***Olá Pessoal! Estou feliz em estar de volta por aqui. Eu peço de desculpas por ter desaparecido, mas estive envolvido em de mudança de casa, e fiquei quase um mês sem internet (para o meu desespero). Mesmo assim, estou de volta e agradeço muito a todos que mantiveram contato via e-mail ou sinal de fumaça. Espero que vocês gostem deste novo conto. Estou organizando mais algumas ideias, vem mais um o projeto “Curtas” por aí e mais uma série curtinha (eu prometo ser curta). Divirtam-se!***
Curitiba estava fria. Da janela do meu “apertamento” eu nada conseguia enxergar devido à densa neblina que se formara da noite pro dia. Meu chuveiro demorou a esquentar e eu fiquei ali, pelado e tremendo. Tomei meu café, terminei de arrumar minhas coisas em minha mochila e sai.
O escritório da empresa onde trabalho fica numa cidadezinha da região metropolitana. É uma empresa familiar de um mercado promissor no Paraná. Aliás, já contei aqui na CdC um episódio da minha vida, na qual fui para São Paulo negociar com um cliente e acabei reencontrando um velho amigo de faculdade. Valter disse que me amava, mas não se deu ao trabalho de me ligar, ou de responder aos meus smss. Tempos depois, encontrei-o numa Rede Social, e ele estava “Em um Relacionamento Sério” com uma qualquer. Decidi esquecê-lo e tocar o barco.
Voltando ao que interessa, fui contratado por essa empresa para formar o departamento de informações econômicas. Quando cheguei, não havia uma ferramenta que me ajudasse a fornecer informações. E pior: eles tinham déficits muito maiores em áreas de estratégia, e medo (sim, eu disse MEDO) de ampliar a carteira de clientes, principalmente se esses clientes fossem de fora do Sul do Brasil. Eu sentia dó do Johann, o estagiário lindinho do departamento de vendas. O piá tinha talento, mas suas ideias sucumbiam àquelas mentes fechadas. Às vezes me pergunto como esta empresa sobrevive tendo esta visão fechada e sendo concorrente de outras tão grandes. O resultado é que comecei ajudando o departamento de vendas e depois fui estruturar o meu departamento sozinho. Consegui um estagiário com muito custo quase um ano depois.
Foi naquela manhã de junho fria e completamente coberta de neblina, que Seu Antônio entrou em minha sala sem bater (só perdoo porque ele é o dono da empresa). Estava um pouco sem fôlego e disse-me com sua voz rouca, de quem fumava havia décadas:
— Pedro, Pedro! Você precisa nos ajudar.
— Bom Dia, Seu Antônio. Manda ver, pode falar.
— Os russos estão chegando! Os russos estão chegando! — e disse
— Tá, Seu Antônio eu jurava que o seu filho estava lidando com esse caso. Pra mim estava tudo sobre controle. Eu entreguei a ele todas as informações para ele fechar esse negócio. O que aconteceu?
—Ah... Pedro! Você não entende! O Marquinhos é um piá esforçado, mas não está comprometido cem por cento. E... E... — gaguejou, arfou, olhou para os lados, com os olhos tremendo — Esse parece ser um bom negócio.
— E é — levantei, fui à mesinha na entrada de minha sala e peguei água quente na garrafa. Abri um armarinho do lado e peguei dois vidros grandes e cilíndricos, um de camomila e um de alecrim. Coloque um pouco de cada na xícara, voltei a minha mesa e servi o chá, para ver se o homem se acalmava. Depois de três goles pareceu mágica, e ele ficou um pouquinho mais calmo, daí foi a minha deixa — O que o senhor quer que eu faça?
— O mesmo que você fez em São Paulo.
“Foder com o russo?” pensei comigo mesmo. E tive que me segurar para não rir da cena.
— Acho que o Marquinhos não vai ficar contente de me ver interferindo nos negócios dele — mandei esta, tentando tirar meu reto da reta.
