AQUI MAIS UM CAPITULO DA NOSSA hISTORIA. DESFRUTEM... AS COISAS COMEÇAM A AQUECER.
Por uns instantes ao ouvir o nome Lucas lembrou-se logo do que aconteceu a mais ou menos de um ano. Recordou-se exatamente do rapaz que estava com grupo que o espancou, como um flashback tudo passou-lhe a frente dos olhos em fração de segundos. E preparou-se para enfrenta-los sem medo. Agora estava preparado para eles. Quando Jotapê o notou mudou de semblante mostrando algum receio. Parece que ele também o reconheceu. Os seus olhares encontraram-se e por instantes Lucas viu que ele tinha os olhos mais bonitos que já tinha visto na sua vida e repreendeu-se a si mesmo por pensar tal coisa. Afinal ele era o seu pior inimigo que o tinha deixado quase morto não fosse Stive. Continuou a olha-lo e teve a sensação de ele lhe ter sorrido do canto da boca. Como era capaz de sorrir depois de tudo o que lhe fez? Certamente estava planeando uma vingança pela surra que levou de Stive. Mas desta vez não ia desmontar nenhum medo.
- então o quê é que eu faço com ele Jotapê inquiriu o outro impaciente.
Jotapê olhou para Lucas e não disse nada apenas deu com os ombros. O que significa que tinha deixado a cargo do outro decidir o que queria fazer.
- desce daí agora e faz a vénia o teu superior – ordenou ele.
Lucas continuou imóvel no lugar onde estava. Achando que este estava a gozar com ele, o rapaz foi segurar-lhe pelo braço para força-lo a sair do lugar, mas Lucas num movimento rápido torceu-lhe o braço atrás das costas provocando um forte gemido no rapaz que pediu ajuda aos colegas.
- aí, FDP, vou acabar com a tua raça. Me solta, agora ou você vai se arrepender.
- só quando você me pedir desculpas, porque eu não te fiz nada e foi você que se meteu comigo. E aí daquele que te tentar ajudar.
- ok, ok, desculpa. Foi mal cara. Não precisas de ser tão agressivo.
- eu não sou agressivo. Mas quem me provoca tem o que merece. Agora desaparece – disse Lucas e o rapaz fugiu quase a correr para juntos dos colegas que ficaram a olhar para Lucas com cara de poucos amigos até que um disse ao outro – aí, Alan tu te armas em esperto e ia apanhando do cara que nem conheces, eh eh eh he.
- cala a boca, ó mané – disse ele esticando o braço.
Jotapê continuava a olhar para Lucas que tentou ignorá-lo, mas era quase impossível não notar aqueles olhos verdes inocentes, mas que podiam ser tão cruéis. Foi o que ele viu no dia em que foi espancado. Ele se calhar tinha-se lembrado dele e podia fazer qualquer coisa com novamente, mas agora estava preparado. Fosse o que fosse, não ia deixar que isso acontecesse novamente. Mas havia algo no seu olhar que não denunciava odio, mas sim curiosidade. E os colegas notaram isso e perguntaram:
- o que se passa contigo, Jotapê? Nem sequer deste ordem para ajudarmos o Alan! Ficaste a olhar para o cara desde então e não disseste nada.
- ah, não enche Igor. O Alan foi meter-se com ele sem pedir autorização. Ele que aguente.
A conversa foi quebrada com a entrada do professor na sala acompanhado do diretor da escola.
- bom-dia, pessoal, vamos sentado porque aqui o nosso diretor tem coisas a comunicar – disse o professor.
- bom antes de mais queria dar as boas vindas ao nosso novo aluno, Lucas Ricardo Stonson Bretson. Seja bem-vindo e sinta-se em casa, espero que o ajudem a integrar-se e lhe apresentem a escola. E tu João Pedro como aluno mais antigo da escola deixo esta tarefa para ti.
- pode deixar diretor – disse ele sorridente.
Porque logo ele, o seu pior inimigo? Só podia ser castigo. Teria que estar na presença deste imbecil novamente e com o seu grupinho de playboys que se achavam mais que os outros.
