O final. :)
Acho que corri um pouco numa parte, mas foi pra não ficar longo demais... Obrigado por acompanharem!
***
Na quarta semana, no começo de uma noite de sábado, quando eu, Pablo e duas amigas entrávamos na terceira rodada de cerveja, Lucas chegou com um amigo. Desviou assim que me viu, só para voltar sozinho pouco depois. Foi até o balcão, pegou uma latinha e se sentou a uma das mesas mais afastadas e menos iluminadas, onde ficou por uns cinco minutos.
"Acho que alguém está te esperando", Pablo disse logo que as garotas saíram para casa.
"E se o outro estiver lá fora? Ou outros? Depois daquele dia no vestiário... Faz tempo, mas sei lá."
Nos voltamos para Lucas, que desde que tinha sentado ali não parava de se mexer: se debruçava na mesa, e tomava um gole da cerveja, e cruzava os dedos olhando para baixo, e recostava na cadeira, e passava a mão nos cabelos, e começava tudo de novo.
"Não parece não." O tom do Pablo era seguro. "Acho que hoje a briga dele é outra."
"Se for só essa..."
"Ah é, safado? Assim fico com ciúme! Estou brincando. Vou sair pra vocês poderem conversar."
"Mas..."
"Vou ficar por aqui, vigiando de longe." Tirou seu celular de cima da mesa, segurou-o virado para mim por um segundo, guardou-o no bolso da bermuda e tomou o rumo das quadras.
No que Pablo começou a se afastar, Lucas se levantou. Cabeça baixa, mãos nos bolsos, veio andando devagar até minha mesa, parou do meu lado e disse baixinho: "Quero falar com você. Vem comigo".
"Fala aqui."
Ele olhou ao redor, em dúvida. Pelo jeito tenso e constrangido, parecia só não querer correr o risco de ser visto por algum fofoqueiro, muito menos algum fofoqueiro amigo do seu pai, mas eu também tinha riscos para evitar. Ele sozinho eu podia encarar, mas dois? Não custava nada arrumar um lugar mais reservado ali mesmo para sondar melhor.
"Aqui não. Prefiro no bar da esquina", sugeriu.
"Vamos pra quadra de tênis. Lá não deve ter ninguém."
Peguei a garrafa quase cheia e fomos andando em silêncio até o banco da quadra, onde estranhamente começamos a falar de trivialidades, como se estivéssemos nos conhecendo ali. Já no fim da cerveja, durante uma conversa sobre filmes pornô e com a mesma relutância do dia no vestiário, ele pigarreou e disse: "Eu sou hétero, mas uma vez vi um pornô de ménage bi masculino e... gostei".
"Então você faria?" Sorri divertido.
"Não sei. Se fosse pra comer um casal, talvez." Seu olhar se perdeu por um segundo na noite estrelada, mas depois ele se virou e mandou na lata: "Você é ativo ou passivo?"
"Versátil."
"Mas prefere o quê?"
"Pra mim o importante é ter tesão, entrega e respeito. O resto eu vejo na hora", fui evasivo, apesar da vontade de experimentar aquele cuzinho que ele alegava ser virgem.
Pensativo, Lucas pegou a garrafa sem olhar e virou o último gole. Tinha bebido quase tudo sozinho. "Acabou. Vamos pro bar?"
No bar da esquina, aproveitei a primeira ida dele ao banheiro para tranquilizar Pablo, e depois continuamos no mesmo ritmo até por volta das dez, ele sempre mais rápido que eu. Quando fechamos, o cara estava tão bêbado que mal conseguia guardar a carteira.
"Você está bem?" perguntei me levantando primeiro.
"Bem louco." Tentou se levantar também, esbarrou na mesa e perdeu o equilíbrio. "Uou!"
"Uou!" Estendi a mão numa vã tentativa de segurá-lo. O cara já tinha caído de volta na cadeira. "Como você vai pra casa desse jeito? Veio de carro?"
"Está no estacionamento do clube. Tem carteira?"
"Tenho."