— Marquinhos não está no Brasil — respondeu o velho, olhando no fundo dos meus olhos. Senti o rancor e a decepção de um pai naquele momento. O que me restou foi aceitar. Os russos chegariam naquela tarde, se o aeroporto não tivesse permanecido fechado o dia inteiro, por falta de visibilidade e de instrumentos, o que me deu tempo para planejar alguma forma de convencer que o nosso produto era bom.
Na manhã seguinte lembrei-me da constatação de que o Sol é um mero enfeite entre os meses de Abril e Novembro aqui nas bandas do sul. Meu termômetro marcava sete graus, o céu estava limpo e azul clarinho, mas o sol era um enfeite porque esquentou porra nenhuma. Eu sabia que os russos tinham chegado ao aeroporto de Guarulhos na tarde anterior, e pousado em Curitiba na madrugada, e por isso iriam demorar a chegar, tendo em vista o “confuso” horário.
Ao chegar no escritório, fui tirando meu casaco e sentando para ler meus e-mails. Eu não tinha muito que fazer. Minha estratégia estava certa de que iria funcionar. Tinha coletado alguns dados sobre o dono da empresa russa, e estava certo de que agradaria a ele. O Senhor Ygor Pyotrovitch era um bom velhinho de seus sessenta anos e devia estar sofrendo com essa viagem. Saí até a recepção para recebê-los, quando dou de cara com um homem alto, careca raspado, branco pálido, olhos bem escuros, queixo quadrado e ombros bem largos. Oh, Meus Deuses, quem era aquele homem?! E por que ele estava de camisa polo verde e amarela, bermuda de sarja bege, sem roupas de frio?
Num português desafiador de entender devido ao sotaque, ele se apresentou: Alieksei Ygorovitch. Aquele era o filho do dono. Perguntei de seu pai e ele respondeu que não estaria presente, a saúde estava deixando-o, e o velho não tinha mais aquela juventude para seguir numa viagem tão longa. Por essa eu não contava. O filho, um Deus Russo, veio no lugar do pai. Com um sorriso amarelo, convidei-o para caminhar, perguntei o que estava achando do clima, e ele respondeu um “Ameno”, com uma leve esboçada de um sorriso. Alieksei não parecia ser do tipo que sorri. “São Paulo estava mais quente”, confidenciou-me. Disse-lhe que Sampa era realmente menos fria ou mais quente como preferisse.
Entramos na sala de reuniões e perguntei o que gostariam de beber. A comitiva do russo, uns três senhores executivos que certamente estavam ali para vigiar as decisões de Alieksei, escolheu café. Virei-me para o careca sisudo e perguntei:
— Aceita uma “agüinha”? — e sorri.
— Qual “agüinha” você tem? — perguntou-me em um tom jocoso. Como bom russo, ele entendeu que a “agüinha” era vodka.
— Stolichnaya, Wyborowa, Grey Goose... — respondi e ele franziu o cenho desaprovando —... E a Imperia para russos legítimos — esticou as sobrancelhas de modo positivo. “Uffa, ‘inda bem que me lembrei de trazer a meia garrafa dessa belezinha de casa”, pensei comigo. Os outros russos sorriram entre si, e lá fui eu servindo minha garrafa, “minha preciosa”, aqueles marmanjos. Resultado é que não deu três rodadas. Seu Antônio estava na sala ao lado, se entupindo de chá de camomila e alecrim.
Saímos ao parque fabril. Precisei de uma ajuda de um dos supervisores de produção, Seu Alceu, um paranaense rústico, másculo e bronco. Quando eu tinha dificuldades de explicar algumas partes do processo, Seu Alceu entrava na conversa (que pena que era só na conversa!) e tentava me tirar da roubada de cometer gafes. Seguimos bem intercalando características técnicas que eu decorei e características práticas que o Seu Alceu vivenciava.
