• 15x04 – Conhecendo o amor
Eu não tinha, muito bem, uma noção de tempo. Porém, o calendário me mostrava que era uma terça feira. Eu havia adormecido por quase quatro dias desde o dia daquele maldito acidente. Eu mal me lembrava das coisas.
Logo cedo, pela manhã, policiais vieram me fazer um interrogatório e Eu apenas respondia aquilo que lembrava: Eu não estava bêbado, estava ouvindo música alta no carro e a ultima coisa que havia feito tinha sido mandar uma mensagem dizendo que amava o meu Baixinho. Depois de prestar meu depoimento, os policiais despediram-se de mim e de meu pai, coletaram algumas amostras de sangue minha – Provavelmente para fazer algum tipo de teste. – e pegaram as roupas que Eu havia usado no dia em que sofri o desastre.
Com alguns minutos depois da saída da policia do meu quarto, a enfermeira e a médica responsável pelo meu caso entraram saudando-me, em uníssono, um “Bom dia!”.
– Como está, José? – A médica falou com um sorriso no rosto.
– Bem; na medida do possível. – Falei tentando esboçar meu melhor sorriso.
– Que bom. Temos aqui a sua bateria de exames. Quer que Eu fale o que o exame denuncia? – Apenas acenei, positivamente, com a cabeça. – Vamos ver... – Ela falou, tomando, delicadamente, a pasta da mão da enfermeira. – Okay! Você não sofreu nenhum tipo de fratura, não houve nenhum tipo de hemorragia, você perdeu pouco sangue no acidente, teve uma recuperação rápida, mas... – Ela fez uma pequena pausa como se quisesse esconder algo. – Você deve ser forte. – Fiz um gesto com a mão para que ela prosseguisse. – Você possui movimento nas pernas, porém perdeu, temporariamente, o sentido das mesmas.
– O que?! – Perguntei exaltado, vendo que Eu não era a única pessoa que estava surpresa; papai também estava.
– É isso o que você ouviu, José, mas é temporário. Você terá algumas sessões de fisioterapia com tempo de cura indeterminado.
– Eu não quero fazer isso. – Falei abaixando a cabeça. – Eu prefiro que me matem do que ficar invalido para o meu Baixinho.
– Não fale uma coisa dessas, José! – Papai falou preocupado. – O Walmir vai ficar com você independentemente de seu estado de saúde.
– Pai! – Eu gritei – Eu não quero que o Walmir me veja assim! Eu não quero!
– Acalme-se José! – Exclamou a enfermeira. – Estamos num ambiente hospitalar. Além do mais, se você continuar desse jeito, será pior para a sua recuperação.
– Pai, Eu não quero. – Falei já chorando e sendo abraçado pelo meu pai.
– Vai ficar tudo bem, filho. Vai ficar tudo bem.
Depois de todo aquele choque, a médica e a enfermeira saíram do meu quarto e, com alguns minutos depois, alguns rapazes vieram com uma cadeira de rodas e um bico de papagaio – Aparelho que era usado sempre que Eu precisava urinar. – e foram dar-me um banho. A cena era frustrante e eu sempre me segurava para não chorar. Era horrível aquilo que Eu estava passando. E Eu não tinha esperança de melhoria. Ficava pensando apenas no Walmir. Ficava imaginando o rosto dele quando o mesmo me visse numa cadeira de rodas. Eu iria pedir a separação antes que fosse tarde demais. Meu Baixinho não iria me querer daquele jeito. E Eu não queria tê-lo por pena ou piedade.
Próximo às 10h00min, Eu já estava pronto para voltar à minha casa. Colocaram-me, mais uma vez, na cadeira de rodas e desceram comigo para a recepção. Eu não acreditei quando vi uma multidão formada fora da porta do hospital. Marcos e Plinio... Havia dedo deles alí, disso Eu tinha certeza. Papai deixou nossas informações na recepção e Silvia, como sempre, foi guiando-me a porta dando-me vários beijos na bochecha e dizendo, para mim, que Eu iria ficar bem.
