Capítulo 2 - O descobrimento de um novo eu.
Eu estava determinado a matar Roberta, mas isso demoraria um pouco , eu tinho que conquistar sua confiança, ou melhor, se tornar seu amigo e acreditem foi muito fácil. Ela era meio idiotinha, eu não queriar usar de intrigas para separá-los , porque haveria a possibilidade deles voltarem, e isso eu não queria, eu tinha que realmente eliminá-la. Fiz alguns planos de como fazer isso, eu não estava com medo, estava disposto e coragem era algo que não me faltava, porém o que me acanhava era o receio de descobrirem quem era o seu assassino. Era estranho desejar tanto a morte de alguém, mas não me senti mal, o ódio por ela me sucumbiu e o amor por Romeu me deu a força necessária para continuar com meu estranho desejo. Roberta não era pessoa má , até que ela era muito bondosa, uma patricinha bondosa, ajudava na caridade e doava o que fosse preciso aos necessitados, ou seja, eu não deveria matar uma pessoa assim, certo? ERRADO, porque só o fato do Romeu está apaixonado por ela ,era motivo suficiente para matá-la, e esperaria a hora certa para concretizar isso.
Eles estavam noivos , mas demoraria para casarem, acho que em dois ou três anos. Isso era ótimo, me dava tempo. Eu continuava com minha amizade com Romeu, mas agora com Roberta, era difícil para termos um tempo só para nós dois, eles gostavam de ficar sozinhos, o que dilacerava meu mísero coração, quantas vezes eu não sofri por isso, chorava constantemente. O pouco tempo e m que eu podia passar com o Romeu , também tinha que passar com ela, por um lado foi bom, porque assim eu podia me aproximar do inimigo e conhecê-lo melhor.
Nós três conseguimos ingressar na universidade na capital, e por uma incrível coincidência cursamos medicina. Uma coisa que me matou foi saber que Romeu e Roberta morariam juntos em um apartamento na capital , os pais tinham uma boa vida financeira o que a lhe garantiu esse apartamento. Roberta queria que só eles dois morassem lá, mas como ele era um bom amigo ele a convenceu.
- Você quer que ele more com a gente? - ela perguntou descrente. - eu queria que ficassemos sozinhos, que tivessemos o nosso lugar - ela acrescentou meio decepcionada.
- Meu amor, por favor - ele disse compreensível - ele é meu amigo seu amigo também , ele vai pra capital também e vai cursar a mesma matéria que a gente , custa tentar, hein? - ele disse com uma cara fofa abraçando-a.
- Eu não gostei nada disso - ela disse meio irritada em seus braços.
- Roberta! - ele exclamou.
- Mas... - ela relutou - tudo bem - ela aceitou.
- Que ótimo, por isso que te amo - ele ressalou.
- Mas saiba que estou fazendo isso por você e também gosto do Rô - ela disse entre selinhos que eles estavam começando a dar.
- Bom saber , Roberta - disse entrando na situação, até porque eu só estava como telespectador.
- Você é meu amigo e do Romeu , por que não ? não é? - ela disse ainda agarrada a ele.
- É verdade - disse - então , obri gado - disse tentando ser complacente.
- De nada ! - ela falou.
- Tudo bem, é bom saber que vou ter meus dois meus dois melhores amigos como companhia - disse fingindo estar alegre - Bom... melhor deixar os dois sozinhos... Tchau! - me despedi deles porque estava com asco e inveja , daquela cena de demonstração de afeto.
Nos mudamos , demorei para me adaptar a vida nova, eu não gostava nada de ver os dois juntos , e me perguntava por quanto tempo eu aguentaria? Eu estava sendo masoquista comigo mesmo?. Realmente era difícil vê-los namorando,e saber que eles transavam no quarto ao lado. Na universidade eu não conseguia fazer novas amizades, eu apenas necessitava de Romeu, e a cada dia a mais eu odiava Roberta, eu tinha que fazer algo urgentemente. Eu tentava estar alegre, mas eu não conseguia esconder o meu semblamte de tristeza, o que me causava constantes crises de choros e senpre tentei escomder meus choros dos dois, mas um dia não teve como esconder de Romeu. Eu chorava inconsolávelmente, isso era um martírio, as lágrimas não paravam de rolar pelo meu rosto, e me perguntava "Por que eu não podia ter simplesmente a pessoa que eu amo?"; "Por que tem que ser tão difícil ?". Tinha entrado em depressão , pensamentos suicidas vinham constantemente a minha mente. Foi nesse em que eu chorava na sala , que Romeu me viu, não pude esconder mais.
