Boa leitura pessoal, vamos á história...
No sábado de manhã, logo que abri os olhos, senti que estava sozinho na cama, me assustei, depois da noite maravilhosa que tivemos ele me deixa dormir sozinho? Como assim?
Quando me sentei na cama, senti o cheiro de café da manhã sendo feito, no caso ovos mexidos. Levantei e me olhei no espelho da parede, minha cara tava amassada, mas ao mesmo tempo eu me sentia mais homem, mais feliz, me sentia adulto, nossa parecia outra pessoa, agora sim eu era experiente, um pouco mais.
Olhei pra cama e estava suja, de gozo, de sangue, sangue? Isso mesmo, sangue. Eu também estava sujo, só reparei quando olhei pra baixo. Fiquei aterrorizado e então me senti fraco, não sabia se era psicológico, mas cai de maduro no chão.
Em poucos segundos, com o barulho estrondoso, Fernando estava ao meu lado me levantando da cama.
Fernando: - Você tá bem? – Disse levantando meu queixo, fitando meus olhos.
Eu: - To, eu to um pouco fraco, o que é esse sangue?
Fernando: - É normal, quer dizer normal mesmo não é, mas é comum eu diria. Fica tranquilo, você vai ficar bem, você deve estar muito fraco. Vamos tomar um banho e comer, vem.
Me puxou pela mão e fomos até o banheiro, a verdade é que eu tava muito fraco, mas tinha umas curiosidades sobre sexo, queria tirar algumas duvidas e tudo mais. Logo que ele me soltou eu quase caí de novo, minhas pernas estavam bambas.
Fernando: - Calma ai, se apoia em mim. – Disse me abraçando enquanto a água caia sobre nós.
No começo a água fez arder um pouco minha região retal. Mas não demorou muito, ele me ensaboou, passou xampu e tudo mais, me deu um banho completo. Depois me secou, apontei pra minha mala e ele pegou a roupa e pôs em mim, o tempo todo com a expressão preocupada enquanto me olhava, eu não gostava de me sentir vulnerável daquele jeito.
Depois de limpo e arrumado, fomos comer, eu estava faminto, ignorei um pouco meus bons modos e comi rápida e ferozmente, Fernando me encarava.
Fernando: - Nossa, isso sim é fome, calma que o ovo não vai chocar e o pinto não vai fugir.
Fiquei muito corado, eu era educado de mais pra comer daquele jeito, então novamente abaixei a cabeça.
Fernando pôs a mão no meu queixo erguendo minha cabeça novamente.
Fernando: - Ei, é só brincadeira, como você quiser, ok? Só quero te ver bem.
Eu não falei nada.
Fernando: - Conversa comigo, o que foi?
Eu: - É que, eu me sinto envergonhado, sabe? Você me viu nu, ninguém nunca me viu assim, fico meio sem graça.
Fernando: - Para, somos um casal, vai ser normal daqui pra frente, acostume-se a me ver nu, e quero te ver nu mais vezes também. – Se levantou e me beijou de maneira calorosa.
Fernando: - Eu devia ter uma aliança em mãos, quer dizer, eu não sei se preciso mesmo fazer isso, mas acho melhor pra deixar as coisas claras. Namora comigo? – Disse se atrapalhando com as palavras, achei super fofo ele atrapalhado me pedindo em namoro.
Eu: - Claro que sim, é o que eu mais quero no momento.
Terminamos o café, agora eu tinha um namorado, uhul. Mandei um SMS pro André: “To namorando, to namorando, nananinanina “
André: “Tava na hora né? Achei que fosse virar padre.”
Eu: “Engraçadinho.”
Fernando interrompe meus SMS.
Fernando: - Quem é?
Eu: - Meu pai André, sabe? O marido do meu pai.
Fernando: - Seu pai também é gay? – Disse levantando a sobrancelha.
Eu: - Sim, tadinho, sofreu muito pra não se assumir pra mim.
Fernando: - Que foda. Ai sim, você pode contar pro seu pai tudo, ele te aceita, você é sortudo mesmo. Quando contei aos meus pais que gosto de homens, fui posto pra fora de casa, só não apanhei porque meu pai não aguenta na porrada comigo, mas foi bem por ai, ainda bem que eu sempre fui independente.
Eu engoli em seco, sempre ouvi falar do quanto é difícil para todos se assumir, se aceitar e etc. Mas ainda bem que tenho um pai que me entende, que ama, que nunca faria nada disso comigo.
De repente meu celular toca, era Daniel.
Daniel: - Bru, que tal a gente sair hoje? Chama a Gabi.
Eu: - Sinto muito Dani, não posso.
Daniel: - Porque? Vai ser legal vai?
Eu: - Não da cara, to acompanhado, meu namorado não vai curtir a ideia.
Fernando tomou meu celular da minha mão e desligou.
Fernando: - Esse cara só pode sentir o meu cheiro, só pode.
Eu: - Coitado, ele só quer sair comigo.
Fernando: - E você quer ir? – Disse me analisando.
Eu: - Não, mas se quisesse iria, eu não preciso evitá-lo pra provar que não gosto dele. Eu te provo simplesmente te amando, me entregando pra você totalmente.
Fernando não esperava por essa.