Quando a porta foi aberta, o pessoal começou a gritar, porém, Eu não prestava atenção na multidão, Eu procurava o Walmir. Ele não havia vindo; menos mal. Várias pessoas entregaram-me cartas e votos de força e fé. Quando a multidão abriu espaço, Eu vi, de longe, a pessoa que Eu mais temia ver naquele dia. Sim, Walmir. Ele estava com um sorriso enorme, talvez para disfarçar a dor de ver seu noivo inválido.
Walmir veio em minha direção e Eu comecei a empurrar a cadeira para o lado oposto, onde estava o carro de papai. Ao olhar para trás, vi Walmir ainda me seguindo em passos lentos e me olhando com uma cara estranha. Empurrei o mais rápido e mais forte que pude, porém, como ainda era sem prática, a roda empacou em uma pedra e Eu não sabia como sair dali.
– Mobilidade. Você precisa de uma clinica de reabilitação, Grandão. – Falou uma voz meiga, doce e alegre atrás de mim.
– Você não é obrigado a ver isso, Walmir. – Falei olhando para ele.
– Mas Eu quero. Eu quero passar por essa fase com você, Eu quero acompanhar seu tratamento, eu quero estar sempre com você. Eu vou cuidar sempre de você, Grandão. Você vai ser meu bebezão. – Ele falou tocando seus lábios em minha bochecha.
Nosso dialogo fora encerrado alí, pois não queria piorar a situação. Walmir ajudou-me a sair dali e guiou-me até o carro de papai. Com a ajuda dos técnicos, papai e Silvia me puseram no banco traseiro do carro enquanto Walmir fora se despedir de Senhor Geraldo e dona Suzana. Rapidamente, Walmir entrou no carro, aproximou-se de mim e deu-me um beijo que alegrou o meu dia.
Rumamos para casa.
...
Chegando a minha casa, papai, Walmir e Silvia se prontificaram de tirar-me, com todo cuidado, do carro. Puseram-me na cadeira e Walmir guiou-me até para dentro de casa. Tivemos de entrar pela porta dos fundos, pois na porta de entrada havia uma escada de oito largos degraus. Os funcionários da casa de papai saudaram-me com um “Bom dia!” e um “Seja bem-vindo ao lar!”. Nossa governanta prontificou-se de nos guiar até o quarto de hospedes que eles haviam adaptado para mim. Engraçado. Eu havia pensado que papai havia ficado surpreso ao saber que Eu havia perdido, temporariamente, meus movimentos. Porém, se ele sabia, ou não, tudo já estava preparado. Papai e Silvia nos deixou, Walmir e Eu, a sós e rumaram para fora do quarto. Quando o Walmir foi me colocar na cama, por Eu ser um pouco pesado e estar me adaptando, escorreguei e acabei caindo na beirada da cama. Meus braços ficaram apoiados e Eu tentei me levantar. Walmir, desesperado, veio me ajudar.
– Sai Walmir! – Gritei em tom de ordem. – Você não precisa ver isso. Sai!
– Não! – Ele falou já chorando. – Eu vou ver isso todos os dias. Não importa como você esteja. – Ele falou segurando pelo braço.
Ligeiramente, dei um empurrão em Walmir, – que o fez cair próximo ao criado mudo – apoiei-me na cama e fiz impulso para subir. Deu certo. Quando Walmir aproximou-se de mim, Eu o puxei pela nuca, deixando-o de costas para mim, e dei-lhe uma chave/ gravata.
– Quem manda na relação, hein? – Falei sussurrando em seu ouvido.
– Você. Você. – Ele falou desesperado e chorando.
– Achei que havia esquecido. – Falei apertando um pouco mais o pescoço dele e ouvindo seus gemidos.
Por incrível que pareça, Eu comecei a ficar excitado com a situação.
– Pelo visto Eu não perdi a sensibilidade da minha terceira perna. – Falei enquanto soltava o Walmir da chave. Este por sua vez tocou seu pescoço e olhou com olhos marejados para mim. – Vem cá, Baixinho! Deixa Eu me redimir com você. – Falei abrindo os braços e Walmir jogou-se por cima de mim.
