ME DESCOBRINDO EM SEU CORPO

Um conto erótico de Anjo Cigano
Categoria: Heterossexual
Contém 6773 palavras
Data: 03/11/2012 03:15:08
Última revisão: 25/11/2012 03:36:19

Já passava das duas da manhã e em meu quarto só se ouvia meus gemidos e o zumbido do bullet vermelho que comprara na 25 de março num sábado de folga do meu trabalho como telefonista.

O motivo de minha “siririca” não era nenhum galãzinho de filme de vampiros ou da novela infinita da tarde e sim um homem de 55 anos, delegado de polícia e... Meu padrinho!

Pernas enrijecidas, vagina “mordendo”, uma sensibilidade meio que dolorida ao tirar o objeto de meu clitóris marcaram mais um orgasmo chamando o nome dele.

Antônio... Esse era o nome que não saia de minha boca enquanto gozava sozinha, assim como quando tinha alguma dor ou algum pesadelo era por ele que eu chamava e não era para menos...

Eu sempre tive tudo o que quis, meu pai é um investigador de polícia corrupto e violento cujas traições e humilhações levaram minha mãe ao suicídio quando eu ainda tinha 11 anos. Desde então nutri uma raiva e um desejo de vingança por ele que só me fizeram mal.

O dinheiro sujo que ele ganhava sempre me possibilitou bons estudos, boas roupas, um gordo cartão de crédito, se dissesse que algum dia me negou algo estarei mentindo, mas o despeito era maior e logo que entrei na adolescência comecei a usar drogas leves e a roubar apenas pelo prazer de lhe causar desgostos. Apanhei muito, mas chorei pouco, pois sabia que cada tava que ele me desferia doía mais nele do que em mim, não por me amar e sim por saber que eu estava ferindo seu ego.

Na minha última “reinação” a coisa foi pior...

Fui pega roubando uma loja de CDs, minha bolsa estava cheia de títulos que eu nem curtia, mas peguei e nem fiz questão de me esconder das câmeras, estava chapada de vodca e maconha e nem senti a brutalidade dos PMS que me enfiaram numa viatura sob os gritos de ladra da dona da loja.

Policiais... Odiava essa raça, sempre os considerei um bando de grossos e desonestos, e não era pra menos a imagem que eu tinha em casa não era da melhor. Apesar de que sempre ouvi minha mãe quando viva dizendo que meu padrinho era diferente, que minha madrinha era uma mulher de sorte, que era honesto, fiel... Mesmo assim não acreditava e bastava meu pai gritar com ela ou lhe trair para eu pensar que todos eram iguais.

Mas voltando ao fatídico dia, minha aventura com meus amigos doidos que nada queriam da vida havia acabado mal: numa delegacia e já passava da hora de meu pai aparecer por lá gritando com meio mundo e me levando pra casa abaixo de cascudos e eu já começava a me preocupar.

Vinte e quatro horas e nada... O efeito do álcool e da maconha já havia passado e realmente eu me sentia em apuros. No segundo dia já estava desesperada e chorava agarrada a um travesseiro mal cheiroso enquanto tentava me esquivar dos olhares atentos de duas lésbicas mal encaradas que dividiam a cela comigo, quando ouvi uma voz desconhecida, porém familiar.

O sotaque meio italianado “importado” da Mooca e a tosse constante não me era estranho.

-Pode soltar a moça eu assino aonde?

Virei-me lentamente e dei de cara com o moreno alto de pele azeitonada e olhos verdes escuros que me olhava pela cela.

O rosto não me era estranho...

-Lembra de mim princesa?

O “princesa”... Só uma pessoa me chamava assim desde criança. Meu padrinho Antônio que eu não via desde os seis anos.

-Toninho?

-Vim te levar pra casa...

-Que casa? Não tenho mais casa.

-Tem a minha... Tá uma zona, mas...

Disse rindo enquanto a carcereira abria a cela.

Se não fosse por ele estaria sei lá onde. Não vou negar que por vezes tive vontade de mandar aquele cara grosso e mandão que me obrigou a arranjar um emprego e a chegar ao máximo as 22h00min em casa pro inferno, mas quanto mais o tempo passava mais eu me sentia estranha em relação a ele. Até da foto sorridente de minha marinha que falecera junto com a filhinha deles de um ano em um acidente de carro na estante da sala me irritava quando eu pensava que ele ainda a amava.

Não dava “o braço a torcer” e sempre que podia o contrariava, ouvindo meu rock pesado ou arranjando um namoradinho esquisito que eu nunca deixava ir além dos beijos comigo, pois mesmo tendo aprontado de tudo nessa vida ainda era virgem e sonhava me entregar para o meu verdadeiro amor, mesmo que esse estivesse a quase uma vida longe de mim.

O tempo passou e eu arranjei um trabalho, assim ele parava de me encher o saco e o que eu pensei que seria uma tortura foi a melhor coisa para mim, pois conheci algumas amigas e sempre tinha um dinheirinho para comprar coisas que eu queria. Sempre que tinha uma folga gostava de ir até a 25 de março comprar bijuterias e foi num desses passeios que me deparei com o sex shop com “preços populares”. Nunca havia entrado em um, mas naquele dia a curiosidade falou mais alto e fui conferir o lugar que todas as minhas amigas do trabalho já tinham ido.

No começo quis rir, pênis de todas as cores e tamanhos pendurados nas paredes e vendedores atendendo as pessoas com a maior naturalidade, como se vendessem pão.