Fernando: - Eu sei, mas eu quero ser seu amigo, seu namorado, seu confidente, você não precisa dele.
Eu: - Mas talvez ele precise de mim.
Fernando: - Tudo bem, você é livre, mas saiba que eu gosto muito de você, tá?
Eu: - Eu também.
Começamos a nos beijar, o clima foi esquentando já.
Eu: - Por favor, não. Eu não aguento, não agora.
Fernando: - Sem problema.
Recebi um SMS do André: “Vamos naquele bar gay que teu pai adora? Leva seu namorado junto pra conhecermos, se é que ele existe.”
Eu: “Ele existe, faço questão de chamá-lo e você vai babar meu bem.”
André: “Duvido, olha teu pai que gostoso que ele é, muito difícil superar.”
Realmente, no auge de seus 35 anos meu pai está super bem fisicamente. Bem cuidado de mais.
Eu: - Fernando...
Fernando: - Me chama de Fe, ou amor, não me chama pelo nome, tá?
Eu: - Ok, Fe. – Não quis chamá-lo de amor ali.
Eu: - Fe, vamos com meus pais em um bar gay que eles gostam hoje? Ai já te apresento e tal?
Fernando: - Já quer me apresentar? Ai sim, lógico que eu vou, quero conhecer quem te fez essa pessoa maravilhosa.
Eu: - Você vai conhecer, o amor da minha vida. Meu pai.
Fernando: - To com ciúmes.
Eu: - Não fique.
Ficamos o resto da tarde assistindo televisão. No fim da tarde, liguei pra Gabi.
Eu: - Oi Gabi, tudo bem?
Gabriela: - Oi meu amor, to bem e você?
Eu: - To bem.
Gabriela: - Eai, como foi a noite? Dormiu bem? Você sequer dormiu?
Eu: - Dormi muito bem, se é que você me entende.
Gabriela: - Ai sim, me conta os detalhes.
Eu: - Não, melhor não.
Gabriela: - Já entendi, ele tá do lado, ok então, aguardo sua ligação pra me contar.
Eu: - Ok. Bom resto de final de semana.
Gabriela: - Pra você também.
Desliguei o telefone e ele ficou me encarando.
Fernando: - Eu sou muito ciumento, desculpa, mas quem era?
Eu: - Gabi.
Fernando: - Qual seu lance com ela?
Eu: - Somos muito amigos, nada alem disso.
Fernando: - Ah ta, eu não preciso me preocupar com ela então?
Eu: - Não precisa se preocupar com ninguém.
E o beijei, ele retribuiu, quando deu 19 horas. Tomamos banho juntos e nos arrumamos. Então fomos indo ao meu carro.
Fernando: - Seu carro é muito louco, nossa. Você é rico?
Eu: - Não. Você dirige?
Fernando: - Manda a chave.
Eu: - Não tem embreagem, tá?
Fernando: - É automático? Que chique, desculpa então.
Eu: - Desculpado.
Chegamos no meu prédio e estacionei o carro.
Eu: - Os dois carros ai são dos meus pais.
Fernando: - Gringo é foda mesmo viu?
Subimos, quando chegamos na porta eu respirei fundo e adentramos.
Eu: - Fe, bem vindo ao meu lar.
Ele pirou na televisão enorme do meu pai na sala. Mostrei toda minha casa pra ele.
No meu quarto, mostrei com um carinho especial.
Eu: - Aqui é meu quarto, meu mundo, bem vindo.
Fernando: - Nossa, quantos livros, já leu todos?
Eu: - Sim, sou apaixonado. O André tem uma livraria, então eu ganho um exemplar de cada Best seller praticamente. Quando quiser um livro é só me pedir.
Fernando: - Seu quarto é muito lindo.
Me empurrou na minha cama e começamos a nos beijar, até eu ouvir a porta abrindo, era o André.
André: - Alex, vem cá, ele tem namorado mesmo, não é imaginário, inclusive eles já estavam quase imaculando seu lar aqui, fornicando.
Eu corei na hora.
Eu: - André!
André: - Desculpa, só quis esclarecer, fizemos uma aposta, 20 reais que você não tinha namorado.
Eu: - Vocês precisam de um gato, já que cuidar da vida de vocês não ta sendo o suficiente.
André: - Quanta agressividade credo.
Rimos muito, ele era um palhaço, se superava.
André: - Crianças, quando acabarem de fornicar em nosso lar, venham até a sala. – E saiu do meu quarto.
Eu: - Ele não sabe bater na porta, não tem jeito.
Fernando: - Achei ele uma figura.
Eu: - Vamos lá, você vai conhecer o poderoso chefão.
Na sala, meu pai fez cara de mal pra se apresentar pro Fernando, perguntou quais eram as intenções, se namorávamos, se tínhamos transado e etc. Eu fiquei corado, meu pai e o André não tinham solução. Depois que os donzelos se arrumaram, saímos em um carro só porque os dois queriam beber, eu seria o motorista.
Que viesse a noite, tão esperada...
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Só pra esclarecer gente, não tenho vínculo com qualquer outro escritor da casa, por mais acaso ou escrita parecida que exista.
Bom começo de semana a todos, até mais.
Abraço