• 13 – Anunciando (O Noivado)
O dia tardou a passar, fato que Eu adorei naquela tarde. Eu nunca cansarei de falar isso: Estar ao lado do meu Baixinho é a melhor coisa do mundo; faz-me sentir como a melhor pessoa comigo. Eu estava em minha cama, acordado, de conchinha com o meu Baixinho, que dormia; sua respiração leve e ritmada. A todo o momento Eu acariciava seu cabelo e beijava a sua nuca – Não na intenção de acorda-lo, mas sim de fazer um carinho. Excessivo. Mas não deixava de ser carinho.
Aproveitei enquanto o Baixinho dormia e direcionei-me a sala para fazer um pequeno lanche. No caminho não avistei a Nadine; algo que achei estranho. Ao terminar a merenda, voltei para o quarto e vi o Walmir trocando de roupa. O meu Baixinho estava com um corpo incrível, perfeito. Eu não conseguia entender todo o seu complexo de inferioridade enquanto ele estava ao meu lado. Walmir avistou-me pelo espelho e sorriu timidamente.
– Boa noite, Grandão! – Exclamou sorridente.
– Noite? Que horas são? – Perguntei espantado. Walmir apontou-me o relógio e o mesmo marcava 19h30min. – Ops! Boa noite, Baixinho! – Exclamei, por fim. – Está se sentindo melhor? Você não parou de chorar até pegar no sono.
Walmir abaixou a cabeça, como se estivesse com vergonha da tarde que passamos, e, depois de algum tempo, ele veio caminhando até mim e me deu um beijo. O beijo. Eu apenas o abracei e correspondi; deixei-o guiar a situação, dancei em seu ritmo, em seu compasso. Nossas bocas emolduravam-se perfeitamente uma na outra. Quem estivesse vendo a cena, diria que somos um encaixe perfeito. Walmir agarrava-me pelos ombros e me fazia carinho na carinho na cabeça. Eu o agarrava pela cintura e fazia carinho em todo o caminho de suas costas. Fomos parando em meio a selinhos intercalados.
– Eu estou bem sim. Obrigado. – Ele falou me dando mais um selinho. – Desculpe-me por toda aquela cena, Grandão. Mas aquela vadia estava se aproveitando desse seu jeito de garoto.
– Baixinho, Eu já te falei que não há o que perdoar. Além do mais, ela mereceu aquele corretivo. Ela sabia que Eu não bateria nela e se aproveitou, mas ela não contava que você fosse entrar no quarto. E pior... Ou melhor... Agir daquela maneira com ela.
– As aulas de Box estão servindo para alguma coisa. – Ele falou sorrindo dando-me mais um beijo.
Fomos interrompidos com o barulho da campainha, mais uma vez.
– Quem será agora? – Perguntou o Walmir olhando em meus olhos.
– Eu não sei, mas para o porteiro deixar entrar deve de ser alguém conhecido.
– E você acha que é...? – Ele perguntou soltando-se de meus braços.
– Papai e Silvia. – Falei agarrando o braço do Baixinho e o guiando escada abaixo.
– Espero que, realmente, sejam os dois. Eu não quero ter mais um confronto com aquela vaca. – Walmir parou no meio da escada e fez uma cara de decepção. – Deus! O que Eu fiz?! – Fiquei sem entender sua pergunta, tampouco sua exclamação imprecisa. – Eu bati em uma grávida. Como pude fazer isso? – Ele perguntou sentando-se em um degrau. E a campainha tornou a soar.
Como Eu sempre soube que o Baixinho gostava de meu jeito “delicado” de fazer as coisas, o puxei pelo braço e o pus em meu ombro esquerdo. Walmir apenas sorria da situação em que se encontrara. Abri a porta principal e dei de cara com papai e Silvia, felizes e de mãos dadas. Uma cena que acabou ao perceberem em que situação o meu Baixinho se encontrava.
– Meu Deus, José! – Exclamou Silvia levando a mão direita em sua boca. – Ponha-o no chão agora!
– Mas ele está gostando. – Falei tentando segurar o riso.
– Não está não. – Intrometeu-se meu pai. – Está tudo bem, Walmir? – Perguntou preocupado.