Depois de muito fuçar os vidrinhos de gel para tudo que se possa imaginar, as fantasias de enfermeira, diabinha, colegial e os chicotes, me deparei com o tal bullet vermelho que para mim pareceu o ideal, pois dava prazer sem precisar de penetração. Tudo o que uma virgem curiosa e com um pedaço de mau caminho dormindo ao lado de seu quarto precisava!

Paguei a geringonça e a guardei bem dentro da bolsa temendo que alguém desconfiasse e continuei gastando meu salário com as bobagens que toda mulher adora e que a 25 tem aos montes. Não precisava dar dinheiro em casa, ele dizia que não queria que eu tinha que trabalhar para dar valor ao dinheiro e apesar de ficar dura antes do final do mês eu adorava ganhar meu salário e pagar pelas minhas coisas.

Ao chegar em casa a alegria foi garantida. Aproveitei que meu padrinho estaria de plantão do DP naquela noite e fiz a festa em sua cama sentindo seu cheiro nos lençóis. Acabei com duas pilhas novas em menos de 24 horas...

E desde então esse era o meu companheiro (risos).

Bem, voltando, depois de gozar levantei a calcinha e dormi, mas esqueci o bullet perdido pela cama o que não dei muita importância, pois só morávamos eu e Antônio e ele não costumava entrar no meu quarto, mas o que eu não sabia era que com ele também acontecia algo diferente em relação a mim...

-Oi...

Disse me dando um beijo de bom dia na cabeça.

-Oi.

Respondi morrendo de vontade de sentir aquele beijo na minha boca enquanto o via se espreguiçando.

Ele me olhou nos olhos com aquele olhar verde que me matava, sorriu e me beijando novamente na cabeça se despediu dizendo que ia trabalhar.

-Espera...

-Que foi?

-Você tem plantão hoje?

-Para sua tristeza não;

Respondeu rindo.

-Hoje acho que chego mais cedo.

-Não é para minha tristeza.

-Achei que me achasse... Como é que você diz? Um porre...

-Você é um porre, mas...

-Mas?

-Sinto sua falta, você trabalha muito.

Disse meio que envergonhada, na realidade meu desejo era contar a ele que estava apaixonada, mas a vergonha e o respeito falavam mais alto.

-E hoje tem jogo do Palmeiras...

-Você é corinthiana, por que quer ver o jogo do Palmeiras comigo?

-Pra ver seu time levar um chocolate, oras!

-Besta! Tchau, chega cedo em casa, nada de ficar enrolando depois da hora.

Nos despedimos e o dia transcorreu normal, eu pensando nele sem parar e enchendo os ouvidos de minha melhor amiga Luciana sobre ele entre uma ligação e outra que atendíamos na central telefônica.

Via minhas amigas falarem dos namorados e dos maridos e não ficava em desvantagem, apesar de nunca ter visto um pênis ao vivo (sim, com toda minha vida louca pra essas coisas eu era uma pamonha) inventava que era casada e que adorava fazer um sexo oral bem caprichado no meu marido. O que elas nem desconfiavam é que o marido em questão era meu padrinho, um policial que devia me considerar uma trombadinha maconheira.

Como disse o dia transcorreu normal, muitos clientes chatos ligando, reclamando de tudo, pedindo desconto... Resultado: mesmo trabalhando sete horas sentada na hora de ir pra casa estava exausta, não de cansaço físico, mas mental o que é bem pior.

Saía às quatro e meia da tarde e sempre enrolava um pouco, pois trabalhava no bairro do Brás, conhecido pelas lojas de roupas e com isso sempre ia olhar as vitrines com Luciana depois do expediente acabando por chegar mais tarde em casa.

-Olha Lú! Aquela camisola branca!

Disse parada enfrente a uma loja de lingeries apontando a peça de seda com detalhes rendados no busto.

-Que linda! Deve ser uma nota!

-Vamos perguntar?

Entrei na loja puxando minha amiga pelo braço e logo indaguei a vendedora.

-Quanto ta a camisola?

-Trinta.

-Tem M?

-Sim.

-Aceita cartão de crédito?

-Acima de cinquenta...

Luciana me olhou com um sorriso sarcástico.

-Que foi baixinha folgada?

-Tenho dó do seu cartão!

-Ué, trabalho pra que? Agüento aquele bando de chato pedindo desconto a troco de que oras?

Dizia enquanto pegava mais alguma coisa para completar o valor.

Após pagar, peguei o pacote e sai de braços dados com a Lú, já sonhando com ele...

-Como será que ele gosta?

-Ele quem? Ah já sei o Dr.!

-Sim! Como será que ele gosta?

-Do que?

-De lingerie!

-Uma listradinha escrito 171 nas costas!

Disse caindo na gargalhada e fazendo uma piada quanto à profissão de Antônio.

Demos mais uma volta e fomos para o metrô quando já anoitecia, eu estava tão cansada que até esqueci a Coca Zero que tomava e cochilei todo o caminho de volta para casa.

Acordei quase na estação onde descia, e me “lembrei” da minha nova aquisição que “dormia” na sacola cinza que carregava e mesmo apesar do frio de julho decidi que a usaria naquele dia.

Ao chegar em casa nem notei se ele estava lá, queria mais era tomar um banho, vestir minha camisola e comer o chocolate branco que comprara na estação na cama enquanto ouvia música. Dessa maneira, larguei a bolsa no sofá e fui direto para o banheiro me lavar não percebendo que Antônio estava em meu quarto.

