Por mais difícil que seja admitir isso, eu realmente precisa daquela folga e de ficar um tempo sem me preocupar com aquele caso, que cada vez mais me fazia lembrar de coisas que eu preferia esquecer.
Mais ali naquela mesa eu me permitir me desligar de tudo e curtir o momento e aquele belo prato de comida a minha frente. Já nem me lembrava quando havia sido minha ultima refeição decente e por isso comi como se aquela fosse minha ultima. Mais aquele prato de comida não era páreo para aquele monumento a minha frente.
Durante o jantar ele não tirava os olhos de mim, apesar de termos trocado poucas palavras ele me olhava de um jeito tão intenso que às vezes eu nem sabia o que dizer. Seu sorriso parecia aumentar a cada colherada que eu dava ele parecia ter compulsão em me alimentar. Depois de comermos a sobremesa, voltamos para a biblioteca para iniciar a entrevista.
- Eu estou a sua disposição tenente. E por favor, me chame apenas de Roarke.
- Roarke, você poderia me informar qual era sua ligação com a Srt. Needle?
- Na verdade tenente, Amanda e eu não tínhamos nenhum tipo de ligação, apenas nos encontramos uma vez.
- Vocês nunca haviam se visto antes desse encontro?
- Mais é claro que já, pois sou amigo dos pais dela. Mais esses encontros eram apenas em eventos e compromissos sociais.
- Se vocês não eram próximos por que você a convidou para jantar?
- Eu fui a um jantar no Hilton e acabei encontrando ela por acaso lá, nós conversamos banalidades, notei que ela estava meio inquieta perguntei se estava com algum problema, ela me respondeu que só estava um pouco cansada que a juíza estava tirando o couro dela no fórum, eu brinquei com ela dizendo que se ela trabalha-se para mim as coisas seriam diferentes. Surpreendeu-me o fato de ela me perguntar se isso era uma oferta, sempre ouvi seus pais dizerem que era o sonho dela trabalhar naquele tribunal, respondi que talvez fosse uma proposta mais que teríamos que conversar melhor e sugeri que jantássemos juntos, ela aceitou e nos encontramos dois dias depois.
- Então esse jantar foi apenas uma entrevista de emprego?
- Eu não diria que aquilo foi uma entrevista afinal eu já estava decidido a contratá-la antes do jantar, pois depois que sai daquele evento decidi digamos checar suas referências. No jantar nós quase não falamos sobre trabalho apenas desfrutamos a companhia um do outro.
Eu não tinha nada com ele, mas foi impossível frear o sentimento de decepção que tomou conta de mim quando ele respondeu dessa maneira. Tentei disfarçar isso da melhor maneira possível, mas ele parecia me conhecer melhor que qualquer outro em tão pouco tempo.
- Algum problema tenente? Você ficou estranho de repente.
Problema nenhum a não ser pelo fato de eu estar morrendo de ciúmes de uma pessoa que esta morta, é claro que eu só pensei isso, mas como tudo que está ruim pode piorar eu tinha que me descontrolar mais ainda.
- Você passou a noite com ela?
Ele deus um sorriso indicando que havia descoberto o porquê da minha mudança de humor, enquanto eu me amaldiçoava mentalmente pelo meu ataque de ciúmes.
- Eu imagino que por passar a noite o tenente queira saber se nós fizemos sexo? Eu lhe respondo que não, ainda que ela tenha se insinuado para mim, eu não estava interessado em nenhum relacionamento desse tipo com ela.
Eu não pude evitar o sorriso que se formou nos meus lábios, mas logo voltei a me concentrar no que realmente importava. Ele me disse que no dia do crime estava em casa sozinho, após ter passado o dia inteiro em seu escritório. Chegou a casa trabalhou em algumas coisas e depois não teve contato com ninguém até o outro dia. Informei-lhe que iria confirmar tudo o que ele tinha me dito e encerrei a entrevista e agradeci por ele ter me recebido em sua casa e pelo jantar e disse que se precisasse de mais alguma informação entraria em contato com ele.
- Bom tenente sempre estarei a sua disposição para qualquer coisa, mais infelizmente não poderemos nos ver nos próximos dias, pois estarei viajando. Mas gostaria que nos encontrássemos novamente quando eu estiver de volta à cidade.
