Primeiro Namorado - Parte 6

Um conto erótico de Dirtyboy
Categoria: Homossexual
Contém 2182 palavras
Data: 07/09/2012 14:26:09
Última revisão: 07/09/2012 16:44:15
Assuntos: Homossexual, Gay, Romance

Me desculpem a demora, mas o meu computador deu a louca aqui e foi para assistência técnica. Só tive a chance de usar agora. Ainda bem que já tinha um pedaço dessa parte escrita. Muito obrigado pelos comentários e votos.

Parte 6 – Não achei um nome para essa parte (aceito palpite)

Quando acordei, senti a respiração leve do Henrique no meu pescoço. Ele estava com os braços ao meu redor, e com uma perna em cima de mim. Eu estava preso.

Como sairia daqui? Estava tão bom! Mas uma hora dessas, minha mãe deve estar pirando. Olhei para um relógio digital no criado mudo. Oh Deus, tenha piedade de mim! Já eram onze horas. Primeiro tirei sua perna pesada cuidadosamente das minhas, e a pior parte foram os braços. Quando coloquei a mão sobre seu braço, ele suspirou forte e passou seus lábios no meu pescoço. Fiquei arrepiado.

— Bom dia.

Ótimo. Ele estava acordado.

— Bom dia. – respondi seco. — Dá para me soltar? – fui um pouco grosso agora.

Ele me apertou mais ainda, depois ficou por cima de mim. Encarou-me por um tempo com aqueles olhos azuis e disse:

— Me dê um bom motivo.

Ele queria motivos? Então vai ter.

— Primeiro, minha mãe vai me matar. Segundo, sua cota de ficar comigo acabou. Terceiro, eu quero ir para casa e tentar não ser morto. Quarto... – mas antes de terminar, ele me interrompeu.

— Eu só queria um, mas nenhum desses é o bastante.

— Por favor...

— Um beijo de despedida? – ele perguntou.

— Não. – respondi sorrindo ironicamente.

— Eu salvei sua vida... – ele jogou na minha cara.

Então era assim?

— Você me humilhou na frente de todo mundo do colégio... estamos quites agora? – perguntei.

Sabia que isso ia machucá-lo, e confirmei isso quando seus olhos abaixaram.

— O que posso fazer para você me perdoar? – ele alisou minha bochecha.

— Nada. Você já está perdoado. – disse apenas.

Ele então levantou com um sorriso no canto da sua boca, e depois levantei em seguida indo para o banheiro. Lavei meu rosto enquanto ele escovava os dentes. Revirei os olhos enquanto ele fazia careta no espelho, e depois passou pasta na minha boca. Abri a torneira e joguei água no rosto dele, que só ria. Parecíamos duas crianças! Quando eu terminei, peguei minha roupa jogada pelo chão. E peguei meus sapatos pelos cadarços e me virei para sair, mas ele segurou meu braço.

— Quer uma carona? – perguntou sério.

— Não, vou ligar para minha mãe.

Só agora eu percebi que meu celular estava no bolso da minha calça. E ele não ligava. Merda! Vou comprar um aprova d’água.

— Droga... – disse o guardando no bolso de volta.

— Acho que vai ter que aceitar minha carona agora. – ele sorriu.

— Não acredito que você não vai me emprestar o telefone!

Ele andou até uma gaveta, abriu e pegou o seu celular. O meu, que malmente tocava mp3, não era nada perto do dele de ultima geração. Ele balançou em desafio e guardou do lado da cueca.

— Vem pegar. – me provocou.

Quem esse loiro gostoso pensa que é? Andei em sua direção e tentei pegar o celular, mas ele se esquivava todo tempo, segurei um dos seus braços, e passei a mão na bunda dele SEM QUERER quando tentei pegar o celular. Ele me deu uma espécie de rasteira e me derrubou no chão, logo em seguida ficou por cima de mim. Depois prendeu minhas pernas com as suas e segurou meus braços. Fiquei imobilizado.

— E agora, o que você vai fazer?

E eu em vão, me debatia em baixo dele.

— Isso é covardia! Olha o seu tamanho! – disse ofegante.

Ele chegou bem perto do meu ouvido e disse:

— Vai aceitar a carona ou não?

E sem outra opção eu desisti.

— Aceito. – ele então sorriu e me beijou de surpresa.

E eu, como um perfeito idiota correspondi. Sua língua brincava com a minha, enquanto ele me soltava aos poucos. Minhas mãos abraçaram suas costas, e percorriam através das linhas que elas formavam. Coloquei minhas pernas ao redor da sua cintura, e já sentia seu pau duro embaixo da sua cueca. Ele lambeu meu pescoço, enquanto sua mão se enterrava nos meus cabelos. E quando ele lambeu o lóbulo da minha orelha e depois mordeu eu gemi.

— Quero ficar com você hoje também... – disse ele ofegante.

Ele tinha que parar com isso! Ele conseguia tudo quando fazia essas coisas comigo!

— Não sei se vai dar... – ele mordeu meu lábio inferior e o puxou. — Mas pensando bem... – ele beijou meu queixo.