- Por que choras? - ele veio até meu lado.
- Por amor! - arfei.
- Eu entendo - ele disse tentando ser compreensível.
- Não... você não entende não... - eu disse aos prantos e vi sua expressão de decepção.
- Quer me contar? - ele perguntou me abraçando.
- É um amor impossível! - desabafei - parece que nunca poderemos estar juntos realmente - acrescentei e choro não diminuía.
- Quer me dizer quem é ela? - ele perguntou.
Eu queria com aquilo naquele momento, e dizer que ele é o homem que amo, que sempre amei e que sempre amarei, mas às coisas não são fáceis pra mim, eu não encontrei coragem em mim, apenas chorei como sempre fiz...
- Tudo bem, não precisa chorar... - ele me consolou me deitando sobre seu peito - se realmente a ama, não importa às dificuldades e os problemas, lute por ela, lute por seu amor, escutou ? - ele disse confiante.
Eu apenas assenti com a cabeça.
Ele tinha razão, eu tinha que lutar , tinha que parar de fraquejar , eu tinha que agir , tinha que lutar por ele, por seu amor, eu não podia perder tempo. Roberta era o impedimento e eu tinha que eliminá-la.
Imediatamente parei de chorar, enchuguei minhas lágrimas, e disse a ele.
- O que quer fazer agora?
- Não sei... - disse duvidoso - Vamos assistir televisão? - ele disse mais alegre.
Fiquei meio receoso com sua proposta , porque a menos de um ano se descobriu que ele era epilético, prensenciei algumas de suas convulsões, e juro que me desesperei, eu não sabia como agir.
- Se você quiser? pra mim tudo bem - disse incerto.
- Eu quero! - ele pegou o controle e colocou em um canal de música.
Assistimos o um programa engraçado por algum tempo, e não paravámos de rir, eu me sentia tão bem ao seu lado, era como o meu novo eu , estivesse sumido, eu tinha voltado ao Romeu alegre e bonzinho, mas aconteceu algo inesperado. O programa ao qual assistimos tinha acabado e logo em seguida começou um show de música, isso não era bom sinal, havia muita mudança de luz de várias cores e quando reparei Romeu, ele estava com sua muscultura aumentando, seus membros se movendo de forma descordenadas constantemente, seus olhos não piscavam, suas pupilas giravam de um lado para outro e sua boca entreaberta, não era mais o Romeu ali, era como se algo o tivesse possuído. Me desesperei , não sabia o que o fazer tentei pegar o controle para desligar a televisão, eu estava tão aflito que não conseguia apertar o botão de desligar, minhas mãos não o encontrava.
- MERDA! - xinguei - cadê esse maldito botão - gritei.
Por causa do desespero, fiz algo inesperado, peguei o contole, e joguei com toda força na tela da Tv ,fez um pequeno estrondo, quando vi quebrei a Tv de 42 polegadas de LCD, não liguei pra isso. Romeu continuava com sua convulsão , tentei controlá-lo ,mas foi em vão.
- ROMEEEUUU! - gritei seu nome.
Eu o abraçei com toda a força em que tinha em meu frágil corpo, deitei sua cabeça um pouco, lacrimejei um pouco, senti os movimentos descontrolados do seu corpo e a única coisa que eu dizia era:
- Eu te amo... Eu te amo... - entre meu choro.
Ficavamos assim por um bom tempo , até que ele voltou a si.
- O que aconteceu? Por que a Tv está quebrada? - ele perguntou.
- Você teve uma crise epileptica - respondi triste.
- Ahn? Tudo bem - ele arfou - eu vou descansar, então - ele disse e foi para meu quarto.
