Capitulo 20 – O final
O curso de direito com aulas em dois campus mais o trabalho em uma loja de departamentos consumiam todo o tempo de Ricardo, mas todo o tempo livre que tinha estava em contato com Betão. Se falam pelo telefone todos os dias e fim de semana sim, fim de semana não eles estavam juntos mesmo isso significando que algumas noites seriam perdidas durante a semana para colocar em dia a materia que não foi estudada no fim de semana que Betão estava lá. Os dois amigos com quem Ricardo dividia apartamento sabiam da natureza da relação dos dois, ate porque Betão se impos logo no primeiro dia.
Alias, Betão andava se impondo muito, sempre que achava que alguem poderia estar olhando para Ricardo ele o abraçava ou o puxava para perto dele. Ricardo entendia o recado e adorava saber que estava sendo bem cuidado pelo seu ciumento macho.
Todos os feriados Ricardo estava de volta a roça da sua familia. Nunca ele e a familia estiveram tão unidos. Sim Betão era bem vindo la. Todos os recebiam de braços abertos.
Ana e Carlos estavam em preparativos finais para o casamento. Finalmente a tão importante data chegaria. Carlos e Betão agora se davam bem e o comportamento de Betão mudou por completo. Ainda sofria algumas variações de humor em dados momentos, mas ainda assim era muito mais facil lidar com ele. Ele não se preocupava mais em impor medo em todos ao seu redor, ele queria agora era que todos gostassem dele.
Aliais, ele passou a cuidar de Carlos de perto. Praticamente tinha se tornado seu guarda-costas, o que para Ricardo era otimo, a integridade e a postura honesta e correta de Carlos eram o exemplo que Betão precisava. Essa proximidade dos dois rendeu ate o convite para que Betão, vejam só, fosse o seu padrinho de casamento.
Jair e Alceu também não implicavam mais com Betão, e a pedido de Ricardo nunca tocaram em assuntos de politica com ele, mas muito com Carlos, ate que por fim o convenceram a sair concorrente para prefeito.
Falando em prefeito, a liderança dos Mattos começou a ruir.
Parecia que o prefeito Raul Mattos estava perdido, como se tivesse desaprendido a comandar a cidade. Ficava evidente ali que sem a presença do pai, este não sabia como agir. Era claro que o pai era quem realmente governava.
Fora que o fim da postura cruel de Betão incentivou a desobidiencia das regras para se ter nogocio na cidade imposta pelos Mattos. Ate mesmo seus aliados começavam a se desligar e seguir seus proprios caminhos.
Sim muita coisa mudou nestes seis meses que se passaram da chegada de Ricardo ate aquele momento. E tudo parecia melhor, o clima na cidade era mais leve, as pessoas estavam mais felizes e Betão e Ricardo era os mais felizes de todos.
Era domingo quando Betão e Ricardo estavam deitados na cama do quarto alugado e assistiam televisão quando Ricardo teve a ideia.
Ricardo: -Sim cara, faculdade, você é novo, ainda ta em tempo.
Betão: -Não sei não franguinho, eu não sou inteligente como você. Não sei se consigo.
Ricardo: -Olha você não pode depender do dinheiro da sua familia para sempre, e pelo visto ele esta acabando e muito rapido. Porque você não aproveita enquanto ainda tem. Se muda pra ca pra Salvador. A gente pode dividir esse quarto, ou outro, quem sabe ate um apartamento pequeno, você estuda e arranja um emprego, vamos viver nossa vida juntos cara.
Betão abrindo um sorriso: -Olha se é pra viver com você já vale a pena sabe?
Ricardo que estava deitado sobre seu peito o abraçou forte: -Olha falta um pouco mais de um mês para minhas ferias de meio de ano. Eu vou visitar minha avó e quando eu voltar você já volta comigo, em definitivo. Vamos estudar para o vestibular em alguma faculdade particular mesmo, eu vou te ajudar. E vamos decidir onde vamos morar e como vão ser as coisas.
Betão: -Ta bom franguinho você ta certo, eu tenho essa obrigação mesmo com você.
