a semana agitada, assim poderia dizer... Apesar dos estardalhaços de Jéssica ou de seja la quem fosse, nada me impediria de passar meu final de semana com Gabriel. Bom, nossa turma juntamente com o resto do 1º ano resolveram tirar “férias” para o carnaval, o feriado seria grande e eu poderia me acostumar com o fato de ir ao Rio com Gabriel, os pais dele tinham um apartamento na praia que alugavam lá, e como Gabriel havia dito para seus pais que iria levar alguns amigos para passar o final de semana, então concordaram. Claro que eles não faziam idéia que seria só eu e ele, e mais ninguém. Eles iriam ao Rio também, porém na nossa frente, iriam aproveitar os desfiles e ficariam hospedados em algum hotel de luxo claro. Estavam completando 17 anos de casados.
- Então? Tudo pronto “amor”? – Eu estava arrumando minha mala, levaria poucas roupas, meus pais concordaram com minha ida ao Rio.
- Amor? Gostei rsrs. E sim, está tudo pronto.
- É, amor, claro... Eu posso te chamar de meu "bebezão" mas isso não faz muito a sua cara ahaha.
- Ainda bem que tu me conhece... Vem cá vem. - Ele me puxou pros seus braços, me bando aquele típico abraço que só ele saberia dar, confortante, quente, em meio a tantos pensamentos inúteis, minha mente conseguiu um espaço somente para desfrutar do amor de Gabriel, do meu Gabriel.
- Não séria perfeito? - Ele disse tocando meus cabelos...
- O quê?
- Se eu pudesse ficar assim com você até meus braços não aguentarem mais...
Eu ri do jeito cativante que ele me tinha ali, quais seriam seus pensamentos? Me enxia de perguntas enquanto calculava minha resposta. Talvez eu não quisesse falar, e esperaria ele me cutucar para ter certeza que aquilo era real, que a felicidade existia, não era um sonho... E se fosse, quem me dera não acordar nunca...
- Bom, poder nós podemos, mas não acho que você vai ficar legal se perder seus 2 braços tentando quebrar o record do abraço mais duradouro do mundo ahaha - Eu deveria ser sensível, o tanto quanto ele merecia, então porque eu me recusava? Um sentimento amoroso demais enjoa? Não queria que virasse rotina.
- Ta certo - Ele beijou meu rosto - Vamos antes que você se arrependa de ter vindo comigo. - Ele pegou suas coisas.
- Tá maluco? Nem em sonho, eu vou, e aproveitarei até o último segundo por lá.
Fechei o apartamento, o motorista dos pais de Gabriel, esperava lá fora. O sr. parecia educado, não fazia perguntas, e ainda bem que não fez... Afinal, não saberia responder nada sem gaguejar, só de pensar em algo que eu fizesse que pudesse estragar o nosso final de semana, me dava calafrios.
Chegamos ao apartamento, vista para o mar, próximo do shopping, então para mim estava tudo bem, eu poderia facilmente deixar de ir à praia e ao shopping pra ficar com Gabriel, e possivelmente, ele não me deixaria ir só, e perguntaria se eu não gostaria que ele fosse comigo. Certamente ele iria de qualquer jeito.
- E agora? - eu lhe perguntei depois de estaos totalmente jogados no chão com as malhas fazendo companhia.
- E agora o quê? - Ele estendeu sua mão ao meu queixo e acariciou meu rosto, ele sabia como o fazer.
- Não sei, e agora que estamos aqui só nós dois, e tem tudo pra ser o melhor feriado de todos. O que vem pra estragar? - Falei em tom de ironia, afinal estava bom demais pra ser verdade.
Ele se calou, isso levou 20 segundos até que se levantasse e se colocasse por cima de mim.
- Agora somos eu e você, mais ninguém. Do que depender de mim, será tudo perfeito. Pois você merece o melhor - Não preciso nem dizer o que eu senti no momento - Agora eu só quero uma coisa. Ou melhor, um alguém.
Suas doces palavras me estremeceram, me amaram. Era como me apaixonar por ele milhões e milhões de vezes, sem parar pra contar. Por fim nos beijamos, um beijo delicado, porém duradouro... Uma pena não ter uma trilha sonora pra acompanhar aquilo tudo. O tudo que logo já não era só um beijo. Como parte de movimentos sincronizados, ele tirou sua camisa. Pude contemplar seu lindo corpo branco, definido, centímetros do meu. Minha camisa aquela altura também não existia. Fazia companhia às malhas agora jogadas ao lado do sofá.
Tirei sua bermuda, olhando para aqueles lindos olhos cor de mel, que agora penetravam os meus... Ele me tocava, beijava meu pescoço e sussurrava no meu ouvido. Aquilo me deixava nas alturas. Parecia estar sendo tocado a primeira vez, não só por ele. Mas quem me dera ter tido esse toque antes de qualquer coisa. Ele queria tanto quanto eu, percebi pelo seu olhar desorientado, porém sossegado ao encontrar o meu.
Mas em um movimento brusco. Ele me se levanta e se esquiva.
- Aconteceu alguma coisa? - fiquei sem reação ao ver seu "fora" sobre mim.
- Isso não é pra acontecer. Não aqui. - ele se levantou e buscou sua camisa.
- Estamos sozinhos, não entendo o problema... Mais se for melhor pra você, tudo bem. Não quero começar esse feriado me desentendendo com você. - Sinceramente, aquilo foi golpe baixo, me deixar naquele estado e do nada pular fora.
Depois disso tudo, arrumamos nossas coisas e fomps aproveitar o dia. Eu sempre não tocandp no assunto, não sabia o que eu tinha feito, e se eu tivesse feito algo? Porquê ele não me falou nada?