Voltamos em silêncio pela rua deserta. Assim que entramos no carro, Lucas reclinou o banco, fazendo-o de cama por todo o trajeto. Só abriu os olhos quando parei na esquina do endereço que tinha me dado.
"Pronto", falei desligando o motor.
"É mais pra frente."
"E se o seu pai me vir?"
"Meus pais estão fora, só voltam na quarta da outra semana. E minha irmã vai dormir na casa de uma amiga." Me deu um olhar lânguido, cabeça recostada de lado no banco do carona. "Quer entrar um pouco?"
Estacionei em frente à casa que ele apontou, de dois andares e estilo tradicional. Ainda calados, atravessamos a sala grande e bem decorada e nos largamos no sofá, primeiro eu e depois Lucas, que não só escolheu um lugar perto o suficiente para não deixar dúvidas sobre suas intenções como ficou me observando com olhar pidão, num apelo mudo para que eu tomasse a iniciativa. Minha sensação era de estar me aproveitando da situação e isso eu não queria, até porque depois era bem capaz de ele jogar a culpa toda em mim na maior cara de pau, como se não tivesse enchido os cornos e me chamado porque quis.
"Lucas, é melhor eu..." Fiz menção de me afastar, mas ele pegou minha mão e colocou na sua coxa, me encarando com olhos decididos. Parecia ter tomado um leve choque de lucidez com aquela minha tentativa de fugir dali.
"Sei o que estou fazendo." Empurrou minha mão até a dobra da virilha. "Já sabia antes de sair de casa."
Isso serviu. Com a outra mão, levantei um pouco sua camisa e tracei a trilha de pêlos dourados até o cós da bermuda. Abri o botão e o velcro, apertei o volume na cueca e enfiei os dedos por dentro do elástico. Quando peguei a pica dura e babada, ele soltou o ar num suspiro e puxou a minha para fora também. Enrolei sua camisa até as axilas, beijei os peitos e fui descendo como no dia do clube. A meio caminho da virilha, ele se levantou e deixou a bermuda cair para o chão, o elástico da cueca boxer azul-marinho quase na base do pau. Tirou nossas camisas e parou na minha frente com os braços relaxados dos lados do corpo, me vigiando de cima. Terminei de baixar a cueca e lambi a virilha e as bolas. Espremi de leve a cabeça para tirar mais sumo e espalhei nela toda antes de passar a língua.
"Ahhh! Isso!" Gemeu quando envolvi a cabeça com a boca. "Bota tudo na boca, mama gostoso."
Ensaiei um vaivém cadenciado até a metade enquanto ele gemia e balançava os quadris para frente e para trás, tentando meter mais fundo na minha boca aquele pau que devia chegar a doer de tão duro. Nesse ritmo, era capaz de gozar em menos de um minuto, mesmo bêbado daquele jeito. Foi o tempo de pensar isso para eu ouvir uns gemidos mais altos e sentir um gostinho de porra no meio da língua. Na mesma hora tirei a boca e terminei com a mão, direcionando os jatos para meu peito.
"Nossa. Isso foi... rápido", falei limpando a porra com sua camisa.
"Tem mais." Sorriu.
Assim que trocamos de posição, Lucas sentado no sofá e eu de pé, ele fechou os olhos e esticou a língua para eu bater com meu pau nela, como se fosse um dos tais filmes. Achei divertido e fiz mesmo, na língua, no lado do rosto, no queixo, esperando ele abocanhar. Começou meio sem ritmo, às vezes só lambendo a cabeça em círculos e dando umas chupadas como se fosse um sorvete, até que não aguentei e forcei um pouco com as duas mãos.
"Calma, porra!" Recuou rápido. "Só posso pagar meu primeiro boquete uma vez e quero tentar fazer direito!"
Tirei as mãos e fiquei só vendo ele avançar aos poucos. "Não precisa engolir tudo", tentei orientar, mas ele ignorou. "Relaxa a garganta e vai devagar, então."