Ricardo: -Que obrigação?
Betão: -Eu sou seu homem tenho que assumir meu papel como tal, eu tô só me aproveitando de você, e isso não ta certo.
Ricardo: -Se aproveitando como Betão? Ta louco? Você que paga tudo cara.
Betão: -É mais que te usa sou eu, você não me usa cara.
Ricardo rindo: -Olha que você pode esta errado, acho que quem usa alguem aqui sou eu.
Ambos riram
Betão: -Ainda assim, vamos procurar um apartamento, eu vou comprar pra gente.
Ricardo: -Não é o caso Beto...
Betão: -É o caso sim! A gente vai viver junto, eu tenho que te dar uma casa, eu que tenho que te ajudar e não quero que você se mate de trabalhar.
Ricardo: -Trabalhar eu faço questão, goste você ou não, eu vou trabalhar. Eu sempre quis ser independente.
Betão: -Tudo bem, se é tão importante pra você. Tudo bem. Mas guarde seu dinheiro para você, eu sou teu homem, eu que tenho que cuidar de você.
E por mais louca que parecesse para Ricardo a atitude de Betão, na cabeça dele fazia sentido. Ele nunca escondeu de Ricardo o seu desejo por uma relação seria e firme e que não teria medo de assumir Ricardo. E assim tudo correu.
Em pouco mais de um dois meses o apartamento estava comprado, montado e pronto para que eles morassem. Betão estava se preparando para mudar para Salvador em alguns dias, mas as coisas atrasaram um pouco, faltavam apenas dois dias para o fim das ferias de Ricardo e era o dia do casamento de Ana e Carlos.
Ricardo achou engraçada a postura desengraçada e sem geito de Betão em pé no altar em seu papel de padrinho. Mas era inegavel que aquele homem com todo aquele tamanho e porte vestindo um terno era algo extremamente sexy.
O dia foi de felicidade, bebedeira e muitos “eu amo você cara” para todos os lados. Foi um dia feliz, decididamente feliz. Ana agradeceu muito ao primo.
Ricardo: -Eu não fiz nada prima.
Ana: -Fez sim, você mudou tudo primo. Tudo mesmo.
Ricardo: -Não foi eu prima, foi ele. (e olhou para Betão que ria solto com um copo de cerveja na mão enquanto conversa com Carlos e um grupo de pessoas)
Ana sorrindo: -É, mas foi você que fez ele assim, foi você que adestrou Betão. Se não fosse por você ele ainda estaria no mesmo lugar que estava a mais de seis meses atras.
Ricardo a abraçou: -Prima eu tô muito feliz sabia?
Ana: -Claro que sei, você merece!
Carlos e Ana partiram para a Lua de Mel no Rio de Janeiro enquanto Betão e Ricardo pegavam a estrada. Ricardo em uma ressaca monumental dormia no banco do carona enquanto Betão seguia com um sorriso nos labios lembrando dos momentos da noite passada e o quanto sua vida tinha se tornado boa e tudo por causa daquele franguinho que dormia ao seu lado.
Tudo seguia conforme planejado e parecia mesmo que dali pra frente a vida deles seria só de alegrias, foi quando Betão recebeu aquela ligação telefonica.
Seu pai pedia que ele voltasse imediatamente, tinha um problema com a familia e ele precisa estar presente para que resolvessem todos juntos.
Ricardo: -Você tem que ir Beto! E ponto!
Betão: -Eu não quero, não era esse o plano, só tem uma semana que estamos aqui.
Ricardo: -Eu sei que sua relação familiar é desfuncional, mas se seu pai pediu sua presença você precisa ir.
Betão obedeceu a Ricardo, embora não quisesse. Na despedida, ele já se preparava para entrar no carro: -Franguinho, por favor, não me pede pra ir, eu quero ficar com você.
Ricardo: -Beto se você não for, você pode se arrepender no futuro. Antes se arrepender pelo que fizemos do que pelo que deixamos de fazer.