Quando já era próxima da uma da tarde, fizemos uma pausa para o almoço. Havia uma sala de jantar bem aos fundos o escritório. A família que me empregara trabalhava em peso na empresa, e eram muito adeptos do almoço em família, por isso dispunham de uma sala de jantar e uma cozinha profissional muito boa. Aos russos, preparei uma surpresa pedindo para servir o barreado, um prato típico da região serrana do Paraná. Com dois toques de celular tinha pedido ao Felipe, meu estagiário que me trouxesse mais duas garrafas de Imperia. O mais foda era que aqueles russos eram duros na queda! Não titubearam nem em uma rodada de vodka sequer. Começaram todos a conversar sobre banalidades na Rússia, no Brasil e no Mundo, sobre futebol (paixão brasileira e russa também).
Dei uma desculpa qualquer e sai rapidamente para ir ao banheiro. Na empresa os banheiros dos corredores são coletivos, contem três mictórios e duas casinhas cada um. Fui entrando, todo faceiro e distraído e quando olho para o lado, vejo Alieksei mijando bem juntinho de mim. Meu coração parou naquele momento e senti um frio no estômago, de susto. Dei uma olhada na pica da criança, mas num consegui ver muita coisa, até porque precisava me recompor e terminar o meu serviço. Ele estava de olhos fechados, concentrado no ato de urinar.
Fui a pia lavar as mãos e ele se aproximou logo em sequência. Perguntei se ele estava gostando, a resposta foi um “Sim, estou”. Fiquei um pouco sem saber lidar com aquela resposta seca de imediato. Alieksei olhou no fundo de meus olhos e disse:
— Vocês tem um jeito bem diferente de tudo. De ver a vida, de enxergar o modo de produção. Estava começando a me esquecer de como era essa terra. — e enxaguou a mão — Erm... Pedro Joaquimovitch... Você parece ser um cara bem bacana — e esboçou um sorriso bem tímido, só uma linha torta em seu rosto sério — Acho que você poderia me mostrar algum lugar de Curitiba. Tem alguma ideia de um lugar bacana?
— Na verdade, Alieksei Ygorovitch, estava pensando em mais tarde, se vocês não se importassem, pensei em leva-los num lugar que é uma espécie de homenagem de Curitiba à Rússia. Um barzinho chamado “Pravda”.
— Verdade? — brincou ele.
— Exatamente, “Verdade” — e ri com o trocadilho.
— “Khórósho” (tudo bem), então vamos os dois ao bar Verdade.
— Mas, e os outros? — perguntei em dúvida.
— Tenho certeza que os tiozinhos vão querer descansar... Não são chegados em bares como os do Brasil, acredite.
Seguimos na parte da tarde falando de outros departamentos e os tiozinhos estavam achando aquilo meio parado. Queriam chegar logo nos finalmente, discutir preço, capacidade de oferta e tudo o mais que tinham direito. Fiz um grande esforço para manter-me calmo, sereno e responder todas as questões com firmeza. Alieksei às vezes me assustava ao me observar enquanto eu falava, e de quando em quando intervinha com os tiozinhos russos. É claro que nunca saberei o que eles tanto discutiam em russo, porque eu só conhecia o básico utilizado na minha única viagem à “Moskva”. Teríamos o dia seguinte inteiro para falar desses assuntos estratégicos, e chegando ao fim do dia, estávamos todos exaustos.
A despedida foi um pouco calorosa, com os russos um pouco animados (finalmente a vodka estava fazendo efeito) e combinei então com o Alieksei que passaria no hotel onde ele estava hospedado às oito da noite.
Corri para chegar em casa, tomar banho, me arrumar, perfumar-me e conseguir chegar no horário marcado ao hotel do russo. Bati o meu recorde. Cheguei dois minutos para as oito na entrada do hotel, e para minha surpresa, Alieksei já estava me esperando. Eu quase caí duro (não estranhem se eu repetir essa frase algumas vezes, é porque o negócio é muito sério). Aquele cara estava deslumbrantemente fantástico. Vestia uma camisa branca, meio desabotoada, uma calça de sarja cinza bem escura, e sapatênis cinza, com detalhes em preto e azul. Carregava nas mãos um suéter preto, para o caso de esfriar. Estava fazendo oito graus, e aquele maldito sentia calor.