Forçou tanto que acabou conseguindo engolir meu pau até as bolas. Mamava devagar, sempre com umas encaradas safadas lá de baixo, como se perguntasse se estava bom. No começo eu só conseguia olhar de volta e fazer um sim lânguido com a cabeça, mas o ritmo do boquete foi aumentando e logo eu o agarrava pelos cabelos e fodia com alguma força aquela boca quente e macia. Pela mistura de barulhinhos raspados do fundo da garganta com exclamações de satisfação, parecia que ele estava engasgando no meu pau e gostando. Na primeira pausa para respirar, inspirou fundo pela boca umas três ou quatro vezes, sem ar.
"Desculpa."
"Não, cara. Eu gostei."
Safado. Dessa vez ele mesmo colocou minhas mãos na parte de trás da cabeça, de onde não deixou que saíssem até eu forçar de novo. Aquela mamada já tinha deixado o cara pronto para outra. Era mais que eu esperava de uma primeira vez, mas ele estava tão relaxado que resolvi avançar para a próxima fase. Deitei-o no sofá e voltei a chupar e lamber, das bolas até o cu e voltando, mãos por baixo daquela bunda dos sonhos, rolando os quadris para cima, deixando o cu bem exposto. Rosinha, fechadinho e quase liso, um tesão! Lucas suspirava e gemia baixo, o que entendi como um sinal verde para passar o dedo na portinha, mas foi só pressionar um pouco que ele se retraiu todo e pediu que eu me virasse para um 69. Assim minha bunda ficou indefesa também — pior, para cima —, e cada investida minha contra o buraquinho virgem provocava uma retaliação lá do outro lado. Depois de um minuto de disputa, desisti e me conformei em recuar para a posição inicial, mas ele foi mais rápido em me puxar de volta pela cintura. Num segundo meu rabo tinha ido parar na cara dele, sendo prontamente recebido com lábios, língua e dedos. Vencido, me deitei de bruços e deixei que se fartasse: ele apertava, lambia, esticava com as pontas dos dedos até abrir o olhinho, enfiava a língua lá dentro. Depois ficou de joelhos e encostou outra coisa quente e molhada, só que bem maior e mais dura. Quando olhei para trás, vi que o doido estava querendo meter sem camisinha mesmo.
"Lucas, diz que você tem uma camisinha aí, por favor."
"Tem. Vamos lá pro meu quarto."
Fui atrás e me deitei na cama enquanto ele remexia uma das gavetas do armário. "Lubrificante?"
"Está querendo demais." Sorrindo, engatinhou sobre a cama e me virou de bruços de novo. "Não tenho, mas essa aqui é bem lubrificada." Rasgou a embalagem nos dentes, desenrolou de qualquer jeito a camisinha até pouco mais da metade e começou a esfregar a cabeça na porta.
"Devagar."
Lucas aumentou um pouco a pressão, mordiscando e chupando meu pescoço com uma avidez que me deixou todo arrepiado, e sem qualquer aviso encaixou e forçou a cabeça inteira. O grito saiu pela metade, entre os dentes. Ele entendeu minha dor e parou ali, mãos plantadas de cada lado do meu corpo, respiração quente e falhada no meu ouvido num pedido inarticulado para meter tudo. Empinei um pouco e ele entrou mais, gemendo rouco. Outra pausa, dessa vez com ele respirando fundo como se reunisse forças para não empurrar todo o resto de um lance só. Estava duro como pedra de novo, era grosso e devia medir uns 17cm, dos quais pelo menos metade já tinha entrado.
"Posso?"
"Vai."
Ele ainda não tinha voltado nem uma vez, e não voltou até eu sentir seu púbis na minha bunda e seu coração acelerado nas minhas costas. Sua mão esquerda passou por baixo do meu peito para me abraçar apertado enquanto a direita procurava afoita meu pau esmagado sob o peso dos dois corpos. Vendo que eu ainda estava duraço, Lucas me puxou pela cintura até me deixar de quatro e começou a bombar. A porta do armário tinha ficado aberta e pelo espelho na face interna eu podia ver aquele corpo de modelo fotográfico atrás de mim, metendo gostoso. Aí já tínhamos esquecido de tudo. Trepávamos como animais, ele resfolegando e socando sem parar, eu me punhetando e gemendo baixo, sentindo-o queimar dentro de mim. Eu não tinha mais controle sobre meu corpo, só jogava os quadris para trás no ritmo das estocadas e dos arquejos dele, já pertinho de gozar com aqueles sons no meu ouvido e aquela imagem no espelho, mas ele achou que devia morder meu ombro de leve. Foi o que faltava para eu esporrar forte e cair para a frente com as duas mãos no colchão, exausto. Só que além de estar meio bêbado ele já tinha gozado uma vez, e continuou bombando mesmo sentindo que eu me trancava de novo. Para minha sorte, os gemidos não demoraram muito a ficar mais altos e rápidos.