Betão o abraçou apertado e beijou apaixonado a boca de Ricardo.
Betão: -Eu volto assim que der, eu prometo.
Ricardo: -E eu vou estar te esperando quanto tempo você precisar, ta bom?
Betão assim pegou a estrada mesmo querando ficar.
Muitas vezes precisamos mesmo ouvir nosso coração, o maior problema de Betão é que mesmo com todas as mudanças pelas quais ele havia passado, sua pisique ainda tinha brechas, ele ainda sentia necessidade, mesmo não precisando, de obedecer Ricardo. Afinal ele foi programado assim, sempre a obedecer alguem. Ele não queria ir, algo dentro dele dizia para ele não ir, mas o pedido de Ricardo, que tinha apenas como intuito conseguir que ele e a familia de alguma forma se aproximassem, soava como ordem para ele.
Assim Betão estacionou o carro em frente a mansão da familia, olhou no relogio já eram por volta das 18:30, Ricardo já deveria ter saido do trabalho e estaria a caminho de casa, nem saltou do carro, sacou o celular do bolso e telefonou para ele mas o telefone chamou ate a chamada ser encaminhada para a caixa de mensagens. Tentou três vezes e teve o mesmo resultado. Pensou: “Ele deve estar no onibus, ao chegar em casa me retorna”.
Entrou em casa de cabeça baixa mexendo no celular quando ouviu a frase sendo dita por aquele tom de voz o qual durante anos ele temeu e mesmo naquele momento se sentindo livre, o tom fez seu coração gelar:
“Ora ora! Meu bicho finalmente da as caras!”
Betão interrompeu o passo e olhou para frente e viu Cristovão sentado em uma cadeira de rodas e atras dele Fred, em pé, com um sorriso sinico no rosto.
A feição de Betão transformou-se imediatamente. Ele era pura raiva e odio. Sim, ele não estava com medo da presença dos dois, aliais, era algo que a muito ele ansiava, ele queria acabar com eles, esmaga-los e por fim enterrar seus restos ele mesmo.
Cristovão conhecia a sua cria, ao ver os musculos de Betão se tensionarem e a veia da sua testa saltar sabia que ele estava mergulhado no mais profundo odio.
Cristovão em ar sinico: -Isso Lessie, isso ai, esse é o estado que quero você!
Ao fim da frase Betão começou a marchar de forma pesada e direta, ele ia acabar com os dois naquele momento, quando mais uma vez seu avô falou:
Cristovão: -Dê mais um passo e seu amado Ricardinho vai ter uma conversa direta com o diabo, sim porque viado vai pro inferno não é?
Betão congelou instantaneamente.
Fred gargalhando: -Mas não é rapaz? Um macho desse tamanho, dessa brabeza, mansinho feito uma cadelinha por causa de um viadinho?
Cristovão: -Me surpreendeu foi a inteligencia do animal, ele já deve ter tentado falar com o viadinho pelo celular e não conseguiu, então ele já sabe que o viadinho dele ta sob meu dominio agora.
O odio de Betão se transformou em desespero: -O que você fez com Ricardo?
Fred: -Por enquanto nada, ele só esta guardado em um lugar com uns amigos nossos, mas se a gente não der noticias em breve a ordem é pra acabar com a raça do viadinho depois de brincar muito com ele, e você bem sabe como é brincar com um viadinho né?
Cristovão via o desespero no rosto de Betão e isso dava prazer a ele.
Cristovão: -Você viu o que acontece com quem me trai?
Betão se aproximou dele a toda o que causou certa aflição aos dois, mas por fim se jogou de joelhos de frente ao avô.
Betão: -Por favor, faça o que quiser comigo, me de um castigo daqueles, Fred pode me espancar pode me quebrar todo, me deixe sem roupa, sem comer, faça o que quiser, mas porfavor não faz nada com o Ricardo.
Fred voltou a gargalhar.
Cristovão com ar de satisfeito se aproximou de Betão e o segurou pelo queixo: -Sabe verme, eu nem preciso mais de você. Eu já estava preparando outro bicho a alguns anos sabe? Ele já ta pronto e já esta na ativa. Agora mesmo ele ta na cidade botando ordem denovo, aquela ordem que você deixou escapar lembra?
