Amar contra o destino – Capítulo IV

Um conto erótico de Gustavo
Categoria: Homossexual
Contém 1644 palavras
Data: 31/10/2012 21:53:30

Oi minha gente, to de volta. Quero agradecer pelos comentários de todos, vocês são o combustível desse conto =D. Vamo continuar.

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Amar contra o destino – Capítulo IV

O beijo era doce, sem violência, podia sentir em minha boca o movimento em câmera lenta da língua do meu irmão. O que acontecia comigo? Não sei. Aliás nem beijar eu sabia, era bv ainda, perdi o bv com meu maninho que legal, não foi como eu planejava. Também, como eu planejaria perder com meu irmão, aos poucos fui me recompondo e quando vi a cagada que eu estava fazendo, única ação que tive foi de empurrar o Augusto, fazendo-o cair no chão.

- Augusto agente não devia ter feito isso.

- Calma maninho – Disse ele já se levantando do chão – Não sei o que aconteceu comigo.

- Sai do meu quarto Augusto. – Eu disse sem conter meu choro.

- Calma Bê, vamos conversar.

- SAI AGORA DAQUI AUGUSTO. – Disse gritando e com uma afeição de raiva.

Após meu grito, o Augusto sai do meu quarto, e não pude deixar de perceber as lágrimas que já caiam do rosto do meu irmão. Eu não estava com raiva do Augusto, muito pelo contrário, eu estava com raiva é de mim mesmo. Única coisa que fiz foi apagar a luz do meu quarto, deitar na minha cama e “tentar” esquecer o que aconteceu. O que não aconteceu, não conseguia dormir e muito menos esquecer, o remorso começou a bater em minha consciência começando á pesar, não agi certo com meu irmão, se eu estava confuso, será que ele também não estava? As 2 da manhã eu resolvi ir até o quarto do Augusto. Ele estava dormindo, sentei na cama ao seu lado e passando a minha mão em seus cabelos, ele dormia feito um anjo. Aos poucos ele foi dando sinal que estava acordando, acendi o abajur e o beijei no rosto.

- Que você está fazendo aqui Bernardo? Suma vai.

- Calma Guto, me desculpa por aquela hora, eu estava de cabeça quente.

- Só você tem o direito de ficar de cabeça quente? Só você pode se sentir mal pelo que aconteceu caralho? Vaza Bernardo.

- Eu agi errado eu sei, me desculpa.

- Bê eu não sou gay, não sei o que aconteceu.

- E você acha que eu sou? Aliás nem sei o que eu sou Augusto.

- Bernardo, eu te desculpo, agora vai dormir, refrescar a cabeça amanhã agente conversa.

- Tudo bem, boa noite Guto.

- Boa noite.

Saí do quarto mais aliviado, eu confesso, por ter me acertado com o Augusto, mas ainda aquela sensação e aquele beijo tinha muito a ser explicado. Voltei para minha cama e consegui dormir, acordei com meu avô gritando da porta: “Acordo garoto, não vai pra aula não?” – É minha gente, meu avô sempre foi uma simpatia em pessoa. Acordei tropeçando tudo correndo para o banheiro, tomei o banho mais rápido possível vesti o uniforme e fui correndo pra escola, nem café da manhã tomei, realmente estava atrasado, e o Augusto nem pra me acordar, já tinha ido pra escola e nem me esperado. A escola é perto de casa, então sempre fomos e voltamos a pé, até porque carteira de motorista faz tempo que tiraram das mãos do meu avô, e com certeza é um risco a menos nas ruas. Cheguei na escola e o portão por sorte ainda estava aberto, mas o sinal já havia tocado e todos já haviam se recolhidos para a suas salas, subi as escadas, pedi licença para a professora Tereza de Português que estava dando aula, e entrei. O que um corte de cabelo diferente, e uma afeição melhor não faz, todos olhavam para mim, logo avistei o Ricardo e minha carteira bem a sua frente vazia à minha espera. Sentei e ele veio cochichando em meu ouvido.

- Nossa, ta arrasando em.

- Para, assim você me deixa sem graça

- haha, adoro.

Me virei pra frente e prestei atenção na aula. As duas primeiras aulas transcorreram normalmente, claro teve alguns olhares para mim, mas não tava nem aí. No intervalo o Ricardo me chamou para ir jogar bola com a rapaziada na quadra. Tava com medo, nunca tinha jogado com tanta gente, mas não podia desistir, o time era da nossa turma do 2ºB contra o 2ºA, nosso time foi formado por Ricardo, eu, João Paulo, Thiago e Wellington no gol. Por sorte o Bruno faltou na aula e eu pude jogar se não seria banco. O time do 2ºA era o mais forte de futsal da escola, eles ganhavam todos os jogos internos e até os municipais, os quais representavam a escola. Durante o intervalo todas as meninas compravam seus lanches e se reuniam nas arquibancadas do ginásio para ver os garotos jogar, o fato de jogar contra o melhor time da escola, e com todas as meninas lindas do ensino médio nas arquibancadas de olhos na gente, que frio na barriga. Os garotos da minha sala ficaram surpresos comigo ali, mas na ausência do Bruno me aceitaram, mas sem antes, uma interrogação do João Paulo:

