• 15x05 – Conhecendo o amor
Eu estava ficando triste. Aquela era, com toda a certeza, a pior fase da minha vida. Ao menos, as pessoas que Eu realmente amava permaneceram comigo; e sim, isso incluía o meu Baixinho.
As sessões de fisioterapia só estavam sendo concluídas porque o Baixinho estava sempre a me acompanhar e era sempre ele quem me dava força para continuar a tentar. Infelizmente, Eu já estava perdendo as esperanças de um dia poder voltar a sentir minhas pernas, o que implicaria que Eu nunca iria voltar a andar. Walmir dizia aos fisioterapeutas que Eu sempre mexia a perna durante o período noturno, ou seja, enquanto dormia. Essa noticia alegrava os médicos e sempre me desanimava. Por quê? Pelo simples fato de Eu nunca sentir fazer essas coisas. E isso me fazia perder, mais ainda, as esperanças.
Estávamos no meio da terceira semana de novembro. Enem havia passado – fizemos, Walmir e Eu, a prova. E nem a escola Eu frequentava mais. Estava pra baixo; muito, mas muito mesmo, desanimado.
– Não adianta nem fazer essa cara de cachorro, José Otávio! – Quando ele fala assim...
– Mas Baixinho... – Tentei argumentar.
– Não! Hoje você volta para a escola. Não quero nem saber suas desculpas. Vem! Vamos tomar banho! – Ele falou empurrando a minha cadeira para o banheiro adaptado.
Walmir tirou a minha roupa e lançou-me numa cadeira especial, pôs em mim o bico de papagaio e Eu urinei. Por fim, sem nenhuma safadeza – Do lado do Walmir, claro! – terminamos o banho. Walmir fez o processo inverso e colocou, quase lutando, o uniforme em mim. Eu não queria, mas ele sabe muito bem manipular minhas decisões. Para o Walmir me fazer mudar de ideia, só precisava ele me dar um olhar reprovador.
Walmir e Eu direcionamos para a cozinha, e o novo chefe, Ronaldo, nos serviu com uma mesa farta; suco, doce de goiaba, queijo de vários tipos, pão integral, peixe, frutas... Nossa! Que mesa era aquela? O que mais me alegrava era que Eu teria aquilo, a partir daquele momento, todos os dias até o dia da minha mudança para Recife.
Ao fim da nossa refeição matinal, fomos para a sala assistir algo que passava na televisão. Faltavam mais ou menos 25 minutos para irmos à escola, então aproveitamos e ficamos namorando. Era engraçado ver o Walmir sentado no meu colo e abaixando o rosto para me beijar, quando, na verdade, deveria ser totalmente o contrário. Ri, mentalmente, com a situação.
Por volta das 07h15min, o motorista de papai nos deixou na escola. Fomos recebidos por várias pessoas, sorrisos e abraços. Eu não era o tipo de cara que gostava do afeto ou da pena das pessoas, mas naquele momento Eu estava gostando de tudo aquilo. Percebi que, em dado momento, o Walmir ficou desconfortável com as meninas que vieram abraçando-me e dando-me beijos na bochecha. Era incrível! Mesmo sabendo de meu compromisso com o Walmir, a maioria das meninas insistia em dar em cima de mim.
Direcionamo-nos a sala onde, no caminho, recebemos abraços de nossos verdadeiros amigos (Plinio, Marcos, Sofia, Acácio, Rafael e Celina). Quando Eu pensava que as saudações iriam terminar, eis que me surge Nadine. E Eu pensando que ele havia desaparecido. Nanny abraçou-me e, por incrível que pareça, Eu não lutei para tira-la de meus braços; ela parecia, realmente, arrependida de tudo o que fez.
– Desculpe-me, José! Por tudo. – Sussurrou em meu ouvido.
Eu não havia dito nada; apenas a abracei mais forte mostrando-a que ela estava perdoada. Depois da seção de abraços, todos direcionamo-nos para a nossa sala. As aulas passaram rapidamente. Resumindo, o dia estava sendo perfeito. Toda a vez que precisava urinar, o Baixinho levava-me ao banheiro e auxiliava ao ato. Por muitas vezes, ouvi o Walmir sendo elogiado por vários professores e os coordenadores da escola. Por incrível que pareça, a sensação de desconforto que tomava conta de mim, logo pela manhã, havia sumido. Eu sentia que estava em casa. Com os meus amigos de verdade, Eu realmente estava em minha casa. Em minha segunda casa.
