Pessoal,
Agradeço pelos comentários e incentivos, para quem antes somente lia os contos, receber elogios é a melhor forma de crescer.
Estive pensando em basear cada capítulo com uma música que significa algo para o conto. Para este capitulo, será “Te Conheci” da Hellen Lyu“Não acreditava que era ele”. O rapaz à qual eu acabei de trombar a pouco era ele, sim Rafaello. Pois é conheci o cara da pior forma que se poderia imaginar, pensei que a partir daquele momento minha vida seria um verdadeiro limbo com aquele cara. Ao passo que os mais variados tipos de coisas passavam pela minha cabeça. Ele entrou na sala e como num passe de magica nem parecia que havíamos trombado no corredor, pois sua roupa estava muito bem arrumada.
Ao passar pela porta seus olhos encontraram os meus, e em meus pensamentos sabia que aquele era o meu fim, porém até aquele momento não dirigiu sequer uma palavra. O mesmo se dirigiu à mesa do professor, colocou sua mala e de dentro tirou um notebook de ultima geração e solicitou à assistente da faculdade um projetor, de forma tão educado que não parecia o cara tão arrogante que todos comentavam.
O projetor foi disponibilizado e rapidamente o computador foi conectado, e como numa surpresa, uma bela imagem de um Rafaello foi apresentada na tela sendo esta feita por um fotografo de mão cheia, pois capturou todo o brilhantismo de um grande homem e professor.
Rapidamente, da mesma forma que apareceu desapareceu, pois como era ágil, abriu o arquivo de inicio de aula.
- Bom dia a todos, peço encarecidamente desculpas a toda sala, pois devido um problema de percurso entre eu e um aluno – neste momento seus olhos me fitaram, de forma que quase queimaram meu interior, e todos souberam que o culpado havia sido eu – meu material de apoio foi totalmente jogado ao chão e me atrasei. Mas como já estamos um pouco atrasados, vamos para as apresentações, me chamo Rafaello Chevalier Legrand, formado, pós-graduado e mestre por esta renomada instituição...
Seu discurso inicial foi mais que estupendo e todos os alunos estavam extasiados com a forma que o professor se direcionava, tudo que era falado parecia como agua para o lábio mais necessitado. De vez em quando, seus olhos cruzavam com os meus e sua maneira de falar parece que ficava reduzida e eu não entendia tão motivo. Foram cinco aulas que passaram como uma chuva de verão, e quando menos esperávamos a aula já estava em seu fim, quando:
- Pessoal, a aula já está no fim e em toda aula eu faço a chamada na ultima aula, ou seja, quem vier terá que ficar os cinco períodos para que fique com presença. – Falou Rafaello, de forma rápida e já começando com a chamar os nomes.
Ele falava o nome com sobrenome e analisava a pessoa a quem se dirigia, parecia que focalizava a pessoa em sua mente para guardar o rosto.
Meus pés, pernas, braços e eu por inteiro começamos a tremer de medo, quando constatei tal fato. Ele se lembraria de mim em todos os momentos quando falasse meu nome. Rapidamente fiz uma reflexão da minha vida e soube que daquele momento, provas, trabalhos e tudo que nos fosse requisitado por ele, sempre eu me daria mal.
Faltavam em média quatro letras para entrar na minha inicial, parecia que eu estava contando cada nome que ele falava.
O pior disso tudo é que não conseguia desviar os olhos dele, cada movimento que sua boca fazia, dava vontade de pedir que parasse e começasse de novo. Era possível sentir sua voz em todo amago de um ser. E seu olhar devorava cada um a quem se dirigia.
Aqui, todos os professores chamavam seus alunos pelo sobrenome, e em minhas divagações ouço o meu sendo chamado:
- Soverosa – Como ninguém respondeu, chamou o nome completo – Yan Uchoa Soverosa.
O medo encheu meu peito, mas mesmo assim respondi:
- Presente – E olhei para ele.
Seus olhos se posicionaram em mim, e como que de relance vi um sorriso de canto em seus lábios. E ficamos nesta troca olhares por uns 15 segundos, e o burburinho começando. Quando em um balanço de cabeça dele a chamada continua.
Aos poucos a sala foi esvaziando, e como sempre fico até o final, muitas vezes finalizando minhas anotações sobre a aula, e como está havia sido um pouco grande, levei um pouco a mais de tempo. A chamada estava no fim, e o professor agradeceu a todos que ainda estavam na sala.
Como sempre alguns dos alunos pararam o professor para tirar dúvidas sobre a matéria dada, e muito pacientemente deu atenção a cada um deles. Ao finalizar começou a arrumar as suas coisas, e como por “feeling” senti que alguém estava me olhando, e ao procurar encontro com seus olhos em cima de mim como um gavião pronto a me atacar, mas como na entrada da sala e na chamada nada mais falou. Terminou de se arrumar e ao sair da sala seu celular começou a tocar e de
pronto este atendeu.
Terminei minhas anotações em sala de aula e me arrumei para poder me dirigir a minha residência, e com toda aquela correria acabei esquecendo a greve que estava ocorrendo, mas nem me preocupei, pois ainda eram 13 horas. Ao sair da sala ouça uma discussão, porém somente uma pessoa falando, possivelmente no telefone, percebo que a voz era do Rafaello e esta muito alterado e infelizmente no caminho a qual tenho que passar. Ando em sua direção, e desta vez, ele esbarra em mim, e na raiva desliga o celular e se dirige a mim:
- Você de novo? – falou Rafaello muito alterado. Eu como sempre, tentando me distanciar.
- Desculpa? – parece uma coisa, quanto mais tentava ficar longe, mas perto de mim ele estava.
- Novamente falarei, vai embora – falou rispidamente em minha direção.
Como que parecendo um personagem de histórias em quadrinhos, mais conhecido como Flash. Saí tão rápido quanto possível. Infelizmente o destino queria pregar uma peça na minha vida e colocou aquele homem no meu caminho, acho eu que para desestabilizar todos os meus planos futuros.
Ao chegar ao térreo da faculdade, fui tomar agua e sai normalmente pelo prédio principal e me dirigi até a saída quandoGalera desculpe a demora em postar, tentarei até amanha postar novo capitulo.
Abraços.