Entrou no meu carro, com um sorriso no rosto. O primeiro sorriso de verdade. Perguntou-me como era estar nesta cidade, porque ele percebera que meu sotaque era bem diferente de qualquer outra pessoa da empresa. Respondi que eu amava Curitiba, e estava a trabalho já havia algum tempo. Uma oportunidade única de unir qualidade de vida com objetivos profissionais. Essa conversinha mole foi para nos distrair até chegarmos ao bar.
O Pravda fica no coração dos barzinhos do Batel, no começo da Rua Bispo Dom Jose. Alieksei ficou assustado com a quantidade de carros no meio da semana, e comentei que à noite aquela era uma região bastante movimentada, e que muitos bares e baladas estavam ali, por isso aquilo tudo. Quando chegamos em frente ao bar, ele soltou uma piada e uma gargalhada deliciosa ao perceber (eu sequer tinha reparado) que o bar russo ficava ao lado do Yankee America Bar. Então ele olhou sério para mim, e eu gelei, pensando que talvez tivesse estragado tudo. Parou em frente ao bar, uma charmosa casinha branca, com a placa em vermelho, escrito em cirílico a palavra russa que dava nome ao bar.
Entramos, e Alieksei parecia estar surpreso com a beleza dos detalhes do lugar. Falei que tínhamos duas mesas reservadas, que era para o caso de todos terem vindo, e ele pediu para que desfizéssemos da reserva e pegássemos um balcão. Ficamos conversando bastante sobre os negócios da família dele, sobre os negócios da empresa. Era admirável como aquele homem era centrado em sua fala, e como retomava um assunto com maestria depois de fazer o pedido de mais uma rodada de vodka. Escolhemos um prato de salmão como zakouska (aperitivo) e ele ficou todo faceiro ao ver os detalhes dos pratos russos. Quando terminamos a vodka, ele me pediu para escolher outra, qualquer uma.
— Uma Alexander, pode ser?
— Aqui tem? — e caiu na gargalhada — eu não sabia que você conhecia esta vodka. Você sabe que ela é feita na...
— Romênia. Sei sim — e sorri, ligeiramente zonzo — Eu já fui para lá. Visitei a fábrica em Ploiesti. —complementei. Alieksei fez uma cara de surpreso e eu desfiz o mistério — Eu já viajei para o Leste Europeu duas vezes. Meus avós são de lá. Por parte de pai, romenos, e por parte de mãe, tchecos. Só por isso eu conheci a Rússia. Enquanto eu estive na Romênia, deu pra dar uma passeada em Moskva.
— Isso explica muita coisa — e bebeu o ultimo gole em seu copo — Sabe Pedro Joaquimovitch, eu já estive no Brasil. Por cinco anos — me contou — Mas não foi aqui no Sul, nem em São Paulo, ou o Rio de Janeiro. Morei em Viçosa, Minas — era a minha vez de ficar surpreso.
Daí me explicou que veio estudar Engenharia Florestal na universidade de Viçosa, e que quase ficou no Brasil. Tive que interrompê-lo, porque estava calamitosa a minha situação. Eu precisava urgentemente ir ao banheiro. Sem contar que eu já tinha passado da minha cota de álcool (uma vez que eu era o motorista da rodada).
Entrei no banheiro do bar correndo e fui logo tratando de esvaziar a bexiga. Estava vazio naquele momento, muito embora o bar estivesse cheio. Enquanto eu sentia um imenso alivio ao mijar, ouvi um esguichar alheio ao meu bem ao lado. Quando abro os olhos, descubro se tratar do russo.
— Cara, você também estava apertado — falei, surpreso.
— Sim, eu estava.
— Já que estamos aqui...
