Nesse momento ele me olhou com um olhar de culpa, me senti a pior pessoa do mundo, não me permitia ser julgado por
ele, nessa hora não aguentei e comecei a chorar muito.
Rafael- Calma amor, eu sei que não foi culpa sua.
Ele me abraçou e depois foi atrás de noticia de Laura.
Depois de alguns minutos chega Rafael chorando e me abraçado muito forte. O que tinha acontecido, fiquei muito preocupado.
Felipe- Rafael? Rafael? O que aconteceu?
Ele tava desconsolado, esperei ele se acalma, a angustia estava acabando comigo.
Rafael- O bebê…ta bem… Mas Laura parece que não vai se salvar.
Felipe- O QUE?
Rafael- Ela ta com uma hemorragia muito grande, ela ta nas ultimas, o medico me mandou ir me despedir dela.
Não podia acreditam nisso, apesar dela ser uma pessoa má, ainda era um ser humano, não merecia isso, e me senti muito mais culpado ainda.
Rafael- Eu já fui lá, mas ela chamou você.
O que ela queria comigo? Não sabia se tinha essa coragem de vê-la morrendo. Mas eu tinha que conversar com ela, pedir muitas desculpas. Por que ela tinha que ser tão descontrolada? Eu me senti péssimo por isso, eu tinha causado isso.
Rafael- Felipe olha para mim, ela falou que não você não teve culpa, ela caiu sozinha, ela assumiu que ela foi à culpada.
Felipe- Mesmo assim Rafael, se nós não se briga-se, ela estaria bem agora.
Rafael- Para de ser culpa amor, vai fala com ela, por favor, talvez isso te deixe melhor.
E foi ate o quarto que ela estava, quando entrei lá ela estava olhando para o teto, sua barriga estava deformada ainda, mas agora tava vazia, sua pele estava branca, tinha perdido muito sangue, mesmo com as transfusões que ela tinha feito não tinha ajudado.
Laura- Felipe!
Felipe- Calma Laura não se mexe.
Laura- Você sempre irritante!
Então ela fez algo que eu duvidei, ela riu com sinceridade. Mas depois seu sorriso desfez com uma expressão de dor.
Felipe- Você estar bem?
Falei isso na duvida se ficava ou chamava um medico.
Laura- Me desculpe.
Felipe- Eu que peço desculpa Laura, não tinha que ter brigando com você.
Laura- Não Felipe, me desculpa por tudo.
Felipe- Laura, por favor, não morre.
Laura- Não tem jeito, mas agora você ganhou, vai poder ser feliz com o Rafael.
Felipe- Não queria que terminasse assim.
Laura- Cuida do meu filho? Fiquei sabendo que é um menino, quero que se chame Rafael Junior.
Não falei nada, apenas afirmei com a cabeça.
Laura- Você sempre sendo tão perfeitinho, mesmo todo mal que eu te fiz ainda senti pena de mim.
Felipe- Claro que sinto.
Laura- Me desculpe pelo maior mal que fiz com você.
Fiquei confuso, eram tantos que não sabia qual era.
Laura- Felipe se lembra de quem te atacou na mata?
Felipe- Não, por que foi um acidente.
Laura- Não foi Felipe, eu ajudei, mas não foi eu que te acertei com o pedaço de pau, mas tomar cuidado com…
Rafael- Ta tudo bem aqui?
Felipe- Um minuto Rafael, to falando com ela.
Falei desespero querendo uma resposta de quem me atacou.
Rafael- Desculpe, mas preciso falar com ela por um segundo Felipe.
Laura- Que foi Rafael?
Rafael- Quero trazer o nosso filho para você ver, mas acho que ele ta muito novinho e não dar para vir aqui, mas tirei
uma foto no celular.
Então ela viu a foto, e derramou uma lagrima e chamou nós dois perto.
Eu queria saber quem tinha me atacado na mata, mas vendo a situação dela eu esqueci e fiquei emocionado.
Ela segurou nossa mão e falou com dificuldade.
Laura- Quero que vocês dois me desculpe por tudo que eu fiz, que sejam muito felizes, e que cuide muito bem do meu
filho, alias do nosso filho. Rafael eu te amo demais, mas seu coração é de outra pessoa, eu tinha que ter respeitado isso dês do começo, mas agora eu vejo que você só vai ser feliz do lado de quem você ama.
O Rafael começou chorar também, ela ta sem fôlego, respiração muito fraca.
Rafael- Por favor Laura, ficar viva, ajudar criar nosso filho.
Laura- Desculpe...
Felipe- LAURA?
Quando eu ia pergunta sobre o acidente da mata, ela simplesmente não respondeu nada. Nunca ouvi o final da frase que ela ia falar antes do Rafael chegar, por que ela faleceu, sei que vocês pode pensa que é muito clichê isso, mas acho que ela fez de propósito ou sei lá, mesmo morrendo ela conseguia me deixar louco.