Tomei meu banho e vesti a camisola, porém não imaginava a surpresa que me aguardava ao entrar em meu quarto.

Parado em pé na ponta da cama e com o bullet na mão meu padrinho me olhava de maneira inquisitiva.

-Me dá!

Precipitei por cima dele para pegar o aparelho, mas devido nossa diferença de altura (ele 1,80 e eu 1,52) foi impossível fazê-lo.

-Sollene, o que significa isso?

-Não interessa me dá!

Já começava a ficar nervosa e mais ainda envergonhada. Imagina ele descobrir que eu me masturbava!

Sem jeito ele tentava abrir o brinquedo procurando algo e confesso que quis rir quando o treco começou a vibrar na mão dele.

-O que você está escondendo aqui? De onde você roubou isso? Tá trazendo algum daqueles moleques aqui?

Cinqüenta e um anos, a vinte viúvo e desde sempre metido numa profissão um tanto bruta (para não dizer muito) não conferiam a ele muito jeito pra certas coisas...

-Anda, pra que serve isso?

-Não acredito que você não sabe!

Respondi sarcástica e sem paciência.

-Vem cá que eu te mostro.

Num ato impensado tirei o aparelho de suas mãos e abaixando minha calcinha o encostei em meu clitóris.

-Olha pra que serve!

Disse com lágrimas nos olhos, pois me sentia humilhada.

-Meu Deus, você... Pára com isso menina!

Dizia ele me olhando atônito, pois mesmo conhecendo meu histórico nada bonito, duvido que ele sequer imaginasse que eu seria capaz disso, mas estava decidida a dar um basta naquela situação. Eu o amava e sentia que ele me considerava uma criança problema e ainda mais depois da cena tive a certeza que ele não confiava em mim, pois desconfiou que o bullet fosse tudo: esconderijo de drogas, produto de furto, tudo menos um vibrador que eu usava para aliviar o tesão que eu sentia por ele.

-Quer saber o que é isso Dr. Antônio?

Continuei, visivelmente fora de mim.

-Isso é o que eu uso pra me aliviar, porque você não presta pra porra nenhuma!

-O que... O que você está dizendo?

Perguntava sem entender mais nada.

-É isso o que o senhor ouviu! Eu te amo caralho! Te amo e morro de tesão por você, mudei por sua causa, e é isso que eu uso pra gozar pensando em você seu velho inútil!

Dizia chorando enquanto mantinha o aparelho em meu clitóris.

-E sabe por que eu não enfio de uma vez um pau de borracha na minha buceta? Porque eu sou virgem! Olha como você é um inútil uma virgem louca pra dar pra você e você só pensando na porra do seu trabalho, só pensando em me investigar, em me acusar.

Nessa hora já deixava o vibrador cair ao chão e já me ajoelhava chorando e com as mãos no rosto.

-Sollene eu...

Disse tentando se aproximar de mim, mas logo o repeli gritando para que ele saísse o que fez prontamente me deixando no chão de madeira do quarto repetindo baixinho: “Eu te amo”...

Nem eu sabia ao certo o quanto me doía amar um homem que de certa maneira estava ligado a mim por um parentesco, afinal era meu padrinho. Naquela hora houve um misto de sentimentos em mim: raiva, vergonha, medo... Lembro-me de ter-me recolhido na cama e chorado durante boa parte da noite. Várias coisas passavam em minha cabeça, e até o gosto do entorpecente cigarro de maconha em minha boca eu sentia ou o álcool me descendo ardente pela goela, qualquer subterfúgio que me fizesse esquecer o que eu estava sentindo.

Porém, no meio da madrugada o ouvi batendo na porta.

-Sollene? Tá acordada princesa?

Aquele “princesa”... Sempre me chamava assim, mesmo quando estava bravo por eu aprontar alguma coisa.

Fingi que dormia, mas não adiantou, pois aquele homem quando queria alguma coisa era o próprio capeta e mesmo sem eu responder ele abriu a porta do quarto, acendeu o abajur e se sentou ao meu lado na cama.

-Sollene...

Chamou mexendo em meus cabelos.

Insisti em fingir, mas o maldito faro dele para “pegar mentiras” não falhava...

-Anda, eu sei que você está acordada.

Insistiu, uma, duas, três vezes... Até que na quarta levantei da cama irritada (leia-se com o coração disparado e morrendo de vontade de me jogar em seu colo)

-O que você quer?

-Consertar a bobagem que eu fiz mais cedo.

-Não tem conserto...

Ele riu, e eu odiava aquele riso, era sempre o mesmo riso quando eu fazia uma bobagem no serviço e chegava em casa com medo de ser mandada embora, era o mesmo riso que me considerava uma criança apesar dos meus 22 anos.

-Não, não tem e me deixa dormir...

-Escuta, trombadinha... Primeiro o errado fui eu, não devia ter mexido nas suas coisas, mas é que...

-É o que?

-Nada... Não é nada. Eu sou um velho bobo mesmo.

-Bobo, besta, sem educação, grosso!

-Ei, não precisa esculachar.

Quis sorrir para ele, na verdade não conseguia sentir raiva dele por muito tempo...

-Me desculpa?

-Não!

-E se eu disser que estava no seu quarto pra ler aquela idiotice que você escreve? Pra ver se tinha o nome de algum moleque?

Disse se referindo a minha agenda.

-E por que você queria ler minha agenda?

-Porque eu morro de ciúmes de você menina...

Disse acariciando meu rosto e nessa hora senti o sangue correr quente apesar do frio que fazia.