— Eu quase fiquei no Brasil, porque meu pai me ordenou que eu voltasse para a Rússia — disse-me em um tom bastante triste. De repente, a expressão daquele homem ficou mais sisuda e ao mesmo tempo triste, magoada. Percebia-se inclusive na arqueada que o peitoral (um senhor peitoral, eu diria) deu, murchando. Lavamos as mãos, e saímos de volta pro bar. Perguntei o que tinha acontecido e me respondeu — Deseja saber, Pedro Joaquimovitch?
— Góvóri — soltei um “fala” em um russo mequetrefe. Ele desviou o olhar, pegando no copo e bebendo mais um gole de vodka. Nossos últimos goles, ou eu não poderia dirigir, e não terminaríamos os negócios. Encostou o copo e olhou um pouco apreensivo no fundo dos meus olhos. Aqueles olhos eram escuros, e não dava para ver o que se passava no interior, em sua alma.
— Morei com um rapaz por três anos. Conheci o Humberto na universidade. E meu pai me impediu de ser feliz ao lado dele. Descobriu tudo e me despachou de volta para a Rússia — o chão nunca é o limite para o meu queixo. E situações de choque extremo, como descobrir que aquele russo lindo era gay, sempre me fazem dizer/fazer coisas das quais eu vou me arrepender depois, como ter acesso de risada. Em um velório.
O que interessa era que aquele Czar lindo estava me contando naquele momento que curtia o mesmo que eu. Abaixei a minha cabeça e ri. Ri de desespero e de alegria. Ele ficou triste, achando que eu iria tirar sarro da cara dele.
— Opravdani, por favor, Alieksei Ygorovitch. Por essa eu não esperava.
— Sou eu quem te pede desculpas, Pedro. Eu não devia te contar uma intimidade dessas.
— Por favor... Não é disso que estou falando... É que não sei o que fazer, agora que sei que temos algo em comum... — e sorri (ligeiramente safado, eu confesso!). Coloquei todas as cartas na mesa. E ele pareceu-me bem mais aliviado. Aliás, animou-se de uma forma quando entendeu o que eu falei. De orelha a orelha surgiu um sorriso naquele rosto pálido e sisudo. Perguntou-me se não estava tarde, e respondi que seria uma boa hora para sairmos dali. Na hora de pagar a conta, insistiu muito em pagar, e só aliviei depois de muita discussão, afinal, eu tinha o convidado e ainda era uma reunião de negócios (bem informal, mas negócios).
Seguimos, para fora do bar, na direção dos fundos, onde estava o carro. Estava meio escuro, e o rapaz do vallet estava ocupado na frente paquerando umas garotas quando Alieksei me empurrou contra a parede e me deu um beijão. Cinematográfico. Sentir o cheiro daquele homem despertou uma chama que pelo efeito do álcool incendiou-me rapidamente. Sua língua era macia e robusta. Abracei por um instante. Decidimos terminar depois. Entramos no carro e saímos. Perguntou-me se teria algum problema em ir até a minha casa. A resposta foi um aviso de que era pequena, sem luxos ou coisas do gênero, mas que ele seria bem vindo. E que era limpinha. Ele deu risada.
Subimos pro meu “apertamento”, e num deu tempo de ficar mostrando a casa para as visitas. Num frenesi eu beijava a boca e minhas mãos corriam aquele corpo magnifico do czar russo no meio de minha sala. Arrancamos as camisas e calças num piscar de olhos. Ele me abraçava e com uma mão eu corria suas costas, com outra sua bunda, e com a língua corria-lhe o pescoço e o peitoral cabeludo. Eu podia sentir seu pacote volumoso em sua cueca russa estranha encostado em meu corpo. Alieksei sussurrava em russo e gemia conforme eu lambia seus mamilos e descia pelo seu caminho de pelos ao paraíso.
Fomos para a minha cama, e deitei-o. Para facilitar, tirei suas meias e cueca, descobrindo que aquele cara não parava de me surpreender. Sua pica era fenomenal. Um belo exemplar, cabeçuda, grossa e cheia de veias. Tinha poucos pentelhos em volta, e o sacão completava aquela obra de arte viva. Decidi mostrar o quão bom eu sou em iniciativa e pró-atividade, e tratei de chupar a rola do russo. Que pica deliciosa! Minha língua subia da base á cabecinha, dançava um pouco no topo e descia novamente. Alieksei tremia de tesão.