Ela simplesmente parou de falar e o barulho dos aparelhos que ela tava ligada apitou anunciando sua morte, e um monte de enfermeiro e medico vieram e tirando eu e Rafael do quarto e tentando ressuscitar em vão o corpo desfalecido de Laura.
Chorei com aquela cena, eu estava abraçado ao Rafael, Laura ajudou tentar me matar, mas mesmo assim sentia um sentimento de pena, dó, compaixão, culpa? Não sabia só que ela não merecia esse final.
E sair de lá deixando o Rafael para trás e andando pelos corredores do hospital, meus olhos estavam inchados, e embaçado pelas lagrimas, ate que um choro muito diferente e alto me despertou.
Era o berçário, aquele lugar me fazia bem, resolvi entrar, mas a enfermeira me parou.
Enfermeira- Desculpe, mas não pode entrar aqui.
Felipe- Queria saber de um bebê que acabou de nascer.
Enfermeira- É da mulher que acabou de falecer?
Ouvindo a enfermeira fala aquilo me lembrou todas as cenas que eu vi, e a situação que eu estava, mas me foquei.
Felipe- Sim!
Falei com a cabeça baixa segurando as lagrimas.
Eu não podia entrar no quarto, mas tinha uma grande parede de vidro que separava eu das crianças. Então podia ver todos, e a enfermeira me mostrou qual era.
Tinha bebês de todos os tipos, mas tinha um em uma incubadora, olhando rápido parecia uma pequena e frágil criança.
Mas olhando melhor ele era a coisa mais linda do mundo, nunca tinha visto um bebê lindo como aquele, estava meio inchadinho, mas mesmo assim ele era uma criança alegre, parecia que um tinha um arco-íris em sua feição.
Vendo aquele bebê, abrir um sorriso enorme, ele era a coisinha mais fofa do mundo. Com certeza ele iria fazer feliz qualquer pessoa que chegasse perto, mas senti muito mal por saber que ele nunca iria conhecer a sua mãe. E aquilo me atingiu como um tiro e resolvi sair de lá correndo.
Tinham acontecido muitas coisas, quem era a pessoa que tinha me atacado, sabia que a Laura tinha ajudado, mas como assim tinha outra pessoa? Será que eu era tão odiável assim?
Fui para qualquer lugar, estava hipnotizado, não queria pensa em nada, somente queria esquecer tudo aquilo, ou nascer de novo.
Por que a vida tinha que ter tantos problemas? Não seria mais fácil nascemos com uma historia perfeita, onde não precisávamos lutar e nem sofrer por nada.
Mas como dizia Machado de Asis, “A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo do universo”.
Nesse momento me sentia um mar morto, me sentia muito mal, estava despedaçado. Sentei um banco, acho que eu estava em uma praça, não olhei para o lado, ate que sinto uma presença do meu lado.
Pedro- Calma.
Levei um leve susto, mas não olhei para ver de onde vinha essa voz, mas sabia que não era real.
Felipe- Bem que seria fácil falar, ela morreu por minha causa.
Sabia que não era o Pedro de verdade, mas agora eu tava vendo fantasma? A ótimo! Ou era simplesmente minha consciência, não sabia o que era, não olhei para ele, apenas percebi que a voz era igual.
Pedro- Você não teve culpa.
Felipe- Queria tanto que fosse verdade isso, alias tantas coisas eu queria.
Mas ele não respondeu mais nada, por que quando eu olho para o lado não tinha ninguém. Mas era bom ouvi a sua voz de novo. Tava nesse mar de angustia ate que alguém de verdade me abraçou e falou no meu ouvindo.
Rafael- Tudo vai ficar bem.
Esse sim estava presente em minha vida, me senti protegido, ele era minha salvação.
Felipe- O que vai acontecer agora Rafael? E a criança?
Rafael- Eu não sei, mas sei que ele é meu filho e vou cuidar dele, mas queria saber se você ta a fim de me ajudar nessa missão? Quer ser casar comigo?
Continua... até a próxima temporadaBOM MINHA GENTE ACABOU A PRIMEIRA TEMPORADA, ALIAS ESSA É A SEGUNDA, EU TINHA QUE TER PARADO A PRIMEIRA TEMPORADA NO DIA QUE O FELIPE FOI PARA O HOSPITAL POR CAUSA DO ACIDENTE DA MATA, MAS TA VALENDO, VOU COMEÇA A SEGUNDA TEMPORADA (TERCEIRA) E ACHO QUE VOU POSTAR AMANHA. MAS OBRIGADO POR ESTARES COMIGO ATE HOJE. BJS A TODOS, ATE A PRÓXIMA.
