida. Como sempre, chorei.
Ricardo se ajoelhou e começou a se declarar.
Ricardo: - Eu te amo, mais do que qualquer coisa no mundo. Você me ensinou e vive me ensinando tudo que eu sei, você é o meu professor da vida. Você faz tudo por mim sempre, sem pedir nada em troca. Eu peço desculpas por qualquer coisa que eu tenha feito pra ferir seus sentimentos, essa nunca é a minha intenção é que eu sou um idiota, cabeça dura mesmo. Mas saiba sempre, que eu te amo, sempre vou te amar. Não sei se existe outras vidas, se tem algo após a morte, mas eu sei que esse amor que eu sinto por você vai ser algo que vai se eternizar, quando eu olho pras estrelas, quando eu penso em felicidade, quando eu penso em amor, eu lembro de você, meu marido, meu parceiro, minha vida, meu amor, simplesmente, meu tudo. Eu não sei viver, sem você do meu lado, quando não estamos juntos, eu me sinto sem ar, incompleto. Somos um. Mais uma vez eu digo, eu te amo.
Todos aplaudiram, eu já estava emocionado, já estava chorando, o puxei e nos abraçamos. Agora eu tinha mais certeza do que nunca que aquilo era amor, era felicidade, era tudo que vivemos procurando.
Quando repensei minha vida uma ultima vez ali, eu percebi a verdade, pra mim, sobre a felicidade. Felicidade é algo passageiro, tem data de validade, tem prazo, não é eterno, é algo que vai e vem. A vida é uma eterna rotação, vive dando voltas de 180º, vive nos pegando de surpresa, nos ensinando quando achamos que não há mais o que aprender. Tudo é passageiro, as coisas ruins parecem que demoram mais, mas se vão também. No fim, o amor, o respeito é o que fica, a aparência se vai, eu tenho consciência disso, todos envelhecem, quando a aparência se vai, precisa-se de muito mais, mesmo, pra manter uma relação estável e saudável.
Eu aprendi naquele ano que nada era de mais pra eu suportar, que eu sou muito mais forte do que sempre acreditei e que há mais amor em mim que eu jamais possa imaginar.
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Bom meus amores, ta aí a última parte da temporada, como disse, vou fazer uma terceira temporada devido a grande aceitação que tive de vocês, prometo começar a postar o mais breve possível. Muito obrigado de verdade, pelo carinho, pelos e-mails, votos e comentários, cada uma dessas demonstrações de carinho me deixam sem o que dizer, sem palavras pra expressar minha gratidão por vocês. Qualquer crítica e sugestão são bem vindas.
Queria agradecer o último e-mail que recebi do meu amigo: Flávio Vieira, muito obrigado pelo carinho meu caro, um beijo grande e especial a você.
E-mail para contato: marcio.casadoscontos@hotmail.com
Beijo e abraço a todos.
Até mais ;)