"Ah, delícia de cuzinho apertado. Vou gozar... Grumpfff!" urrou, estremecendo todo.
Ainda senti o corpo dele se sacudir em três ou quatro espasmos antes de desabar em cima de mim, encharcado de suor. Ficamos imóveis por alguns segundos, recuperando o fôlego, até que ele perguntou se eu queria tomar banho. Aceitei e fui para o banheiro com a toalha que me deu, sem querer imaginar o que ele ia achar daquilo tudo à luz da sobriedade.
Quando voltei, Lucas procurava algo numa pasta de download caótica, daquelas com mais de trezentos arquivos com extensões diferentes, tudo misturado, entre os quais um pornô de nome 'lustful tranny' qualquer coisa.
"Travesti?" sussurrei atrás dele.
Lucas teve um sobressalto, como se nem lembrasse que aquilo estava lá, depois pigarreou e disse: "Cara... Eu sou hétero, mas já tive um pouco de curiosidade".
Ainda era hétero... OK...
"E guarda isso no computador? Não é arriscado?"
"Só eu mexo nesse note. E precisa de senha pra logar." Achou o show do Muse que estava procurando, deu um duplo clique e tirou a colcha da cama. "Deita aqui."
Foi a vez dele tomar banho. Dez ou quinze minutos depois, saiu enrolado numa toalha branca, vestiu a bermuda e se deitou do meu lado. Ficamos assim até mais ou menos a metade do show, ele ora conversando normalmente, ora olhando na direção do monitor, mas com o foco além, concentrado em algo que não estava lá. Eu sentia que sua cabeça trabalhava sem parar e achei melhor deixá-lo processar em paz o que tinha acontecido.
Na saída, já no pé das escadas, ouvi ele dizer baixinho atrás de mim: "Eu não estava tão bêbado quanto você pensa naquela hora que a gente saiu do bar." Piscou o olho com um sorriso malicioso. "Ah, e... Meu pai não pode nem sonhar que eu... ahn... você sabe, o que a gente fez... Ele já avisou que me mata, lembra?"
Aquilo tinha sido no calor da discussão, acima de tudo para mim e Pablo, mas eu não podia garantir nada e o velho já tinha dado provas de ser meio maluco. Era melhor não comentar nem com os amigos mais próximos, com exceção do Pablo, que sabia guardar segredo e não se importava de ouvir ou contar uma ou outra aventura, desde que por alto, sem detalhes íntimos demais. Quando mencionei o vídeo de travesti, no meio da semana, ele só riu e disse: "Por mim cada um faz o que quiser, desde que não sacaneie os outros e nem perturbe a ordem. E por ordem eu quero dizer a ordem pública, não a ordem de frágeis cabecinhas conservadoras como a do pai dele".
"Por mim também", concordei em princípio. "Só que ele continua dizendo que é hétero. Não quis dar não."
"Olha, um amigo meu que às vezes pega travesti me garantiu que tem umas quase impossíveis de identificar. Até a voz é super feminina. Então, se fisicamente a única coisa que diferencia elas das mulheres é o pau, o que você acha que ele quer?"
"Entre querer e admitir vai uma longa distância. Pra ele, gay é só o passivo. Dar é pra fracos. Foi como se a gente estivesse medindo forças, um tentando dobrar o outro."
Pablo gargalhou. "Isso não é medir forças. É medir egos. E não que boquete defina alguma coisa, mas... ele chupou?"