Estava num movimento delicioso, colocando a pica até a goela e tirando toda da boca, quando ele se virou e pediu para eu socar rola nele. Perguntei se era isso que ele queria, e ele não titubeou. Ia ser na bunda dele mesmo. Deitei-me por cima dele, e beijei sua nuca. Segui beijando suas costas e descendo até a bunda. Aquela bundinha quadrada, e musculosa de macho alfa era de tirar do sério. Desci a língua no reguinho, e continuei chupando aquele cu maravilhoso, enquanto ouvia-o gemer e a pedir que eu metesse a vara.
Peguei o gel na gaveta e uma camisinha. Besuntei o rego e forcei minha pica para dentro daquela bunda deliciosa. O russo mordeu o travesseiro e pediu mais. Tirei um pouco e recoloquei devagarzinho. Fui enfiando até a bunda encostar em meu corpo. Esperei mais um pouco e comecei o movimento de vai e vem. Beijava sua boca, e ouvia-o gemer e pedir por mais rola. Coloquei o russo de quatro, e soquei mais forte. Segurava o quadril de Alieksei e meu suor pingava em suas costas, de tanto tesão com aquela foda. Não aguentei muito e gozei.
Ficamos engatados e se beijando até meu pau amolecer. Quando saiu de dentro dele, perguntou-me se tinha uma camisinha sobrando. Colocou em sua vara, ainda dura, e me dobrou. Quando me dei conta, estava de franguinho assado, com aquele homem robusto socando a picona russa na minha bunda. Alieksei exalava sua masculinidade. Segurava meus pés em seus ombros, e com movimentos precisos do quadril socava rola no meu rabo. Com as mãos segurava meu quadril, e suas mãos eram suaves, dos movimentos firmes.
Enquanto metia, sua expressão estava séria, seu olhar compenetrado. Perguntava se estava gostando, e eu gemia dizendo que estava adorando. Ele seguiu me comendo até não aguentar e gozar. Eu sentia sua pica se contrair e esguichar porra. Gozei de novo com aquela foda.
Tomamos um banho rápido, fiz um café e deitamos à cama. Debaixo do edredom, conversamos olhando pro teto. Ele me contou algumas histórias de sua estadia no Brasil, e eu contei algumas experiências minhas. Voltamos a falar de trabalho.
— Você gostaria de conhecer a minha Rússia, Pedro Joaquimovitch? — perguntou-me enquanto fazia anéis de fumaça.
— Claro... Eu ainda voltarei lá... E quem sabe andarei de Transiberiano — ri, cansado.
— Andar de Transsibirskaya eu não sei... Mas... Podemos fazer com que você vá conhecer os bosques da minha família... E a fabrica e o escritório e o meu quarto... — disse-me o russo enquanto me beijava o rosto e o peito.
— Como?
— Podemos prolongar essa negociação...
Parei um momento para analisar. Se eu fizesse um acordo agora com ele, tinha certeza que poderia aproveitar bastante a viagem. Precisava ter cuidado para saber até onde ele iria.
— Podemos então fazer um acordo.
— Claro que podemos.
— Fecho contigo a vinte e cinco por cento a mais da quantidade que vocês nos propuseram, e fingimos não entrar num acordo agora. Organizamos uma nova rodada na Rússia, e eu reduzo o preço em vinte ponto quarenta e cinco por cento. Que tal?
O russo parou para fazer as contas. Ele riu, pela agilidade do meu cálculo. Na quantidade que eu propus o novo preço nos leva a um empate. Então sentou-se na cama, ereto. Olhou no fundo de meus olhos e disse:
— Aceito. Temos um acordo Pétia? — sorriu estendendo a mão me chamando pelo diminutivo do meu nome.
— Acordo Russo, Aliócha — e apertei a dele, retribuindo o carinho.
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