-Não sou sua filha pra você ter ciúmes de mim!

-Você não entende...

Nessa hora o carinho já se concentrava em meu ombro precipitando descer a alça da minha camisola e eu? Bem, eu nem acreditava que aquilo estava acontecendo, parecia tudo um sonho maluco e delicioso.

As lágrimas que desciam de meu rosto agora eram de alegria por saber que o homem que eu amava também me deseja e ofegante eu recebia os beijos dele em meus ombros.

-Antônio...

-Eu sempre fui louco por você menina, desde que te tirei daquele lugar.

-E por que nunca me disse nada?

-Eu poderia ser seu pai... Sou quase seu pai... Padrinho é quase pai.

Dizia sem parar de beijar meus ombros e meu pescoço, mas me torturava por não saciar-me a boca sedenta da sua.

-Por favor...

-Quer que eu te beije princesa?

-Sim...

-Não... Acho que você não merece beijo...Você tem sido uma menina muito malvada... Onde já se viu ficar mexendo na bucetinha ein?

Dizia mordendo meu queixo lentamente. Ouvir aquele palavrão na boca dele me acendeu toda...

-Acho que você merece outra coisa mocinha... Cadê o treco?

-Que treco?

-Aquele negócio vermelho lá, o vibrador.

-Guardei, por quê?

-Pega...

-Pra que?

-Eu quero usar, você já se divertiu muito com ele agora é a minha vez.

Nessa hora não me segurei e ri.

-Aquilo não é pra você seu bobo!

-É sim pra mim e pra você... Pega o treco que eu te mostro.

Meio insegura, mas totalmente excitada peguei o bullet que eu tinha jogado com raiva dentro de uma gaveta e entreguei para ele que ficou examinando o aparelho.

-Como liga?

-Assim...

Disse girando o botão.

-Controla a velocidade?

-Sim é só ir girando o botão de ligar.

-Quero assim.

Disse escolhendo a velocidade média.

Eu apenas o olhava tentando imaginar o que ele iria fazer...

-Tá usando alguma coisa por baixo?

-Nã...Não!

Respondi baqueada com a pergunta direta.

-Levanta a camisola e deita.

Assustada com tudo aquilo, afinal era virgem segui suas ordens, pois no fundo sabia que ele jamais me machucaria.

-Abre as pernas.

Eu nada fazia apenas seguia as ordens do meu padrinho, meu protetor, meu homem...

Senti que perderia o chão quando ele afastou os lábios de minha vagina com os dedos a procura de meu clitóris e encostou o aparelho.

Primeiro ficou olhando, um olhar malicioso e meio conservador, parecia que mesmo morrendo de tesão ele recriminava a cena que via.

De repente, se livrou da samba canção branca que vestida ficando apenas com uma camiseta cinza velha que usava para dormir. Confesso que nessa hora senti medo e pensei que ele fosse me penetrar enquanto o bullet vibrava meu clitóris, mas não...

Ele levantou o pênis o encostando em mim e posicionou seu saco entre o bullet e meu clitóris me causando uma sensação única ao mesclar a vibração com o calor de seu corpo e seu peso sobre mim.

O olhar verde escuro tão próximo... Porque não me beijava? Seria castigo?

Ainda sentia medo, não sabia o que ele faria comigo ali tão submissa a suas vontades, meus olhos arregalados, o coração batendo louco no peito, as mãos imóveis...

Ele logo percebeu, assim como percebia todos os meus medos, meus desejos, meus sorrisos, minhas lágrimas... Ele percebeu... Percebeu e acariciou meus cabelos sem me dizer nada, depois meu rosto, me olhando com um jeito “todo bobo” não acreditando que sua menina estava prestes a ser sua mulher e me dizendo sem nada dizer que jamais me machucaria que só queria me dar prazer...

Minha boca já se abria sedenta, meu corpo já experimentava os espasmos do orgasmo enquanto meu homem se mexia sobre mim. Minhas pernas o enlaçavam e suas mãos apertavam meus seios num toque nada sensual, mas ansioso, ansioso de me sentir, de me ter como que se ele temesse acordar de um sonho bom. A camisola branca que não havia sido tirada já grudava em minha pele devido ao meu suor sem se importar com o frio que batia na veneziana.

-Minha gostosa...

Ouvi antes de receber o primeiro beijo que veio calmo e cheio de paixão enquanto suas mãos na medida do possível passavam pelas minhas pernas e tentavam de alguma forma alcançar minhas nádegas.

Quando me dei por mim já matava minha sede naquela boca gostosa enquanto enfiava meus dedos por entre os cabelos negros com uns grisalhos teimosos em aparecer.

-Como eu te esperei meu delegado...

A respiração ofegante... O apertei com minhas pernas enquanto ele me olhava arquear e acariciava meus cabelos me amparando no primeiro orgasmo de verdade que eu tinha.

Beijou-me suavemente e sabendo que eu estava sensível retirou o aparelho que vibrava entre nós dois sem tirar seu corpo de cima do meu, me fazendo sentir seu pênis completamente duro encostado em meu ventre.

-Você está bem?

-Não podia estar melhor...

Disse rindo e acariciando seu rosto antes de ganhar mais um beijo.

-Quer continuar? Não vou fazer nada se você não quiser.

-Eu quero tudo com você Dr.

Não mentia com aquele homem eu queria o que fosse possível e impossível, queria poder parar o tempo e prendê-lo no meu abraço.

-Então você vai fazer uma coisa pra mim.