Começou a apertar o queixo de Betão com força e continuou: -Eu não preciso mais de você. Ele é mais novo, mais forte e muito, muito mais obidiente que você, e é ele que vai te dar seu castigo.
Betão assentiu com a cabeça: -Qualquer coisa que o senhor quiser, mas por favor, prometa que nunca vai mecher com Ricardo novamente.
Cristovão: -Eu vou ter meu bichinho de volta pra brincar de maltratar pelo resto da minha vida?
Betão assentiu com a cabeça.
Cristovão dando fortes tapas curtos em seu rosto: -Muito bem, vamo tira a roupa, fica só de cueca.
Betão se levantou e começou a tirar a camisa: -E Ricardo?
Cristovão: -Fred, liga pros caras, manda libertar o viado.
Frede tirou o celular do bolso da camisa e fez a chamada, ordenou a libertação de Ricardo.
Ao terminar de tirar a calça Betão: -Eu vou ligar para ele agora para confirmar que ele esta livre.
Cristovão gritando: -VOCÊ SÓ FAZ O QUE EU MANDO!!!!
Betão em tom baixo e complacente: -Sim, mas só depois que eu tiver certeza que ele esta livre.
Cristovão irritado: -VAI LIGA PRA ELE LESSIE.
Betão pegou o celular quando ele tocou antes mesmo de poder discar. Do outro lado era Ricardo.
Ricardo: -Beto, Beto, cuidado, acho que seu avô voltou.
Betão apertando os olhos: -Você esta bem?
Ricardo: -Sim, uns caras me cercaram na saida do trabalho, me tomaram o celular e me jogaram na mala de um carro a pouco o carro parou e a mala abriu, quando sai da mala os caras tinham abandonado o carro com minha sacola no banco de tras. Achei tudo muito estranho.
Betão com voz calma: -Fica tranquilo cara, ninguem vai mais mexer com você. Vai pra casa ta bom?
Ricardo: -Ta bom, você ta bem?
Betão: -Se você esta bem, eu estou bem. Vai pra casa.
Ricardo: -Tudo bem, estou indo, chegando la te ligo.
Betão: -Franguinho!
Ricardo: -Oi
Betão: -Eu te amo, não esquece da promessa que te fiz ta?
Ricardo: -Eu também te amo, não vou esquecer e você não esquece da minha.
Ao desligar o telefone Fred tomou o aparelho da mão dele, jogou no chão e pisou varias vezes ate espatifar o aparelho.
Cristovão: -Que decepção, eu tenho nojo de você. Eu pensei ta criando um pit bull, não uma Lessie.
Betão nada respondeu. Apenas abaixou a cabeça.
Cristovão: -Vamos pro carro. Quero apresentar minha nova cria pra essa cadelinha.
E assim os três entraram no carro que foi dirigido por Fred e tomaram a estrada de chão em direção a um destino desconhecido.
Ao chegar em casa Ricardo tentou telefonar para Betão, mas o numero estava desligado. Ele começou a tentar uma chamada atras da outras ate que o desespero tomou conta dele. Ele não dormiu a noite inteira tentando falar com ele. Não queria preocupar a familia e não tinha o telefone da residencia dos Mattos. A noite parecia não ter fim, mas o dia finalmente raiou, ligou para o tio e pediu que localizasse Betão.
Jair foi a residencia dos Mattos e a unica informação que teve foi a da saida de Betão com o avô e Fred de carro. Rodou a cidade, perguntou em todos os cantos, mas não havia informações sobre o paradeiro dos três. Conseguiu com muito custo uma noticia, alguem viu um rapaz, loiro, alto, jovem entrar no carro que parecia ser o de Betão e que outras três pessoas já estavam no carro, mas ninguem soube informa em qual direção o veiculo seguiu ou quem era essa quarta figura que surgiu.