— O quê? – perguntou descaradamente.

— Vou abrir essa exceção para você... mas antes, deixa eu ir em casa.

Ele sorriu. Mas foi o sorriso mais lindo que já tinha o visto dar, e eu fiquei bestificado com sua beleza. Ele levantou e me deu a mão. Levantei também.

— Vou tomar um banho para te levar, não fuja. – disse ele colocando o celular no criado mudo – E não ligue para sua mãe, ou vou te buscar na sua casa. – disse indo ao banheiro.

— Eu nem pensei nisso! – menti.

— Eu sei que não... – ironizou. — Quer tomar banho comigo? – deu um sorriso safado.

— Acho melhor não... – tentei escondeu um sorriso.

— E se eu te obrigar?

Eu fiquei sério.

— Estou brincando, mas só dessa vez... – entrou no banheiro.

Para esperar o tempo passar, peguei o seu telefone e deitei na cama. Deslizei a setinha na tela de desbloqueio, e procurei um aplicativo qualquer. Quando ele sai do banheiro apenas com uma toalha branca, deixo o celular de lado e o observo.

Ele anda até o closet pega uma roupa e se troca na minha frente, sem vergonha nenhuma. Eu ainda observando aquele pedaço de mau caminho se vestindo... e ele ficou lindo com aquela camisa azul, que fazia contraste com sua pele, e um short escuro. Ele pegou uma sandália e estendeu a mão para mim.

— Vamos lindo? – eu lhe entreguei a mão.

— Só tem você de lindo aqui. Eu perto de você me sinto um trapo velho. – disse quanto ele segurava meu rosto entre suas mãos.

— Você não sabe do quanto você é bonito... – disse ele quase sussurrando. E passando a mão direita no meu rosto.

Eu não aguentei, e beijei levemente seus lábios. A mão que ele passava no meu rosto, agora estava na minha nuca, e me puxando mais perto dele. Ele parou e encostou sua testa na minha, mas como eu que estava com vontade de beijá-lo hoje, voltei a por meus lábios sobre os seus. Droga, estava começando a gostar do seu beijo.

Depois descemos, e ele me obrigou a tomar café. Graças a Deus seus pais não estavam mais aqui. Quando terminamos com o banquete que tinha lá, fomos para a garagem. E tinha dois carrões. O que ele tinha ganhado, e uma caminhonete. Fiquei parado na porta do carona, até que ele jogou a chave para mim.

— Para que eu quero isso? – perguntei inocentemente segurando a chave.

— Você vai dirigindo, estou cansado. – disse ele brincando.

Revirei os olhos e disse:

— Não sei dirigir. – isso tava me cansando já.

— Sabe que eu já esperava isso? – debochou.

Ele andou até onde eu estava e me puxou até a porta do motorista e me mandou entrar.

— Só pode estar de brincadeira, não é? – perguntei sério.

— Não, vou te ensinar a dirigir. – ele riu, depois beijou minha testa e foi para o banco do passageiro.

Cruzei os braços e fiquei parado enquanto ele fechava a porta.

— Eu não vou dirigir Henrique, você não tem medo da morte? – perguntei, enquanto ele apenas ria.

— Hugo, para de drama. É automático. – ele colocou um pen drive no som. E logo depois começou a tocar uma musica que eu não conhecia.

— E isso significa? – perguntei me sentindo o burro entre os burros.

Ele olhou sério para mim.

— Sério?

Apenas confirmei com a cabeça.

— Significa que você só vai usar o freio e o acelerador. Dá logo a partida. – ele me apressou.

Girei a chave e o carro e ele ligou. Respirei fundo e olhei para frente. Coloquei o cinto e segurei o volante. Eu já tinha tentando aprender a dirigir uma vez com meu pai. Só que não deu muito certo.

— Coloca o cinto também. – disse autoritário (me sentindo, melhor dizendo, porque tava “dirigindo” uma máquina).

— O quê? Eu não gosto de usar isso. – ele reclamou.

— Então não vamos sair daqui. – tirei as mãos do volante e olhei para ele com um sorriso falso.

Então ele chega mais perto e diz:

— Para de ser chato, e vai logo para sua casa.

Me deu um beijo rápido, e depois roçou seu nariz no meu rosto. Fechei os olhos, e senti um arrepio que tomou todo meu corpo.

Como ele fazia isso?

Depois ele sentou todo largado no banco e começou a cantar o refrão da musica perfeitamente. Seu inglês era impecável.

Pesei levemente no acelerador, e o carro começou a andar. Esperamos o portão abrir, e fomos tranquilamente... até eu quase bater no fundo de outro carro. Tirei o cinto e sai do carro, eu estava tremendo.

— Não dá, dirige isso aí. Se eu juntasse toda minha mesada de um ano, não daria nem para pagar a roda desse carro! – disse nervoso.

Ele saiu do carro e me abraçou. O abraço foi aconchegante, e demorou o bastante para alguém perceber alguma coisa errada, e antes disso acontecer, me afastei dele e fui para o banco do carona. Ele sentou, e dirigiu tranquilamente até minha casa. Ele, diferente de mim, dirigia majestosamente. Era lindo de se ver.