"E até bem pra primeira vez."
A resposta rendeu um sorriso seguido de um meneio de cabeça, reação padrão do Pablo para coisas sem lógica, se é que até ali algo havia tido lógica. Parecia uma simples questão de tempo e nesses casos o jeito é ter paciência. Ia deixar quieto e esperar o cara se resolver.
Isso aconteceu mais cedo que eu imaginava, no sábado seguinte, quando eu estava lendo sozinho e Lucas veio falar comigo daquele mesmo jeito furtivo. Me chamou para a casa dele de novo, mas eu tinha outra ideia. Meus pais estavam fora e dessa vez eu ia aproveitar. Se havia chances de enrabar o 'hétero', que fosse na minha cama.
Já o levei direto para o quarto. Assim que entramos, ele veio tirando a camisa, me deitando na cama, jogando o corpo sobre o meu, se esfregando em mim, roçando o pau duro no meu. A posição pedia um beijo, mas ele desviou quando me viu esticar o pescoço. O maior tabu, Lucas me explicou ali, nem era dar. Era beijar. O beijo extrapolava os limites da pura putaria entre machos para virar coisa de casal, e casal, na cabeça dele, era só mulher e homem. "Apesar de que... ouvi falar que a primeira vez sempre dói muito", completou logo.
"Acho que só se não fizer direito." Numa promessa implícita de muita calma e paciência, passei devagar a mão das suas pernas até os peitos e de volta, vendo os pelos claros se eriçarem contra a luz alaranjada do fim da tarde.
Como na vez anterior, tiramos as roupas um do outro e nos chupamos demoradamente, primeiro eu e depois Lucas. Quando ele resolveu que estava pronto, se deitou de bruços com as pernas abertas. Passei de novo a mão pela sua nuca, costas e bunda, abri puxando uma banda de lado e alisei o cuzinho com a ponta do dedo. Ele suspirou e abriu mais as pernas para eu me encaixar no meio. Empurrei as duas bandas para cima, separei bem e deixei cair um fio de saliva, que acertou direitinho o buraquinho. Antes que escorresse, aninhei as bolas na palma da mão e com o polegar espalhei a saliva pelo cu numa massagem circular com pressão crescente. Durante todo esse tempo, Lucas só me vigiava por cima do ombro, dedos enterrados no travesseiro. Começava a tremer num calor de quase 30 graus.
"Que é isso, cara?"
"Faz logo, antes que eu mude de ideia!"
Não precisava pedir duas vezes. Coloquei-o de quatro, mordi de leve aquela bundinha linda, abri esticando bem as pregas e caí de boca.
"Ah! Isso, enfia a língua!"
Enfiei o máximo possível naquele cu que piscava em ritmo de pisca-alerta. Se já estava daquele jeito com a língua, eu queria ver com o dedo. Peguei o lubrificante na gaveta do criado-mudo, espremi bastante na mão e lambuzei toda a entrada enquanto ele gemia baixinho e tentava virar mais o rosto para ver o que eu estava fazendo. Olhando de volta, encaixei o dedo médio e fui enfiando bem devagar. Ele se contorceu todo e deixou escapar um 'Ahnnn'.
"Gostou, é?" Sorri sem tirar os olhos dele. O dedo ia e vinha inteiro, depois dois, massageando a próstata. "E assim?"
"Ahhhhh! Nossa!"
A bunda gulosa mexia junto, para frente e para trás, para cima e para baixo, em busca do melhor ângulo. Depois de tanta provocação, eu também já estava doido e só torcia para o cara não desistir no último segundo. Quase rasguei a camisinha junto com a embalagem só de ver ele de quatro na minha cama, todo peladinho, mão entre as pernas, dois dedos alisando a portinha. Um tesão ele arreganhado assim.
"Quer meu pau agora?" Mostrei o caralho duro e encapado, pronto para entrar.