- conto com isso – disse o diretor – Lucas quer nos fazer o favor de se apresentar?
Lucas ficou nervoso com a possibilidade de falar para aquele grupo olhares curiosos, mas disse.
- como o diretor já disse o meu nome é Lucas, tenho dezasseis anos. O meu desporto preferido é natação e artes marciais, domino karaté, tai chi e Kong fu. Também gosto de corridas de carro e música. Ah o mais importante sou filho de um casal gay, e avisar também que não suporto piadinhas, se alguém tiver algo que me dizer que mo diga agora. Noutras circunstâncias tomarei a uma atitude que pode não ser a melhor – disse ele olhando para Alan que baixou a cabeça.
As meninas da sala ficaram todas admiradas com a beleza do rapaz que parecia um pouco frágil mas ao mesmo tempo másculo. Durante a aula recebeu muitos recadinhos em papel dos quais ignorou.
No intervalo veio falar com ele uma menina que parecia excluída do grupo e se apresentou dizendo:
- olá, eu sou a Márcia, tudo bem? Você é novo na cidade?
- olá…não eu nasci aqui só que na periferia e mudei para o centro depois de ser adotado.
- ta bom, eu mudei-me para cá no ano passado e não consegui fazer muitos amigos por aqui, as pessoas são muito seletivas sem falar dos alunos que acham mais que os outros.
- já percebi isto – disse Lucas.
- mas vejo que já tens muitas admiradoras – disse a Márcia apontando para os bilhetinhos em cima da mesa – não vais lê-los?
- claro que não, eu não gosto de pessoas oferecidas e muito menos que comunicam por bilhetinhos.
- hummm, bem parece que hoje conheci a pessoa mais sensata nos últimos tempos - disse animada.
- sensata não sei, mas que gosta de falar olhando nos olhos das pessoas sim. Queres lanchar comigo?
- sim, adoraria. Assim fazemos companhia um ao outro.
E os dois saíram em direção ao refeitório. Todos olhavam para eles que iam conversando animadamente sem se importar com o que diziam.
Chegaram no refeitório e começaram a comer. Quando viram Jotapê do outro lado. Márcia notou que olhava em direção a Lucas e ela comentou:
- o cara não para de olhar para ti, se fosse uma mulher diria eu está interessado em ti.
- de quem é que estas a falar?
- do Jotapê – disse ela.
- o que estás maluca, na verdade já o conhecia antes de vir para cá.
- como assim já o conhecias?
- bem eu é melhor contar-te a historia desde o principio.
Lucas contou tudo a Márcia e ela ouvia chocada. Como era possível que um cara com aquela cara de santo podia ser tão cruel ao ponto de bater em alguém indefeso e ainda por cima tinha uma quadrilha que batia nos gay e nos prostitutos que tentavam ganhar alguma coisa nas ruas de londres?
- achas então que ele te reconheceu e agora quer vingança?
- eu não sei, mas agora vai ter troco. Já não sou aquele menino que vivia na rua tentando arranjar comida para mim e para o meu irmão. Durante este tempo fiz aulas de defesa pessoal e em todas elas sou cinturão negro. Posso vencer no mínimo seis ao mesmo tempo, alias já lhes dei a prova disso de manhã cedo na sala. Mas o engraçado é que ele não fez nada. Apenas ficou me olhando com aqueles olhos.
- ou muito me engano ou há algo estranho em tudo isto. Ele normalmente passa a vida a infernizar a vida dos novatos e pelo que percebi não te vai fazer nada e não para de olhar para ti. Olha, olha ele vem na nossa direção.
O QUE SERÁ QUE QUER JOTAPÊ? E LUCAS O QUE FARÁ?
NÃO PERCA O PROXIMO CAPITULO:
DESCULPEM MAS VOU TER QUE RECLAMAR COM VOCES...É QUE HÁ MUITAS LEITURAS MAS POUCOS VOTOS. OS VOTOS SÃO DOS MEUS FIÉS SEGUIDORES E EU OS AGRADEÇO. POR ISSO ESTE CAPITULO E-VOS DEDICADO. ABÇ.