Fiquei lá na sala, pensando, eu me declarei para ele, mas ele não tinha consciência disso, será que era sorte ou azar?
Eu estava obcecado por Romeu, roubava coisas dele, principalmente roupas, camisas e cuecas eram minha preferência, eu adora me mastubar sentido seu cheiro, fazia declarações de amor a ele, em diário virtual, e tinha centenas de fotos dele, algumas eram montagens de nós dois, como se fossemos namorados. É eu realmente estava louco, eu fazia um espécie de ritual com essas coisas. Fiz em um dia em que eu achava que estava sozinho, mas foi quando, veio Roberta visivelmente irritada quase que derrubando a porta.
- Você é louco ou quê? - ele perguntou brava.
- O quê? - perguntei não entendendo nada.
- Como você deixou o Romeu assistir Tv, você não sabe que ele é epiléptico? - ela me qusmestionou, e quando dei por mim ela começou a observar melhor o meu quarto, e viu as fotos dele e as roupas sumidas.
- Mas ele queria assistir Tv - disse.
- O que essas roupas do Romeu , que estavam "desaparecidas" estão fazendo no seu quarto? - ela me questionou denovo e disse segurando uma camisa - e essas fotos montadas de vocês se beijando, hein? e escrito "meu amor"? - ela perguntou olhando para tela do compu tador - Pode me dizer o que significam essas coisas ? - ele me perguntou brava.
- Eu amo ele! - pronto revelei.
- Nunca pude imaginar - ela disse se fazendo de ofendida - você é uma aberração ! ele nunca vai querer nada com você - ela exclamou.
- É o que veremos - disse calmamente.
- Quero que saia daqui agora! - ela gritou.
- Não se preoucupe querida eu vou sair - continuei calmo.
- Ótimo! quando eu voltar espero não ver você nunca mais - ela disse saindo do quarto.
- E farei que isso aconteça, não se preoucupe - disse com um sorriso malicioso.
Eu sabia o que fazer naquele momento , eu faria algo que devia a fazer há muito tempo, ou melhor, faria com que seu desejo se tornasse realidade. Eu sabia onde ela estava, ela sempre ia de refletir na cobertura do prédio, ela devia estar lá, então fui ao seu encontro. Ela estava lá , perto da sacada do prédio como eu havia premeditado, era madrugada , as nuvens combriam a lua, era bem soturno e muito frio.
- Roberta! - exclamei. - preciso conversar com você antes de ir embora. Me aproximei dela.
- O que você quer - ela disse com os olhos lacrimejando.
- Eu não quero ir embora brigada com você - menti.
- Eu não acredito em nada do que você fala! Eu sei muito bem que você não se arrependeu, posso ver em seus olhos - Ele disse irritada.
- Tudo bem se você não quer acreditar em mim.... mas saiba que sempre considerarei você minha amiga - disse cinicamente e me aproximando cada vez mais dela.
- Faça mil favores - ela arfou - vai embora logo! - ela mandou.
Para minha sorte ela ficou de costas pra mim, e bem na beirada da sacada, aquele era o momento certo, tinha que fazer o que era pra ser feito, era o meu destino e o dela também, tinha que fazer isso por amor. Me aproximei dela , e concentrei força o suficiente em braços para empurrá-la , foi um ele impulso, apenas suas pernas se chocar com a sacada e seu corpo deslizar para para baixo, e tudo que pude ouvir foi o seu grito ensurdecedor de desespero com alguns ecos e sumi em alguns segundos, com certeza ela já estava esmagada no chão. Me aproximei um pouco do sacada e vi seu corpo esmagado, vi suas pernas tortas, seus braços estraçalhados por causa do seu impacto no chão, e muito sangue, principalmente ao seu redor, seu sangue meio rubro jorrava como água pelo chão, era lindo.
- Pronto! querida realizei seu desejo , você nunca mais vai me ver - disse orgulhoso a mim mesmo.
"Estava feito matei Roberta, agora nada me impediria de ter o amor de Romeu, eu vou fazer valer de verdade nosso pacto, eu a matei em nome do nosso amor, e quer saber, eu gostei...."
Continua...