Ricardo deixou tudo pra tras e voltou para cidade para procurar Betão. Mas não teve sucesso, passaram-se dias que se transformaram em semanas e nenhuma noticia dos quatro.
Ricardo era só tristesa e pesar. Ele lembrava que Betão não queria ter ido e ele que insistiu. Se culpava e chorava copiosamente.
Ana voltou de viagem e Carlos não poupou esforços, mas nada dava certo, Betão tinha desaparecido. E desaparecido mesmo. Ricardo tomou coragem e procurou Raul Mattos na prefeitura.
Ricardo: -Como seu pai e seu filho somem e você simplesmente nem se preocupa!?
Raul: -É muito simples meu jovem, quando meu pai quer que alguem desapareça, esse alguem desaparece. Se ele quis sumir com ele mesmo e meu filho, não ha nada que nem eu, nem ninguém possa fazer para mudar isso! Aceite, eles se foram.
Ricardo com odio na voz: -Eu nunca vou desistir de procurar, nem que leve o resto da minha vida eu vou procurar por Beto.
Mas infelizmente não houve resultado. Já se passará três meses do desaparecimento de Betão. Ricardo voltou para Salvador, já tinha perdido o emprego, precisava de um novo. Mas ainda a tristesa pelo sumisso de Betão o consumia. Ao chegar no apartamento deles, colocou a chave na fechadura e começou a chorar novamente. Aquele lugar sem Betão não tinha sentido. Ao entrar deu com a correspondecia sobre seus pés.
Varios extratos de banco endereçados a ele.
Ao abrir descobriu a existencia de uma conta bancaria em seu nome que estava recebendo remessas continuas de outra conta. Aquilo deu esperança a Ricardo. Betão tinha aberto uma conta pra ele e estava mandando dinheiro, então Betão deveria estar bem!
Desesperado procurou o Banco e depois de falar com praticamente todo mundo uma alma o ajudou.
“-Senhor, eu não posso dar dados sigilosos sobre clientes, mas sim, essas transferencias são automaticas, o senhor Roberto programou para que elas aconteçam todos os meses, e pelo saldo da conta de origem o senhor vai receber essas remessas por alguns anos”
Não foi só essa a unica surpresa que Betão deixou para Ricardo, ele descobriu que o apartamento, também estava no nome dele.
Ricardo conseguiu um novo emprego, dessa vez como atendente em um lava-jato, decidiu usar todo o dinheiro que Betão deixou para ele para localiza-lo e encontrar outra fonte de renda para se sustentar.
Mas foi em vão, varios detetives tentaram, ele pessoalmente tentou, seus amigos tentaram, mas já se passará cinco anos e nunca mais Ricardo teve noticias do seu homem. Ricardo se formou e começou a trabalhar em uma empresa de advocacia na qual estagiou no ultimo ano de curso.
Sim Ricardo se tornou doutor. Ricardo conseguiu sucesso. Ricardo conseguiu tudo que sempre sonhou. Mas ele não encontrou mais Betão.
Eventualmente ele teve alguns casos esporadicos, conheceu pessoas, saiu com algumas, principalmente depois que passou no concurso para Promotoria Publica da Bahia. Mas mesmo com todo sucesso sua vida era vazia. Ele não conseguia se apegar a mais ninguem. A promessa que ele fez a Betão ainda estava de pe em seu coração mesmo apos todos aqueles anos e por mais que viessem ele manteria a promessa. Sempre que voltava a cidade, agora governada pelo prefeito Jair que assumiu apos dois mandados do prefeito Carlos, todos os cantos o remetiam a seu verdadeiro amor.
Ana: -Ricardo você precisa seguir em frente. Betão não vai mais voltar.
Ricardo: -Ele vai sim, a ultima coisa que ele me disse foi que era pra eu me lembrar da promessa dele. Ele vai voltar.
Ana: -Primo, você precisa ser feliz.
Ricardo: -Ele é a minha felicidade.
Ricardo nunca voltou atras na sua promessa. E ele esperou Betão. Esperou. Esperou de verdade...
FIM.