A resposta foi uma reboladinha tímida de quem não quer admitir a vontade de levar rola. Fiquei meio sem ação por uns segundos, hipnotizado pelo movimento da bunda indo de um lado para o outro no ar, quase sem acreditar que aquele rabo que tinha me rendido tantas punhetas estava mesmo ali, abertinho para mim. Finalmente meu. Ele não falou, mas seu sorriso safado dizia tudo. Queria dar. Dar. Dar. Até gozar tudo que pudesse, desabar na cama esgotado e ferrar no sono por um dia.
Concordamos em começar de frente, já que assim Lucas teria mais controle sobre o que eu fazia. Enquanto ele batia uma punheta lenta para tentar relaxar, posicionei o cacete na portinha e forcei de leve a cabeça. Sussurrei que fizesse pressão para fora e fui empurrando ainda mais devagar que ele tinha feito comigo. Demorou, mas entrou tudo. Que rabo mais apertado.
Arrisquei o primeiro vaivém e ele respondeu com um suspiro longo e profundo. Estava entregue. Segurei os tornozelos dele bem separados no ar e dei leves estocadas. Lá pela décima, ele gemia alto, o cu recheado de rola e a expressão mais extasiada que eu já tinha visto na cara de alguém. Passei a alternar entre lento e rápido e ele ia gemendo no ritmo.
"Ahhh... Ahhh... Ahhh..."
"É vara que você quer?"
"Ahhh... Ahhh..."
"É? Então toma!"
"Ah!... Ah...! Ah!... Ah!... Caralho!" Revirou os olhos.
Agora que já estava arriado, voltamos à posição inicial. Eu tirava tudo e metia de novo, às vezes parando para ver o rombo que tinha feito naquele cu rosado, abrir com as pontas dos dedos e olhar ir fechando devagarzinho. Numa dessas, Lucas virou para trás e me chamou com um olhar pidão.
"Quer rola?" provoquei e ele empinou mais a bunda. "Fala o que você quer." Senti que ele puxou o ar, mas depois engoliu em seco. "Fala, senão vai ficar sem."
"Quero..." falou para dentro, corando.
"Quer o quê?"
"Seu pau."
"Onde?"
"No... Hum..." Mais uma pausa indecisa. E então: "No meu cu. Enterra essa rola no meu cu! Me come gostoso, vem vem vem!" disse o final num fôlego só, mais como uma única palavra longa que frases inteiras, e passou uma mão por trás da minha bunda para me puxar de volta.
Meti de uma vez e comecei a bombar forte, descontando com vontade a surra de pica do outro dia. Daí em diante a foda ficou realmente escandalosa, mas eu já estava louco demais para me importar com o que os vizinhos podiam estar achando dos baques cada vez mais altos da cabeceira da cama na parede e daquela voz grave gritando 'Me fode! Soca tudo, soca até as bolas! Assim! Ahhh'! Depois vieram uns gritos baixos, como se eu o estivesse rasgando, o que me deu um tesão fodido. Assim eu não ia aguentar por muito tempo.
"Como você quer?" perguntei arfante.
"De frente."
Fui por cima e enterrei o rosto no vão do seu pescoço, numa posição que deixou seu pau ensanduichado entre nós, estimulado pela fricção dos corpos. Quando me ergui de novo, Lucas colocou minha mão nele e guiou brevemente a punheta para mostrar como gostava, trincando de duro, bolas cheias, respiração cada vez mais curta e descompassada. O anúncio do gozo não demorou mais um minuto. Aumentei a velocidade e continuei no mesmo ritmo até ver o leite esguichando do furinho e sentir o cuzinho apertando meu pau. AHHHHH!!! Estiquei a coluna, meti o mais fundo que podia e gozei muito naquele rabo guloso, sem que Lucas desviasse seu olhar de mim nem por um instante. Tão ofegante e suado quanto eu, ainda me encarou em silêncio por alguns segundos, quase como se em estado de choque, antes de dar uma risada satisfeita e deixar a cabeça despencar para o colchão. Ficou jogado feito um monte de trapos, todo melado mas feliz. Só faltou o beijo. Quem sabe na próxima... Aí era capaz de ele pigarrear e dizer 'Eu sou hétero, mas estou doido pra dar de novo'. Vai entender.