Disse saindo de cima de meu corpo e de maneira séria e autoritária (coisa que me enlouquecia nele).

- O que?

Nem sei por que perguntei, se eu sabia que por ele faria de tudo...

-Chupa...

Sim! Desse jeito... Com essa sutileza... Você com certeza está ou rindo, ou boquiaberto, ou achando meu homem um grosso e essa passagem nada sensual, mas não pode imaginar como a ordem foi gostosa, como foi excitante vê-lo me mandar chupar seu pênis grande, grosso e marrom tal qual seus lábios.

-Chupar? Mas... Você gosta disso?

Perguntei com certo nojo que hoje sei que nada mais era que insegurança, pois nunca havia feito aquilo.

-Gosto.

As respostas curtas que saíam da boca ladeada pela barba cerrada esquecida de fazer por uns dois dias no mínimo eram curtas e a qualquer mulher soariam grosseiras, ainda mais para uma virgem, mas para mim mexiam com todo meu corpo e faziam meu útero se contrair de tanto tesão.

Minha cara estava engraçada...

Meio sem jeito coloquei a cabeça na boca e logo tomei uma bronca.

-Assim não! O dente não pode senão você me machuca.

-Assim?

-Isso...

Respondeu de olhos fechados.

Comecei desajeitada, mas acabei percebendo que o gosto não era nada do outro mundo e os gemidos tímidos dele e o movimento do pomo de Adão em sua garganta quando engolia seco me traziam sensações deliciosas em todo o meu corpo.

-Vira...

Disse com voz languida, porém firme.

-Como?

Perguntei sem entender e me virando na cama de forma a ficar longe de seu pênis, o que não gostei, pois já estava adorado aquele gosto de macho em minha boca.

-Não, princesa assim não, assim, olha.

Disse remanejando meu corpo de forma que fiquei com minha vagina próxima a seu rosto e com aquela delícia toda ainda em minha boca.

A princípio pensei ser uma nova posição apenas e continuei me empenhando em chupar meu doce favorito, quão não foi meu susto ao sentir o toque quente, áspero e molhado em minha vagina...

Era meu macho gostoso me chupando e me fazendo ter as mais deliciosas sensações do mundo.

Lentamente passava a língua pelo meu clitóris enquanto o dedo maroto se precipitava a brincar na entrada, enquanto eu procurava caprichar o máximo para devolver a ele todo o tesão que ele me fazia sentir.

Lambia a cabecinha melada pela minha saliva e pelo liquido agridoce que já o lubrificava para me penetrar... Por vezes ria gemendo, pois os pêlos de seu saco faziam cócegas em meu nariz. Sentia ânsias ao tentar agasalhar aquele mastro grosso em minha garganta e sentia perder o chão quando a língua foi trocada pelo dedo e percebi os movimentos de “vem cá” que ele fazia com o dedo médio entre meus lábios vaginais.

-Não agüento mais, quero ser sua!

Disse decidida após mais um orgasmo em sua boca.

-Tem certeza? Não quero te machucar...

Perguntou carinhoso.

-Antônio, certeza eu só tenho de uma coisa: eu amo você! E acho que isso já basta para você me fazer mulher...

Ele me virou novamente, era impressionante como ele fazia de mim um joguete se quisesse pois eu sempre fui baixinha (1,52) e ele um homem de 1,80, com isso era fácil para ele me “arrastar” para onde quisesse.

Logo senti aquele corpo quente que eu tanto desejei sobre mim, os beijos em meu pescoço faziam a barba cerrada violentar suavemente minha pele enquanto as mãos grande apertavam meus seios sobre a camisola. Engraçado, parece que por mais que desejássemos viver aquilo sentíamos vergonha um do outro, pois nem eu nem ele estávamos completamente nus.

Minha respiração ofegante se misturando a dele, logo pude sentir a cabeça de seu pênis roçando minha vagina, acariciando meu clitóris, o vibrando.

Ele me beijava a testa e acariciava meus cabelos me acalmando mudamente, mas eu desejava que ele entrasse logo em mim, queria viver aquele momento em sua plenitude...

E assim lentamente ele o fez. Não me lembro de ter sentido dor, apenas uma ardência leve.

Gemia muito e metia os dedos por entre os cabelos negros que eu amava.

-Me fode Dr. Me fode...

Sempre desbocada, não era essa a melhor hora para me policiar e nem me corrigir.

Os movimentos rítmicos, a boca colada em meu queixo... Sempre carinhoso ele me perguntou se podia fazer mais rápido ao que respondi sim prontamente.

Aquilo era a mais deliciosa loucura que eu já havia vivido! Estava na cama com meu padrinho trinta anos mais velho do que eu e um dos melhores amigos do meu pai!

-Nossa...

Disse caindo em mim e espantada ao ver tanto sangue na cama, pois não havia sentido dor alguma só um desconforto.

-Shio...

Sussurrou acariciando meus cabelos, sem tirar o pênis de dentro de mim e sem parar de se movimentar.

-É normal princesa, daqui a pouco passa to machucando você?

-Não...

Disse me agarrando a sua nuca.

- Tô adorando esse pau gostoso dentro de mim...

-Tá? Então geme pro seu macho, geme enquanto eu como essa sua bucetinha apertadinha...

Uau! Ouvir aquilo foi como receber uma descarga de energia em todo o meu corpo! Que delícia meu padrinho ficava falando palavrão! Nessa hora o imaginei interrogando um dos “malacos” (como ele dizia) que ele colocava na cadeia e falando muitos e muitos palavrões! Daí que danei a rebolar naquele mastro gostoso e não demorou muito para que gozássemos juntos na melhor sensação da minha vida!

