• 16 – Novo filho
– Seja bem vindo ao lar!
Eu não entendia a reação daquele homem. Tudo bem meu pai ser o juiz mais importante daquela cidade. Mas aquele homem era vereador. Estava por cima de todas as leis.
– Obrigado. – Falei sem graça e abaixando a cabeça.
– Sinta-se como se fosse meu novo filho. Você pode visitar a nossa casa com frequência, mas tem que marcar os dias, pois às vezes recebo visitas de candidatos aliados. Desculpe-me pela forma que lhe tratei quando lhe conheci. Não fazia ideia do berço que você veio. – O pai de José olhou para ele e disse: – Agora José... Que tal mostrar os cômodos ao garoto?
– Sim pai!
José segurou minha mão e saiu correndo para o imenso jardim antes que Eu perguntasse qualquer coisa ao seu pai. Ele me deu um abraço e caímos por cima da grama. José começou a me beijar e Eu estava gostando daquilo, mas precisava ter uma conversa com ele. Interrompi nossos beijos, com muito esforço, e consegui falar:
– José? Por que essa mudança repentina de comportamento do seu pai.
José olhou para mim por um longo tempo e depois respondeu.
– Porque agora ele sabe quem é seu pai.
– E quem é meu pai? – Perguntei incrédulo. – Porque Eu preciso conhecer ele mais um pouco.
– Amor... Seu pai é o cara mais poderoso dessa cidade. Nem o prefeito daqui barra ele em poder. Ele pode ter qualquer coisa que quiser na hora que quiser. E isso não é pelo fato dele ser o juiz mais importante daqui. Quando falo “poder”, me refiro a capital. Seu pai é muito rico amor.
– Sério? – É! Pelo visto Eu não conhecia muito bem meu pai. – Meu pai sempre se mostrou um homem de posses. Mas nunca se mostrou tão poderoso assim. A casa em que vivemos...
– Não é nada se comparada à fortuna que ele tem. – Disse José me interrompendo – Aquela casa ele comprou para viver sozinho. Quantos quartos ela tem? Três?
– Cinco. Contando com o quarto de empregada.
– Viu só. Seu pai deve ser o cara mais rico que conheço.
– Okay! – Pus a mão na minha cabeça e José percebeu que Eu estava confuso. – Vamos parar de falar no meu pai e vamos voltar ao que interessa.
José abriu um sorriso largo e começou a me beijar. Depois dos amassos ele me levou para conhecer toda a casa. Havia a garagem subterrânea, assim como em minha casa; Em cima tinha a sala, a cozinha (enorme por sinal), e os quartos dos funcionários. E no segundo andar havia o escritório de seu pai e umas salas de diversão, com computadores, jogos e uma coleção de brinquedos. Depois ele me levou ao andar de cima. Era onde ficavam os quartos. Havia quatro quartos no total. José me explicou que era um para o pai dele, um para ele, um era de Plinio que era o melhor amigo dele e o outro era para visitas. No quarto de visitas havia dois beliches e uma cama “solteirão”. Todos os quartos tinham acesso a banheiro (No caso, não eram quartos, eram suítes) exceto o quarto de visitas. Eu havia ficado impressionado com o tamanho da casa. A minha era grande, mas só havia segundo andar.
José me puxou para seu quarto e me jogou em cima de sua cama. Deitou-se por cima de mim e começou a me beijar. Depois de alguns amassos na mesma posição, seu pênis começara a dar sinal de vida. Ele deu um sorrisinho cínico e disse:
– Acho que minha criança quer brincar...
– Já disse que não. Não adianta insistir José. Eu ainda estou dolorido. Estou vendo que foi uma péssima ideia ter vindo para cá. Vou embora. – Eu tive que fazer esse drama senão não iria funcionar.
– Não, por favor! Fica! – José disse desconsolado. – Eu não prometo me controlar, mas Eu juro só fazer o que você quiser. Se não quer transar Eu entendo.
E antes que Eu respondesse ele começou a me beijar. Como resistir?
...
Quando a noite começara a surgir. José me levou para o jardim e fomos servidos na mesa ao lado de fora. O jantar estava uma maravilha. Estava tudo ótimo: o clima, o lugar, o homem que estava ao meu lado. Eu estava feliz.
Depois nós dois tomamos banho em banheiros separados e ficamos na cama de José assistindo uns filmes bens legais. Peguei no sono e dormimos em forma de conchinha. Mas uma noite Eu passara ao lado da pessoa que tanto amava.