O Demônio da Depravassão- Cap.01

Um conto erótico de Lucas
Categoria: Homossexual
Contém 1209 palavras
Data: 24/11/2012 15:57:58
Assuntos: Homossexual, Gay, inicio

Você já ouviu vozes dentro da própria cabeça?

Já foi atormentado por um pensamento pervertido?

Teve que realizar algo que em princípio não queria ou achava errado só

para poder se livrar dessa ideia?

Sinceramente, espero que nada disso tenha se passado com você, até

agora...

Leia com cuidado. Não tire seus olhos das letras e

sinta o Demônio da depravassão tomar conta de você aos poucos.

Planeje e escolha as vítimas certas, abuse ao extremo delas, use-as completamente, e tente conviver com essa incrível mente

depravada que existe dentro de você. Poucas coisas podem ser mais assustadoras que a

própria consciência.

Não está ouvindo a voz?Antes de contar a minha história, preciso fazer algumas considerações sobre

o que resolvi chamar de Demônio da Depravassão.

Em sua busca para descobrir quais teriam sido as intenções de Deus ao

criá-lo, o homem acabou por se analisar e chegou às seguintes conclusões: como

Deus lhe deu órgãos digestivos, é preciso que o homem se alimente para manter

seu corpo. Essa necessidade impulsiona o homem como o chicote impulsiona o

cavalo e, movido por ela, o homem come. Com a energia proveniente da comida,

o homem transforma o seu meio. Deus também pôs no homem acessórios para

que ele se reproduzisse e continuasse sua existência terrestre. A mente humana

também foi outro presente divino e, com ela, o homem foi capaz de seguir normas

morais e intelectuais.

Tal pensamento teria sido mais exato se o homem tentasse deduzir as intenções

divinas a partir daquilo que o próprio homem faz, e não a partir de suas

suposições sobre o que ele acha que Deus quer que ele faça. Se já é difícil para

nós entendermos Deus em suas obras visíveis como os grilos, as girafas, as montanhas,

as estrelas, as marés... como será possível tentar entender os pensamentos

e as intenções de Deus ao criar as coisas que criou?

Posteriormente, a FRENOLOGIA (teoria obsoleta que estudava o caráter e as funções intelectuais

do homem, tendo como base a configuração do crânio) admitiu a Depravassão como uma característica

congênita, primitiva e paradoxal de boa parcela da raça humana. Como

se, ao nascer, já estivéssemos condenados pela Depravassão. Todos nós, mais

cedo ou mais tarde, acabamos ATORMENTADOS por vozes internas, pensamentos

repetitivos que vêm de nosso interior e que causam impulsos violentos. Esse impulso violento,

essa loucura mental muitas vezes só precisa de uma faísca, uma breve ideia para

virar um impulso, para que esse impulso se converta em desejo e o desejo, em

vontade. A partir daí, a vontade se torna uma angústia incontrolável que, infelizmente,

é satisfeita. Digo infelizmente porque, quase sempre, satisfazer nossos instintos

primitivos não é algo de acordo com o sistema moral e social em que vivemos...

Quase sempre isso nos causa transtornos, REMORSOS e sofrimentos.

Essas crises, tão cruciais para um ser humano, nos arrebatam num instante

e exigem decisões rápidas, energia e ações imediatas. É como nos vermos

numa fuga e, subitamente, nossa estrada acaba em um precipício. A primeira

ideia, a de pular, nos causa medo, nojo, receio, angústia. Contudo, nossos

inimigos se aproximam e começamos a analisar melhor o abismo. Começamos

a traçar uma rota de fuga no ar. Imaginamos que aquela é a única saída,

mesmo que não haja nada para nos deter. Então, empurrados pelo espírito

da Depravassão, nós cometemos a loucura porque no fundo sabíamos que

não deveríamos cometê-la. A Depravassão nos tira do sério e reduz nosso

princípio inteligível a MIGALHAS.

Desculpem minha demora e minha filosofia, mas precisava tentar

explicar por que me encontro encarcerado nesta cela reforçada. É sobre

isso que quero falar. Ouçam minha história e vão entender por que

me encontro agora trancado numa cela fria, com correntes nos punhos e

tornozelos.