Meu amor se deitou exausto e me puxou para seu peito que fiquei acariciando com a mão por dentro da camiseta, nem me lembro de quanto tempo brinquei com seus pêlos, sei que ficamos abraçados sem nada dizer, até que ele quebrou o silêncio:

-A gente não devia ter feito isso... Eu... Eu podia ser seu pai!

-Mas não é, e se fosse por mim, teria tudo acontecido do mesmo jeito! Agora chega, quero dormir!

Disse me aninhando em seus braços e ganhando um beijo em meus cabelos e carinhos em meus ombros que duraram até eu adormecer na noite mais feliz da minha vida.

Se sonhei? Não me lembro, também, não havia sonho algum que superasse o momento que eu vivia, só me recordo mesmo de ter dormido profundamente, mas ter acordado sozinha.

Notei algum barulho que vinha de seu quarto e sonolenta e agarrada a um travesseiro fui até lá, onde o encontrei acabando de colocar a gravata para ir trabalhar.

-Oi...

Disse bocejando e me deitando em sua cama.

-Oi... Eu acho que tô te devendo uma camisola nova...

Disse com um olhar de cafajeste e um sorriso cínico lindo, olhando para minha camisola que estampava uma enorme mancha de sangue.

Apenas sorri e continuei admirando aquele homem a se arrumar.

Como era lindo... Olhos verdes, feições másculas, marca azulada de uma barba fechada que depois de esquecida por uns dois dias acabava de ser feita. Era alto, tinha os cabelos bem pretos com um ou outro fio branco, enfim era o homem que eu amava, o homem mais lindo do mundo para mim, até o nariz tipo italiano (tucano como eu gostava de ralhar com ele) combinava com aquela beleza rústica.

-Antônio...

-Hum...

-Posso te fazer uma pergunta?

-Pode.

-A gente ta namorando?

Perguntei apreensiva pela resposta que poderia receber.

-Não...

Senti meu corpo gelar, mas mesmo assim insisti.

-Então a gente só ta transando?

-Não...

-Então o que?

Perguntei já sem paciência.

-Você não sabe? Você é muito tonta mesmo menina...

Disse rindo e balançando a cabeça de forma negativa.

-Boba por que?

Nessa hora me irritei e joguei um travesseiro nele.

-Escuta menina...

Disse se aproximando de mim e segurando meu queixo.

-Você ainda não percebeu, mas desde ontem que você é minha mulher! Agora eu vou trabalhar, porque sou um cara casado, tenho mulher pra cuidar e você deixa a janta pronta que eu preciso comer quando chegar em casa.

Nessa hora meus olhos brilharam e se encheram de lágrimas...

-Faço o que você quiser meu amor...

Disse o beijando.

-Tchau princesa...

Naquele dia vivi nas nuvens, nem trabalhar consegui ir de tão feliz que estava, lembro que liguei para minha supervisora dizendo que estava doente. No dia seguinte arranjaria um atestado e estava tudo resolvido.

Estava arrumando a casa, a minha casa e do meu marido enquanto na panela de pressão cozinhava a sopa para o jantar já que o dia estava bem frio. Não comprei daquelas sopas prontas, fiz questão de mesmo desajeitada fazer tudo sozinha para meu amor.

Quando eram quase 16h00min horas notei que ele havia esquecido o Distintivo em casa, coisa que se que ele não se separava, com isso decidi levar para ele já que a delegacia onde trabalhava não ficava tão longe de casa.

O caminho era curto, menos de 15 minutos de ônibus. Logo que cheguei uma sensação estranha tomou conta de mim, aquele lugar me lembrava meu pai coisa que eu não gostava. Olhei para o objeto em minha mão e para a fachada do prédio, respirei fundo e entrei.

Como era filha de um dos investigadores a escrivã uma senhora que eu já conhecia sorriu para mim e fui entrando até a sala de Antônio quando o ouvi conversando com meu pai:

-Rubens, eu preciso falar com você e é sério.

-Olha Toninho, se é sobre aquela vagabunda que você botou dentro da sua casa eu não tenho nada a dizer.

Senti um gosto amargo na boca quando percebi que nem o tempo fizera meu pai criar um pouco de afeto por mim, mas logo a angústia deu lugar ao susto e a certo medo ao ver a reação de meu “marido”.

-Lava a boca pra falar da Sollene, entendeu sogrinho?

Disse Antônio o segurando pelo colarinho.

-Como é?

Devolveu meu pai atônito.

-Sogrinho!

Disse Antônio o empurrando de modo que caísse sentado em sua cadeira.

Não entreguei o objeto, voltei para casa e pedi à escrivã que nada dissesse sobre minha ida até lá. Resolvi ignorar o que havia visto e ouvido, por mais loucura que fosse (e era) queria começar uma vida nova ao lado meu amor.

Casa arrumada, sopa quente na mesa... Quase dez horas ele chegou. Ar cansado no rosto, “bigode chinês” aparente pelo cansaço, a gravata afrouxada... Paletó pendurado em um dos ombros largos... Meus olhos fitando aquele homem que eu tanto desejei na vida não acreditavam que o viam entrar pela porta e me chamar de meu amor.

Não nos beijamos, apenas trocamos um selinho, como se fossemos um velho casal ignorando o tesão que queimava em meu peito e brotava em seus olhos pela nossa descoberta em nossos corpos.