No intervalo, percebi que nada, nada mesmo, havia mudado; Walmir sentou-se a mesa dos nerds junto com Acácio e Celina e Eu sentei-me à mesa dos populares com os meus amigos. Em um dado momento, pus-me a procurar o rosto de meu Baixinho, mas, como sempre, mais uma vez, ele percebeu minha necessidade em tê-lo e sentou-se, o mais rápido que pode, em meu colo. Aproveitei o momento chato e entediante que se estendeu na mesa dos atletas e fui para o jardim com o meu Baixinho, ainda sentado em meu colo. De repente, comecei a lembrar das coisas que haviam acontecido na manhã em que havia sofrido o acidente e pus-me a chorar; chorei muito enquanto o Walmir apenas apertava a minha cabeça contra o seu peito.
– Não pode se martirizar pelo imprevisível. – Disse-me Walmir beijando minha testa.
– Eu não consigo esquecer aquela merda, amor. – Falei chorando. – Eu não consigo. É torturante.
– Pare de tentar esquecer! – Ele falou levantando-se de meu colo. – Quanto mais você tentar esquecer mais vai lembrar. – Ele falou-me beijando a testa.
Ficamos o intervalo inteiro aproveitando aquele momento. O sinal soou anunciando a quarta aula, logo, direcionamo-nos para a sala. Enquanto as primeiras aulas passaram-se rapidamente, as duas últimas da manhã custavam a passar. Já estava ficando impaciente com tudo aquilo. A escola era legal, os amigos eram legais, mas Eu queria, pela primeira vez, estar fazendo a minha sessão de fisioterapia.
Quando o sinal tocou anunciando o término das aulas da manhã, Walmir e Eu pegamos o carro na frente da escola e fomos para a minha casa. Ao chegarmos lá, já fomos nos arrumar para ir à primeira sessão de fisioterapia. Eu já andava na água, há semanas, porém Eu não sabia como isso iria me ajudar a recuperar os sentidos. Eu realmente estava desanimando. Entramos na piscina e ficamos andando por algum tempo, até que o fisioterapeuta pediu-me para levantar a perna; sem esforço algum, Eu a levantei – O que o fez dizer que Eu já estava melhorando. Ficamos nesse lance por algum tempo até que ele me pediu para nadar. Dessa vez Eu fiz um pouco de esforço e comecei a bater, dentro d’água, os pés.
Após algumas horas na água, logo no término da fisioterapia, saímos da piscina e ficamos, Walmir e Eu, conversando próximos a mesa. Ronaldo, o chefe, perguntou se queríamos beber alguma coisa; sussurrando em seu ouvido, pedi para que ele trouxesse uma caipirinha – Não sou de ferro. – E Walmir pediu sorvete. Em questão de poucos minutos, Ronaldo nos serviu.
– Que bebida é essa, José? – Perguntou-me Walmir dando uma colherada no sorvete.
– Suco de limão. – Menti descaradamente.
– Tu finges que me convence e Eu finjo que acredito. – Ele falou revirando, cinicamente, os olhos.
– Senta aqui, Baixinho. – Falei tocando a minha perna sem segundas intenções.
Walmir por sua vez sentou-se e começamos a conversar. A cada colherada que ele dava no sorvete ele beijava a minha nunca; isso me arrepiava e excitava ao mesmo tempo. Em um dado momento, uma pequena porção do sorvete caiu por cima de minha perna.
– Porra, Baixinho! – Exclamei tirando o Walmir de meu colo. – Tá gelado...
– E você queria que estivesse... – Walmir parou sua frase e ficou espantado olhando para mim.
– O que foi? – Perguntei exaltado.
– Você sentiu que estava gelado? Você sentiu?
– Claro, né? Quem não sentiria?
– Você tem certeza que sentiu? – Ele interrogou-me feliz.
– Senti.
– Levanta dessa cadeira! – Ele ordenou sério.
– Você é louco? – Perguntei confuso.
– Vem! – Antes de poder falar alguma coisa, Walmir puxou-me da cadeira e fiquei, por alguns segundos, em pé.