Toquei a campainha, e esperei minha mãe ou meu pai. E teria de inventar logo mentiras.

— Olha, aqui não é sua mansão, mas sinta-se em casa. – disse meio tímido.

Minha casa não era grande, pois só morava eu, minha mãe e meu pai. Então não tinha lógica ter uma casa grande e gastar muito dinheiro. Minha mãe me olhou um pouco com raiva (e já vi que viria bomba), mas logo mudou sua feição quando viu o Henrique comigo, eu segurei um riso. Meu pai não estava, amém Jesus!

Entramos na sala, e pedi para o Henrique me esperar rapidinho. Minha mãe já me esperava na cozinha.

— Olha mãe, eu...

— Hugo Dantas. – eu parei de falar.

Quando ela dizia meu sobrenome junto, a melhor coisa era eu ficar calado, e responder suas perguntas.

— Onde você dormiu?

— Na casa do Henrique.

— Onde estão suas roupas? Onde você colocou seu telefone?

— Minhas roupas estão no carro do Henrique, meu telefone quebrou quando cai na piscina.

— Aquele carro lá fora, é do seu amigo?

Acenei com a cabeça.

— Você bebeu? Como caiu na piscina?

Passei por um rápido interrogatório. E ela disse que ia pensar em uma maneira de me punir mais tarde, já que eu não tinha computador, nem vídeo game, e nem gostava de assistir televisão. Eu sou esquisito kkk. Chamei o Henrique para subir ao meu quarto e ele veio comigo. Quando fechei a porta ele perguntou:

— Muito encrencado? - passou a mão nos meus cabelos.

— Ainda não sei, minha mãe gosta de suspense. – disse suspirando.

Ele fez um carinho na minha nuca, e lentamente foi me puxando para ele até nossas testas se encontrarem. Seu perfume amadeirado tinha um efeito louco sobre mim. Coloquei a mão no seu peito forte e fiz um carinho lento. Depois passei meus braços por debaixo dos seus, e agarrei seus ombros. Ele virou seu rosto para a direita e me beijou calmamente, até eu ficar irritado com aquele beijo lento, e o beijo com força, o que apenas o fez dobrar a urgência do beijo. Eu não estava nem mais conseguindo respirar, e parava todo o tempo ofegante. Ele puxou meu cabelo, e deixou meu pescoço a mostra e o beijou. Adoro quando ele faz isso. Começo a cravar minhas unhas nas suas costas quando ele dá mordidinhas no meu pescoço, me fazendo quase morrer de prazer.

— Henrique, você já tinha beijado um homem antes? – perguntei só por curiosidade. Queria saber mais sobre sua vida.

— Não, você foi o primeiro cara. – disse sério.

— Por quê? – alisei seu rosto.

— Eu estava muito só, e parecia que ninguém ligava para isso. E ai você chegou com esses olhos verdes inocentes... Mas no começo, não gostava de você, porque você era muito ‘valentinho’, quer dizer, continua. Depois, fiz tudo àquilo com você, fiquei me sentindo mal, e queria de alguma forma me desculpar...

— Tirando sua camisa e me deixando morrendo de vontade de beijá-lo? – perguntei de forma irônica.

— Não, essa foi a parte que descobrir que você era gay, e também a parte que comecei a gostar do seu jeito... e você pode não acreditar, mas eu também queria sentir sua boca na minha... – ele disse sério.

Ele alisou meu cabelo e passou seu polegar na minha sobrancelha.

— E porque não beijou? – perguntei intrigado.

— Eu não sei... – ele alisou minha boca com o indicador.

— Você não queria “virar” gay?

— Acho que não queria aceitar que estar com você me fazia ficar feliz.

Nossa. Essa eu não esperava. Olhei para seus olhos azuis, e depois para sua boca carnuda e vermelha.

— Verdade? - sussurrei.

— Absoluta. – sussurrou de volta no meu ouvido.

Em seguida ele me beijou.

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Comentários

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Nossa! acabei de ler todos os capítulos e o conto é fantástico! espero que continue a postar!

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Acho que estou apaixonado. Que lindo!! Continue pfv

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oi,eu comecei a ler seu conto hj, mais eu me apaixonei pela sua historia.... Parabens.

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Concordo completamente com o Ninho Silva, e espero ansiosamente pelo próximo conto.Consigo resumir esse conto à uma palavra: apaixonante! *-*

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Eu ja li tdos anteriores e aguardo o proximo ansiosamente, e gosto mt dos teus textos, faz imaginar cada cena e cada pessoa, serio cara vc escreve mt bem (: parabens

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Dirtyboy...Acabei de ler todos os capitúlos! Cara...Simplesmente gostando muito de ler.Espero pela continuação.

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kra o henrique e muito fofo um sonho msm continua logo perfeito kra

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Oh Céus! Pensei que você tinha desistido de postar. Estou muito feliz pelo retorno de conto. E que retorno, hein? Estou amando. Seu conto é perfeito, sua escrita é perfeita, o modo de detalhar a história é perfeito. Parabéns! 10

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