Notei que ele usava uma aliança dourada na mão esquerda, mas como não disse nada, também me calei.

-Não sabia que você cozinhava bem desse jeito!

-Você não sabe muito de mim Dr.

-Por que me torturou tanto tempo com aquele miojo horrível se sabe fazer uma sopa tão boa?

Dizia já tomando o segundo prato.

-Naquela época você era só um cana chato que me enchia o saco, mas hoje...

-Hoje?

-Hoje você é o meu homem.

-Ah, já ia esquecendo.

Disse tirando uma caixinha de veludo do bolso e me entregando como se fosse qualquer coisa menos uma aliança dourada igual a que estava usando.

-Uma aliança?

Perguntei não sei se surpresa com o presente ou com a forma nada romântica que ele me entregou.

Entendi a resposta quando ele apenas sorriu.

-Coloca pra mim...

Disse estendendo a mão esquerda para ele que titubeou.

-Faz tempo que eu fiz isso, acho que não me lembro mais.

-Se fez uma vez, pode fazer a segunda.

Assim o fiz colocar a jóia em meu dedo e terminar o jantar como se nada tivesse acontecido. Se essa era sua forma de dizer que me amava por mim estava tudo bem.

Apesar do frio que fazia eu usava um vestido curto nessa noite, pois havia me esquecido de preparar a sobremesa e com isso...

-Toni...

Disse o chamando da cozinha.

-Oi...

-Vem cá.

Quando ele chegou até a cozinha estava eu sentada na mesa com as pernas ligeiramente abetas o suficiente para mostrar que eu havia “esquecido” de colocar a calcinha.

Qual seria o preço de ver aquele olhar verde se acendendo e querendo me queimar? Eu pagava... Não importava quanto custasse...

-Ainda tem espaço pra sobremesa moço?

Ele nada respondeu apenas me beijou, não calmo como na noite anterior, mas com desejo e sem resquícios de respeito ou vergonha.

O vestido fora rapidamente arrancado quase rasgado enquanto eu desajeitada tirava o nó de sua gravata e abria os botões da camisa branca que ele usava.

Tive os cabelos puxados e o batom vermelho deliciosamente borrado por seus beijos.

-Minha putinha...

Finalmente me livrei da camisa e pude admirar o peito que com certeza me acolheria mais tarde. Beijei e puxei os pêlos negros mesclados de branco causando dor e tesão ao meu macho que não deixou por menos e sugou meus seios enrijecidos até deixá-los levemente doloridos.

-Hum...

-Que delícia te ver gemendo pra mim.

Sorri maliciosamente já sentindo-o segurar meus cabelos e puxar para baixo até me deixar de joelhos a sua frente.

Eu já sabia bem o que ele queria e não posso negar que minha boca também salivava naquele momento... Como foi excitante estar ali de joelhos a sua frente, desafivelar seu cinto e desabotoar suas calças olhando em seus olhos enquanto mordia os lábios como quem vê a fruta mais deliciosa do mundo.

Primeiro passei a língua por toda a extensão da carne dura o enlouquecendo e o fazendo quase implorar para que eu o chupasse, depois me detive na cabeça que já me dava algumas gotas do tesão de meu homem aonde matei minha sede. Aos poucos devorei aquela iguaria causando gemidos em meu padrinho que guiava minha cabeça me fazendo acomodar mais e mais seu pênis em minha garganta.

Não demorou para eu sentir algo estranho em minha boca. Até hoje lembramos e rimos, pois o romantismo e o tesão ficaram em segundo plano quando inexperiente me engasguei com seu esperma.

-Tá tudo bem princesa?

Perguntou rindo enquanto eu tossia.

-Te assustei? Desculpa, vem cá...

Disse me ajudando a levantar do chão.

-Tá tudo bem amor, só foi estranho. Ai que mico, to me sentindo uma besta.

-Calma trombadinha, tem muita coisa que você precisa aprender ainda... Vem toma um pouco d´água. Melhorou?

-Sim, mas...

-O que foi?

-A gente ainda não terminou, como o Sr. disse Dr. Antônio, tem muita coisa para eu aprender ainda e eu gostaria o Sr. me ensinasse...

-É? Pra isso eu sou um ótimo professor...

Disse me beijando novamente e me agarrando pela cintura.

Em segundos me ergueu me colocando sentada sobre a mesa e enquanto beijava meu pescoço seus dedos já tratavam de me masturbar ora entrando e saindo de minha vagina, ora acariciando meu clitóris, porém logo foram substituídos pela língua que agora sem encontrar nenhuma barreira me penetrava me provocando espasmos que pareciam descargas elétricas atingindo meu corpo.

Quando me dei conta ele já havia acomodar seu pênis todinho dentro de mim e eu gemia sentada na mesa enquanto com minhas pernas me agarrava a seu corpo.

-Minha menina... Você não sabe...

-Shio... Não fala nada, deixa só eu te sentir em mim Dr.

Calei seus lábios que queriam me dizer algo e o abracei ainda mais forte para receber o orgasmo que para nós dois veio quase ao mesmo tempo.

Três anos depois.

-Já vai?

-Vou sim Lú, já fechei a folha do pessoal, agora vou passar na delegacia pra ver o Antonio, porque não ta fácil viu... Depois ainda tenho que correr pra fazer a prova e o pior é que nem deu tempo de estudar...

-Período de provas?

-Nem me fale, não sabia que subir de cargo era assim tão maluco... Ainda tem a faculdade e o trabalho dele a gente quase não ta tendo hora pra se ver.