Acredito que nenhuma aventura humana, nenhum crime, nenhuma façanha

tenha sido tão bem planejada e executada quanto a minha. Durante

meses dediquei todo o meu tempo a ele e outros meses pensando em uma forma de executar

minha proeza. Fiz desenhos, cálculos, li livros, passei horas imaginando

situações e descobrindo suas falhas. Quando era possível, eu as solucionava;

se não fosse possível reparar as falhas, abandonava o plano e partia para a mentalização

de outro modo de eliminar meu oponente. Até que li num romance

francês sobre a morte acidental de uma personagem chamada Madame Pilau, por

uma vela envenenada. Pensei e repensei sobre aquele crime e após um detalhado

estudo, resolvi adotá-lo.

Foi preciso aprender a envenenar uma vela e armar uma forma de colocá-la no

castiçal de minha vítima, mas essa parte não foi tão díficil já que eu sou muito intimo dele. Para tanto, armei um jantar na qual comemos

bastante. Quando minha vítima foi ao banheiro,

com extremo cuidado e esperteza entrei em seu aposento e substituí a vela. Os demais fatos

decorreriam naturalmente, uma vez que minha vítima adorava ler deitada em sua

cama e que seu quarto era estreito, pequeno e com muito pouca ventilação.

“Por que eu o usei e depois o matei?” — você deve estar se perguntando.

Posso responder que estava de olho em sua herança, já que tudo que era

dele seria meu quando ele morresse. Achei melhor não esperar tanto e, por isso,

abreviei sua morte. No entanto, à medida que eu elaborava meu plano, meu interesse

em sua perfeição, em seus detalhes e em sua execução iam deixando o seu

objetivo final — tornar-me um homem rico — de lado. Posso dizer sem problema

algum que, embora eu tenha utilizado de vários bens materiais provenientes

do meu crime, nenhum deles me deu a satisfação pessoal que o assassinato ainda

me causa.

Lembro-me com intensidade do momento em que entrei no quarto, a porta rangendo

e meu coração pulando dentro do peito enquanto substituía a vela normal

pela envenenada. “Durma bem, querido!”, pronunciei com orgulho e malícia.

Voltei para a sala e logo ele voltava do banheiro. Com muita naturalidade,

retomei nossa conversa sobre cavalos. Que papo mais chato.... conversar sobre cavalos.

Depois, sempre pensando em minha segurança, lembro-me de ter destruído

todas as minhas anotações e livros que remetessem ao crime. Estava quase apreciando

o fogo devorar as evidências quando fui surpreendido por uma voz:

— Você aqui!

Era um amigo... amigo não, mais que isso, tivemos um caso nos tempos de escola e eu sabia que ele ainda gostava de mim e ia usar isso ao meu favor.

Meu estômago gelou. Fingi um sorriso

saudoso. Ele se aproximou. Pensei em matá-lo, mas seria tolice cometer um crime

sem planejá-lo antes. Tive outra ideia:

— Venha até aqui, estou fazendo uma pequena fogueira para combater

esse frio.

O sujeito se aproximou na tarde gelada de inverno, o fogo já devorava com desejo

os rascunhos que poderiam provar minha culpa, aproveitei e começei a seduzi-lo e logo estava-mos agarrados no chão úmido, não demorou muito, nos ajeitamos, pomos as mãos na frente do fogo para nos aquecer e começamos a conversar.

— Que boa ideia — ele disse.

— É. Eu tenho mania de juntar muito papel, muito lixo. Mas hoje, com esse

frio, tomei coragem e pus fogo em tudo!

Ele apenas sorriu. Por sorte era um sujeito tosco, pouco afeito a livros, e

logo mudamos de assunto. Minutos depois meu casinho de escola foi embora e fiquei

mais calmo.

Continua...

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Um conto interessante, narrado pelo próprio assassino, dá uma ótica diferente, mas confesso que não gosto de mexer com coisas sobrenaturais, demônios, isso me assusta. Acabei de ver que você recebeu uma nota e que sinceramente não foi eu a dar, verifiquei meu painel e constatei outras notas abaixo de 10, não dou notas inferiores a 10, acho que minha senha foi haqueada, por isso acabo de mudá-la, vou tentar lhe dar 10, espero que dê certo, desculpas por isso!!!

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