Passamos mais de 4 horas fora, fomos a vários lugares diferentes naquele dia. Não podíamos andar de mãos dadas ou nos abraçando por aí por motivos óbvios, mas ja valia muito estar com ele alí.
Mas o inusitado mesmo veio quando voltamos.
Ele se jogou na cama como quem não descansava a séculos.
- Vai você primeiro tomar banho, to tendo um caso com essa cama agora rsrs - "E comigo não?" pensei.
- Ta ok, só não vai dormir agora por favor... Ainda quero dar uma volta na praia com você. Vai fazer uma noite tão linda...
Ele fez careta.
- Como você sabe que vai ser linda? Vai que chove rsrs
- Não bobo, vai ser linda porque estarei com você! - Falei revirando os olhos.
- Ahaha então ta bom.
Tomei meu banho, pensando no corpo dele, no beijo dele. Mas não sabia se devia tentar algo mais uma vez. Tinha receio de levar outro fora.
Saí do banheiro e não o encontrei no quarto. Mas onde ele estaria? Fui procurar pela casa e ao sair do quarto com o que eu me deparo? Nada mais nada menos que pétalas no chão. - Ah não, ele so pode ta brincando - Segui o caminho de rosas sem ter reação pra tudo aquilo. Cheguei no final que dava para uma porta no final do corredor. E não acreditei quando abri.
- Eu não acredito que você fez... Mas... - Não contive o sorriso, pude até senti uma lágrima se formando.
Era um quarto cheio de pétalas e rosas, algumas velas para quebrar o escuro. Ele estava deitado quando entrei, agora estava bem na minha frente, com aquele sorriso meigo dele, o perfume que eu tanto gostava, a camisa que usou para nossa primeira foto e seu jeans rasgado que eu tanto admirava.
- Eu te amo, muito! Dizer não a você, foi umas das coisas mais difíceis que ja fiz. Mas se fiz foi porque não achei que fosse o momento certo. Eu quero lembrar disso, pra sempre! Assim como eu também irei me lembrar disso... - Ele me deu um beijo sereno, que me arrancou o fôlego. Encostei meu peito ao seu e pude sentir seu batimento cardíaco, por um momento eu duvidei que estivesse mesmo ali. Mas não, era real, aquilo era real!
- Eu quero você, pra mim... - Disse em meio ao seu beijo, arrancando um enorme sorriso de seu rosto, mostrando que meu pedido seria uma ordem.
Ele me jogou na cama, tirando minha roupa e logo fazendo o mesmo com a sua. Beijava cada parte do meu corpo, me deixando cada vez mais com tesão sobre ele. Percebo o volume que tinha em sua cueca, e me admirei com aquilo, ja que ele pareceu ser bem dotado.
- Se doer, você me avisa que eu paro. Vamos tentar devagar... - Ele se virou para o criado mudo que se encontrava ao lado e tirou uma camisinha de uma das gavetas.
- Não me preocupo, eu sei que você irá com carinho amor. - Mordi os lábios.
O olhei pedindo permissão para retirar sua cueca. E que paraíso se encontrava abaixo! Ele era lindo, assim como o dono... Por volta de seus 17/18 centímetros, me vi diante do meu maior sonho, e que estava acontecendo.
Ele logo começou a me penetrar. Confesso que senti um pouco de incomodo nos primeiros momentos, pois era grande, e fazia um tempo que eu não tinha relações com algum cara.
Fantasiei com aquela noite inúmeras vezes. Só de lembrar as expressões que ele fazia, as palavras um tanto safadas que me faziam delirar. As inúmeras posições que um tanto me surpreenderam, já que não sabia que ele tinha uma certa experiência.
Finalmente, o encontro do meu prazer com o dele.
- Eu... Ah... Vou gozar! - Ele me abraçou forte, como quem quisesse passar uma certa energia através do toque.
- Não para, eu estou quase! - Sussurrei em seu ouvido.
Como se estivesse planejado. Meu encontro ao encontro do prazer dele... Acabamos gozando juntos! E que sensação boa era aquela! O amor da minha breve vida até então, numa mesma cama comigo, desfrutando um dos melhores momentos do Mundo junto á mim. Foi como se as outras relações que eu tivesse tido, foram totalmente apagadas justamente para dar o lugar aquela.
- Não acredito nisso... - Ele murmurou.
- No quê? - Perguntei enquanto me ajeitava em seu peito.
- No quanto eu te amo rsrs - Aproveitou a piada e me roubou um beijo. Como eu adorava quando ele fazia isso.
- Bobo - O cutuquei com meu cotovelo.
- Agora eu quero que você venha comigo. - Ele se levantou e apagou as velas que ainda estavam por derreter.
- Pra onde? Aqui tá tão bom... - Me espreguicei
Ele pegou sua roupa e vestiu, logo o fiz também. Assim que terminei, ele me levou á praia que estava na vista da varanda. Fomos andando uns 10 minutos até chegarmos á algum tipo de bar. Não sei dizer bem o que era o local.
Era ao ar livre com música ao vivo, tinham poucos casais por ali.
Gabriel me levou até a parte onde estavam dançando, e eu logo o olhei com cara de quem não aprova. Mas como sempre, o jeito moleque dele, sempre me fazia ceder.
Eu não sabia dançar, meus pés nunca foram bons nisso... A música tocava e o céu ao ar livre parecia conter bem mais estrelas agora e a brisa juntamente com os movimentos cuidadosos dele, bagunçavam seu cabelo. Minhas mãos já entrelaçada as dele, meu corpo res ao seu... Só ouvi o sussurro do seu pedido "Dança comigo?". Depois mais nada.
Só me lembro de ter tido aquele momento pra mim, era meu e de mais ninguém.