– Baixinho... – Falei surpreso.
– Consegue sentir o toque do seu pé no chão?
– Um pouco. Na verdade, sim.
– Consegue andar?
– Acho que não.
– Tenta! – Ele falou olhando para mim. – Por mim, vai?! Por favor!
Com algum esforço, comecei a dar meus primeiros passos fora da cadeira. Era difícil andar, mas não impossível. Em um dado momento desequilibrei e cai por cima do Walmir.
– Você conseguiu, Grandão! – Ele exclamou rindo e beijando-me a boca.
Ainda no chão, continuamos o beijo. Fui, aos poucos, intensificando o beijo e tocando minha mão na bunda do Walmir e cintura do Walmir. Walmir, por sua vez, tocava-me da cintura ao peito, parava em meu peito e fazia movimentos circulares, apertava-o e repetia, várias vezes o movimento. Como num reflexo, fui abaixando, aos poucos a nossa sunga.
– Alguém pode nos ver. – Sussurrou em meu ouvido, Walmir.
– Quem?
– Esqueceu-se do chefe?
Olhei para o lado da casa e percebi que não havia movimento algum. Aos poucos, fui levantando-me com o auxilio do Walmir. Fiz menção de ir para a cadeira de rodas, porém o Walmir puxou-me pelo braço e começou a guiar-me, lentamente, para a entrada da casa. Em passos pequenos, Eu ia o seguindo e, a cada passo, a cada conquista, o Walmir sorria mais e mais. Eu também não conseguia conter minha felicidade. A pior parte da minha caminhada fora quando Eu tentei subir o degrau de minha casa. Tive de fazer grande esforço. Mas com o Baixinho, e pelo Baixinho, Eu fazia tudo. Em passos mais lentos que o da caminhada, Eu comecei a tentar levar minha perna. Era difícil, porém Eu insistia. Às vezes doía e beliscava pra caramba. Mas Eu me mantinha firme. Subi os oito degraus e direcionei-me, agora sem o auxilio do Walmir – porém ele permaneceu ao meu lado. – ao quarto. Chegando ao cômodo citado, puxei o Walmir pela cintura e agachei sua sunga até os pés. Subi passando minha língua de seu umbigo, correndo pelo mamilo e chegando a sua nuca. Sem querer perder tempo, joguei, de uma só vez, Walmir de quatro na cama. Sem pestanejar, cai de boca naquele cuzinho maravilhoso que ele tinha; minha língua percorria toda a extensão de sua bunda e chegava, lentamente, porém voraz, ao seu ânus. Quando minha língua encostava a sua entrada, Walmir gemia e jogava seu corpo para frente. Eu, por ser mais forte, puxava ele para mais perto de mim. Fiquei fazendo um cunete maravilhoso nele até que, por fim, decidi tentar penetra-lo. Pus a cabeça de meu pau em seu ânus e forcei; aos poucos, minha vara foi adentrado seu cú e, rapidamente, ela já estava toda alojada dentro dele.
– Tão... Quentinho... Aqui dentro. – Balbuciei enquanto ritmava meus movimentos dentro do Walmir.
Em um dado momento, minhas pernas – que aos poucos recuperava toda a sua sensibilidade – não aguentaram e desfaleceram. Eu caí ao lado, em cima da cama, e puxei o Walmir para sentar em minha vara. Parecia que ele nunca estava acostumado com aquilo. O prazer que ambos proporcionávamos um ao outro era incrível. Walmir começou a dançar em minha cara e Eu comecei a gemer auto.
– Quero olhar em seus olhos. – Falei puxando-o pela nuca; forçando-o a olhar para mim.
A penetração era melhor quando não desviávamos o olhar um do outro. Walmir continuou pulando, subindo e descendo. Na posição e no jeito que estávamos, não nos permitíamos gemer; Em questão de minutos Walmir gozou em meu peito e Eu gozei dentro dele. Walmir desfaleceu em cima de mim e ficou alisando meu peito com sua porra.
– Eu te amo tanto, Grandão! – Ele falou e Eu senti uma lágrima cair em peito esquerdo.
– Eu te amo mais, Baixinho! – Falei virando seu rosto e dando-lhe um beijo