A proximidade que ele chegou de mim e a maneira profunda como ele me olhou quando falou isso fez meu coração bater descompassado, eu não podia continuar sabendo que me arrependeria se permitisse que algo acontecesse. Sem olhar diretamente para ele tentei dizer-lhe que não seria possível nos encontramos novamente e me despedi dizendo que já havia tomado muito tempo dele, mas ali naquele momento eu descobri que ninguém diz não a Roarke, ele segurou o meu braço e me virou de frente pra ele de maneira inesperada e bruta sem me dar chance de reagir, me jogou contra a parede prendeu meus pulsos e engoliu minha boca com a sua.
Eu sabia que aquilo era errado que jamais um policial poderia se envolver com alguém suspeito de cometer o crime que ele estava investigando, eu tentei me soltar empurrar ele pra longe mais quanto mais força eu vazia para afastá-lo, mas ele me deixava sem ar e pressionada seu corpo contra o meu, e quando a língua me invadiu eu tive certeza que era ali preso pelos braços dele sendo dominado por ele que era aonde eu queria estar, ele se apossava da minha boca de uma maneira que eu nem achava que era possível.
Então eu parei de lutar e me entreguei, ele largou minha boca por um instante e um sorriso comemorando essa pequena vitória se formou em seus lábios, quando eu pensei em falar alguma coisa ele me atacou novamente soltou meus braços e me tirou do chão, eu enlacei minhas pernas em sua cintura e comecei a deslizar minhas mão por aquela maravilha que ele chamava de corpo, mesmo por cima da roupa eu pude sentir seu abdômen perfeitamente esculpido, o cheiro de homem que exalava dele me deixava louco, ele tornava o beijo cada vez mais intenso e começou a movimentar meu quadril em um vai e vem que me fazia gemer na boca dele. Ele sabia que eu faria tudo o que ele quisesse. Quando parecia que era apenas uma questão de tempo ele tomar posse de todo o meu corpo, meu comunicador tocou.
Aquele toque me fez voltar à realidade eu jamais poderia ter deixado que isso acontecesse, passei a lutar novamente para me soltar e dessa vez consegui livrar minha boca do meu predador e quase sem fôlego eu disse.
- Me larga Roarke eu preciso atender.
- Não você não vai fugir de mim tenente.
- Eu não estou fugindo de nada, eu só, eu realmente preciso atender a esse chamado.
Ele analisou meu rosto por um momento e depois finalmente me soltou, tentei me recompor rapidamente e me afastar, mas ele continuou colado em mim, não tive escolha atendi ao chamado.
Um dos legistas que fizeram a autópsia no corpo de Amanda tinha novas informações para me dar e me pediu para ir até o laboratório, eu disse a ele que dentro de uma hora chegaria lá e desliguei. Ele continuava em minha frente com seus braços erguendo um muro ao meu redor não permitindo que eu me afastasse. Aquele silêncio se tornava cada vez mais constrangedor, estávamos ambos nos encarando sem saber o que dizer um para o outro, até que ele se afastou de mim.
- Ela parece ter sido feita sobe encomenda para você tenente.
- Do que você está falando Roarke?
- Da sua roupa de tira, sua postura mudou totalmente a partir do momento que seu comunicador tocou, é impressionante. Imagino que você tenha algo urgente para resolver tenente então e melhor não se atrasar. Se me permiti vou lhe acompanhar até a saída.
O caminho até a porta foi desesperadamente silencioso e pareceu ter dobrado de tamanho desde a ultima vez que o percorri, quando me vi obrigado a olhar pra ele tentei de todas as maneiras desviar meu olhar então ele segurou firme no meu queixo e voltou para ele.
- Assim que eu voltar à cidade eu te procuro, não pedirei desculpas pelo o que eu fia ainda a pouco, pois não me arrependo, você tem dois dias para analisar tudo o que aconteceu hoje e espero que isso aconteça com você também tenente. Boa noite e cuide-se, por favor.
- Boa noite Roarke.
