Sempre achei que eu iria morre naquele orfanato, um dia quando tava chorando, como sempre escondido, Rafael veio perto.
Rafael- Feh para de chorar.
Eu apenas olhei para ele e voltei a chorar, eu sou muito, mais muito manteiga derretida, por qualquer coisa, que seja por tristeza ou felicidade, eu tinha um mar nos meus olhos, sempre pronto para transbordar.
Ele vendo que eu não parava de chorar me abraça forte, sempre me sentia bem com aquele abraço, eu parava de chorar, era meu porto seguro os seus braços.
E ali estávamos nos novo, depois de seis anos separados, abraçando-o me sentia bem, tinha o mesmo calor e a mesma quietude que me lembrava.
Rafael logo se afastou do meus braço, claro que era um desconhecido para ele, e logo tento me explicar, depois que as lagrimas pararam de cair.
Felipe- Desculpe, eu sou o Felipe.
Falo tentando recuperar meu fôlego, as palavras saíram difícil, e principalmente quando vir que ele não tava me reconhecendo ainda, quase voltei a chorar de novo, mas fui forte respirei mais uma vez e tomei outro fôlego.
Felipe- RAFAEL SOU EU, O FELIPE DO ORFANATO.
Dessa vez falei gritando eu não tava acreditando que ele tinha se esquecido de mim, não era possível e quando eu vi que a feição dele mudou para algo comparado com a felicidade, saudade, algo em seu olhar mudou, e percebo o leve sorriso na sua boca.
Rafael- eu não to acreditando que é você mesmo? Fera nunca iria te reconhecer, como mudou, virou um homem.
Nessa parte do homem eu tive que rir, risada controlada misturada com muitas emoções.
Felipe- Sim virei um homem, e você não mudou nada.
Falei rindo muito, claro que ele tinha mudando, o corpo dele tava o dobro, a altura também, o rosto tava muito mais másculo, mas não deixaram os traços da sua infantilidade.
Eu tava muito feliz, não queria deixa ele mais nenhum segundo, ate que algo tira um pouco da minha felicidade.
Desconhecida- RAFA! Voltei, quem é esse seu amigo.
Quando eu vi aquela loira, devia ter 1,70 de altura, cabelo liso e de tanta tinta tava branco já. Era bonita não podia negar, não fui com a cara dela, algo dela suava com falsidade, eu os olhos não demonstrava confiança.
Rafael- A Laura, esse é o Felipe, meu amigo de infância, Felipe essa é Laura, minha…namorada.
Na parte da minha namorada ele deu um engasgada, não sei se foi de vergonha ou algo, mas ela veio logo me dando um abraço muito artificial e um beijo no rosto, que senti meio que nojo, e falou.
Laura- Oi Felipe, se é amigo do meu Rafinha é meu também. Prazer em te conhecer.
Não sei de onde veio aquele ciúmes, tava com a cara fechada de novo, só queria que aquele dia acaba-se, tava morrendo de ciúmes de alguém que não via fazia seis anos, e que eu tinha certeza que não ligava mais para mim, também depois que eu fiz com ele.
Depois que Ana falou que eu ia ser adotado, eu fiquei em choque, era algo que eu nunca esperava, sempre pensei que eu ia viver para sempre naquele lugar, e o pior, deixar pessoas que eu conhecia a minha vida toda por desconhecidos.
Não que eu gostava daquele lugar, sempre falei que eu odiava, mas Ana e Rafael eram tudo o que eu tinha.
Eu logo pensei como eu podia deixar eles.
Mas deixei, Rafael quando recebeu a noticia que eu ia ser adotado, se fez de durão, ficou feliz, mas sabia que no fundo ele tava com ciúmes, inveja, raiva, abandonado, eu ia deixar ele.
Depois que eu fui adotado, Ana falou que logo o Rafael foi também, ele tava muito triste quase em depressão e teve a sorte de um casal de rico, te o adotado e levando para outro estado.
Eu fiquei feliz por ele, ia ter a chance de ter uma família de verdade também.
Depois da chegada da Laura quebrou meu encanto, mas ainda muito feliz por ter reencontrado ele.
Quando me despedi dele, me puxou e me abraçou de novo e falou baixinho.
Rafael- Eu nunca te perdoe por ter me deixado, mas estou muito feliz por ter ver novo.
Sabia que ele nunca me perdoo, mas eu não tinha culpa, mesmo deixando eles lá eu também queria ter uma família, uma chance de ser feliz fora daquele lugar.
Ele solta do abraço, aqueles braços forte e ombro largo quando me deixaram era um completo abandono.
Rafael- passa seu celular para nos se ver, colocar os papo em dia.
