Muito legal vocês hein... Os comentários estão muito bons e estou muito feliz com isso tudo. Add no msn quem quiser cv: carloscasa1@hotmail.com Boa leitura...
- Eu quero Victor que você pare de procurar solução pra essa merda e me deixe em paz.
Nem eu acreditei no que falei.
- Boa sorte aí então.
Ele se foi e eu merecia. Merecia pela sequência de erros que eu havia cometido. Mas já tinha chegado a hora de perceber que estava no caminho errado e a cada momento ficaria cada vez mais perdido se eu não voltasse atrás e modificasse as coisas. A raiva continuou, mas decidi deixar Daniel pra lá. Se era pra esquecê-lo, esse “evento” seria um teste. Não dei queixa na delegacia e fui à loja de móveis para mobiliar mais rapidamente o apartamento.
Naquele mesmo dia me desculpei com o porteiro e entendi seu ponto de vista, afinal durante dois anos Daniel tinha toda a liberdade que queria no prédio e eu não havia dado fim a isso.
Victor havia se distanciado nos últimos dois dias e eu sentia muito sua falta, mas ainda estava com vergonha por tudo. Decidi não procurá-lo.
Me afoguei no trabalho e nos meus momentos de folga só pensava na agência. Estava me tornando um robô, mas minha coragem havia sumido. Victor tinha sido uma exceção e eu deixei escapar. Logo, perdi minha chance, talvez de ser feliz.
Até que certo dia estava saindo de casa, por volta das 6 da manhã, quando achei um pequeno papel embaixo da minha porta. Estava escrito: “Você perdeu a sua chance, mas outra oportunidade virá. Só depende de você!”.
Tinha desencanado desses bilhetinhos, mas agora tinha certeza que era de alguém próximo. Nem dei ideia. Segui para a agência e me afoguei mais uma vez no trabalho até ter uma ideia. Eu iria na casa de Victor e ia reconquistá-lo. Se ele me amasse mesmo seria fácil. E mesmo que fosse difícil eu estava disposto.
Liguei para sua casa e quando ele atendeu eu desliguei. Pronto, ele estava em casa. Saí em disparada e cheguei lá em tempo recorde, mesmo tendo passado pelo shopping bem perto e preparado a surpresa. Bati campainha e ele me atendeu rápido, ainda com cara de poucos amigos.
- Diga Carlos, do que você precisa?
- Nossa! Nem vai me convidar para entrar?
Ele só saiu da porta e acenou para que eu entrasse.
- O Henrique está?
- Tá no quarto. Veio procurar ele?
Tive que rir. Como ele estava inocente...
- Não. Vim procurar você.
- Fala.
- Não vou falar, vou fazer.
O agarrei. Não tinha vergonha nenhuma do que estava fazendo. Muito pelo contrário. Ele resistiu de início, mas logo se entregou. Ele tentava controlar mas eu impunha meu ritmo. Ficamos nos beijando por um tempo. O beijo parou em selinhos e nos olhamos com uma cumplicidade ímpar.
- Você vai brincar comigo de novo Carlos?
- Não amor. Eu quero você, eu vou lutar por você.
- Acho que seu tempo passou. Sinto muito.
Ele ficou sério e se distanciou de mim. Ainda de costas ele foi em direção a porta e eu me senti mal, como se ele tivesse me colocando pra fora dali. Aquilo me doeu. Mas eu não iria me dar por vencido.
- Não. Nosso tempo tá só começando. Victor, quer namorar comigo?
Ele me olhou assustado e eu mostrei pra ele a aliança de compromisso com nossas iniciais que eu tinha comprado no shopping. Foi caro, mas valeu a pena. Ele não conseguia esconder o sorriso e eu esperava uma resposta.
- Aceita?
- Você tem certeza que quer isso?
- Victor, você não sabe o quanto eu tenho sofrido por ter te tratado mal, por não ter dado o valor que você merecia. Se arrependimento matasse eu já estaria morto. Mas eu percebi que eu estava deixando passar um cara perfeito como você. Perfeito pra mim. Fica comigo?
Ele me beijou de forma carinhosa e pegou as duas alianças. Colocou uma em mim e a outra nele mesmo, antes que eu colocasse. Nos beijamos mais uma vez.
- Vamos comemorar, namorado?
Claro que eu aceitei. Entramos no carro, mesmo sem saber pra onde eu iria. Se fosse com ele eu já estava feliz. Pelo menos por enquanto.
CONTINUA...