O Irmão Ogro 2 - IV

Um conto erótico de CrisBR
Categoria: Homossexual
Contém 914 palavras
Data: 22/11/2012 21:33:52
Assuntos: Gay, Homossexual

Gente, muito legal ver o comentário de vocês. Impulsiona muito receber esses tantos elogios, tanto da história quanto de mim como autor. Valeu mesmo e espero que esteja cada dia mais à altura dos comentários e votos. Obrigado e boa leitura...

- A atitude que eu tive no seu apê. Não sabia que tu ia me beijar e me assustei. Foi mal!

- Tudo bem. Era melhor nem ter...

Dessa vez ele que me surpreendeu. E dessa vez, foi um beijo de verdade. Não sei ao certo se correspondi, mas demorou mais que o primeiro e pode sentir o seu gosto. Por pouco tempo.

Bruno chegou e acabou com aquilo.

Só percebi quando Leandro olhava furioso para Bruno, do chão, após ter recebido um soco da qual eu teria desfalecido se tivesse levado.

- Me explica isso agora!

Bruno estava furioso e olhava pra mim. Eu estava paralisado, afinal metade da boate já havia percebido o soco, Leandro estava no chão e Bruno esperando uma resposta. Fiz o que acharia mais tosco se pensasse, mas sequer deu tempo pra isso.

Fugi. Saí da boate e me escorei em um poste na porta. Minha sensação era de ser o Judas da história, esperando pela sua condenação, pela punição. Segundos depois pude ver Bruno saindo bufando, olhando pra mim com ódio, como eu nunca tinha visto.

- Você não devia ter feito isso cara.

- Me escuta Bruno.

- Me escuta o caralho. Eu to indo pra casa, pega um taxi e lá a gente resolve tudo. Melhor eu ir sozinho pra não fazer com você o que eu to com vontade.

Eu sentia medo. Bruno foi saindo e eu permaneci ali, parado, até ver Leandro, ainda meio zonzo, saindo da boate.

- Você tá bem?

- Poxa, esse seu irmãozinho é forte hein.

Ele estava de bom amor, mas eu imaginava a dor que ele estava sentindo, afinal eu estava sentindo o triplo de dor, internamente.

- Eu preciso ir pra casa. Você vai também?

- Vou... a república que eu moro é pertinho daqui. Vou até a pé. Seu brother já foi né?

- Já. Agora quem vai resolver com ele sou eu.

Ia saindo quando ele segurou meu braço.

- Mas pelo beijo, o soco valeu a pena.

Nem pensei no que ele disse e entrei no primeiro taxi que vi na frente. Só pensava no que ia dizer pro Bruno quando chegasse. Meus argumentos eram falhos, eu coloquei tudo a perder e precisava me responsabilizar. Fugir não adiantaria, mentir seria pior. Era hora de encarar.

O taxi chegou mais rápido do que eu planejava. Subi até o apartamento e segurei na maçaneta por minutos, até criar coragem.

Entrei!

Ele estava na sala, ainda com a expressão de raiva. Um copo com um líquido na mão e a outra mão fechada, como se quisesse acertar alguém.

Entrei e me sentei no sofá em sua frente, sem saber o que dizer. Mas eu precisava começar.

- Eu vou explicar...

- Poupa seu tempo... e me poupa também de ouvir merda. Você tem duas escolhas: ou pega suas coisas e vai atrás do seu novo romance, ou fica aqui fingindo que eu não existo.

- Bruno, você precisa entender...

- Quem precisa entender é você.

Meus olhos se encheram de lágrimas e num pulo ele se aproximou do meu rosto, ainda falando alto.

- Eu saí daquela merda de cidade, te trouxe pra cá, enfrentei todo mundo e venho trabalhando duro pra você não precisar se preocupar com nada e é isso que eu ganho de troco. Você é um moleque Carlos. Colocou tudo a perder por molecagem. A vontade que eu tenho é de te arrebentar agora.

Não sei de onde tirei coragem, mas decidi enfrentá-lo, senão ele iria longe demais.

- Vai me bater? Bate. Vai, arrebenta minha cara. Eu mereço e você vai se aliviar por agora.

- Não. O que você merece agora é meu desprezo e você já conseguiu. Eu tô indo dormir. Se vira.

Observei sua saída da sala ainda anestesiado. Esperava essa reação, mas não estava preparado. O beijo, o soco, a fuga e agora o desprezo. Estava complicado administrar. Segui para o outro quarto e me assustei ao ver quase todas as minhas roupas jogadas lá. A porta do nosso quarto, agora quarto do Bruno estava trancada. Era isso.

A ideia dele era me colocar pra fora e eu iria cumprir o que ele queria. Aquele apartamento era dele. Bruno jogou isso na minha cara quando disse que ele trabalhava pra me manter. Mas o que ele achava que eu era? Um garoto de programa, um michê que ele banca pra ter prazer em troca?

Eu estava errado, antes dele. Então, era eu que deveria sair, sem reclamar.

E foi isso que eu fiz. Em vinte minutos estava na portaria, chorando sim, mas consciente que essa era a escolha mais condizente com meus pensamentos. Carregando minhas roupas numa bolsa de viagem e algum dinheiro, saí andando sem saber o que fazer.

Me sentei próximo à praia, observando o movimento, as ondas, as pessoas, os casais.

Eu não merecia Bruno depois do que eu fiz. Tinha defeitos, como todos têm, mas eu o amava, o amo. Meu irmão, meu guardião, meu amor, meu tudo. Aliás, meu ex-amor, meu ex-tudo.

Andei por mais uns minutos até parar numa praça bem movimentada. Me deitei no banco, usando minha bolsa de travesseiro.

Cheio de dúvidas, sem saber o que fazer, o que pensar, o que justificar. Mas com uma certeza: tinha acabado.

Carlos e Bruno não existia mais! Acabou.

CONTINUA...

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Comentários

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Peeeeeeeeeeeeeeega sua gay malditan, se fudeu Carlos, acho é otimo TOMA!

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FANTÁSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSTICO!!!!!!!!!!!!!!!!

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Caramba! Dessa vez até chorei! Tá ficando d+! Tô morrendo de pena do Carlos, mas ele procurou né....

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Seu conto está ótimo, mas o tamanho dele é uma tristeza rsrs. Muito pequeno para uma história interessante, muito interessante. Abraços

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Maravilhoso, mas n posso dizer que estou triste pelo Carlos, ele vacilou, agora só o que resta é ele saber encarar a realidade, e se ainda resta um pingo de amor pelo irmão, que lute por ele.

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Finalmente! Não agüentava mais eles dois juntos, como eu sempre disse, homem é tudo igual, e me chamem do que quiserem, e sim, eu já provei vários. Você é novo e vai ficar se prendendo a um amor? Viva a sua vida!

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Não! O Carlos e o Bruno precisam ficar juntos. Espero que eles voltem, e logo! rs

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É...Situação meia constrangedora e também infantil por falta de uma conversa esclarecedora.

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É uma pena. Mas cadê a maturidade, o comportamento de homem? O Carlos precisa crescer!

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ai que pena espero que os dois vejam os erros que cometeram e se acertem beijos esta maravilhoso como sempre 10000000000000000

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QUE MAU CARATER!!! Além de errado esse Carlos ainda é abusadinho?! Tomara que fiquei sozinho! Parabéns Cris! Li todos num dia só. Nota 10!

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Espero que vocês nao terminem desse jeito.

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