Falou ele alto, e eu passei o número, e ele saiu com a Laura de mão dada.
De novo o choro quis vir, ver eles dois junto foi algo muito forte, ver como ele tava feliz, sempre foi o mistério essa parte da minha vida, sempre queria saber como estava à vida dele.
E depois disso percebo que tava muito bem.
Meu celular toca e eu atendo sem olha para o numero.
Cecília- Lipe a onde você estar.
Escuto a voz doce e calma da Cece, (apelido carinhoso dela) mas percebo que tinha certo ar alterado, quase que de preocupação, se você não a conhece passaria isso facil, mas depois de conviver com essas duas pessoas que carregava um arco Iris em seus passos, cada mudança de humor era algo percebido facilmente.
Felipe- To na faculdade, por quê? Aconteceu alguma coisa?
Cecília- Lipe seu pai não falou que você tinha que leva e busca a Ju.
Nossa a Julia, com tantas emoções esqueci-me da minha maninha.
Felipe- Nossa Cece, eu tava ocupado, mas eu vou correndo busca ela.
Cecília- Calma, ela ta na diretoria, não precisa ir correndo não garoto, vai com calma e sem pressa.
E desligou o celular falando eu te amo e eu correspondi com a mesma afeição.
Entrei no carro e fui busca-la, mas não conseguia tirar esse dia da minha cabeça. Tava precisando de uma meditação urgente.
Meditar era umas das coisas dessa cultura que eu mais gostava, era algo que limpava minha mente, fazia eu pensa melhor, era algo que me deixava sozinho comigo mesmo. Onde eu podia tomar decisões racionais e emocionais juntas.
Logo que eu chego a casa depois de um banho relaxante, faço minhas meditações. E vou tenta dormi.
Tenho dois sonhos muito diferentes, um eu estava com Pedro em um jardim, cheio de flores colorida, estávamos sentando debaixo de uma arvore, ele tava lindo com sempre, tinha um lençol estendida no chão e tava cheio de comida, parecia que estávamos feliz, tudo era colorido, e alegre.
Mas aparece algo que me surpreendeu uma cobra apareceu do nada, ela queria dar um bote, mas ninguém a percebia era um desespero, eu tava assistindo isso, queria avisa eles que tinha uma cobra, que iria picar, sinto uma aflição e quando ela esta pronta ta da um bote no Pedro e em mim, meu sonho muda.
Agora estava no orfanato, no nosso cantinho, nosso lar, com o Rafael, não éramos mais criança, ele tava no mesmo jeito de hoje mais cedo, eu e ele estava nos beijamos, um deixo calmo, doce e amargo, um gosto diferente, parecia sangue, gosto de ferrugem na minha boca, aquele sangue tava começado a atrapalha nosso beijo, ate que tiro a minha boca da dele, e passo a mão para ver, e ela tava cheia de sangue, não sabia de quem era. Mas depois minha boca começou a arder, e senti que o sangue era meu.
Então Rafael olha meu desespero e fala.
Sonho Rafael- Isso não é nem um pouco da dor que você vai senti por ter me deixado sozinho.
E um buraco abre nos meus pés eu começo a cair, um escuro enorme, não sabia o que fazer, só pensava em querer sair de lá, chamava socorro, gritava, ate que eu vejo o fundo do buraco e lá estava um monte de coisas que eu não consigo ver o que são.
Vejo então que era algo escuro e sombrio, algo que me dava arrepio, era fogo, muito fogo, e Laura esperando por mim.
Tentei me mexer, correr, volta para cima, mas foi tudo em vão, eu tava caindo para aquele inferno.
Pus-me então a dar gritos altos, e para aumenta minha vergonha, descubro que os gritos são de verdade.
Alguém me abraça, tentavam me acalmar, não estava chorando, mas tava com uma cara de desespero, tava em choque.
Cecília- Meu Querubim, Calma eu to aqui com você, só foi um pesadelo, xiii, calma.
Ouvindo aquelas doces e amáveis, palavra materna eu desabo em chora, ultimamente só sabia fazer isso, precisa ser forte, parar de chora e ser maduro, mas não hoje.
Só queria o colo e o abraço da minha mãe.
GENTE BONITA, MAS UM PEDAÇO, VOU AGRADECER A TODOS QUE LERAM E COMENTARAM, OLHA MEU CONTO É FICCÃO MAS TEM VÁRIOS PONTOS BASEADO NA MINHA HISTORIA, EU TIVE UM PEDRO E UM RAFAEL EM MINHA VIDA, NAO FUI ADOTADO, MAS MEUS PAIS SÃO SUPER DE BEM COM A VIDA, QUASE QUE HIPPIE.
OBRIGADO A TODOS E ATE O PRÓXIMO.