Ao subir em cima de meu corpo, Walmir começou a abrir passagem da sua boca para a minha língua. Eu não hesitei e pus minha língua, com tudo, na boca dele. Os nossos beijos estavam quentes e estalados. Se não fosse pelo meu estado, Eu faria amor com o meu Baixinho. Ficamos nessa de beijo pra lá, beijo pra cá, até a hora do almoço. Mais uma vez, um sacrifício para fazer todo aquele processo de tira e põe na cadeira de rodas. Walmir me prestou assistência até as 17h00min e rumou para a sua casa. Pensei que ele não voltaria. Engano meu. Ele veio para dormir comigo. E o melhor: Fez dois ótimos orais naquela noite.
...
Uma semana se passou seguindo o mesmo ritmo: Eu não ia à escola e já havia começado a minha fisioterapia; Walmir estava sempre a me dar assistência e faltava as aulas do integral. Minha médica recomendou exercícios para serem feitos dentro da água e Eu começava a gostar de tudo aquilo.
Na primeira semana de novembro, Eu tinha terminado a minha sessão do dia e depois Walmir começou a acompanhar-me no banho de piscina. Minha sensibilidade era pouca; quase inexistente. Em um dado momento, Walmir sentou-se próximo a escada da piscina – a escada é daquelas projetadas dentro da piscina. – e ficou me observando. Ele estava apenas com uma sunga azul escura e Eu estava nadando com uma boia macarrão entre os braços e apenas de suga vermelha. Eu achei tão bonito o jeito ao qual ele me olhava que decidi aproximar-me.
– Não quer me fazer companhia, Baixinho? – Perguntei oferecendo-lhe uma boia
– Não. Prefiro ficar observando. Você é lindo. – Ele falou sorrindo e Eu me aproximei mais. Beijei sua nuca. – Para, Grandão! Alguém pode ver.
– E daí? Eu estou na minha casa. E Eu vou fazer amor com você.
– Como? – Ele falou tentando desprender-se de meus braços.
– É isso mesmo o que você ouviu.
Deitei-me um pouco por cima do Walmir beijando a sua boca. Apoiei meus braços na quina da piscina e, com o braço esquerdo, agachei minha sunga e depois a do Walmir. Meu membro já estava ereto e o ânus de Walmir estava submerso na água. Apontei meu mastro na entrada do ânus – que já estava fechado, de novo, e contraído.
– Relaxa, Walmir! Eu ainda sei fazer amor. Eu não vou machucar você. Nunca. – Falei sorrindo e pressionando meu pênis no cu dele.
Walmir apenas lançou a cabeça e o corpo para trás e deixou que meu mastro invadisse, aos poucos, sua gruta. Logo no começo, minhas estocadas eram devagar e lentas, mas depois Eu comecei a bombar com mais força. Walmir apenas gemia, chorava e implorava para que Eu lhe desse mais. E sempre que ele pedia por mais, Eu aplicava mais força e velocidade. Percebi que, mesmo se continuasse ‘invalido’, ainda poderia, mesmo assim, dar amor, físico, ao meu Baixinho. Minha primeira gozada aconteceu em 25 minutos, mas Eu ainda continuei. Pedi para que o Walmir vira-se ao modo de que ficasse de bruços para mim e estoquei de uma só, fazendo com que ele soltasse aqueles gritos super finos. Continuei estocando por quase 40 minutos até que anunciei a minha segunda gozada. Com esforço, Walmir saiu de baixo de mim e nadou até a outra beirada da piscina. Ele ficou de quatro na quina do fundo da piscina e falou:
– Pra dar a terceira, vai ter que ser rápido. – Disse com um sorriso sacana. – Um minuto para chegar até aqui.
E, com esforço, pus minha cueca no lugar, a boia macarrão em meus braços e nadei até a outra na quina, mas não fora o suficiente. O tempo que o Walmir me deu havia sido pouco. Ele nadou até outra quina e me chamou de novo. O que ele não contava era que na terceira quina eu iria o possuir de jeito. Eu cheguei faltando uns dez segundos, abaixei, de novo, as nossas sungas e estoquei de uma vez. Walmir contraiu, com força, seu ânus e gozou. Já Eu permaneci firme e forte e só gozei depois de 35 minutos da foda. Meu Baixinho caiu exausto e pediu descanso. Eu continuei, com um sorriso no rosto, nadando por mais alguns minutos na água.
...
Depois daquele dia, as minhas sessões de fisioterapia nunca mais foram as mesmas. E, Eu sentia que estava melhorando com o passar do tempo.