Sai dali sem nem olhar para trás, entrei em meu carro e minha consciência parece ter se dado conta do que tinha acontecido, naquele momento eu enxergava o que tinha acontecido entre nós como um erro que poderia me custar àquela investigação, eu havia sido fraco e me deixado levar como se fosse um adolescente, meu deslumbramento por Roarke poderia acabar com aquilo que eu tinha de mais precioso, minha imaculada ficha no departamento.
Cheguei à central e fui direto ao laboratório conversar com o legista. Nunca gostei de ir até aquele lugar, pois para mim era aonde tudo acabava. Morris já aguardava por mim em sua sala, apesar daquela atmosfera que o rodeava ele sempre ostentava um sorriso no rosto o que pra mim o tornava bem sinistro.
Depois de nos cumprimentarmos ele me informou que algumas evidências encontradas no corpo de Amanda indicavam que duas pessoas tinham sido responsáveis por sua morte, suas analises eram apenas iniciais mais que ele com certeza já podia me afirmar isso e que me entregaria um relatório mais detalhado em dois dias. Essa nova informação tornou o caso mais complicado, eu tentava imaginar como duas pessoas foram capazes de fazer tudo o que fizeram sem deixar nada que os incriminassem para trás.
Cheguei a meu apartamento física e principalmente emocionalmente cansado pelas novas descobertas, tudo o que eu queria era tomar um banho e ter um caloroso encontro com minha cama, tirei minhas roupas e entrei no chuveiro deixei a água lavar todos os meus pensamentos e apesar de toda aquela agitação consegui ter minha primeira noite de sono tranqüila em muito tempo.
No outro dia me levantei bem cedo e fui para a central comecei confirmando todas as informações que Roarke havia me dado e não me surpreendeu que todas elas eram verdadeiras mais ainda assim ele não deixaria de ser suspeito pois na noite do crime não havia ninguém confiável que poderia confirmar que ela passara a noite inteira em casa.
Feeney e eu decidimos investigar os antigos namorados de Amanda, a lista se resumia apenas a três nomes. Mas esse foi mais um beco sem saída, todos os três não tinham ficha na policial e tinham álibis para o dia do crime. Nós dois estávamos de mão atadas, não tínhamos nenhuma pistas dos assassinos, decidimos voltar à cena do crime no outro dia para tentar reconstituir tudo que tinha acontecido e quem sabe conseguir uma nova perspectiva sobre o crime.
No caminho para meu apartamento voltei a pensar em tudo o que rolou entre mim e Roarke, meu prazo para analisar o acontecimento estava terminando e ele não havia me pressionado de maneira alguma para saber como eu me sentia, nós não tínhamos nenhum tipo de contato desde o encontro na casa dele. Cheguei a meu apartamento tomei um banho abri uma garrafa de vinho e decidi me jogar no sofá e relaxar um pouco, liguei a televisão e comecei a passar pelos canais procurando algum jogo para me distrair, passei pelo canal de fofocas e já ia trocar quando um nome me chamou atenção, Roarke.
Eles falavam sobre o evento que ele tinha participado e que como sempre ele estava divinamente vestido e que sua namorada como sempre estava deslumbrante e eles formavam o casal mais sexy do momento. Eu fiquei paralisado quando ouvi a palavra namorada, queria acreditar que fosse apenas uma invenção desses reportes sensacionalistas mais depois começaram a mostrar diversas fotos com momentos deles juntos e a falar que eles pareciam apaixonados.
A primeira lágrima escorreu pelo meu rosto abrindo caminho para muitas outras e o que eu mais temia aconteceu, eu tinha me tornado apenas mais um na longa lista de conquistas dele.
CONTINUAOi galera da cdc mais um capítulo publicado, agradeço de coração a todos que comentaram até agora vcs são meu incentivo para continuar adoro vcs, e Guhhh! adorei conhecer vc e o Ale(olha a intimidade da pessoa rsrsrs). Esse capítulo ficou um pouco maior espero que vcs gostem mais não se acostumem pois nem sempre vou conseguir escrever tanto. Mais uma vez desculpem os erros de português.
Até quarta.
E antes que eu me esqueça amo vcs meus maninhos lindos.
grimmim@hotmail.com
Bjs.