– Está sim pai. – Falei precipitando-me. – Diz que está tudo bem, amor! – Ordenei em tom de piada, pulando com o Walmir ainda em meus ombros.
– Está tudo bem sim, Dona Silvia e Senhor Antônio. Obrigado pela preocupação.
– Minha nossa! – Exclamou, agora espantada, Silvia. – Vocês se merecem. São loucos.
Rimos de tudo o que se passou na porta de casa e fomos entrando. Pus o Walmir no sofá e direcionei-me para o cozinha para beber algo. Papai estava lá.
– Filho? Você poderia, por favor, ajeitar-se para jantar conosco? – Ele perguntou pondo a água no copo e entregando-me.
– Estou tão ruim assim? – Falei dando uma volta. Eu estava apenas de Short. Sequer me preocupei com a cueca.
– Para a ocasião de hoje sim.
– O.k então. Irei arrumar-me e levar o Walmir para a casa de seus pais.
– Não! – Ele exclamou quase em súplica. – Deixa o Walmir aqui! Aliás, Eu quero que ele esteja aqui no momento em que Eu e a Silvia principiarmos a falar.
– Certo. Eu só irei falar com ele. Daqui a pouco voltamos.
Fui para a sala e, mais uma vez, puxei o Baixinho pondo-o em meu ombro. Subimos até o quarto e pedi para que ele se trocasse o mais rápido possível. Papai parecia ter urgência. E quando ele quer algo urgente, esse algo deve ser feito na mesma hora.
Arrumamo-nos e fomos para a sala. Ao chegarmos à mesma, encontramos uma grande mesa de jantar com uma decoração. Estava muito lindo para algo que fosse normal. Comecei a desconfiar das coisas. Algo estava muito suspeito.
– E então, o que está acontecendo? – Perguntei curioso.
– Só saberemos depois do jantar. – Respondeu papai cortando o meu barato.
Sentamo-nos à mesa e principiamos a comer. Ora comíamos, ora parávamos para conversar. Tudo estava ótimo; a comida, a bebida e a companhia das pessoas que eu realmente amava. Ao terminarmos o jantar, papai deu inicio ao seu discurso.
– Bom, Eu sei que todos, ou quase todos, estão curiosos para saber o que Eu estou querendo propor com esse jantar. Na verdade, esse belo banquete fora uma comemoração de oficialização de noivado. – Na hora Eu percebi tudo o que estava acontece e lembrei-me de minha mãe.
Eu adoro a Silvia, mas, para mim, ainda não havia ninguém que pudesse substituir o posto de minha. Tudo bem que algumas pessoas podem achar estranho, mas, para mim, não era normal o meu pai anunciar o noivado.
O Baixinho percebeu a situação e tocou a minha mão. Eu agradeci a Deus por tê-lo comigo. E então papai continuou.
– Hoje, nós conseguimos marcar a data do casamento; será em Dezembro. Na segunda semana de Dezembro. – Nessa hora Eu fiquei mais impressionado ainda. Papai realmente queria oficializar seu casamento. – José?! – Papai falou olhando em meus olhos. – José, meu filho. Nós precisamos de sua benção.
Eu fiquei imóvel; não sabia o que fazer. Dizer sim ou dizer não? Para mim era difícil essa decisão. O Baixinho sussurrou algo no meu ouvido como “Vá em frente”. E até então, Eu, que estava calado, comecei a dialogar:
– Papai e Silvia, Eu realmente amo vocês. E quero ver vocês juntos. – Nessa hora os dois se entreolharam e riram. – Mas infelizmente Eu não abençoo essa união. Desculpe-me papai! Mamãe é insubstituível. Estou indo ao quarto.
Sem pestanejar, larguei meu guardanapo na mesa e subi ao quarto. Eu queria/ poderia dizer sim, mas Eu não estava preparado para aquilo. Fiquei por alguns minutos olhando para o teto até que alguém empurrou a porta do quarto.
– Posso entrar? – Era a Silvia.
– Sim, pode. – Falei um pouco grosseiro.
Silvia sentou-se a minha cama e principiou a falar:
– José, Eu não te julgo. E entendo o seu jeito de ver a nossa união. Mas, ouça: Eu e o seu pai nos amamos e, com sua benção ou sem ela, nós iremos nos casar. Desculpe-me, se estou sendo grosseria. E... Ah! Nunca foi, assim como nunca será, minha intenção de tomar o posto da sua mãe. Isso Eu não posso fazer. Eu sou sua amiga, acima de tudo. Eu apenas acho que deveria ter mais consideração por mim e pelo seu pai.