-Feliz sou eu que já to indo nessa, agora só até segunda!

Disse minha amiga que assim como eu havia sido promovida recentemente. Eu passei a ser supervisora de uma equipe e ela uma das monitoras que mais se destacava pelo carinho e paciência com que ajudava o pessoal que chegava novo.

-Lú, Sollene!

Chamou desesperado um cabeludo na primeira fileira.

-Acabou seu sossego amiga.

-Não senhora, ele chamou você também!

-Quebra essa baixinha, prometo que amanhã te passo a ficha completa dele, afinal ele é da minha equipe.

Disse piscando e ralhando com ela que havia se interessado pelo novo atendente.

-Vou cobrar ein!

Três anos haviam se passado e muita coisa mudado, comecei a fazer uma faculdade e fui promovida. Em casa era cada vez mais feliz. Na correria era difícil nos ver, mas sempre que estávamos juntos nos amávamos como nunca e quando eu saia do trabalho sempre ia até a delegacia onde meu marido trabalhava e íamos junto ao Ibirapuera onde ficávamos por algum tempo, as vezes namorado, as vezes apenas juntos pois sempre ele levava uma bendita folha de algum inquérito para ler, enquanto acariciava meus cabelos, pois sempre deitava em seu colo.

Naquela tarde foi um pouco diferente:

Sentada em um banco eu estudava lia enquanto ele deitado em meu colo sentia meus carinhos em seus cabelos. Crianças brincavam e pessoas corriam para se exercitar, até que ele me interrompeu me mostrando uma moça com uma neném no colo no banco a nossa frente

-Amor...

-Hum...

-Quando você vai me dar uma assim?

-Uma o que?

-Uma bonequinha assim, olha...

Disse mostrando disfarçadamente a bebêzinha e me fazendo rir, pois nunca havia pensado em filhos e agora queria mais do que nunca terminar minha faculdade.

-Ah, sei lá, eu... Nunca pensei nisso...

-Dia dos Pais ta chegando, você podia bem me fazer uma surpresa...

-Mas amor e a faculdade? Eu não sei se ia dar conta e tem o trabalho...

-Sollene, você ainda tem todo o tempo do mundo, mas eu não... A gente tem muitos anos de diferença e... Eu...

Meu Deus, o que eu não fazia para ver aquele sorriso...

No trabalho, tudo ia bem, a faculdade faltava pouco para acabar... Se eu o amava, por que não?

-Contanto que você não queira que o moleque seja palmeirense e policial como você, porque já não basta a preocupação quando um sai pra trabalhar...

-Fica tranqüila princesa eu quero uma menina, e quanto ao time, bem isso a gente pode deixar ela escolher, se bem que não faria diferença ela ser palmeirense, você nem gosta muito de futebol...

Disse rindo e me beijando. Ele sabia o poder que tinham aqueles beijos sobre mim e não seria nada difícil se eu corinthiana roxa desse uma filha palmeirense a ele.

-Só tem um problema...

-Qual?

-Ela não pode ser linda como a mãe...

-Por que seu besta?

Disse achando graça e mordendo seu queixo.

-É que vai me dar muito trabalho...

Galera, continho escrito meio que na correria... Espero que curtam! Quero agradecer minha amiga querida que me ajudou a elaborar esse de muitos outros que virão e pasmem! Esse bolamos em um ponto de ônibus! Um super beijo a todos e um especial a minha leitora mais fiel a Comportadinha, que está esperando este conto há dias e outro enorme para minha amiga que me ajudou... OBRIGADA minha VOZ DE SEREIA!

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Comentários

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Querida comecei agr mas vejo que fez apenas esses por favor volte para nos com mais contos

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cade seu proximo conto? estava me devendo um antes do natal lembra? estou na espera atr hoje!!

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que tal fazer,o Antonio agora ser o marido da melhor amiga de sollene?

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olá, Apena um anjo sou sua fã, sei que não sou a numero um, pôs cheguei agora, mas pode crer, adora os seu contos, adorei todos o que vc escreveu, estou mutio ansiosa para ler o proximo, por favor não demore muto pra posta, mil beijo

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Pra mim qualquer tema que vc escreva é legal com tanto que tenha final feliz,Kkkk.

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Calma, calma rsss tem um continho saindo do forno... espero que meu pc colabore para que eu o poste antes de 2013 rss, mas e aí, vcs que curtem meus contos o que vcs mais gostam? Quais temas acham legal... Quero saber, afinal escrevo para vcs...

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Cade vc? Posta logo um novo conto pq que to morrendo de saudades dos teus conto, volta logo por favor.

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Anjo Sem Asas, muito obrigada mesmo pelo carinho o próximo já está saindo antes do natal ele está aí gosto de contos longos que prendam a atenção por isso as vezes demoro praescrever mas adoro ser cobrada por vcs pois isso só mostra o quanto vcs gostam do meu trabalho! Obrigada de coração Paz e Luz para vc!

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Sou APAIXONADA com seus contos , desde meu lindo piloto até aqui! você é ótima para contos romanticos com um pouquinho de suspense e sacanagem, sou sua fã nº1 !! não canso de ler meu delegado , ele é perfeito !! Consigo ler ele sempre vivendo o conto , você é 10 . Quero mais contos logooooo !! beijos ;*

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Adorei amiga... Logo tem novidade no meu cantinho, deixa só eu sair de férias. Beijão

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Ainda bem que vc pretende postar logo, nao inporta se tem tema polemico alias eu adoro contanto que o final seja felizkkk.

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