# João Paulo: Cara, você só vai jogar porque o Bruno faltou, vê se não faz cagada.

# Eu: Beleza

# Ricardo: Ele joga bem, agora pare de encher o saco dele.

# João Paulo: Não é encher o saco dele, nós temos que ganhar desses metidos do 2ºA.

# Eu: Já entendi João Paulo, fica tranqüilo.

Ele esticou sua mão e apertou a minha. O João Paulo é o mais metido da sala, o pegador, e o sonho de consumo das meninas da escola inteira, João Paulo é o Neymar da escola, não só por causa do cabelo idêntico, mas sim, por que joga muita bola. Um cara não muito alto, até um pouco mais baixo que eu, corpo bem definido e atlético. Nos posicionamos e a turma do 2ºA deu saída da bola, começamos no sufoco e eles jogando bem melhor, eu ainda estava perdido, e não conseguia jogar bem, resultado? Saímos atrás no placar. Quem fez o gol deles? Guilherme, o melhor jogador da escola, ele não é tão bonito, mas o fato de jogar bola muito bem sempre fez sucesso com as garotas, e sempre muito rodeado de amigos. No momento só pude ver as meninas de nossa sala rindo de nós, e as outras comemorando, mas o que mais me chamou atenção foi ver a cara de desapontado do Ricardo, tudo que ele fez por mim eu não poderia deixar acontecer. Baixou espírito do Lionel Messi em mim, e comecei a jogar de verdade, no primeiro toque de bola do Thiago para mim, girei e toquei pro João Paulo que de frente ao goleiro não perdeu o gol e empatamos o jogo. João Paulo lançou um sorriso pra mim, e com leitura labial, pude notar que ele falou: “Valeu gatinho”. Espera aí... gatinho? Não, é coisa da minha cabeça ele deve ter falado outra coisa. O Ricardo se aproximou de mim laçou meu pescoço com seu braço, fez um cafuné em meu cabelo e disse: “Boa Bola”. O toque do Ricardo me excitava, estar perto 1cm de seu corpo já era o suficiente para meu corpo tremer todo. Me recompondo, a bola saiu de novo com o time deles, eu ficava mais atrás como defensor, quando Guilherme veio para o ataque roubei a bola fazendo ele cair no chão, do jeito que eu aprendi com o Ricardo, me mandei para o ataque toquei pro Rick e ele voltou a bola pra mim, eu fechei os olhos e chutei, só pude ouvir os gritos do nosso time e das meninas de nossa sala. Intervalo era curto, e o jogo era apenas 5 minutos. Resultado final? Ganhamos de 2x1. As meninas de nossa sala estavam eufóricas, e as do 2ºA caladas saindo do Ginásio, eu estava feliz, não por ter participado dos dois gols, mas sim de ver a animação que o time estava por ter derrotado o 2ºA, só ouvia os comentários, quem é esse garoto? Da onde ele surgiu? Antes do sinal tocar, fomos para o banheiro para tirar um pouco desse suor do corpo com papel toalha mesmo e desodorante. Ao entrar no banheiro Ricardo enlaçou meu pescoço com seus braços novamente, e dizendo:

(Ricardo): Jogo muito brother.

(Thiago): Concordo, ta auto-escalado para o time já viu.

(Eu): Valeu vocês dois.

(João Paulo): Aonde você escondia esse talento em Bernardo?

(Eu): Nem eu sei te responder Thiago. – E caímos na risada.

(Thiago): Se jogar sempre assim, o Ricardo vai pro banco em.

(Ricardo): Pode parar seu bosta.

(Thiago): Cala boca Ricardo não to falando com você, to falando com o Bernardo.

(Eu): Ei vocês dois, parem com isso, se não nem jogo mais.

Os dois não se davam muito bem, depois de falar isso cada um foi para um canto e eu saio do banheiro para voltar pra sala. Subindo as escadas a Renata, umas das piranhas da sala veio falar comigo:

(Renata): Bernardo, que aconteceu com você?

(Eu): Nada, porque?

(Renata): sei lá, você ta diferente, jogando bola e bem, tá bonito.

(Eu): Eu era feio Renata?

(Renata): Nãã...oo é isso – Disse ela gaguejando.

(Eu): Eu já entendi. – Disse deixando ela parada na escada e indo pra minha sala.

Chegando na sala, me sentei na minha carteira e senti uma fraqueza, não tinha comido nada nem a noite e nem de manhã, tava em jejum ainda, e joguei bola, comecei a sentir uma dor forte no estômago, senti um toque em minhas costas e uma voz conhecida parecia meio distante me perguntando: Bernardo você está bem? Não consegui responder, a fraqueza aumentou e fui perdendo os sentidos, única coisa que vi foi alguém me pegando no colo, não pude perceber quem, depois disso não vi mais nada até acordar na enfermaria do colégio.

... TO BE CONTINUED

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É isso meu povo, espero que tenham gostado, comentem aí até o próximos bjs e abraços a todoss!!

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Comentários

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Um triângulo amoroso seria interessante, adorei esse episodio.

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Nossa! Ameeeeiiii! Ta perfeito! 100000000000000000000000000000

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Cara, muito bom esse novo conto. Só o encontrei agora e tá bom demais. Continua logo. É 10!

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Cara, eu simplesmente amo sua narração! Parabéns pelo conto que está cada vez melhor. Ah, e não demore em postar, por favor. Nota? Mil, lógico!

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Nossa. Achei esse muito bom, sério. Continua logo

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gu, seu conto está muito legal. estou super curiosa para saber se vamos ter um triângulo amoroso rsrsrs

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dois amores,quem é o duradouro?

ou será uqe existe amor a três?

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