Com esse discurso, a Silvia levantou-se e saiu do quarto. Nem esperou que Eu falasse nada. Eu estava errado, mas, para os dois terem a minha benção, eles teriam que deixar o tempo passar. Com aproximadamente 10 minutos, ouvi outra batida na porta.
– Grandão? Posso entrar? – Era o Baixinho. Logo meu humor mudou.
– Baixinho, vem cá! – Eu chamei-o e ele pulou em meus braços.
Estávamos deitados na cama; Eu de barriga para cima e ele em cima de mim. Walmir olhou em meus olhos e perguntou:
– Grandão?! Por que fez aquilo? O seu pai e a Silvia...
– Vai questionar meu comportamento também? – Falei de forma grosseira o pondo em meu lado.
– Tá bom, então. Eu não falo mais nada.
Walmir começou a se despir na minha frente e ficou apenas de cueca. Ele virou para o lado e ficou na posição fetal. Ao aproximar-me dele, percebi seu choro.
– Não, Baixinho! Mentira que você está chorando, não é? – Ao falar isso ele chorou ainda mais. – Porra! O que Eu fiz? – Gritei exasperado.
– Por que está gritando comigo? – Ele perguntou calma e tristonhamente. Eu nada falei. Eu errei... Mais uma vez. – Você não era assim comigo, lembra? – Ele perguntou soluçando.
– Olha, Baixinho! – Falei agarrando-o e virando-o para mim. – Me desculpa, tá bom? Eu estou sendo grosso por algo que você não tem culpa. É que Eu não posso suportar essa união.
– Sabe, José? – Ele falou enxugando as lágrimas. – Você deveria abençoar essa união sim. Aliás, nós estamos juntos, hoje, por causa da Silvia. Foi ele quem mudou a cabeça de seu pai. – Eu fiquei calado e o silêncio reinou. Eu não queria dizer sim a essa oficialização. – Eu te amo, meu Grandão. – Walmir falou dando-me beijos e mais beijos.
Como não sou bobo nem nada, o pus em cima de minha barriga novamente e intensifiquei os nossos amassos. Comecei a tocar minha mão na bunda do Walmir e fazer movimentos de cima para baixo com a cintura dele, fazendo com que, ainda de roupa, ele quicasse em meu pau.
– Faz amor comigo, Baixinho?! – Saiu mais como uma intimação do que como uma pergunta.
– Não Grandão. – Ele falou gemendo e arranhando meu torso. – Meu bumbum está dodói. – Ele falou manhoso, enquanto eu simulava uma transa.
– Você sabe como vai acabar isso não sabe? – Perguntei beijando seu pescoço. – Com você chorando e gemendo em minha vara.
Joguei-o bruscamente na cama e arranquei-lhe a cueca. Busquei rapidamente uma camisinha no criado-mudo, tirei minha calça e encapei meu pênis. Com a língua, comecei a lubrificar a entrada do ânus de meu Baixinho. Aquele buraquinho lindo e perfeito que me causava o maior tesão, estava alí, na minha frente. Abri as nádegas do Walmir e comecei a linguar o seu cú. Ele gemia, se contorcia e tocava minha cabeça para que Eu fosse a fundo. E Eu ia. Por fim, colequei meu pau na entrada de sua gruta e penetrei. Devagar e sempre. Quando minha virilha encostou em sua bunda, comecei a bombar mais rápido. Walmir chorava, gritava, se contorcia e gemia ao mesmo tempo. Pus minha mão por sobre a cama e deitei em cima dele. Nossos gemidos ficaram abafados e nossas respirações ficaram tensas. Depois de vinte e cinco minutos nessa mesma posição, urrei e gozei. Caí exausto ao lado do meu Baixinho e falei:
– Eu te amo, Baixinho. – Frase clichê e que Eu não canso de repetir.
Por fim, tomamos banho e dormimos. Acabou naquele dia que Eu esqueci de tudo o que passou. E pus em minha cabeça que a benção da união de meu pai com Silvia chegaria com o tempo.