Depois de longas férias onde todos da minha família me culpavam por ter repetido o ano finalmente havia chegado à tortura do primeiro dia de aula, na mesma sala e na mesma escola, foi onde conheci Gustavo. Ele não era um garoto que chamava a atenção, muito pelo contrario, ele passava longe dos olhares cobiçosos das vadias que estudavam ali. Criei uma espécie de obsessão por aquele garoto estranho, um tanto antissocial e com modos afeminados. Perguntando para as meninas ninguém sabia ao certo me responder quem era ele. Depois de longas semanas, eu que sempre fui um tanto enxerida criei coragem e fui direto falar com ele intrigada de porque um garotinho tão insignificante chamava tanto a minha atenção. Como eu disse, ele nem era bonito, tinha cabelos negros um tanto parecidos com os meus e olhos castanhos, o bigode era saliente apesar da pouca idade e nas poucas vezes que falava, ele falava com voz de viado.
- oi, qual é o seu nome?- puxei conversa.
- Me chamo Gustavo..
- ah, me nome é Anayara, mas, você pode me chamar de Nay ou de Ana.
- Anayara? Nome um pouco estranho. - comentou ele.
- é uma mistura dos nomes das minhas avós. Uma chama Ana e a outra se chama Nayara.
O garoto estranho olhava para a minha bunda enquanto eu falava.
Depois da minha iniciativa nos tornamos grandes amigos, andávamos juntos no intervalo e sentávamos juntos na sala de aula. Apesar das minhas investidas ele nunca tomava nenhuma iniciativa e pra ser sincera depois do terceiro mês comecei a ficar entediada com a lerdeza do garoto. um dia meus pais me contaram que pretendiam fazer uma breve viagem de segunda lua de mel. Coisa de uma semana ou menos e eu comentei isso com Gustavo, ele como sempre reagiu indiferente ao que falei mas quis saber detalhes e eu na inocência disse tudo que sabia a ele..
na segunda noite em que meus pais estavam fora de casa minha irmã me disse que ia a uma balada e não quis ir com ela pois estava muito cansada para baladas.
acordei com um sms do Gustavo que dizia "toda noite olho para sua janela aberta".
instintivamente olhei para a a janela do meu quarto que estava aberta como sempre.. por ela entrou Gustavo e mais dois caras que eu não conhecia, ele sussurrou no meu ouvido..
-agora Nay você vai ter tudo que sempre quis...
eles transaram loucamente comigo durante umas duas horas. Eu pensava que nunca ia acabar.
então entendi que na verdade o que ele gostava mesmo era de garotas curiosas que se aproximavam dele.
como uma vez ele próprio tinha comentado "A ratoeira nunca vai até o rato, o rato vem até a ratoeira."
depois disso meu gustavo mudou de escola.. eu fiz novos amigos e transei com muitos caras mais nunk eskeci akela pika tesuda..